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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ – PUCPR

CAMPUS TOLEDO
CURSO DE AGRONOMIA

JOELSON CZYCZA
GUSTAVO DONASSOLO
LUCAS DOS SANTOS
MAYARA SCUZZIATTO
MAYARA VIEIRA

TRABALHO DICENTE EFETIVO PORTFÓLIO DE CONDUÇÃO DE ESPÉCIES


OLERÍCOLAS

TOLEDO
2019
JOELSON CZYCZA
GUSTAVO DONASSOLO
LUCAS DOS SANTOS
MAYARA SCUZZIATTO
MAYARA VIEIRA

TRABALHO DICENTE EFETIVO PORTFÓLIO DE CONDUÇÃO DE ESPÉCIES


OLERÍCOLAS

Relatório de atividade de aula prática


apresentado à disciplina de Olericultura II,
do curso de Agronomia da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná.
Professora: Idiana Marina Dalastra

TOLEDO
2019
1. INTRODUÇÃO

As hortaliças possuem grande importância nutritiva na alimentação humana,


desta forma seu consumo deve ser estimulado devido seu grande fornecimento de
vitaminas e sais minerais, como é o caso da Alface Lactuca sativa que é o mais
popular dentre as hortaliças folhosas que são consumidas. Objetivando a obtenção
de plantas mais vigorosas e produtivas, o método de propagação mais empregado é
o sistema de produção de mudas em bandejas multicelulares de poliestireno
expandido, sendo posteriormente transplantadas em canteiros (MARQUES et al.,
2003).
No caso do Brócolis (Brassica oleracea var. Italica Plenck) seu consumo vem
demonstrando incrementos significativos, principalmente por fatores como seu alto
valor nutritivo, grande atratividade visual aos consumidores, propriedades
nutracêuticas, formação de glucosinolatos e seu preparo rápido e fácil. Também é
observado um crescimento expressivo na em sua área cultivada, devido sua maior
rentabilidade por área quando comparada à produção de grãos, porém possui a
limitação da alta demanda por mão de obra nas operações de manejo (TREVISAN,
2013).
Outra espécie de grande importância econômica no segmento de alimentação
humana é o Pimentão Capsicum annuum L. sendo uma planta arbustiva com sistema
radicular pivotante e profundo. Possui grande aceitação culinária devido seu alto
teor de vitamina C, sendo largamente utilizado na fabricação de condimentos,
molhos, conservas e outros. Seu maior desafio no cultivo é a demanda por água,
sendo considerada alta, evitando o acúmulo de água no solo para diminuir
incidência de patógenos (PINTO et al. 2007).
Diante do exposto, o presente trabalho possui o objetivo de demonstrar, em
formato de portfólio, os tratos culturais realizados, a condução dos canteiros
realizada durante o semestre letivo, e diferentes formas de embalagens para
comercialização de Alface Crespa, Brócolis e Pimentão Vermelho.
2. IMPLANTAÇÃO DAS MUDAS

A implantação das mudas à campo foi realizada no dia 17/08/2019, sendo desta
forma previamente realizado o preparo do canteiro, para remoção dos agregados de
solo de maior diâmetro e para incorporação dos fertilizantes de base (FIGURA 01).

FIGURA 01: Aplicação e incorporação do fertilizante de base.


Fonte: Os autores, 2019.

Após o preparo do canteiro as mudas foram transplantadas em 5 metros de


canteiro para cada espécie (FIGURA 02).

Figura 02: Transplantio das mudas de Alface crespa no canteiro


Fonte: Os autores, 2019.
Figura 03: Transplantio das mudas de Brócolis.
Fonte: Os autores, 2019.

Figura 04: Canteiro com as mudas de pimentão vermelho.


Fonte: Os autores, 2019.
Figura 05: Canteiro com as mudas de alface crespa finalizado.
Fonte: Os autores, 2019.

Figura 06: Canteiro com as mudas de Brócolis finalizado.


Fonte: Os autores, 2019.

3. Tratos Culturais

No dia 21/08/2019 foi realizada uma vistoria no canteiro para verificar a


necessidade de tratos culturais e verificar o pegamento das mudas, sendo observado o
não pegamento de 6 mudas de Pimentão Vermelho e 3 mudas de Alface Crespa. Sendo
realizado o replantio das mudas no dia seguinte (22/09).
Figura 07: Vistoria do canteiro de alface no dia 21/08/2019.
Fonte: Os autores, 2019.

