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Sistema Tributário
20 horas
Nacional
Com certificado
online
Este material é parte integrante do curso online "Sistema Tributário Nacional" do INTRA (www.intra-
ead.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial
deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29).
Glerson Nunes Ferreira
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO.............................................................................. 3
1.1 CONCEITO DE TRIBUTO ........................................................................................ 4
1.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.......... 5
TRIBUTOS EM ESPÉCIE – IMPOSTOS ........................................................................ 6
TAXAS.................................................................................................................................. 9
3.1 FATO GERADOR ...................................................................................................... 9
3.2 BASE DE CÁLCULO ............................................................................................... 11
3.3 DISTINÇÕES ENTRE TAXAS E PREÇOS PÚBLICOS ........................................ 12
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA ............................................................................. 14
4.1 ELEMENTOS DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA .................................................. 14
4.2 BASE DE CÁLCULO ............................................................................................... 16
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS ............................................................................. 18
5.1 FATO GERADOR .................................................................................................... 18
5.2 DESTINAÇÃO DA ARRECADAÇÃO ................................................................... 19
5.3 RESTITUIÇÃO ......................................................................................................... 19
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS ..................................................................................... 21
6.1 NOTAS INTRODUTÓRIAS .................................................................................... 21
6.2 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS................................................................................... 23
6.3 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS ................................................................... 24
6.4 CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONOMICO – CIDE 26
6.5 CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU
ECONOMICAS ............................................................................................................... 27
CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA – COSIP. ...................................... 29
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 36
Unidade 1 – Apresentação e Introdução
01
APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO
No âmbito das finanças públicas, o Estado adquire receita de forma originária, que
se dão propriamente através de atividades tipicamente empresariais, patrimoniais, tendo-se
como exemplo a locação de bem público, a venda de um imóvel, etc.
1
MELLO, Celso Antônio Bandeira. Manual de direito administrativo.
2
ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 7º ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método,
2013. P. 2.
3
BRASIL. Constituição da Republica Federativo do Brasil de 05 de outubro de 1988. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em agosto de 2020.
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Sistema Tributário Nacional
O Estado também adquire receitas de forma derivada, sendo esta a sua principal fonte
de arrecadação, que se dá por meio dos tributos, justificando-se pelo ius imperii estatal,
proporcionando a efetiva manutenção do Estado, com a prestação dos serviços públicos,
fomento à economia e regulação do domínio econômico, etc.
Para o estudo do presente material, faz-se necessário ter em mãos a citada legislação
– Constituição Federal e Código Tributário Nacional, que podem ser acessados através do
sítio virtual: www.planalto.gov.br.
O Código Tributário Nacional, que fora recepcionado como lei complementar, teve
a atribuição constitucional de definir o que é tributo, e assim o fez expressamente no seu
artigo 3º: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Esse cuidado do legislador se deve ao fato de que, por vezes, o tributo não é pago,
diretamente, em moeda: o contribuinte compra, com moeda, um selo ou estampilha e o
tributo é pago com a utilização da última. Assim, por exemplo, o selo que se põe nas
embalagens de cigarros e bebidas. Ou seja: o pagamento de tributo dá-se com o uso da
estampilha mas esta, por óbvio, tem o valor expresso em moeda.
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Unidade 1 – Apresentação e Introdução
Ademais, o tributo não pode configurar sanção, mas sim uma relação obrigacional
em razão da realização da hipótese de incidência. Sanção é imposição de multa por
descumprimento de obrigação.
Da mesma forma que a instituição do tributo deve ser pautada em lei, a sua cobrança
segue no mesmo padra. A lei deve estabelecer o modo de cobrança, e nessa perspectiva, não
cabe ao fisco decidir a quem deva cobrar o tributo, ainda que haja uma razão humanitária,
não havendo o que se falar em discricionariedade, uma vez que a atividade administrativa é
plenamente vinculada.
b. Taxas
c. Empréstimos compulsórios
d. Contribuições Especiais
e. Contribuições de Melhoria
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Sistema Tributário Nacional
02
TRIBUTOS EM ESPÉCIE – IMPOSTOS
Com base nessas premissas legislativas, entende-se que o CTN adotou a teoria
tripartite de classificação dos tributos, ou seja, que só existem impostos, taxas e
contribuições de melhoria, não importando a denominação e destinação legal, unicamente
importando o seu fato gerador.
Válido ainda registrar que aqueles que se filiam à teoria da tripartição reconhecem
que as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios são tributos efetivamente, no
entanto possuindo natureza de taxa ou impostos, e isso vai ser identificado pela forma com
que a lei definiu o seu fato gerador.
