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FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO DE PIRACICABA

ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA


CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

GABRIEL DE ALMEIDA COAN

USO DE VANT NO LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS


NO PARQUE ECOLÓGICO DE TIETÊ - SP

PIRACICABA
2021
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO DE PIRACICABA
ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

GABRIEL DE ALMEIDA COAN

USO DE VANT NO LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS


NO PARQUE ECOLÓGICO DE TIETÊ - SP

MONOGRAFIA ELABORADA POR EXIGÊNCIA


DA DISCIPLINA DE ACOMPANHAMENTO E
ORIENTAÇÃO DE TCC, SOB SUPERVISÃO DO
PROF. DR. SERGIO ARNOSTI JUNIOR

ORIENTADOR (A): DANIELA SANTAREM


LUCCHESE

PIRACICABA
2021
GABRIEL DE ALMEIDA COAN
Curso de Engenharia Ambiental
Escola de Engenharia de Piracicaba

USO DE VANT NO LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS


NO PARQUE ECOLÓGICO DE TIETÊ - SP

Aprovado em: DATA DA APERSENTAÇÃO

Comissão Julgadora:

Nome Do(A) Orientador(A) DANIELA SANTAREM LUCCHESE

Nome Do(A) Convidado(A) NOME DA EMPR/INST DO(A) CONV

Prof. Dr. Sergio Arnosti Junior EEP/FUMEP

DANIELA SANTAREM LUCCHESE


Orientador(a)
AGRADECIMENTOS

Meus agradecimentos a todos que colaboraram para que este trabalho fosse
concluído, em especial:
A Deus por todos os dias me dar a oportunidade de ser melhor e me dar condições
de ir em busca das minhas realizações.
Dedico este projeto à minha família e principalmente minha mãe Rosa, que
proporcionou uma base familiar sólida e sem o incentivo de todos e de minha mãe não teria
conquistado mais essa etapa em minha vida.
A bióloga e orientadora deste projeto, Daniela Santarém Lucchese, por todo suporte
e orientações no desenvolvimento deste trabalho.
A Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Tietê – SP, em
especial o Secretário de Meio Ambiente Rodrigo de Andrade Modolo por toda parceria no
desenvolvimento deste projeto que compartilhou conosco para entendimento do Parque
Ecológico.
E por fim, mas não menos importantes, aos meus amigos e minha namorada Beatriz
que estiveram me apoiando desde o nascimento deste projeto e ao longo do curso, obrigado por
acreditarem em meu potencial, vocês são essenciais em minha trajetória.
RESUMO

Impactos ambientais, como desmatamento, intervenções em áreas protegidas ou


descarte irregular de resíduos, estão ligadas diretamente com a ciência da geolocalização por
sua importância em demarcar o local de origem do problema. Métodos convencionais passam
a ser ultrapassados, uma vez que limitam o detalhamento dos produtos, e necessitam um período
mais longo de campo, que resulta em um custo mais elevado para o projeto. Sendo assim, o
avanço de novas tecnologias permite que esses dilemas sejam tratados de uma forma mais eficaz
e eficiente. Em vista disso, este trabalho teve como objetivo realizar o levantamento dos
aspectos ambientais do parque ecológico no município de Tietê-SP, por meio do uso de VANT,
para direcionar o plantio de arvores, bem como monitorar o desenvolvimento da restauração da
vegetação local, visando comparar o custo e o tempo, para realização do trabalho, com relação
ao método convencional.

Palavras-chave: VANT; Aspectos Ambientais; Ortofoto; APP.


ABSTRACT
Environmental impacts, such as deforestation, interventions in protected areas or
irregular waste disposal, are directly linked to the science of geolocation due to its importance
in demarcating the place of origin of the problem. Conventional methods are now outdated, as
they limit the details of the products, and require a longer field period, which results in a higher
cost to the project. Thus, the advancement of new technologies allows these dilemmas to be
dealt with in a more effective and efficient way. This work, therefore, has as its main proposal
the use of a drone to survey the current environmental aspects of the ecological park in the
municipality of Tietê-SP, to direct the planting of trees, as well as to monitor the development
of the restoration of local vegetation. This method aims to show the cost reduction and time
optimization compared to the conventional method.

Key-words: VANT, Survey, Orthophoto, APP.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Multirotor .................................................................................................................. 13


Figura 2: Asa Fixa .................................................................................................................... 15
Figura 3: Relação GSD - Pixel ................................................................................................. 17
Figura 4: Identificação ângulo de captação. ............................................................................. 17
Figura 5: Fluxograma das etapas preparatórias do levantamento.............................................20
Figura 6: Localização. .............................................................................................................. 21
Figura 7: Interface de trabalho do planejador de voo. .............................................................. 23
Figura 8: Interface do software em processamento.. ................................................................ 26
Figura 9: Caracterização das feições no QSIS.......................................................................... 27

Fotografia 1: Preparação do equipamento para início da operação. ......................................... 22


