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Até a Revolução Industrial, no século XVIII, quase só existia a Contabilidade Geral, que desenvolvida
na Era Mercantilista, estava bem estruturada para servir às empresas comerciais.
Para a apuração do resultado de cada período, o mais importante era o levantamento dos estoques
físicos.
CMV = EI + Compras - EF
Com o advento das indústrias, tornou-se mais complexa a função do Contador que, para levantar um
Balanço e apurar o Resultado, não tinham tão facilmente os dados para atribuir valor aos estoques; o valor das
Compras na empresa comercial estava substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção
utilizados.
Revolução
Industrial
Séc. XVIII
Empresa Industrial
Indústria de transformação: a transformação das matérias primas pode ocorrer por processo mecânico,
técnico ou químico. Ex.: Indústrias de móveis (mecânico), Siderúrgicas (técnico) e Petrolífera (química).
Indústria de Restauração ou Recondicionamento: são aquelas cuja atividade se concentra na recuperação
de produtos usados ou mesmo deteriorados. Ex. Retifica de motores, Recauchutadores, Lanternagem e Pintura.
Indústria de beneficiamento: a atividade industrial de beneficiamento é a operação que visa modificar,
aperfeiçoar e até mesmo dar uma melhor aparência ao produto novo, sem que haja transformação. Ex.: Empresa
de beneficiamento de arroz, trigo, cacau, etc.
Indústria de montagem de peças: o produto final desse tipo de indústria resulta da montagem de peças
produzidas normalmente pela indústria de transformação. Ex.: Indústrias Automobilísticas, de Rádios, de
Televisores, etc.
Da Contabilidade de Custos à Gerencial
Surgiu da necessidade de adaptar à empresa industrial os mesmos critérios utilizados na comercial.
Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento da distância entre o Administrador e
ativos e pessoas administrativas, passou a Contabilidade de Custos a ser encarada como uma eficiente forma de
auxílio no desempenho dessa nova missão, a Gerencial.
A Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes:
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Auxílio no Controle e na ajuda às tomadas de decisões. No Controle, sua principal missão é fornecer
dados para estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e posteriormente, acompanhar o
efetivamente ocorrido com os anteriormente orçados.
No que tange à Decisão, sua importância, consiste na alimentação de informações sobre valores
relevantes, c/ conseqüências a curto e longo prazo, visando, corte de produtos, definição de estoque máximo e
mínimo, fixação de preços de venda, compras, fabricação, etc, etc.
Com o significativo aumento de competitividade, devido a Globalização e mercados, sejam eles
industriais, comerciais ou de serviços, os Custos tornam-se altamente relevantes quando da tomada de decisões
em uma empresa, porque, quanto menor o custo, melhor será o preço de venda para o consumidor, não deixando
de lado a qualidade.
O conhecimento dos custos do produto, é vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável; ou se
não rentável, se é possível reduzi-los (os custos).
Por tudo isso, a Contabilidade moderna, vem criando sistemas de informações, que permitam melhor
gerenciamento de Custos, com informações rápidas e eficientes.
Os Sistemas de Custos precisam sempre levar em consideração a qualidade do pessoal envolvido em sua
alimentação e em seu processamento, à necessidade de informação do usuário final, à adequação de sua
adaptação às condições específicas da empresa.
Terminologias – Definições
Gasto - Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer,
sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). (p. 25) Pode
ser um investimento, custo ou despesa.
Exemplos:
▪ Gasto com Mão-de-obra
▪ Aquisição de Mercadorias para revenda
▪ Aquisição de Matéria-prima
▪ Aquisição de Máquinas e equipamentos
▪ Energia Elétrica
▪ Aluguel
Investimento - Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. (p.
25) pode se transformar em custo, despesa ou perda. Exemplo: estoque de matéria-prima, máquinas e
equipamentos.
Exemplos:
▪ Aquisição de Matéria-prima
▪ Aquisição de Móveis e utensílios
▪ Aquisição de Imóveis
Custo - Gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Este gasto, só é
reconhecido como custo, no momento de utilização dos fatores de produção, para fabricação de um produto ou
execução de um serviço. (p. 25).