O imposto é um tributo não vinculado, significando dizer que o seu fato gerador não
está vinculado a nenhuma atuação estatal e tem a função de financiar os serviços estatais de
uma forma geral (serviços “uti universi”) As hipóteses que faz incidir os impostos são
propriamente manifestações de riquezas do sujeito passivo.
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Unidade 2 – Tributos em Espécie - Impostos
Por tal característica, os impostos não possuem uma destinação da sua arrecadação
de forma vinculada (princípio da não afetação), regra imposta pela Constituição Federal às
finanças públicas (art. 167, IV CRFB), portanto, além de serem tributos não vinculados, os
impostos são tributos de arrecadação não vinculada.
A Constituição Federal faz a previsão dos tributos e atribui competência para os entes
federativos instituí-los. O artigo 145 da CRFB dispõe que a União, os Estados e os
Municípios poderão instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Dessa forma, o ente a qual a CRFB atribuiu competência poderá instituir os seus
impostos por lei ordinária ou medida provisória, respeitando os parâmetros disciplinados em
lei complementar nacional.
Ainda quanto às características dos impostos, a CF estabelece que estes devam ter
caráter pessoal e atender a capacidade econômica do contribuinte, sempre que possível
(artigo 145, parágrafo 1º da CRFB).
I – Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que
sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição;
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Imposto de Exportação – IE
Imposto de Grandes
Fortunas
Impostos Residuais
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Unidade 3 – Taxas
03
TAXAS
Identificam-se duas situações que podem ensejar o fato gerado das taxas e a sua
respectiva cobrança:
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O caráter divisível do serviço faz referência à identificação pelo Estado dos seus
usuários, quando estiverem utilizando o serviço prestado, e vai de encontro aos serviços
gerais prestados à coletividade sem a perfeita identificação de cada pessoa que o utiliza.
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Unidade 3 – Taxas
Súmula Vinculante n. 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
Segundo o STF, as taxas são regidas pelo princípio da equivalência e tal princípio
está normatizado no art. 145, §2º da CRFB, que explica que o valor da taxa deve guardar
razoável equivalência com o custo da atividade estatal para com o sujeito passivo da
obrigação. (ADI n. 2.551 MC-QO).
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Entretanto, não se faz necessário uma perfeita exatidão quanto ao custo do serviço
prestado pelo Estado, isso considerando que a vedação estabelecida pelo principio da
equivalência apenas impede que ocorra uma total desvinculação entre o custo do serviço
prestado e o valor cobrado pelo Estado, sobretudo porque a taxa é um tributo vinculado e
serve de contraprestação à atividade então prestada.
Nessa perspectiva, se Estado cobrar um valor acima do que gasta para a consecução
da atividade, haverá, sem dúvidas, o seu enriquecimento ilícito, e gerará ilegalidade na
cobrança.
Outro aspecto importante do elemento quantitativo da taxa é que o STF entende que,
apesar de a CRFB apenas fazer referência aos impostos, no que tange à obediência ao
princípio da capacidade contributiva, todos os tributos submetem-se a este princípio, pelo
menos em relação a um dos seus três aspectos objetivo, subjetivo e proporcional,
independente de classificação extraída de critérios puramente econômicos.
Quanto às taxas com valores fixos, o STF entendeu ser possível a criação de taxas
com valores fixos constantes em tabelas tenham como bases conteúdos econômicos que, em
princípio, poderiam ser consideradas como bases de cálculo próprias para impostos. A título
de exemplo, a Lei 7.940/89 instituiu a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores
mobiliários.
É certo que muitas vezes esses duas figuras jurídicas se confundem, isso porque os
serviços públicos também podem ser remunerados por preços públicos, também conhecidos
como tarifas.
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Unidade 3 – Taxas
Súmula n. 545, STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque
estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e tem sua cobrança condicionada a prévia
autorização orçamentária, em relação a lei que as instituiu.
O valor cobrado pelo Tribunal de Justiça para que o interessado possa desarquivar
autos de processos findos possui natureza jurídica de TAXA. (STJ. Corte Especial. AI no
RMS 31.170-SP).
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CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
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Unidade 4 – Contribuições de Melhoria
direito tributário de uma forma geral, nos termos do artigo 150, I da CRFB c/c artigo 82 do
CTN. (Recurso Especial n. 927.846)
A contribuição de melhoria deve ser limitada ao custo da obra, isso considerando que
valorização decorrente de uma obra realização é a única justificativa para o seu nascedouro,
então, por lógica, o tributo deve ser limitado ao custo da obra.