Fotografia 2: Início da operação com programação do voo autônomo.....................................24
Fotografia 3: Operador observando no momento que aeronave se aproxima da base..............24
Fotografia 4: Identificação de irregularidade através do monitoramento com drone...............29
LISTA DE ABREVIAÇÕES

ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil


ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações
APA – Área de Preservação Ambiental
APP – Área de Preservação Permanente
DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo
EPI - Equipamentos de Proteção Individual
EVLOS - Extended Visual Line of Sight ou Linha de Visada Visual Estendida
RPA - Remotely Piloted Aircraft

RPS - Remote Pilot Station

RPAS - Remotely – Piloted Aircraft System

TCRA- Termo de Compromisso Ambiental

UAV/UAS - Unmanned Aerial Vehicles/Systems


VANTS - Veículos Aéreos não Tripulados
VLOS - Visual Line of Sight ou Linha de Visada Visual
LISTA DE ANEXOS E APÊNDICES

ANEXO A: TÍTULO DO 0
ANEXO...................................................................................

APÊNDICE A: TÍTULO DO 0
APÊNDICE......................................................................
SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 4

RESUMO ................................................................................................................................... 5

ABSTRACT ............................................................................................................................... 6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ...................................................................................................... 7

LISTA DE ANEXOS E APÊNDICES ....................................................................................... 9

SUMÁRIO ................................................................................................................................ 10

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 11

2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 13

3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 23

4 RESULTADOS ..................................................................................................................... 29

5 DISCUSSÃO .......................................................................... Erro! Indicador não definido.

6 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 36

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 37

ANEXO A ................................................................................................................................ 38

APÊNDICE A .......................................................................................................................... 39
1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, foi necessário um grande avanço na industrialização para que
suprisse o elevado crescimento populacional. Esse processo foi um fator para consequência da
abertura de novos espaços, sem que houvesse um “planejamento sustentável”, conceito este que
surgiu em meados da década de 60, notado em uma das principais obras desta discussão, escrita
por Carson (1962).
Por outro lado, visando solucionar essa problemática, a tecnologia tem sido uma
grande aliada nas questões ambientais nos dias atuais, quando bem aplicadas. Um de seus
primeiros usos na área de meio ambiente foram e são utilizadas até hoje no monitoramento via
satélite, permitindo, por exemplo, um maior controle dos passivos ambientais, bem como, uma
fiscalização ambiental mais rigorosa em uma escala maior de observação. No entanto, com o
passar dos anos, houve um aprimoramento ainda maior com o surgimento de novas tecnologias,
como o uso de Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), o que possibilitou maior detalhamento
e o baixo custo em operações de menor escala.
Como consta na Instrução “Aeronaves não tripuladas e o Acesso ao Espaço Aéreo
Brasileiro”. (ICA 100-40 2020), o VANT popularmente conhecido como Drone (em português,
Zangão), possui reconhecimento da comunidade aeronáutica pelo termo Unmanned Aerial
Vehicle (UAV) que, por definição, são aeronaves remotamente pilotadas e podem dispor de
sensores, GPS e câmera. Esses equipamentos são tomados em diferentes classes de acordo com
seu peso e classificação segundo a distinção aerodinâmica, podendo ser modelo de asa fixa -
equipamento capaz de cobrir uma área maior que 200 hectares com boa autonomia e também o
uso de multirotores – aeronave de rotores com uma mecânica mais simples e mais acessível no
mercado.
Segundo Tommaselli (2009) a aerofotogrametria é uma vertente da ciência da
fotogrametria, quando aliada a tecnologia dessas aeronaves possibilitando realizar captações de
fotografias com coordenadas geográficas do local do projeto de estudo. Diante dessas
aplicações é possível executar sobrevoos pré-planejados em áreas de interesse, podendo gerar
produtos cartográficos com maior detalhamento da situação, como por exemplo, a quantificação
do percentual de vegetação, topografia do terreno e classificação do uso e ocupação do solo. Se
tornando então, uma excelente ferramenta para as questões ligadas ao meio ambiente.
Em 2004 a prefeitura Municipal de Tietê – SP adquiriu uma área distante de apenas
4 quilômetros da cidade e que foi instituído o Parque Ecológico Cornélio Pires, referência a um
artista de grande reconhecimento local e nacionalmente devido suas obras. No ano de 2015 o
12

parque foi indicado como área destinada a cumprir um TCRA (Termo de Compromisso
Ambiental) em uma infração ambiental aplicada ao município, através de uma análise da área
que mostrava a capacidade de receber o plantio de mudas. Foram realizadas na época o plantio
de 8.500 mudas no entorno do parque, o que totalizou 25% da área total, como consta no
relatório gerado pela Secretaria de Meio Ambiente no momento do plantio.
No entanto, sabe-se que esse plantio não obteve sucesso no seu desenvolvimento
devido a várias razões, como: fatores climáticos, falta de manutenção e reposição das mudas
mortas, presença de animais herbívoros e também a troca da equipe responsável pelo andamento
do projeto.
Diante da dificuldade em obter um diagnóstico mais detalhado com boa otimização
do tempo no levantamento de informações em campo, percebeu-se que o uso de um VANT
poderia suprir tal necessidade;
Em vista desses fatos, o objetivo deste trabalho realizou o levantamento dos
aspectos ambientais do parque ecológico no município de Tietê-SP, por meio do uso de VANT,
para direcionar o plantio de arvores, bem como monitorar o desenvolvimento da restauração da
vegetação local, visando comparar o custo e o tempo, para realização do trabalho, com relação
ao método convencional.
13

