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GUIA PRÁTICO PARA O CULTIVO DO AÇAIZEIRO BRS PAI D`ÉGUA

EM ÁREAS DE TERRA FIRME NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

PARTE 1: PREPARO DE MUDAS

1- Preparo do germinador: O germinador poderá ser feito com tábuas de madeira, alvenaria ou outro material
que possa segurar o substrato em seu interior. Para sua construção, recomenda-se as seguintes dimensões: Altura de
20 cm e largura entre 1,00 a 1,20 metro. O germinador pode ser suspenso ou no chão. Neste último caso, estará mais
propenso ao pisoteio por pequenos animais e/ou ataques de pragas que habitam mais próximas do solo, como por
exemplo, paquinhas, caracoes e lesmas. Caso
suspenso, o assoalho deve ser firme e
permeável para que tenha boa drenagem.
Seu comprimento dependerá da quantidade
de sementes a serem utilizadas. O substrato
poderá ser de areia grossa, pó de serragem
curtida, ou os dois substratos combinados. 25 cm
m

Outros produtos como, fibras de coco e Fig. 1: Dimensões da


caixa do germinador
vermiculita, também podem ser utilizados,
porém os custos geralmente são maiores.

O germinador deverá estar coberto antes do semeio,


podendo ser com filme (plástico transparente) de 100
a 150 micras e sombrite 70% logo abaixo do plástico.
Também podem ser utilizados, palhas de palmeiras ou
telhas de barro comum.

Fig. 2: Estrutura de cobertura e


caixa/bancada suspensa com pé
direito a 2,50 metros de altura.

2- Semeio no germinador: Deverão ser abertos sulcos retos no substrato de uma lateral a outra na
profundidade de 2 cm. As linhas (sulcos) devem ficar afastadas cerca
de 2 cm para facilitar a remoção das plântulas. As sementes devem
ser colocadas de forma alinhada nos sulcos e cobertas com 1cm do
mesmo substrato. Caso preferir, pode depositar as sementes sobre o
substrato e simplesmente espalha-las, tomando o cuidado de não
sobrepô-las. Após isso, molhar o substrato até que ele fique úmido.
Nunca se deve molhar até encharcar o solo.

Fig. 3: forma de semeio no germinador

No caso da semente ser semeada direto no saquinho, basta fazer um pequeno


orifício de 1,5 cm, no centro do saco, colocando-a neste orifício. A semente deverá
ser pressionada suavemente para fixa-la. Em seguida, ela deverá ser coberta com
1 cm de substrato, podendo ser o próprio substrato do saco, pó de serra curtido,
fibra de coco, etc. (Figura 4).

Fig. 4: Semeio direto no recipiente.

Endereço: Rod. BR 316, km 15 – Marituba/PA


Tel.: 55 (91)3236-1680 / Cel./WhatsApp: (91)98846.2024
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Quando o semeio ocorrer em germinadores, deverá ser feita a repicagem (transferência das plântulas para os sacos
plásticos) utilizando sempre as plântulas (mudas pequenas e com raiz nua) mais vigorosas. Esta operação deverá
ocorrer antes da abertura do primeiro par de folhas, no estádio denominado de “palito”, ou imediatamente após esta
abertura. As plântulas devem ter altura da plúmula (folhas novas) entre 5 a 10 cm no momento da transferência para
os saquinhos. Normalmente, isso ocorre entre 30 e 45 dias após o semeio.

Fig. 5: Padrão das plântulas

3- Preparo do substrato para encher os recipientes: Para encher os saquinhos ou tubetes, pode ser feita uma
mistura de 04(quatro) partes de terra preta, para 1(uma) parte de cama de frango ou esterco de gado, bem curtidos.
Caso a terra seja muito arenosa, é recomendável a adição de mais um componente, substituindo uma parte de terra
por outro componente que criem maior capacidade de retenção de água e minerais, podendo ser orgânico ou mineral
como, o caroço de açaí triturado e decomposto ou argila (barro), entre outros.

Fig. 6: composição do
Substrato para encher os
recipientes.