Exemplos:
▪ Matéria-Prima: foi um gasto na aquisição, que imediatamente se tornou um investimento durante sua
estocagem, e quando consumido se tornou Custo.
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▪ A Energia Elétrica, é um gasto que quando consumido, passa imediatamente para Custo.
▪ Salários do pessoal da produção.
▪ Manutenção das Máquinas e Equipamentos de produção.
▪ Depreciação das Máquinas e Equipamentos de produção.
Despesa - Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. (p. 26)
Exemplos:
▪ Salários e encargos sociais, com pessoal de vendas.
▪ Salários e encargos sociais, com pessoal Administrativo.
▪ Gastos Administrativos.
▪ Conta de Telefone, Energia, Água, do escritório (administração / vendas).
Perda - Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. (p. 26) A perda não se trata de despesa
ou custo. Não é despesa porque não se destina a obtenção de receita, e não é custo porque não entra no processo
de produção. A perda é contabilizada diretamente à conta de Resultado. Exemplos: Sinistros, estoques obsoletos,
PDD, etc.
Definição de Preço - Valor estabelecido e aceito pelo vendedor para transferir a propriedade de um bem ou
para prestar um serviço.
Custo ou despesa para o adquirente é o preço para o vendedor. Gerencialmente não se faz distinção entre custo e
despesa.
O preço e o custo podem ser iguais, o preço sob a ótica do vendedor e o custo sob a ótica do comprador.
Considerando-se apenas o vendedor, o custo é menor e o preço é a maior porque contém o lucro.
Definição de Receita - A receita de um bem é o seu preço de venda multiplicado pela quantidade vendida e a
receita de vários bens é o somatório das multiplicações dos diferentes preços de venda pelas respectivas
quantidades vendidas.
Exemplo: A matéria prima, que é uma receita para o vendedor, é para o comprador um gasto com investimento
no ato da compra, um desembolso no ato do pagamento que pode ser a vista ou a prazo, um custo no ato de sua
aplicação na produção e uma despesa no ato da venda do produto que ela integra.
Definição de Sucata - Bens que se encontram desgastados, com defeito, fora de uso ou sobras, que serão
vendidos no mercado, como bens sucateados, sendo o preço de venda acordado com o comprador, geralmente
por valores bem abaixo do normal, e são registrados como Outras Receitas.
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Figura de Definição de Custos
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Fonte: Megliorini (2007)
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Controle de Estoques
Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da
maioria das companhias industriais e comerciais. Sua correta determinação no início e no fim do período
contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício.
Todos os itens são registrados através de código de produto, sendo o critério mais utilizado, o custo
médio.
Todas entradas são feitas quando da chegada do material ao almoxarifado, através da NF e as saídas são
feitas através de Requisição de material.
▪ Matéria-Prima
▪ Produtos em Elaboração
▪ Produtos Acabados
▪ Material de Consumo
▪ Mercadoria para Revenda
▪ Material para Embalagem
▪ Importação em andamento
▪ Provisão de estoque obsoleto (redutora)
Devem ser programados Inventários Periódicos e Anuais, sendo que as diferenças verificadas, devem ser
analisadas e justificadas, através de relatórios gerenciais.
Os Controles devem ser feitos com base em Máximo e Mínimo e analisados com freqüência.
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Para os Estoques Obsoletos, deve ser feito provisão de perda, utilizando o critério de conservadorismo
conforme os Princípios contábeis.
A Contabilidade de Custos registra os custos acumulados ocorridos no período bem como as despesas da
empresa de forma organizada e sistemática, para atender as necessidades gerenciais de controlar os custos de
produção, assim como o valor dos estoques e as despesas com os produtos vendidos.
Elenco de Contas
Contas Integrais
▪ Bens Fixos: são os capitais aplicados em caráter permanente e destinados a constituir os meios de
produção, com os quais as indústrias atingem seu objetivo. Ex.: imobilizado
▪ Bens de Venda: são os destinados à venda. Nas indústrias, são os produtos fabricados, em estoque.
