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JUVENTUDES E A

PANDEMIA DO
CORONAVÍRUS
2ª EDIÇÃO
RELATÓRIO NACIONAL - MAIO DE 2021
INICIATIVA:

A pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus


– 2ª edição (2021), de CONJUVE, Fundação Roberto
Marinho, Rede Conhecimento Social, Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), Em Movimento, Visão Mundial, Mapa
CORREALIZAÇÃO: Educação e Porvir está licenciada com uma
Licença Creative Commons CC BY-NC-SA 4.0
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Cooperação
Representação
no Brasil
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https://www.juventudeseapandemia.com/.

2
Dedicamos este relatório à memória de Luciana
Amorim, que por anos de sua trajetória profissional
foi ponto focal da UNESCO no Brasil para a temática
de juventudes.

Luciana foi uma das idealizadoras da pesquisa


Juventudes e a Pandemia do Coronavírus e membro
ativo do Comitê de Governança da iniciativa.
Certamente deixou um legado por sua enorme
dedicação pessoal e profissional ao campo.

Por meio desta homenagem e desta pesquisa,


desejamos honrar todas as vítimas da pandemia de
Covid-19 e suas famílias.
Entender efeitos para criar soluções com e para as juventudes
Em fevereiro de 2020, quando o primeiro caso de Covid-19 no Brasil foi detectado, seus efeitos ainda eram em
grande parte desconhecidos para médicos, cientistas e para a população em geral. Para contribuir com a
construção de soluções sistêmicas para esse desafio complexo, a 1ª edição da pesquisa Juventudes e a
Pandemia do Coronavírus apresentou, em junho de 2020, um conjunto de dados e evidências com base na
escuta de quase 34 mil jovens de todo o país.

Mais de um ano depois, a doença segue se alastrando, com números de infectados e de vítimas fatais que
tragicamente continuam a crescer. O agravamento da situação sanitária é parte de um cenário de graves
consequências econômicas e sociais que impactam o presente e o futuro das juventudes no Brasil: o
aprofundamento das desigualdades sociais e seus efeitos sobre a saúde mental, a segurança alimentar, o
processo educativo, a vida profissional e econômica de jovens, além da instabilidade política no país.

Com o adiamento do censo demográfico tornou-se ainda mais urgente produzir dados atualizados e
disseminar evidências que permitam análises contextualizadas e apoiem a formulação e implementação de
respostas concretas aos desafios impostos pela pandemia do coronavírus.

Nesta 2ª edição da pesquisa, que apresentamos a seguir, escutamos mais de 68 mil jovens em busca de
criar e ampliar espaços de diálogo para definir prioridades e caminhos na ação com e para as juventudes
do Brasil, bem como pautar e influenciar tomadores de decisão (públicos ou privados).

4
Objetivos Perguntas Norteadoras
_Depois de um ano do início da pandemia, quais são os efeitos na
_Produzir novas evidências a partir
vida de jovens no Brasil e quais são as perspectivas de futuro para
da percepção de jovens de
diferentes regiões e realidades políticas e projetos para as juventudes?
sociais, sobre os efeitos da pandemia
em suas vidas e na sociedade para TRABALHO E RENDA
subsidiar políticas e programas para SAÚDE _Qual tem sido a condição de
as juventudes. _Quais têm sido os impactos na trabalho e renda das juventudes no
saúde física e mental de jovens e atual cenário e quais alternativas
_Fortalecer e consolidar um processo quais são suas expectativas para o têm sido possíveis e são desejáveis
de articulação com as juventudes e futuro? para estruturação da vida
criação de mecanismos para ampliar profissional?
a voz de jovens e seus anseios.

_Pautar e influenciar o debate


público e a ação de tomadores de EDUCAÇÃO VIDA PÚBLICA
decisão, públicos ou privados, por _Quais os efeitos e perspectivas _Como as juventudes têm sentido
meio de um processo de diálogo e para a continuidade dos estudos e e projetado a dimensão política
articulação social. chances de aprendizado? em suas vidas?

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Passo a passo metodológico

Elaboração de Tratamento Análise de


Oficinas técnico do
questionário e Coleta de dados e oficinas Comunicação
iniciais de banco de dados
revisão da dados finais de e advocacy
PerguntAção e tabulação
amostra PerguntAção

Quando: 23.fev a Quando: 9 a Quando: 22.mar a Quando: 12 a Quando: mai.21 em Quando: .jun.21 em
9.mar.21 19.mar.21 12.abr.21 19.abril.21 diante diante