Geralmente, após a mistura dos componentes, este substrato estará ácido e com baixo teor de fósforo. Sendo assim,
deverá ser adicionada a mistura 3g de calcário dolomítico e 2g de superfosfato triplo por litro de substrato, antes de
sua colocação no recipiente. Quando haja a adição do calcário, recomendamos aguardar pelo menos 30 dias para
fazer a transferência (repicagem) das plântulas do germinador para os saquinhos no viveiro.

Para melhor diagnóstico da situação nutricional do solo é prudente realizar uma análise do substrato a ser utilizado.

4- Repicagem: No momento da repicagem, deve ser usado um piquete para perfurar o centro do recipiente
que está com o substrato, a fim de enterrar as raízes das plântulas (Figura
7, passo 1). A perfuração deve ter profundidade proporcional ao tamanho
da raiz. Após as raízes serem introduzidas nesta cavidade, elas devem ser
prensadas contra a parede do orifício. Para esta prensagem utiliza-se do
mesmo piquete, que será introduzido desta vez na lateral próximo ao
orifício (Figura 7, passo 3).

Fig. 7: Forma
de repicagem.

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5- Adubação de cobertura: Um mês após a repicagem para os sacos plásticos, devem ser iniciadas as aduações
de cobertura utilizando macro e/ou micronutrientes. Preferencialmente, as adubações podem ser de dois tipos: 1-
Lavada, onde utilizam-se adubos granulados solúveis em água e 2- Adubos foliares sólidos, também solúveis em água.

Ex1 : Doses de adubo granulado NPK 18 18 18 + 1,25 Mg p/ 500 mudas em 20 litros de água.
Semana 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª
Peso (g) 30 60 60 60 75 75 75 90 90 90 100
Observação:
1- O fertilizante deve ser misturado com água, um dia antes da aplicação. Utilizar um recipiente grande,
agitando bem a calda.
2- No dia da aplicação, agitar bastante a calda novamente.
3- Deve-se utilizar, preferencialmente, um regador com chuveiro na extremidade para a plicação do
adubo.
4- Após cada aplicação, deve-se realizar uma rega, somente com água para eliminar o excesso de sais e
evitar queima das folhas.

Ex2: Doses de Adubo Foliar Sólido NPK 20-20-20 + micronutrientes (0,02%B 0,05%Cu 0,1% Fe 0,1 Mn % 0,1%Zn)
p/ 500 mudas em 20 litros de água.
Semana 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª
Peso (g) 60 70 80 80 80 90 90 90 100 100 100

Observação:
1- O produto deverá ser diluído em um recipiente pequeno e posteriormente colocado em um
pulverizador de 20 litros, que deverá ser completado com água. A solução deverá ser aplicada sobre as
mudas, preferencialmente nas primeiras horas da manhã.
2- Não será preciso fazer a rega após a aplicação.

6- Estrutura do viveiro de mudas: Na


utilização do saco com a dimensão de 15cm de
largura x 25cm de altura x 0,10 micras de
espessura, que depois de cheio terá um diâmetro
de aproximadamente 10 cm, os canteiros poderão
ter entre 100 a 120 cm de largura, permitindo
Fig. 8: Estrutura do
arrumar entre 10 a 12 sacos, respectivamente. 2,5 m viveiro de mudas.
Recomendamos que os canteiros não ultrapassem
os 21 metros de comprimento para facilitar a
colocação dos sombrites de 3 metros de largura,
arrumação dos sacos e retirada das mudas para
embarque. É necessário deixar um corredor com pelo menos 60 cm de largura entre os canteiros, para facilitar o
fluxo de pessoas e equipamentos. Na cobertura, a estrutura de sustentação pode ser de madeira, metal ou alvenaria
e o pé direito deve ter altura superior a 2,50 metros para facilitar o transito de trabalhadores e permitir melhor
arejamento. A cobertura pode ser com filme plástico transparente de 100 a 150µ mais o sombrite de malha 50%
abaixo dele ou pode ser somente o sombrite sabendo-se que neste ultimo caso, não se controla a quantidade de
águas das chuvas no viveiro. As laterais devem ser protegidas do excesso de luz, devendo ser utilizado o próprio
sombrite. Palhas de palmeiras também é uma opção, devendo ser removida paulatinamente conforme o avanço dos
meses, para adaptação das mudas a luz, até que elas fiquem a pleno sol. O sombrite e a palha servem para reduzir o
excesso de insolação e impacto direto das fortes chuvas sobre as mudas em sua fase inicial de crescimento. É
importante saber que as mudas, se cobertas com plástico transparente, precisam ser irrigada diariamente. Já no
viveiro sem o plástico, a irrigação geralmente deve ser feita após 24 horas sem chuva, dependendo da capacidade de
retenção de água no recipiente. Para melhor eficiência e redução de custo de mão-de-obra, é preferível que os
viveiros sejam irrigados por um sistema de irrigação com aspersores ou micro aspersores. Em último caso, utilizar
mangueira com chuveiros na sua extremidade.