Figura 08: Vistoria no canteiro de Brócolis no dia 21/08/2019.


Fonte: Os autores, 2019.
Figura 09: Vistoria no canteiro de Pimentão vermelho no dia 21/08/2019.
Fonte: Os autores, 2019.

Figura 10: Vista panorâmica do canteiro na vistoria do dia 27/08/2019.


Fonte: Os autores, 2019.
No cultivo da alface crespa, entre os fertilizantes o nitrogênio é considerado o
nutriente limitante, devido a planta ser composta por grande numero de folhas sendo a
hortaliça que apresenta os teores mais elevados de N, considerando isso a deficiência do
nutriente pode retardar o crescimento, prejudicar a formação da cabeça e apresentar
elevada clorose nas folhas mais velhas (SALA et al., 2008).
Entretanto a aplicação em excesso de N pode reduzir a produção e a formação da
cabeça assim como elava a senescência foliar. Além dos efeitos do excesso na planta,
pode causar graves danos a saúde humana pelo acúmulo de nitrato, que quando ingerido
em grandes quantidades leva a formação de nitrito o que pode ocasionar a inibição de
transporte do oxigênio no sangue (SALA et al., 2008).
As doses recomendadas de adubação nitrogenada variam de 60 a 100 kg há-1,
assim a dose utilizada na condução do canteiro foi a de 100 kg há-1, sendo parcelada em
três aplicações, onde a fonte do nutriente utilizada foi a Uréia (46% N). Para a aplicação
o insumo foi primeiramente pesado e dissolvido em água com auxilio de garrafa pet, na
sequencia a solução foi inserida em regador e realizada a aplicação sobre a cultura.

Figura 11: Dissolução da Uréia com auxilio de garrafa pet.


Fonte: Os autores, 2019.
Figura 12: Abastecimento do regador para aplicação.
Fonte: Os autores, 2019.

Figura 13: Aplicação da primeira dose de N no canteiro no dia 27/08/2019


Fonte: Os autores, 2019.
No dia 28/08/2019 foi realizada a aplicação de inseticida Inseticida Connect ®
(Beta-ciflutrina 12,5 g/L; Imidacloprido 100 g/L) objetivando o controle de larva-
alfinete (diabrotica speciosa) e também na oportunidade foi realizada a aplicação do
fungicida sistêmico Azimut® (Azoxistrobina 120 g/L; Tebuconazol 200 g/L) para
tratamento preventivo de patógenos.

No dia 03/09/2019 foi realizada uma vistoria no canteiro para verificar a


necessidade de tratos culturais, assim como a incidência de pragas e patógenos e
acompanhar o desenvolvimento das culturas implantadas. Sendo observado o
desenvolvimento normal das plantas.

Figura 14: Vistoria no canteiro de Alface crespa dia 03/09/2019.


Fonte: Os autores, 2019.
Figura 15: Vistoria no canteiro de brócolis dia 03/09/2019.
Fonte: Os autores, 2019.

Figura 16: Vistoria no canteiro de Pimentão Vermelho dia 03/09/2019.


Fonte: Os autores, 2019.

No dia 04/09/2019 foi realizada a segunda aplicação de adubação nitrogenada


em cobertura na cultura da Alface crespa, onde a fonte do nutriente utilizada foi Uréia
(46% N).
Figura 17: Preparação da uréia para dissolução.
Fonte: Os autores, 2019.

Figura 18: Preparação do nitrogênio em regador.


Fonte: Os autores, 2019.
Figura 19: Aplicação da segunda dose de N na Alface dia 04/09/2019.
Fonte: Os autores, 2019.

No dia 13/09/2019 foi realizada a aplicação de defensivos no canteiro, sendo


utilizado o Inseticida Connect® (Beta-ciflutrina 12,5 g/L; Imidacloprido 100 g/L)
objetivando o controle de pulgões, mosca branca, vaquinha e possíveis lagartas. Na
oportunidade, também foi realizada a aplicação de mancozeb com objetivo de controle e
prevenção de patógenos.
No dia 14/09/2019 em aula prática foi realizada nova vistoria e realização dos
tratos culturais necessários para o estádio das culturas. Na vistoria foi possível
diagnosticar que a segunda aplicação de N na Alface ocasionou a queima e morte de
algumas plantas, devido a alta concentração do nutriente aplicado sobre as folhas da
cultura. Desta forma houve a necessidade de replantio de algumas mudas.
Figura 20: Canteiro de Alface com as mudas replantadas.
Fonte: Os autores, 2019.