▪ Bens Numerários: são as disponibilidades da empresa, representadas pelo saldo em caixa e pelos
depósitos bancários.
▪ Bens de Renda: são os capitais aplicados em outra atividade que não seja objeto principal da empresa.
Ex.: Investimentos eventuais (aluguel de imóvel, aplicação no mercado financeiro).
Estoques de Produtos Acabados: Essa conta representa o saldo dos produtos disponíveis para venda em
estoque, no depósito de produtos acabados da empresa.
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(-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
Custo de Produção do Período
(+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração
(-) Estoque Final de Produtos em Elaboração
(=) Custo da Produção Acabada no Período
(+) Estoque Inicial de Produtos Acabados
(=) Custo dos Produtos Disponíveis
(-) Estoque Final de Produtos Acabados
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
(=) Resultado Operacional
Custos de Produção – Podem ser separados em: Material Direto (MD), Mão-de-Obra Direta (MOD) e Custos
Indiretos de Fabricação (CIF).
Custo de Produção do Período - É a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. (p. 51).
Custo da Produção Acabada – é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. (p.51).
Custo dos Produtos Vendidos – é a soma dos custos incorridos na fabricação dos bens que só agora estão
sendo vendidos. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só
foram acabadas no presente período (p. 51).
Separação entre Custos e Despesas – os gastos relativos ao processo de produção são custos, e os relativos à
administração, às vendas e aos financiamentos são despesas. (p. 43)
A regra é simples, bastando definir-se o momento em que o produto está pronto para a venda. Até aí,
todos os gastos são custos. A partir desse momento, todos os gastos serão tratados como despesas necessárias
para a realização da venda. (p. 45)
CUSTOS DESPESAS
Produtos
Acabados VENDAS
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Classificação dos Custos em Diretos e Indiretos
✓ Custos Diretos – podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de
consumo. São apropriados diretamente (sem rateio) aos Produtos e são possíveis de serem
identificados (matéria-prima, mão-de-obra, embalagens, etc). Em geral, identificam-se com os
produtos e variam proporcionalmente à quantidade produzida. (p.52)
✓ Custos Indiretos – não oferecem condição de uma medida objetiva, e qualquer tentativa de
alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (aluguel, supervisão, chefias,
depreciação, energia elétrica, material de consumo, etc). (p. 53).
✓ Custos Fixos – são os custos que têm seu montante fixado em um período. Independem do volume
de produção. Podem ter valores repetitivos ou não, como por exemplo, o aluguel quando reajustado
mensalmente. Exemplos: aluguel da fábrica, salários indiretos, telefone, seguros. (p. 56)
✓ Custos Variáveis – dependem diretamente dos volumes de produção, quanto maior a quantidade
produzida, maior o seu consumo. Exemplo: matéria-prima, energia elétrica,o valor varia de acordo
com o volume de produção. (p. 54)
✓ Despesas Fixas – é um valor fixo por período, isto é, definido não em função do volume de
atividade (o volume de atividade, para essa despesa, são as vendas e não a produção). (p. 55)
Custos Primários – são os custos principais do produto em si, ou seja, a matéria-prima e a mão-de-obra
Direta. A embalagem é um custo direto, mas não é custo primário, ou seja, não pertence ao produto produzido.
(p.56)
Representa, estes custos de transformação, o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de
um determinado item (mão-de-obra direta e indireta, energia, materiais de consumo industrial, etc.).
Resumo:
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Matéria-Prima = Custo Direto / Custo Primário / Material Direto
Embalagem = Custo Direto / Material Direto / Custo de Transformação (qdo produzidas) / Despesa
M.O.D. = Custo Direto / Custo Primário / Custo de Transformação
M.O.I. = Custo Indireto / Custo de Transformação.