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7- Período da muda no viveiro: As mudas em sacos plásticos de padrão (15x25cm),


ficam prontas entre 6 a 8 meses após a repicagem, quando apresentarem entre 40 a
60 cm de altura e diâmetro do coleto acima de 10 mm e com 05(cinco) pares de
folhas maduras (figura 10).

Fig. 9: Mudas após a


repicagem.

Fig. 10: Mudas prontas


para plantio no campo.

8- Dados importantes para calcular da quantidade de sementes no canteiro, mudas no viveiro e no plantio
definitivo:

- Quantidade média de sementes da cultivar BRS – Pai d`égua em substrato de fibra por kg = 850 unid.;

- Poder germinativo: Geralmente = 85%;

- Quantidade de sementes por m² de germinador = 2500 a 3.000 (germinador de 1 e 1,2 metro de largura
respectivamente.)

- Quantidade de mudas por cada 1,6 m² de área no viveiro com canteiros de 1 metro de largura = 100 unid.;

- Quantidade de mudas necessárias ao plantio em espaçamento de 5m x 5m com duas mudas por cova = 800 / hectare;

- Quantidade de mudas necessárias ao plantio em espaçamento de 5,4m x 5,4m em triângulo equilátero = 794 /
hectare;

- Quantidade de mudas a serem produzidas para o espaçamento de 5m x 5m ou 5,4 x 5,4m em triângulo equilátero =
880 / hectare, já considerando as mudas para replantio.

9- Cálculo com base em 01 hectare de plantio no campo com espaçamento de 5m x 5m: Cada pacote de 1
quilograma de sementes da cultivar BRS Pai d`égua comercializada pela Amazonflora, possui cerca de 850 sementes
com poder germinativo de 85%, ou seja, será garantida a germinação de cerca de 722 sementes/kg. Após a
germinação, são eliminadas algo em torno de 5% de plântulas defeituosas e raquíticas. Considerando-se então, cerca
de 689 plântulas aptas a serem transferidas para os recipientes no viveiro. Considerando a média de 8% de descarte
no viveiro, após minuciosa seleção, restarão aproximadamente 633 mudas aptas ao plantio definitivo no campo ou
para comercialização. Resumindo: Para se plantar 1(um) hectare de açaí BRS – Pai d`égua no espaçamento 5m x 5m
ou 5,4m x 5,4m em triângulo equilátero, é necessário 1,340 kg sementes da embalagem padrão da Amazonflora de
1kg.

Elaborado por:
Eder Jose Azevedo Ramos – Engenheiro Agrônomo
Antônio Maria Pantoja – Engenheiro Florestal
Erika Lindbergh Silva – Engenheira Agrônoma

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PARTE 2. PLANTIO E TRATOS CULTURAIS

1- Preparo de área para plantio: Deve ser realizado no período de estiagem ou com poucas chuvas, envolvendo as
operações de limpeza da área, balizamento, piqueteamento, abertura de covas, adubação e enchimento de covas.

2- Preparo das covas: Pelo menos 45 dias antes do plantio, as covas devem ser abertas nas dimensões de 40cm x
40cm x 40 cm. Na terra mais escura, retirada dos primeiros 20 cm do solo, misturar 10 kg de cama de frango ou 10 kg
de esterco de gado, bem curtidos. Para solos com baixo teor de fósforo e acidez elevada, muito frequentes na
Amazônia, acrescentar 300g de fosfato natural e 500g de calcário dolomítico (figura 1). Encher a cova com este
material, completar com o restante da terra e recolocar o piquete no mesmo local (figura 2).
Fig. 2. Fechamento de cova e
Fig. 1. Abertura de cova e
recolocação do piquete em sua
mistura do substrato com
posição original.
adubos.