Percebe-se, nesse sentido que este tributo tem duas premissas: a valorização
imobiliária e o custo total da obra. E tais indicativos que comporão a base de cálculo do
tributo. Em princípio, este elemento quantitativo terá como base o montante de valorização,
contudo, haverá uma limitação geral, que será exatamente o custo da obra.
O artigo 3º, parágrafo 2º do decreto-lei 195/67 c/c artigo 82, parágrafo1º do CTN
leciona que o valor será apurado após o rateio do custo da obra, no todo ou em parte,
proporcionalmente entre os proprietários dos imóveis situados nas zonas beneficiadas, nos
termos dos índices de valorização (Recurso especial n. 147.094).
Art. 81: A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária (fato gerador),
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Ainda quanto à incidência do tributo, válido dar ênfase que contribuição de melhoria
só será exigida por conta de valorização imobiliária, deste modo, só incidirá em uma
determinada zona em que houve a valorização, de forma que não poderá ultrapassar essa
zona em que houve valorização imobiliária, sob pena de cobrar contribuição desvinculada
da sua principal finalidade e isso é ilegal.
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Não custa relembrar que a contribuição é decorrente de obra pública e não para a
realização de obra pública, não sendo legítima a sua cobrança para a obtenção recursos para
serem utilizados em obras futuras, uma vez que a valorização só pode ser aferida após a
conclusão da obra.
O STJ tem entendido que essa diferença para a apuração da valorização imobiliária
deve ser apurada em dois momentos, antes e depois do final da obra, e a alíquota
corresponderá ao percentual valorizado. (Recurso especial n. 1.137.794)
Tal afirmativa não é corroborada pelo CTN, uma vez que este estipula duas regras
que apontam para uma sistemática de cálculo bem diferente:
Embora a real necessidade de valorização, para que reste verificado o fato gerador
da contribuição, o STJ tem entendido ser legítima a fixação da base de cálculo do tributo
mediante a utilização de montantes presumidos de valorização, podendo o sujeito passivo
apresentar prova em sentido contrário.
O raciocínio que a Corte cidadã fez nessa situação foi no seguinte sentido:
Fora dito em um momento anterior que esta base de cálculo, apesar de ser o montante
de valorização, possui uma limitação: o custo da obra. A título de exemplo, imagine um
imóvel que tem o valor de 200 mil reais antes da obra, e ao final apurou por meio de avaliação
que atualmente o mesmo imóvel vale 400 mil reais.
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Unidade 4 – Contribuições de Melhoria
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Sistema Tributário Nacional
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EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
No CTN há previsão no art. 15, III de outra situação em que haveria hipótese de
incidência do tributo, e que não esta prevista na CRFB: “conjuntura que exija absorção
temporária de poder aquisitivo”. Esta situação não fora recepcionada pela CRFB.
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Unidade 5 – Empréstimos Compulsórios
Deve-se ainda registrar que no artigo 34, parágrafo 12 do ADCT autoriza a cobrança
dos empréstimos compulsórios à Eletrobrás, mesmo que não haja urgência, e segundo o STF,
no Recurso Extraordinário 146.615, essa modalidade foi recepcionada pela CRFB, nos
termos do artigo mencionado.
5.3 RESTITUIÇÃO
O CTN exige que a lei instituidora dos empréstimos compulsórios fixe um prazo e as
condições de resgate. Assim, a tributação não será legítima sem a previsão da restituição.
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Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir
empréstimos compulsórios:
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Unidade 6 – Contribuições Especiais
06
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
A CRFB cria também uma imunidade aplicável às referidas contribuições, onde não
haverá a incidência das contribuições sobre o domínio econômico e contribuições sociais
sobre as receitas decorrentes de exportação.
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Desta forma, nas vendas de mercadorias internas, ou seja, dentro do Brasil, o sujeito
passivo está sujeito à incidência das contribuições para o PIS e para a COFINS, tendo como
base de cálculo a sua receita; nas operações de venda ao exterior não haverá incidência em
razão da imunidade conferida pela CRFB.
Considerando essa norma, com o intuito de angariar mais recursos para a União,
criou-se a figura do PIS e da COFINS sobre a importação, com peso semelhante àquele que
onera as operações internas (Lei n. 10.865/2004).
I - Contribuições sociais:
a) Seguridade social;
“(...) o que importa perquirir não é o fato de a União arrecadar a contribuição, mas
se o produto da arrecadação é destinado ao financiamento da seguridade social (CF, art.