Na oportunidade também foi realizado a pratica de amontoa nas plantas de


Brócolis, está pratica não é muito adotada devido ao baixo retorno, porém devido à
ocorrência de ventos fortes na região do canteiro justifica a realização do trato para
evitar danos as plantas.
Figura 21: Realização da amontoa nas plantas de Brócolis.
Fonte: Os autores, 2019.

Figura 22: Realização da amontoa nas plantas de Brócolis.


Fonte: Os autores, 2019.
Na data em questão também foi realizada a aplicação da terceira dose de
nitrogênio em cobertura na Alface, totalizando os 100 kg há-1 do nutriente.

Figura 23: Realização da terceira aplicação de N cobertura na Alface no dia 14/09/2019.


Fonte: Os autores, 2019.

Figura 24: Registro do canteiro de Pimentão apresentando desenvolvimento satisfatório.


Fonte: Os autores, 2019.
No dia 21/09/2019 foi realizada nova vistoria nos canteiros para acompanhar o
desenvolvimento das espécies e também observar a necessidade de tratos culturais,
dessa forma foi observado desenvolvimento satisfatório do Brócolis e do Pimentão.
A Alface também apresentou desenvolvimento, porém menos expressivo devido
a toxidez por excesso de Nitrogênio, não foi realizado novo transplantio de mudas
devido a significativa diferença de estádio entre as mudas, o que favorece o
desenvolvimento de plantas dominantes e outras dominadas.

Figura 25: Registro do desenvolvimento das plantas de Pimentão na vistoria 21/09/2019.


Fonte: Os autores, 2019.

Figura 26: Registro do desenvolvimento das plantas de Brócolis na vistoria 21/09/2019.


Fonte: Os autores, 2019.
Figura 27: Desenvolvimento menos expressivo das plantas de Alface na vistoria 21/09/2019
Fonte: Os autores, 2019.

Durante a vistoria nos canteiros foi diagnosticado a presença de lagartas (Pieris


rapae) nas plantas de brócolis justificando, dessa forma, a aplicação de inseticida para
seu controle. Também na oportunidade foram vistoriadas as plantas objetivando avaliar
a incidência de pulgões, onde não foi evidenciada a presença da praga.

Figura 28: Incidência de lagartas Pieris rapae nas plantas de brócolis.


Fonte: Os autores, 2019.
Figura 29: Ocorrência de danos por lagartas Pieris rapae nas folhas de brócolis.
Fonte: Os autores, 2019.

Devido a incidência das lagartas Pieris rapae no brócolis, no dia 25/09/2019 foi
realizada a aplicação de Inseticida Connect® (Beta-ciflutrina 12,5 g/L; Imidacloprido
100 g/L) visando seu controle. Na mesma aplicação também foi associado o fungicida
Unizeb Gold® (Mancozebe 750 g/kg) juntamente com adjuvante Aureo® (Ester Metílico
de óleo de Soja 720 g/L) objetivando o manejo preventivo de patógenos em todas as
culturas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARQUES, P. A. A.; BALDOTTO, P. V.; SANTOS, A. C. P.; OLIVEIRA, L.


Qualidade de mudas de alface formadas em bandejas de isopor com
diferentes números de células. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 21, n. 4,
p. 649-651, out./dez. 2003.

SALA, F.C.; COSTA, C.P.; TEIXEIRA, L.D.; FABRI, E.G.; BLAT, S.F. Reação
de cultivares de alface a Thielaviopsis basicola. Horticultura Brasileira,
Brasília, v. 26, n. 3, 2008.

TREVISAN J. N. Crescimento, desenvolvimento e produção de brócolis de


cabeça única. Dissertação de mestrado – 2013. 105p Dissertação (Mestrado
em Agronomia) - Curso de Pós-graduação em Agronomia, Universidade
Federal de Santa Maria, RS.

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