3- Plantio: Deve ser realizado preferencialmente no


início
do Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4 Linha 5

Planta 1

período
chuvoso. Os Planta 1

5,4 m
espaçamentos recomendados pela Embrapa é o 5m x 5m com duas
mudas por cova. Isso representa 800 palmeiras por hectare. No Planta 2

entanto, a Amazonflora indica também como opção, a utilização


4,68
do espaçamento 5,4m x 5,4m, em triângulo equilátero (794 mudas
Planta 2
/ ha com duas mudas em cada ponto de piquete, sendo uma em
cada cova). Este espaçamento promove um maior aproveitamento
Planta 3
da luminosidade, mantendo praticamente a mesma população de
mudas, recomendadas pela instituição de pesquisa, no momento
do plantio. O plantio com apenas uma muda por cova também é recomendado, devendo-se aguardar os perfilhos
virem da planta mãe que perfilha após 12 a 15 meses de plantada. Fig. 3. Espaçamento em triângulo equilátero.

4- Tratos culturais: Serão necessárias: adubações, roçagens, coroamento, manejo dos perfilhos e controle de pragas
e doenças. Em áreas com período seco prolongado, os açaizeiros devem ser irrigados, respeitando a necessidade de
água diária das palmeiras. Dependendo da quantidade de água das chuvas e da capacidade de retenção de água pelo
solo, o açaizeiro poderá precisar de uma quantidade variada de água para suprir suas necessidades vegetativas e
reprodutivas.

4.1- Roçagem: A roçagem nas entre linhas, pode ser manual com foice, facão ou com roçadeira costal. Em caso de
terrenos com topografia plana ou semi-plana, poderá ser realizada Linha Linha
Linha Linha Linha
a roçagem mecanizada nas entre linhas, no sentido norte/sul
(figura 4). A linha poderá ser mantida com a roçadeira costal ou
mesmo com foice ou facão.
Fig. 4. Roçagem mecanizada no
sentido norte/sul.

4.2- Coroamento: No círculo em torno da palmeira (coroa) é


sempre bom realizar a remoção total das ervas daninhas. No
primeiro ano, as coroas são feitas em um raio de 80 cm de distância
do estipe (tronco). No último coroamento, no final do primeiro
ano, elas devem ter, pelo menos, um raio de 1 metro de distância
do estipe, aumentando este tamanho gradativamente nos anos
seguintes até que não seja mais necessário fazê-las, em função do
sombreamento. O coroamento pode ser feito com capinas ou
roçagem manual / roçadeira costal. O ideal é recolher o capim roçado próximo das palmeiras e colocá-lo como
cobertura morta ao redor delas. Isso ajudará na retenção de água no solo e no retardamento do crescimento de ervas
daninhas. Geralmente são feitas entre 5 a 6 roçagens no primeiro ano de plantio, reduzindo este número ao longo
dos cinco anos seguintes. As roçagens da linha e entrelinha devem sempre ser realizadas antes que as ervas daninhas
dificultem a passagem de luz até as folhagens dos açaizeiros.