O somatório dos Custos Diretos mais os Custos Indiretos denominamos em custos de Custo de Produção
ou Fabril. Pode também ser conhecido através da seguinte fórmula:
CP = CD + CI
Material Direto - é o custo de qualquer material diretamente identificável com o produto e que se torne parte
integrante dele. Exemplo: matéria-prima, material secundário, embalagens. O custo de material é obtido por
meio da seguinte fórmula:
MD = EI + C - EF
Onde:
MD = materiais diretos
EI = estoque inicial
C = compras
EF = estoque final
▪ Materiais Secundários: são os materiais aplicados juntamente com a matéria prima, porém em menor
quantidade. Ex.: na indústria de confecção de: agulha, linha, fechos, etc).
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Mão-de-obra Direta - compreende os gastos com o pessoal envolvido na produção da empresa industrial
englobando salários, inclusive encargos sociais (décimo terceiro, férias, FGTS, INSS). É a mão-de-obra
empregada na transformação do material direto em produto acabado.
Mão-de-obra Direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em
elaboração, desde que sejam possíveis a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o
trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação por
meio de estimativas ou divisões proporcionais, desaparece a característica de Direta.
Gastos Gerais de Fabricação - compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos,
como: aluguéis, energia elétrica, depreciação, manutenção da fábrica, seguros diversos, material de limpeza,
óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicações etc.
CUSTOS DESPESAS
CUSTOS CUSTOS
INDIRETOS DIRETOS
RATEIO
PRODUTO
A
PRODUTO
B
PRODUTO
C
CPV VENDAS
RESULTADO DO EXERCÍCIO
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Exemplo: Suponhamos que estes sejam os gastos de determinado período da Empresa X:
Gastos $
Comissão de vendedores 80.000
Salários da fabrica 120.000
Matéria-prima consumida 350.000
Salários da administração 90.000
Depreciação na fábrica 60.000
Seguros da fábrica 10.000
Despesas financeiras 50.000
Honorários da diretoria 40.000
Honorários diversos – fábrica 15.000
Energia elétrica da fábrica 85.000
Manutenção da fábrica 70.000
Despesas de entrega 45.000
Correios, telefones e telex 5.000
Material de consumo do escritório 5.000
Total dos gastos 1.025.000
Despesas Administrativas:
Salários da administração 90.000
Honorários da diretoria 40.000
Correios, telefones e telex 5.000
Material de consumo do escritório 5.000
Total 140.000
Despesas de Vendas:
Comissão de vendedores 80.000
Despesas de entrega 45.000
Total 125.000
Despesas Financeiras:
Despesas financeiras 50.000
Total 50.000
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As despesas que totalizaram $ 315.000 serão contabilizadas diretamente no resultado do período. Não serão
alocadas aos produtos.
Suponhamos que nossa empresa fabrique 3 produtos: A, B e C e mantenha um controle do consumo de custos
diretos utilizados em cada produto. Sabe-se que neste exemplo parte da mão-de-obra e da energia elétrica é
direta e outra parte indireta.
Os custos diretos já estão alocados aos produtos, mas os custos indiretos, no valor de $ 225.000, ainda precisarão
ser alocados aos produtos.
No exemplo, a alocação dos custos indiretos aos produtos será proporcional ao que cada um já recebeu de custos
diretos. Teremos então:
A forma de contabilização desse procedimento pode ser variada. Existem desde os critérios mais simples até os
mais complexos. Em nosso exemplo visto até agora não há muita complexidade, mas em outros a situação pode
tornar-se bem diferente.
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Seguros da Fábrica Materiais Dvs Fábrica Energia Elétrica da Fábrica
10.000 10.000(a) 15.000 15.000(a) 85.000 85.000(a)
Estoque Produto C
(a) 245.940
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Estoque Produto A Estoque Produto B Estoque Produto C
(a) 75.000 (a) 135.000 (a) 140.000
(c) 22.000 (c) 47.000 (c) 21.000
(e) 18.000 (e) 20.000 (e) 7.000
(f) 53.347,5 (f) 93.712.5 (f) 77.940
168.347,5 295.712,5 245.940
Departamentalização
Departamentos Definição:
É a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos, representada por homens e máquinas
(na maioria dos casos), que desenvolve atividades homogêneas. (p. 70)
Os departamentos podem ser divididos em dois grandes grupos:
Departamentos de Serviços. (p. 70-71) – Também chamados de auxiliares. Existem basicamente para
execução de serviços e não para atuação direta sobre o produto, portanto não têm seus custos alocados
diretamente aos produtos. Por prestarem serviços a outros departamentos, têm seus custos transferidos aos
departamentos-cliente.