195, I). A resposta está na própria Lei 7.689, de 15.12.88, que, no seu art. 1º, dispõe
expressamente que ‘fica instituída a contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas,
destinada ao financiamento da seguridade social’” (RE 138.284/CE).
Um dos pontos que merece grande destaque diz respeito ao desvio de finalidade, de
forma que tais contribuições estão obrigatoriamente afetas à estrutura de exação delineada
pelo texto constitucional, significa dizer que estas contribuições são indissociáveis a sua
destinação constitucional.
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Unidade 6 – Contribuições Especiais
No que tange às contribuições para a seguridade social, suas regras, de forma mais
detalhadas, encontram-se previstas no artigo 195 da CRFB.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais (...).
Além dessas fontes de custeio, também há previsão de outras fontes para financiar a
seguridade social, o que a doutrina chama de contribuição social residual para a seguridade
social.
O STF entende que o § 4.º do art. 195 da CRFB exige, para a criação das
contribuições residuais, obediência ao inciso I do art. 154 da CRFB, que toca aos impostos
residuais. (RE n. 228.321)
A Lei Complementar nº 70/91, em seu art. 6º, II, estabeleceu isenção da COFINS
para as sociedades civis prestadoras de serviços de profissão legalmente regulamentada.
Posteriormente, uma Lei Ordinária (Lei 9.430/96), em seu art. 56, revogou a isenção,
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dispondo que tais sociedades civis permanecem sujeitas à COFINS. Instado a se manifestar,
o STF, no RE 419.629/DF decidiu no seguinte sentido:
Súmula n. 508, STJ: A isenção da Cofins concedida pelo art. 6º, II, da Lei
Complementar 70/91 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais foi revogada
pelo art. 56 da Lei 9.430/1996.
Válido ainda registrar que a Suprema Corte, em julgado com repercussão geral,
reafirmou a constitucionalidade da contribuição do salário-educação. (RE 660.933/SP).
No que tange aos serviços sociais autônomos, possuem natureza de pessoas jurídicas
de direito privado, não integrantes da administração pública, mas que realizam atividades de
interesse público, as chamadas paraestatais e, justamente por isso, legitimam-se serem
destinatárias do produto de arrecadação de contribuições.
As contribuições sociais gerais, que são destinadas ao Sistema “S”4 possuem base de
cálculo idêntica à utilizada para o cálculo das contribuições incidentes sobre a remuneração
paga aos empregados, devida ou creditada a segurados do RGPS, são normalmente cobradas
em conjunto com estas, no entanto, diferem quanto ao destino da arrecadação.
4
Composição do Sistema “S”: SESI, SENAI, SESC, SENAC, SESCOOP, SEBRAE, Salário Educação, SEST,
SENAT, INCRA, SENAR.
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29).
Unidade 6 – Contribuições Especiais
No entanto, até a presente data, não houve um resultado final do julgado, em razão
do pedido de vista do então presidente Min. Dias Toffoli. A relatoria sugeriu a seguinte tese:
Seguindo com o sujeito passivo do tributo, o STJ entendeu que empresas prestadoras
de serviços, ainda que não estejam enquadradas em alguma das atividades específicas dos
serviços sociais autônomos, não podem ter os seus empregados excluídos dos benefícios
sociais (REsp 1.255.433 – SE). Senão vejamos:
“(...) os empregados das empresas prestadoras de serviço não podem ser excluídos
dos benefícios sociais das entidades em questão (SESC e SENAC) quando inexistente
entidade específica que forneça os mesmos benefícios sociais e para a qual sejam vertidas
contribuições de mesma natureza e, em se tratando de empresa prestadora de serviços, há
que se fazer o enquadramento correspondente à Confederação Nacional do Comércio –
CNC, ainda que submetida a atividade de outra Confederação, incidindo contribuições ao
SESC e SENAC que se encarregarão de fornecer os benefícios sociais correspondentes”.
Ademais, o artigo 240 da CRFB informa que tais contribuições não custeiam a
seguridade social. Senão, vejamos:
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Sistema Tributário Nacional
As CIDE’s estão previstas no artigo 149 da CRFB, e vão ter um essencial papel de
regulação da economia, nos termos do artigo 174 da CRFB, e, portanto, tratam-se de tributos
extrafiscais.
Art. 177, (...) § 4º, CF: A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio
econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus
derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes
requisitos: (...).