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4.3- Manejo de perfilhos: Nos açaizais, os primeiros perfilhos normalmente são emitidos entre 12 e 15 meses após o
plantio das mudas no campo, mas podem ser encontradas plantas desprovidas dessas
Fig. 5. Eliminação de
brotações excedentes.
brotações e outras que apresentam até 10 perfilhos. Por esse motivo, anualmente é realizada
norte/sul. a prática de desbrota, que consiste na eliminação das brotações excedentes. São mantidos
somente os perfilhos bem desenvolvidos, em número compatível com o plano de manejo
estabelecido. Por ocasião do desbaste é efetuada a limpeza da touceira, eliminando as
bainhas das folhas que ainda persistirem após a queda das mesmas. Essa prática favorece o
crescimento das plantas em diâmetro, o que possibilita a maior longevidade das plantas e
maior produção de frutos. No espaçamento 5m x 5m ou 5,4m x 5,4 mm, em triângulo
equilátero, sugere-se, após um ano e meio de cultivo, manter três palmeiras por cada
touceira, sendo classificadas como: mãe, filha e neta. Outras devem ser eliminadas para não
promoverem muita concorrência entre elas. Na touceira, deve-se dar preferência para deixar
as palmeiras mais saudáveis e que estejam posicionadas mais distantes umas das outras para
não haver muita competição por luz, água e nutrientes. Próximo ao período de eliminação da palmeira mãe, uma
quarta palmeira deverá ser promovida à neta.

4.4 – Adubação de cobertura:

a- Adubação orgânica: Três meses após o plantio, aplicar 10 kg de esterco de curral ou cama de frango, bem
curtidos, distribuídos em torno da touceira a uma distância de 30 cm da base da planta (Fig. 6). Manter a
mesma quantidade do segundo ao quarto ano. Do quinto ano em diante, aplicar 30 kg de esterco por
touceira. As adubações, preferencialmente devem ser efetuadas no início do período chuvoso.

b- Adubação química: Antes de qualquer adubação, sempre se faz necessária uma análise de solo, para que
se obtenha o conhecimento real da situação nutricional e estrutural deste solo. Porém, geralmente para
solos agricultáveis de terra firme no Estado do Pará, onde os mais frequentes são os latossolos amarelos de
textura média, sugere-se as quantidades como mostrado no quadro 1. Observa-se que as aplicações
Etapa Produto>>
NPK 13 11 21
Bórax (g)
FTE BR 12 Cama de
Etapa Produto>>
NPK 13 11 21
Bórax (g)
FTE BR 12 Cama de sugeridas são em
(g) (g) frango(kg) (g) (g) frango(kg)
número de quatro ao
1ª adubação 200 20 10 1ª adubação 500 80 10
2ª adubação 200 50 2ª adubação 500 100 ano, divididas a cada 3
Ano 1

Ano 4

3ª adubação 200 3ª adubação 500 meses. Nos anos


4ª adubação 200 4ª adubação 500
SOMA 800 20 10 SOMA 2000 80 10 seguintes aos indicados
1ª adubação 250 40 10 1ª adubação 625 100 30 no quadro 1, as
2ª adubação 250 50 2ª adubação 625 100
Ano 2

Ano 5

3ª adubação 250 3ª adubação 625 adubações podem ser


4ª adubação 250 4ª adubação 625 mantidas com base nas
SOMA 1000 40 10 SOMA 2500 100 30
1ª adubação 375 60 10 1ª adubação 625 120 30
doses do ano 6.
2ª adubação 375 50 2ª adubação 625 100
Ano 3

Ano 6

3ª adubação 375 3ª adubação 625 Quadro 1. Doses de


4ª adubação 375 4ª adubação 625 adubos químicos por
SOMA 1500 60 10 SOMA 2500 120 30 aplicação.

Entre o 1º e 4º ano, o direcionamento das aplicações dos adubos no solo devem ser feitas de acordo com o
crescimento das raízes, sendo assim, a cada ano as aplicações ficarão mais distantes do estipe, conforme Quadro 2 e
figura 6, abaixo.

Forma de adubação
Idade
Distância do Tronco Forma de aplicação

1 ano 30 cm Na coroa de forma manual


2 anos 50 cm Na coroa de forma manual
3 anos 100 cm Na coroa de forma manual
4 anos 150 cm Na coroa de forma manual
5 anos Nas entre linhas e entre plantas Manual ou mecanizada
6 anos Nas entre linhas e entre plantas Manual ou mecanizada
7 anos Nas entre linhas e entre plantas Manual ou mecanizada

Fig. 6. Raio de distância da aplicação Quadro 2. Distância e forma de aplicação

Elaborado por:
Eder Jose Azevedo Ramos – Engenheiro Agrônomo
Antônio Maria Pantoja – Engenheiro Florestal
Erika Lindbergh Silva – Engenheira Agrônoma

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