Centros de Custos – Normalmente, departamentos são centros de custos, onde são acumulados os custos
indiretos para posterior alocação aos produtos.
Pela Departamentalização:
3º Passo → Apropriação dos custos indiretos que pertencem, visivelmente, aos departamentos, agrupando, à
parte, os comuns;
4º Passo → Rateio dos custos indiretos comuns e dos da Administração Geral da produção aos diversos
departamentos, quer de produção quer de serviços;
5º Passo → Escolha da seqüência de rateio dos custos acumulados nos departamentos de serviços e sua
distribuição aos demais departamentos;
6º Passo → Atribuição dos custos indiretos que agora só estão nos departamentos de produção aos produtos
segundo critérios fixados.
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Esquema de Contabilização de Custos - Departamentalização
Indiretos Diretos
R Comuns Alocáveis
diretamente aos
Departamentos
Dep Serviço A
Dep Serviço B
Dep Produção C
Dep Produção D
R Prod. X
Prod. Y
Estoque
R Rateio
CPV Vendas
Resultado do Período
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Exemplo 1:
A empresa Alfa S/A produz três tipos de produtos, A, B e C. Alocou aos produtos os seguintes custos diretos:
Custos Indiretos $
Depreciação de equipamentos 200.000
Manutenção de equipamentos 350.000
Energia elétrica 300.000
Supervisão da fábrica 100.000
Outros custos indiretos 200.000
Total 1.150.000
Como a maior parte dos custos indiretos é relativo aos equipamentos, decidiu-se fazer a alocação dos CIFs aos
produtos pelo critério das horas-máquina utilizadas em cada produto. Veja:
Produtos HM %
A 400 40
B 200 20
C 400 40
Total 1.000 100
Custos A B C Totais
Diretos 500.000 300.000 450.000 1.250.000
Indiretos 460.000 230.000 460.000 1.150.000
Total 960.000 530.000 910.000 2.400.000
No entanto, ao se analisar com mais cuidado o processo de produção, verifica-se que existe uma disparidade no
cálculo dos custos de cada produto. Esta disparidade é devido ao fato de que os gastos não são uniformes entre
os setores nos quais são produzidos os produtos A, B e C; e, nem estes possuem o mesmo tratamento em cada
setor por onde passam.
Veja a hora-máquina de cada produto nos departamentos por onde passaram:
Corte Montagem Acabamento Total
Produtos
HM % HM % HM % HM %
A 100 33,33 50 16,67 250 62,5 400 40
B 200 66,67 - - - - 200 20
C - - 250 83,33 150 37,5 400 40
Totais 300 100 300 100 400 100 1.000 100
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Note que agora o critério de rateio dos CIFs será o das horas-máquina de cada departamento por onde os
produtos passaram. Para este novo cálculo deverão ser considerados os custos apropriados a cada um dos setores.
Veja a distribuição dos custos indiretos aos departamentos produtivos:
Custos Indiretos Corte Montagem Acabamento Total
Depreciação 100.000 30.000 70.000 200.000
Manutenção 200.000 30.000 120.000 350.000
Energia 60.000 40.000 200.000 300.000
Supervisão 50.000 20.000 30.000 100.000
Outros Custos Ind. 40.000 30.000 130.000 200.000
Total 450.000 150.000 550.000 1.150.000
Agora, deverá ser levada em consideração a participação de cada produto em cada departamento.