2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Degradação Ambiental
Entende-se como degradação ambiental a ação causada por uma ação antrópica ou
também podendo ser por causa natural, onde o ato provocado em um determinado local
impossibilita ou reduz a capacidade produtiva de uma espécie (FAO, 2000). Também são
atribuídos a degradação ambiental eventos naturais como fatores climáticos extremos.
Atualmente tem como um dos principais fatores da degradação ambiental ações como extração
de madeira e o uso sem manejo adequado do solo. (HÜTTL E SCHNEIDER, 1998).
Segundo Spadotto(2002) define-se impacto ambiental como sendo qualquer alteração
causada por qualquer forma de matéria ou energia provocada por atividade antrópica direta ou
indiretamente e que causam desequilíbrio nas propriedades físicas, químicas e biológicas do
meio
Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 determina critérios para proteção e conservação e
orienta para um desenvolvimento sustentável. A lei objetiva o equilíbrio e proteção dos recursos
com avanços da humanidade (BRASIL, 2012).
São efeitos do desmatamento; Erosão e compactação ocasionando a perda de nutrientes
do solo. Os efeitos do desmatamento são ainda mais severos, limitando o manejo sustentável
causando um desequilíbrio no ciclo de renovação dos recursos. (Fearnside, P.M. 2020.).
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) o desmatamento na Amazônia está
em torno de 20.000 km² por ano.
Desde muito cedo observamos iniciativas para minimizar os impactos gerados ao meio
ambiente causadas por atividades antrópicas. Como constatamos na obra de Rodrigues et al.
(2015), uma das primeiras iniciativas destinadas a mitigar os impactos negativos na história da
restauração florestal no Brasil é o caso da Floresta Nacional da Tijuca, localizada no Rio de
Janeiro, no ano de 1862. Estima-se que em um período de 13 anos foram plantadas mais de 100
mil árvores, principalmente espécies de formação da Mata Atlântica.
No Brasil, a degradação ambiental está presente na maioria das atividades que não
adotam a pratica sustentável. Entre 50% e 70% das áreas de pastagem para atividade de criação
de animais apresentam algum tipo de degradação. (Dias-Filho, 2014).
Segundo HARTENTHAL, (2020) a mineração, presente em todo país, também
apresentam grande potencial de degradação. Ainda segundo HARTENTHAL, (2020), o que
dificulta o sucesso da recuperação e eleva o custo do processo é o não início das atividades
recuperadoras simultâneas com o processo exploratório.
14

Entende-se como degradação ambiental a ação causada por uma ação antrópica ou
natural, onde o ato provocado em um determinado local impossibilita ou reduz a capacidade
produtiva de uma espécie (FOOD AND AGRICULTURE, 2000). Também são atribuídos a
degradação ambiental eventos naturais como fatores climáticos extremos, mas ações como
extração de madeira e o uso sem manejo adequado do solo como principais fatores de
degradação. (HÜTTL E SCHNEIDER, 1998).
Segundo Spadotto (2002) define-se impacto ambiental como sendo qualquer
alteração causada por qualquer forma de matéria ou energia provocada por atividade antrópica
direta ou indiretamente e que causam desequilíbrio nas propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio.

2.2 Técnicas Convencionais de Monitoramento


2.2.1 Satélite Artificial
Satélites são equipamentos que operam na órbita da terra capturando informações
relacionado a superfície terrestre e os objetos. Por operarem a altitudes elevadas, conseguem
capturar dados de uma grande porção do território (EPIPHANIO, 2002).
Segundo a empresa Pix Force (2018) o tamanho e outras características de um
satélite depende muito de sua finalidade. Os Satélites Ambientais Operacional Geoestacionário,
modelo que se aproxima da finalidade desse estudo contém câmeras que registram imagens da
superfície, estão situados a 36 mil quilômetros de altura, se movem na mesma direção e
velocidade que a Terra e podem levar alguns dias para passar ao mesmo ponto novamente.
Segundo FLOREZANO (2008), sensores embarcados em satélites são
equipamentos capazes de registrar a energia refletida pela superfície terrestre, essa energia é
processada e transformada em imagens a serem interpretadas.
Ainda segundo o mesmo autor as imagens obtidas por satélites podem ser utilizadas
em diversos estudos e monitoramento. Com a interpretação dessas imagens é possível realizar
a previsão do tempo, estudar eventos provocados pelo oceano, identificar o surgimento de
furacões, queimadas e monitorar avanço do desmatamento.
Os primeiros satélites atribuídos a geração de índices de vegetação para
identificação de áreas de degradação ambiental eram compostos de sensores de baixa resolução
e um tempo maior para próximo registro, mesmo assim contribuíram com a utilização nesses
estudos (Meirelles et al., 2004). Ainda assim, indicavam focos de calor do processo de queima
(Abdon et al., 1995) e o avanço do desmatamento (Mantovani e Amaral, 1995).
15

