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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, (....);
XLVI - a lei regulará a individualização da pena (....);
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
Pirâmide do Direito
FATORES DE CONTROLE SOCIAL * COERCITIVOS – SISTEMA JURÍDICO
* NÃO COERCITIVOS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – art. 1º CP e 5º,
XXXIX CF
• NULLUM CRIMEM, NULLA POENA SINE LEGE
• Garantia política dos cidadãos em face do arbítrio do Estado
• Desdobra-se em outros relevantes princípios:
• Princípio da reserva legal / estrita legalidade
• Princípio da anterioridade da lei
• Princípio da taxatividade
• Derivações:
• Lex scripta – veda costumes
• Lex stricta – veda analogia in malam partem
• Lex certa – veda leis genéricas (princípio da taxatividade da lei penal)
• Lex praevia – veda retroatividade in malam partem
FONTES DO DIREITO PENAL - DE ONDE PROVÉM O
DIREITO PENAL
1. MATERIAL / DE PRODUÇÃO / SUBSTANCIAL: ÓRGÃO QUE ELABORA - A única fonte material de Direito
Penal é o ESTADO – UNIÃO – LEI FEDERAL
• Competência privativa da União para legislar sobre matéria penal (CF, art. 22, inc. I).
▪ Iniciativa de leis penais: membros do Congresso Nacional; Presidente da República; Iniciativa
Popular (art. 61, § 2º CF).
Exposições de Motivos do Código Penal – Parte Geral Lei 7209/84 e da Lei de Execuções
Penais, Lei 7210/84 – IMPORTANTÍSSIMA A LEITURA das Exposições de motivos de todas as
novas leis!!!!!
Leis complementares mais importantes:
• Podem ser:
• NPB homogêneas, impróprias: quando o complemento provém da mesma origem legislativa da
norma penal em branco: ex. um dispositivo do C.Civil (Lei Federal) complementa um dispositivo do
C.Penal (Lei Federal). Ex. Art. 169, I CP é completado por art. 1264 CC; Art. 237 é completado
pelo art. 1521 CC.
• NPB heterogêneas, próprias: quando o complemento provém de fonte formal diversa, ou seja, a
lei é complementada por ato normativo infralegal, como uma portaria, um decreto. Ex. art. 269, Lei
de drogas (11.343/2006) complementada por portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(portaria SVS/MS 344/1998, que é periodicamente modificada).
• NPB inversa ou ao avesso: o preceito primário é completo, carecendo de complementação o
preceito secundário, que deve ser complementado por lei (princípio da reserva legal). Ex. Lei
2.889/56, arts. 1º a 3º (crimes de genocídio)
APLICAÇÃO DA NORMA PENAL NO TEMPO, NO
ESPAÇO E EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS
APLICAÇÃO DA NORMA PENAL NO TEMPO
• Conceitos:
• Vigência = Atividade da lei: Princípio tempus regit actum – aplicação da lei vigente à época do
fato, em razão do princípio da legalidade.
• Período de vigência da lei - intervalo de tempo que se inicia no momento em que a lei que define
o fato típico se torna obrigatória pela sua entrada em vigor (projeto, sanção, promulgação,
publicação e vacatio legis) e que termina no momento em que a lei deixa de ser obrigatória por ter
cessado a sua vigência (revogação tácita ou expressa, total (ab-rogação) ou parcial (derrogação).
• QUAL A IMPORTÂNCIA POLÍTICA DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE?
• Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) – ABOLITIO CRIMINIS
• Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
A Lei penal pode RETROAGIR?
Art. 4º - “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado”.
• O CP adotou a teoria da atividade, ou seja, a imputabilidade do agente deve ser aferida no momento
em que o crime é praticado, pouco importando a data em que o resultado venha a acontecer.
• Obs. Em matéria de prescrição o CP adotou a teoria do resultado - o lapso prescricional começa a correr
a partir da data da consumação
•
UAI! E NESSES CASOS ESQUISITOS????
• João sequestra Maria e a mantem em cativeiro durante 7 dias (do dia 11 ao dia 18 de Agosto)
• Quando o crime foi cometido?
• Qual o nome que se dá para esse tipo de crime, em que a consumação se protrai no tempo? CRIMES PERMANENTES
• João furtou um posto de gasolina em Goiânia dia 04/08, outro dia 08/08 e um terceiro dia 10/08,
sempre com o mesmo modus operandi.
• Crime continuado: considerado uma unidade delitiva (ainda que ficcional), aplicando-se a
lei do momento em que cessou a continuação, exceto com relação à inimputabilidade.
CONTAGEM DE PRAZOS
• Art. 10: O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum.
• Art. 11: FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA: Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e
nas restritivas de direito, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
• TEORIAS:
o Teoria da Atividade – Considera-se praticado o crime no lugar da ação ou da
omissão, isto é, no local da conduta
o Teoria do Resultado – Considera-se praticado o crime no lugar onde houve a
consumação
o Teoria da Ubiqüidade (Mista) – Considera-se praticado o crime tanto no local da
conduta quanto no local do resultado.
• A doutrina adota a Teoria da Ubiqüidade por acreditar que o lugar do crime é tanto o da
conduta como o do resultado
Art. 6º: Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado. COMO ASSIM?????