Veja a nova distribuição dos custos indiretos aos produtos:
Veja:
Critério A B C Total
Sem Departamentalização 460.000 230.000 460.000 1.150.000
Com Departamentalização 518.740 300.015 331.245 1.150.000
Diferença 58.740 70.015 (128.755) -
QUESTÃO - 25 Uma fábrica produz 3 tipos de postes de cimento. Os custos levantados para uma fabricação de
1.000 postes de cada tipo foram:
MD MOD
POSTES Hora-Máquina
Unitário Unitária
Modelo 1 1.400 400 400
Modelo 2 1.000 300 300
Modelo 3 700 200 200
Totais 3.100 900 900
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A Fábrica tem dois departamentos: ‘A’ e ‘B’, que operam com a seguinte tabela de homem-hora (hm):
Pede-se:
RESOLUÇÃO:
a) Sem departamentalização:
Tabela de Rateio:
b) Com departamentalização:
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Rateio do CIF aos departamentos:
Tabela de Rateio:
Departamento A:
Modelo 1 = 120hm / 330hm = 36,36%
Modelo 2 = 130hm / 330hm = 39,39%
Modelo 3 = 80hm / 330hm = 24,25%
Departamento B:
Modelo 1 = 280hm / 570hm = 49,12%
Modelo 2 = 170hm / 570hm = 29,83%
Modelo 3 = 120hm / 570hm = 21,05%
Tanto o Custeio por absorção como o Custeio Variável utilizam as mesmas informações
referentes a produção e custos. Diferenciam-se no tratamento dado aos custos fixos. Enquanto o
Custeio por Absorção aloca os custos fixos aos produtos, o Custeio variável não considera-os como do
período em não dos produtos; assim, pelo custeio variável, os produtos recebem somente os custos
variável. Além dos custos viáveis para produzir, os produtos, ao serem comercializados, proporcionam
o surgimento de despesas variáveis como, por exemplo, comissão, fretes e seguros.
Enquanto no Custeio por Absorção os produtos geram lucros, que é a diferença ente o preço de
venda e o custo de produção (fixo e variável), no Custeio Variável, geram margem de contribuição,
sendo esta a diferença entre o preço de venda e o custo variável mais despesas variáveis.
Esses tratamentos levam a resultados diferentes que podem ser observados no seguinte exemplo
comparativo entre os dois métodos de custeio.
Exemplo: Uma empresa iniciando suas atividades em 01/01/2016 teve a seguinte movimentação
durante este exercício:
Compras de matérias-primas R$30.000,00
Mão-de-obra R$10.000.00
Custos indiretos de fabricação fixos R$ 30.000,00
Custos indiretos de fabricação variáveis R$ 5.000,00
Despesas administrativas e de vendas fixas R$ 19.000,00
Despesas administrativas e de vendas variáveis R$ 6.000,00
Vendas efetuadas R$120.000,00
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Estoques Finais Foram:
Matérias-primas R$ 1.000,00
Produção em andamento R$ 0,00
Produtos acabados R$0,00
Gestão estrategica de custos, Just in time JIT e Controle de qualidade total - TQC
Empresas não devem focar sua atenção apenas para a estrutura de custo da cadeia de valor.
Devem monitorar sua performance com outras empresas, especialmente competidores.
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Bibliografias Básicas:
HANSEN & MOWEN. Gestão de custos. São Paulo: Cengage, São Paulo, 2010. HERNANDEZ, Perez Jr José.
Gestão estratégica de custos. São Paulo:Atlas, 2008.
Bibliografias Complementares:
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora
HP 12c e Excel. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2004, 549p.
BRUNI, Adriano Leal. A administração de custos, preços e lucros. São Paulo: Atlas, 2006,
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2004, 373p.
SOUZA, Marcos Antônio de Souza; DIEHL, Carlos Alberto. Gestão de Custos. Uma Abordagem Integrada entre
contabilidade, engenharia e Administração, ed. Atlas, São Paulo 2009.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9.Ed. São Paulo: Atlas, 2003, 370p.
MARTINS, Eliseu; ROCHA, Welington. Contabilidade de custos: livro de exercícios. 9.Ed. São Paulo: Atlas,
2006, 165p.
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 2.Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4.Ed. São
Paulo: Atlas, 2004, 619p.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2009. RIBEIRO, Osni Moura.
Contabilidade de custos fácil. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
SAMEIRO, Claudio da Silva. [Apostila de contabilidade gerencial], Rio de Janeiro, 2003.
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