O monitoramento em grandes áreas ou áreas de difícil acesso tem a contribuição de


informações geradas através de satélites. No ano de 2005, satélites registram a maior ocorrência
de focos de incêndio em floresta no Estado do Acre (DE ALBUQUERQUE et al., 2007).
Segundo VALERIANO (2015), o Brasil ainda utiliza o sistema de Programa de
Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (PRODES) mas que passou por atualizações. Na
versão Analógica trabalhava com escala fixa de 1:250.00, ou seja, 1 centímetro equivale a 2,5
quilômetros e que com novas atualizações a resolução passa de 100 a 15 metros.

2.2.2 Sensores Aerotransportados


OLIVEIRA E FRANCISCO (2012) expõe sobre a evolução na forma de captura
dessas imagens, por meio da popularização de algumas ferramentas para interpretação de dados.
As imagens capturadas são mais detalhadas, podendo identificar melhor os objetos essas
informações são obtidas através de sensores aerotransportados, ou seja, sensores embarcados
em aviões, helicópteros ou balões.
Ainda segundo OLIVEIRA E FRANCISCO (2012), a obtenção desses dados
através de sensores aerotransportados está sendo mais usados por grandes empresas, como
indústria do petróleo & gás, mineração, rodovias e governos. As imagens obtidas por aviões
podem ser utilizadas em complemento com as imagens obtidas por satélites, cada uma com sua
especificação.
Panizza e Fonseca (2011) mostra que para realizar o levantamento de uma área, o
avião voa em linhas determinadas, paralelas e espaçadas visando alcançar uma cobertura
mínima para conseguir a sobreposição das fotografias obtendo a visão estereoscópica.
Segundo Carvalho e Edilson Alves de (2009) para o sucesso de um produto obtido
por levantamento aéreo é preciso que o mesmo objeto apareça pelo menos duas vezes em
fotografias sucessivas. Ao realizar a sobreposição dessas imagens obtém a percepção
estereoscópica ou visão tridimensional.

2.3 Geoprocessamento no Estudo Ambiental


Com objetivo de auxiliar no manejo sustentável dos recursos naturais e no estudo da
terra, surge na década de 60, nos Estados Unidos e Canadá, o Sistema de Informação Geográfica
(SIG) (BOLFE, 2011).
No Brasil, na década de 50, já havia relatos do estudo de fotografias aéreas para
quantificação de aéreas de vegetação, mas observou-se aumento no uso do sensoriamento
16

remoto a partir da década de 90 em função do uso desses estudos voltados ao melhoramento


agrícola. (TOPPA et al., 2013).
Segundo Valente (2005), o Sistema de Informação Geográfica (SIG) contribuiu para a
preservação ambiental uma vez que possibilitou a confecção de mapas de prioridade em menor
tempo. Os dados gerados através do SIG são confiáveis e demandam menos custos comparados
com técnicas que precisam da identificação no local (BANKS-LEITE et al., 2011).
Segundo Simon e Cunha (2008), o SIG pode ser utilizado para a verificação de
transformações do espaço, principalmente em ações antrópicas as quais demanda pouco tempo
para realização. Ainda conforme Simon e Cunha (2008), devido à alta resolução desses
materiais originários das técnicas obtidas do SIG, é possível utilizar essas matérias em conjunto
com os trabalhos de campo para auxiliar na localização.
Segundo Florenzano (2011), entende-se como princípio do sensoriamento remoto
a ciência capaz de captar a refletância da radiação na superfície terrestre à distância por um
sensor, como por exemplo, um satélite, uma câmera embarcada em um avião ou até mesmo as
imagens registradas por um VANT objeto de estudo deste projeto. Ainda segundo Florenzano
(2011) a necessidade de identificar tropas inimigas e delimitar áreas fez com que surgisse como
tecnologia militar a primeira utilização de sensoriamento remoto, empregada através do registro
fotográfico obtido por soldados em um balão e que, com o passar dos anos e com avanço ainda
da tecnologia oriunda da aplicação militar obteve ciência das primeiras fotografias captadas por
satélites, onde começam a abrir o campo dos benefícios do aproveitamento do sensoriamento
remoto.
Conforme é apresentado por Ribeiro-Júnior (2011), a fotogrametria digital gerada
por aeronaves remotamente pilotada entregam produtos que apresentam precisão e
confiabilidade em comparação com fotogrametria obtida por métodos convencionais, como o
de sensores embarcados em aviões.
As imagens obtidas pelos sensores são compostas por pequenas celas com
identificação de coordenadas, essas celas são a menor unidade para composição de uma imagem
e recebem o nome de pixel (Picture Element), que representa a resolução da qualidade de uma
imagem. Quando o pixel representa uma porção no terreno, o termo adotado passa a ser
chamado GSD (Ground Sample Distance), ou seja, o pixel representado na porção de um
terreno representará em centímetros.
Segundo Crósta (2002) com o processamento das fotos obtidas pelo sensoriamento
remoto, é possível extrair as informações armazenadas nesses arquivos através de
17

computadores potentes e softwares específicos para que seja realizado a identificação e


interpretação do assunto.