Merece destaque o ponto que informa que deve haver correlação entre a base
impositiva da CIDE e a sua destinação ou finalidade. A CRFB atribui um grau de
referibilidade alto às contribuições, no art. 149, ou seja, que haja uma correspondência
econômica entre o que a lei aponta como vinculado e as respectivas atividades que serão
desenvolvidas pelo Estado na consecução da ação interventiva.
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Unidade 6 – Contribuições Especiais
Já a contribuição fixada por lei, era entendida como tributo, uma vez que detinha
todos os elementos constantes da definição do artigo 3º e CRFB para o conceito de tributo.
Com o advento da reforma trabalhista, instituída pela Lei n. 13.467/2017, a CLT fora
alterada e houve uma clara mudança de entendimento, onde se estabeleceu o fim à
compulsoriedade dessa contribuição sindical, característica essencial no conceito de tributo.
Senão, vejamos.
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Sistema Tributário Nacional
O tema ainda está sendo discutido na jurisprudência, isso porque várias entidades
sindicais ajuizaram ações diretas de inconstitucionalidade temendo perder essa receita tão
importante. (ADI 5859)
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29).
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Unidade 7 – Contribuição de Iluminação Pública - COSIP
07
CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO
PÚBLICA – COSIP.
É assente no STF o entendimento de que o serviço de iluminação pública não atende aos
requisitos de especificidade e divisibilidade, necessários a possibilidade de financiamento
mediante a instituição de taxa.
Impossível a municipalidade identificar cada usuário que transitou pela via pública
com iluminação, ou se o usuário é ou não residente no município. Ou seja, pelos requisitos
essenciais à legalidade da taxa de serviços públicos, seria impossível a instituição de taxa
para a manutenção do serviço de iluminação pública.
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(Artigo 29).
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Sistema Tributário Nacional
Quanto à análise da base de cálculo da COSIP, segundo o STF, deve haver uma
correspondência logica entre o próprio fato gerador da contribuição.
III - Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque
sua receita se destina a finalidade especifica, nem com uma taxa, por não exigir a
contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte.
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Avaliação
AVALIAÇÃO
a. Nos casos previstos em lei, admite-se a extinção do crédito tributário mediante dação
em pagamento de bem imóvel.
c. A data de vencimento da obrigação tributária deve ser fixada em lei, assim como os
demais elementos da regra matriz de incidência.
a. O serviço descrito não pode ser remunerado mediante taxa, por não se tratar de
serviço específico e divisível, tampouco de exercício de poder de polícia
administrativa.
b. Essa lei não viola a legalidade tributária, pois, ao prescrever o percentual máximo
que poderia ser cobrado pelo Município, ela possibilita a ato normativo infralegal
fixar o valor de taxa em proporção razoável aos custos da atuação estatal.
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(Artigo 29).
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Sistema Tributário Nacional
d. O Município não detém competência para exercer o serviço mencionado, logo, a taxa
em comento é inconstitucional.
a. 50%.
b. 75%.
c. 100%.
d. 150%.
a. Apenas I.
b. Apenas III
c. Apenas I e III.
d. Apenas I e II.
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Avaliação
II. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação específica,
dependente de atividade estatal vinculada diretamente ao contribuinte.
III. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei, decreto ou instrução normativa e cobrada mediante atividade
administrativa vinculada.
a. Apenas I.
b. Apenas II.
c. Apenas III.
d. Apenas I e III.
b. De acordo com o entendimento do STF, a lei pode instituir contribuição social com
a vinculação apenas de parte do produto da arrecadação.
c. Têm natureza parafiscal e a elas não se aplicam as normas gerais de direito tributário.
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Sistema Tributário Nacional
8. O valor pago em pedágio, por usuários de estrada pública cuja exploração tenha sido
concedida à iniciativa privada, é:
a. Contribuição de melhoria.
b. Taxa de serviço.
c. Preço público.
10. Estado da Federação aprovou lei autorizando a cobrança de contribuição para custeio do
serviço de iluminação pública, com publicação em 31 de dezembro de 2016. Com base
nessa lei, instituição de assistência social sem fins lucrativos recebeu notificação de
lançamento realizado em 1º de janeiro de 2017, referente ao exercício anterior:
a. A cobrança é inconstitucional, pois deveria ocorrer por meio de taxa e não por meio
de contribuição, dado se tratar de custeio de serviço público indivisível.
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REFERÊNCIAS
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 22. Ed. São
Paulo: Malheiros, 2007.
SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito tributário. 9. Ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário, 32 ed. rev. atual. e amp. São Paulo:
Malheiros, 2011.
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