Figura 3: Relação GSD - Pixel

Fonte: Droneng³

As fotografias aéreas são identificadas conforme a posição em que foi registrada


pelo sensor, sendo, verticais quando capturadas em relação ao aparelho, ou, oblíquas quando
possuem um ângulo de inclinação em relação ao solo e as mesmas são divididas em
subcategorias podendo ser alta e baixa-oblíqua que se diferenciam em mostrar ou não o
horizonte. A figura abaixo,0 está representando cada categoria e suas diferenças: (a) vertical;
(b) baixo – oblíqua; (c) alto-oblíqua; (d) par convergente. (TOMMASELLI, 2009).
18

Figura 4: Identificação ângulo de captação.

Fonte: Tommaselli, 2009

Para que seja possível a realização do levantamento com drones é feito antes da ida
ao campo um dos procedimentos de planejamento via Ground Control Station (GCS), onde
através de um software ou aplicativo seja configurado todos os padrões utilizados no
levantamento, assim como a demarcação dos pontos por onde o equipamento deverá fazer sua
cobertura.
Nesse projeto o GCS utilizado foi o PIX4D o qual foi configurado para voo a uma
altura de 80 metros com sobreposição de fotos frontal 70% e sobreposição de fotos laterais de
60%, resultando na operação de apenas um voo com cobertura por completo da área objeto de
estudo.

2.4 VANT e suas Especificações


Segundo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA, 2020), VANT são
Aeronaves Não Tripuladas, popularmente conhecido como drones, com capacidade de
embarcar sensores. Os VANT podem ser classificados segundo seu peso e também sua
aerodinâmica em modelos multirotores (Figura 1), que são aeronaves de rotores capazes de
19

cobrir áreas menores, mas que possui uma ótima estabilização possibilitando voos mais precisos
em situações exigentes e o uso dos modelos asa fixa (Figura 2), que são equipamentos mais
robustos similares a um aeromodelo com capacidade de cobrir em um só voo áreas maiores que
200 hectares.

Figura 1: Multirotor

Fonte: Próprio Autor.


20

Figura 2: Asa Fixa

Fonte: Mappa²

2.5 Legislação
2.5.1 Legislação no Brasil
Atualmente a aquisição de um VANT para prática de hobbies ou para aplicação
comercial tem mostrado um crescimento significativo. No Brasil são em média 80 mil drones
com registro ativo segundo ANAC (2020). Com a popularização do equipamento foi necessária
adoção de algumas práticas e obrigações para o seu manuseio.
Segundo consta na Instrução “Aeronaves não tripuladas e o Acesso ao Espaço
Aéreo Brasileiro” (ICA 100-40 2020) para operação de VANT no Brasil é obrigatório que o
equipamento utilizado esteja homologado pela Agência Nacional de Telecomunicação
(ANATEL), cadastramento do operador responsável na Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC), solicitação da autorização de voo na plataforma do Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA), e o preenchimento da Avaliação de Risco Operacional (ARO) como
consta no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC-E 94) também vinculado
a ANAC (2020).
21

Ainda segundo ANAC (2020), o contrato de Responsabilidade Civil do Explorador


ou Transportador Aéreo (R.E.T.A.) é obrigatório no mercado da aviação civil e também
aplicado no segmento dos VANTs quando empregado de forma comercial, sendo esses os
principais requisitos para atuação no mercado.

2.6 Aplicação de VANT em Estudo Ambiental


O que se nota é uma crescente aplicação de novas tecnologias como o uso de VANT
em uso do sensoriamento remoto. O VANT, como citado anteriormente apresenta vantagens no
manuseio técnico e em relação aos custos comparados com levantamento convencional
(FERREIRA et al., 2013).
As imagens obtidas por satélites são complementares aos estudos, porém, com
avanço da tecnologia e o emprego dos VANT, permitem um detalhamento maior do assunto,
atua diretamente na área estudada e não sofre interferência de nuvens. (SAMPAIO et al., 2020).
Devido a sua agilidade em capturar imagens e gerar dados em tempo real com
qualidade e detalhamento, esses equipamentos estão tendo sua importância ainda mais em
fiscalização de áreas degradadas (DA SILVA et al., 2019).
A aplicação de novas tecnologias tem se mostrado cada vez mais presente em
diversos mercados, inclusive no segmento ambiental. No ano de 2015, a World Wildlife Fund
(WWF), organização não governamental, lançou o projeto “Ecodrone” com a iniciativa de
utilizar a tecnologia em benefício da conservação florestal. No Brasil, o projeto tem como
principal área de atuação a floresta Amazônica, onde a utilização de drones tem função principal
de fiscalização e mapeamento de regiões com andamento para restauração (WWF-BRASIL,
2015).
Segundo Longhitano (2010), no estado de São Paulo o maior índice de desastres
com produtos químicos é no transporte de carga perigosas. Longhitano (2010) nota que com
objetivo de diminuir o impacto significativo causado por esses acidentes é imprescindível que
seja realizado uma avaliação e monitoramento emergencial do acontecido, e entende-se que
aplicação de VANT nessas questões estão colaborando para um diagnóstico mais rápido e
eficaz para que possa tomar decisões mais assertivas.
Costa Junior (2017) afirma em seu trabalho de monitoramento no Rio M’Boicy o
valor de novas tecnologias, como uso do VANT colabora para identificação de problemas
ambientais e fornece informações precisar para evitar esses problemas.
22

Buffon, Paz e Sampaio (2017) demostram em seu artigo, como o levantamento


aéreo com veículo não tripulado colaboraram para demostrar, através da interpretação de mapas
a validade dos índices de vulnerabilidades a inundações urbana.
Lozynskyi et al. (2016) utilizou um VANT para realizar estudos topográfico após
um deslizamento na cidade de Lviv, na Ucrânia. Os resultados foram validados como
satisfatórios comprovando a efetividade técnica.
Lopes, Mozer e Carli (2018) determinaram através de imagens obtidas por Veículo
aéreo não tripulado, a quantidade gerada de biogás em um aterro controlado de Resíduos
Sólidos. O desenvolvimento da análise se deu através da interpretação dos produtos gerados
pelo processamento das imagens, onde os dados extraídos permitiram a obtenção do valor
máximo de geração de metano no local.
23

3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Diretrizes para a Elaboração do Monitoramento da Área com VANT
Essa etapa consiste em especificar a localização da área projeto de estudo, mostrar
o material que será empregado para o desenvolvimento do projeto, e também descrever os
métodos para obter os resultados.
Figura 5 – Fluxograma das etapas preparatórias do levantamento

Fonte: Próprio Autor.


24

3.1 Área Projeto do Estudo


O parque ecológico de Tietê – SP é uma área situada no bairro Sapopemba com
área total de 4 alqueires contendo área verde, Centro Cultural e Ecológico Cornélio Pires, lagos
para pesca e estacionamento.
A propriedade está localizada nas coordenadas longitude 217634.34 m E e latitude
7444880.85 m S na zona 23k. O local está nos limites da APA Tietê que objetiva a proteção
das áreas remanescentes de vegetação natural, nas quais ocorrem espécies da fauna e flora local
que são essenciais para a preservação do rio Tietê. O Parque ecológico de Tietê tem grande
representatividade nesse quesito, pois apresenta remanescente florestal contribuindo para o
espaço da educação ambiental, muito utilizado nessa área. Na Figura 1 é possível visualizar a
localização e o trajeto de acesso ao parque.
Figura 1: Localização do Parque Ecológico de Tietê -SP.

Fonte: Próprio Autor.

3.3 Veículo Aéreo não Tripulado


O equipamento utilizado nesse projeto é o multirotor modelo Phantom 4 Pro. De
acordo com o manual da aeronave, o modelo Phantom 4 Pro da fabricante DJI possui uma
autonomia de 30 minutos para voo, para cobrir até 60 hectares a uma altura de 400 pés,
correspondente a 122 metros de altura, alcançando uma precisão de até 2 centímetros devido
ao seu sensor mecânico de 1 polegada. Possui uma estabilização perfeita por motivo da
25

compensação de um gimbal, um mecanismo que garante a estabilidade da câmera e


possibilitando uma qualidade maior na hora da captação das imagens. Na imagem abaixo é
apresentado o equipamento utilizado neste projeto, composto de um multirotor e rádio
controlador.

Figura 1: Preparação do equipamento para início da operação.

Fonte: Próprio Autor.

3.4 Métodos
3.4.1 Planejamento de voo
O levantamento da área do parque teve duração total de 18 minutos, tempo este
previamente programado antes da operação. As sobreposições das fotos foram programadas
para sobreposição frontal de 70% e sobreposição lateral de 60%. A decolagem da aeronave foi
realizada no ponto mais alto da propriedade e com uma boa posição para que fosse possível a
observação do equipamento durante a operação.

3.4.2 Estação de controle no Solo (GCS)


Com auxílio do Pix4D software de planejamento de voo para fotogrametria, foram
definidos os parâmetros com base em testes realizados em campos e a cobertura da área que
precisamos para o estudo. Como é possível observar na Figura 2, o software utilizado no projeto
permite que tenha informações antes mesmo de ir a campo. Sendo assim, é possível uma
26

visualização do tamanho da área coberta pelo levantamento, estimativa do tamanho do pixel


podendo ser configurado, tempo de voo, ângulo da câmera, iso, velocidade de obturador e
balanço de branco para uma melhor qualidade das fotografias.

Figura 2: Interface de trabalho do planejador de voo.

Fonte: Próprio Autor.


Com a tecnologia do home point, ou seja, capacidade de o equipamento registrar as
coordenadas do local de onde está decolando, a aeronave saiu e retornou ao mesmo ponto. Essa
ação entrega maior segurança na operação, uma vez que, em caso da perca de sinal o
equipamento retorna de forma totalmente autônoma para o seu ponto inicial, garantindo a
integridade da aeronave.
Após constatado todos itens do checklist pré-voo é dado início a operação com a
decolagem do ponto registrado. Na Figura x é possível visualizar o equipamento em
acionamento e iniciando a decolagem até altura configurada. Após atingir a altitude
programada, o equipamento se desloca até as coordenadas demarcadas realizando assim a
captura das imagens do local desejado.
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Figura x: Momento de início da operação com programação do voo autônomo.

Fonte: Próprio Autor.

Durante o processo de captação das imagens de forma continua e programada, o


operador tem a capacidade de acompanhar e verificar se a área está sendo abordada conforme
os padrões configurados anteriormente.
Caso fosse necessário a intervenção de forma manual é possível que seja feita a
ação, mantendo a segurança sempre em primeiro lugar, inclusive, na presença de outra aeronave
no espaço aéreo em que está sendo realizado o sobrevoo. O acionamento interrompendo a
operação poderá ser realizado de forma manual, retomando por completo o controle pelo
operador ou acionando a função return to home conforme configurado o home point
anteriormente. Conforme a fotografia y é possível notar o operador em acompanhamento
durante a operação.
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Figura y: Acompanhamento do desenvolvimento do levantamento.

Fonte: Próprio Autor.

3.5 Processamento das Imagens Obtidas


Após o levantamento em campo dá início ao processo de processamento das
imagens no software. O processamento do levantamento do projeto do Parque Ecológico de
Tietê - SP deu-se através do programa Agisoft Photoscan, um software autônomo que realiza
processamento fotogramétrico de imagens digitais que geram dados espaciais, sendo os mais
utilizados Modelo Digital de Superfície (MDS), Modelo Digital do Terreno (MDT), Curvas de
nível, Modelo 3D e ortomosaico.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao final do processo, foram coletadas 162 imagens em um sobrevoo em altitude
média de 80. Como já se sabe, foi utilizado o multirotor Phantom 4 pro da fabricante DJI e com
câmera contendo distância focal de 24mm, gerando um GSD de 2,8 cm. As informações obtidas
servirá para compor um novo relatório de plantio no Parque Ecológico de Tietê – SP.
Com a otimização do tempo visto nesse projeto e com a geração de dados em
tempos reais, entendemos o quão é possível agir de forma mais ágil em situações de fiscalização
e monitoramento ambiental.
A tabela x demostra o tempo decorrido de serviço para a realização desse
levantamento desde seu planejamento em escritório, o tempo total da operação para captura das
imagens e o tempo total do processamento para geração dos produtos obtidos das imagens.

Tabela 1: Distribuição do tempo de serviço

Tempo de planejamento 00:20:00


Temmpo da execução do voo 00:18:00
Tempo do processamento 02:15:00
Total de horas 02:53:00
Fonte: Próprio Autor.

Em escritório a praticidade na geração dos dados, uma vez que esse processo é
realizado de forma programada no software. A primeira etapa do processamento foi ajustar o
alinhamento das fotografias possibilitando a geração da nuvem de pontos expressa em um
sistema de coordenadas tridimensional (figura x). Com a nuvens de pontos o programa
reconhece as diferentes altitudes e objetos no local e que serão construídos na sequência do
processamento.
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Figura: Alinhamento das fotos e geração da nuvem de pontos.

Fonte: Próprio Autor.


Na sequência temos a criação da ortofoto, entende-se como a última etapa do
processamento onde o software realiza a correção do posicionamento das fotos e realiza a união
de todas fotografias tornando em um só produto. Com o mosaico de ortofoto é possível importar
o arquivo gerado em outros softwares para que possa explorar o material e extrair novas
informações para análise, como por exemplo, a confecção de mapas e a vetorização dos
assuntos presentes na imagem.
A figura X demostra o mosaico de ortofoto finalizado, nele é possível realizar a
interpretação de forma visual como identificação de construções, tipos diferentes de vegetação
pela sua textura, rios e lagos, acesso de estradas e sinais de degradação. Esse processo é também
realizado por outros tipos de softwares onde é possível realizar a caracterização dos assuntos,
conforme iremos observar mais abaixo.
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Figura: Ortofoto - Parque ecológico de Tietê.

Fonte: Próprio Autor.


A ortofoto é o principal produto utilizado nesse projeto, através dele foi possível
realizar as caracterizações das feições, como área de preservação permanente e área destinada
a novos plantios. Na figura x é demostrado a caraterização do local do Parque Ecológico de
Tietê que foi construído através do programa Quantum Gis (QSIS) e pela sua classificação
demostra o local que possibilita o recebimento de novas mudas de árvores em cumprimento do
Termo de Conduta Ambiental.
Entende-se também que a geração dessas imagens tem como objetivo entender todo
aspectos ambientais da área e fornecer informações para tomada de decisão, mas que não
dispensa nessa ocasião a análise in loco.
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Figura: Caracterização e demarcação possível área de plantio.

Fonte: Próprio Autor.

Observamos a qualidade e detalhamento nas informações que compõe a imagem


em comparação com outros materiais obtidos de forma convencional, como por exemplo, a
comparativa com a ortofoto originada através de sensores aerotransportados, como no caso da
ortofoto disponibilizada no site DataGeo – Sistema Ambiental Paulista e que apresenta um
material desatualizado em 10 anos e com um nível de detalhamento inferior ao arquivo gerado
por um veículo aéreo não tripulado.
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Figura: Ortofoto Parque Ecológico de Tietê, 2011.

Fonte: Próprio Autor.


Em comparação com a imagem capturada por sensores em satélites é possível
observar (figura x) uma cobertura maior da área estudada, porém com um nível de detalhamento
menor fornecida pelas imagens capturadas por um veículo aéreo não tripulado e da ortofoto
gerada por levantamento com avião.
Figura: Imagem Satélite – Landsat 2010.

Fonte: Próprio Autor


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As imagens disponibilizadas em banco de imagens fornecido por órgãos federais,


institutos ou Ongs apresentam em sua maioria um período longo do levantamento das imagens,
podendo ocasionar erros nas interpretações de materiais, como alteração já existente dos
ecossistemas como no impacto gerado por alguma ação.
Entende-se por esse estudo que, as imagens em seus diferentes métodos de
levantamento devem ser utilizadas em complementos para agregar na interpretação e
resultados. Cada material apresenta sua especialidade, mas em situações de estudo local, que
demanda uma boa otimização do tempo no levantamento de dados e um custo menor as imagens
realizadas por veículos aéreos tem se saído em destaque.
Com avanço da tecnologia dos Vant não encontramos valores referentes ao
levantamento e monitoramento realizado por avião, porém, ao realizar uma estimativa de preço
da locação de uma aeronave sai em média R$9.500,00 e devemos incluir ainda valores do
equipamento, processamento das imagens e profissional responsável pelo levantamento. Já em
contrapartida estimamos o valor referente ao levantamento com veículos aéreos não tripulados
em média R$1.500,00 a R$5.000,00, esses valores podem variar conforme tamanho da área,
grau de dificuldade e produtos gerados.
Com auxílio do equipamento foi possível identificar a irregularidade e através das
coordenadas registrada na fotografia foi possível deslocar a equipe de campo até a local origem
do impacto. Nessa situação por se tratar de um local conhecido e uma distância menor do
deslocamento é possível constatar através do deslocamento em solo, mas o que queremos
demostrar é que a mesma situação em uma área mais restritiva e de difícil acesso só seria
identificado com o auxílio de um drone e com a otimização do tempo para gerar mapas teríamos
uma ação fiscalizadora ainda mais precisa em curto tempo.
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Figura: Identificação de descarte irregular

Fonte: Próprio Autor


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6 CONCLUSÃO
O método apresentado neste trabalho com aplicação de VANT para o levantamento
dos aspectos ambientais não tem como objetivo a sua individualidade ou substituição dos
métodos convencionais de levantamento e monitoramento ambiental, mas sim de agregar
ferramentas para o enriquecimento dos dados com maior qualidade.
O fator mobilidade é destacado nesse projeto como ponto favorável pelo método
apresentado, visto que, todo conjunto dos equipamentos pode ser manuseado por uma equipe
de até duas pessoas, sem a necessidade de um grande número de pessoas em campo.
O equipamento utilizado assim como seus acessórios são encontrados no mercado
brasileiro, o que favorece para um custo ainda mais baixo em relação ao levantamento
convencional, onde entendemos que uma diária de levantamento com VANT não cobre nem
uma hora de levantamento com avião.
O levantamento foi aplicado no Parque Ecológico do município de Tietê – SP, onde
os materiais originados do processamento das imagens serviram para quantificar a área de
vegetação no local. Neste trabalho conseguiu-se, avaliar a área com maior detalhamento e
qualidade dos produtos, possibilitando mais informação para tomada de decisões na atualização
do plano de plantio do local.
Com este trabalho e o sucesso do levantamento no Parque pretende-se expandir para
realização em áreas mais críticas e maiores.
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIANCHI, A.C.M.; ALVARENGA, M.; BIANCHI, R. Manual de Orientação: Estágio


Supervisionado. Ed. Pioneira Thomson Learning, 3ª Ed., São Paulo, 2003, 98p.

SOLOMON, D.V. Como Fazer uma Monografia. Martins Fontes, S.Paulo, 2000. 412p.

SOUZA, A.C.; FIALHO, F.A.P.; OTANI, N. TCC: Métodos e Técnicas. Ed. Visual Books,
Florianópolis, SC, 2007, 160p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Apresentação de


citação de documentos: Rio de Janeiro, 2002.

______________. NBR. 6024 – Numeração progressiva das seções de um documento. Rio de


Janeiro 2003.

______________. NBR. 6027 – Sumário. Rio de Janeiro, 2003.


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ANEXO A

TÍTULO DO ANEXO
39

APÊNDICE A

TÍTULO DO APÊNDICE

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