Objetivo: Construir Objetivo: Refinar Objetivo: Divulgar Objetivo: Verificação Objetivo: Elaborar Objetivo:
com grupo de perguntas sugeridas amplamente link do de consistência do relatórios da Disseminar
jovens por comitê técnico e questionário online, e banco de dados, pesquisa, com resultados em canais
pesquisadores as grupo de jovens; realizar parcerias com aplicação de fatores contribuição de de comunicação e
perguntas revisar o redes e instituições de ponderação e grupo de jovens e redes; promover
norteadoras, parâmetro amostral, que atuam com construção de comitê técnico, e com discussões e
hipóteses e o com base na 1ª juventudes. tabelas com os potenciais parceiros atividades para
questionário da 2ª edição e atualizações Resultado: 68114 resultados da coleta. temáticos que se pautar e influenciar
edição da pesquisa. da PNAD Contínua. respostas à pesquisa somem à iniciativa. a ação de tomadores
de decisão.
6
Grupo de jovens pesquisadores

10 jovens de diferentes realidades, _Rafael Santos, 26 anos, _Thais Duarte, 22 anos,


Santarém (PA) Mossoró (RN)
que já contribuíram com a 1ª edição _Alice Bezerra, 20 anos,
da pesquisa, são bolsistas São Sebastião do Umbuzeiro (PB)

colaboradores da iniciativa. _Laís Duanne, 22 anos,


Paulista (PE)
_Caio Henrique, 19 anos,
Por meio da metodologia de Recife (PE)
_Odilon Gomes, 21 anos,
PerguntAção, da Rede Maceió (AL)
Conhecimento Social, tem sido
conduzidas oficinas online para
construção coletiva de todas as _João Guilherme Medeiros, 19 anos,
etapas dessa produção de Cuiabá (MT)

conhecimento: a definição das _Mariana Lima, 19 anos,


Campo Grande (MS)
perguntas norteadoras, a concepção
do questionário, a mobilização para a _Wesla Monteiro, 27 anos,
coleta de respostas, a análise dos São Paulo (SP)
_Vitor Lauro Zanelatto, 19 anos,
resultados e a disseminação de Atalanta (SC)
_Emilly Espildora, 23 anos,
São José dos Campos (SP)
resultados para comunicação e
advocacy.

7
Metodologia
Questionário
_Hospedado na plataforma online SurveyMonkey e respondido entre os dias 22 de março e 16 de abril de 2021.
_Conta com 77 perguntas distribuídas entre cinco principais blocos temáticos: perfil sociodemográfico; saúde;
educação; trabalho e renda; e vida pública.

Amostra
_Amostragem de conveniência (não probabilística) com monitoramento diário referenciado pela distribuição
populacional de jovens para região, faixa etária, gênero e cor/raça de acordo com a Pnad Contínua 2020 (IBGE).
_Responderam ao questionário 68.114 jovens de todos os estados do país, dobrando o alcance da 1ª edição que
escutou 34 mil jovens em abril de 2020.
_Tendo em vista a variação no número de respostas por pergunta do questionário, o processamento tomou por
base o total de respondentes de cada questão, acolhendo assim as opiniões de jovens que, por múltiplos motivos,
não puderam completar o questionário.

Ponderação
_Eventuais distorções amostrais foram corrigidas a partir de ponderação a posteriori, considerando a distribuição
de jovens brasileiros de 15 a 29 anos em termos de Unidades da Federação e faixas etárias. Foi utilizada como
referência a Pnad Contínua 2020 (IBGE) e os parâmetros utilizados na 1ª edição desta pesquisa.

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Nota técnica
A pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus - 2ª edição seguiu os métodos de coleta de dados
estabelecidos na 1ª edição: por meio de dinâmica de coleta “bola de neve”, foi promovida uma ampla
mobilização de redes institucionais e redes de relacionamento de jovens. Como souberam da pesquisa
Para alcançar o expressivo número de 68 mil jovens alcançados em todos os estados brasileiros, as
Pela
instituições parceiras desta iniciativa e o grupo de jovens pesquisadores convidaram outras escola/faculdade
23%
organizações da sociedade civil, coletivos juvenis, secretarias estaduais e municipais de juventudes,
educação e assistência social a disseminarem o questionário e incentivarem a participação nessa Por uma instituição
escuta, que se deu por adesão voluntária. ou grupo que sigo ou 21%
faço parte.
Ainda que não seja possível calcular a margem de erro de amostragem, a diversidade de conexões
constituídas no processo amplia a diversificação de perfis e aproxima a coleta de segmentos Por um amigo 20%
específicos populacionais, com ampla cobertura territorial e abrangência temática.
Mais uma vez, os 68 mil jovens que se engajaram para responder o questionário têm, como esperado e Divulgação em redes
17%
verificado na 1ª edição, um perfil de conexão direta ou indireta com instituições educacionais e/ou que sociais
atuam com as juventudes; dispõem de modos de conexão para estar online (por recursos próprios ou
não); têm suficiente domínio de leitura para interagir com o questionário de forma autônoma; além de Por um professor 16%
terem tempo disponível e estímulo para contribuírem com a pesquisa.
Conscientes dos limites e das potencialidades dessa escolha metodológica, seguimos apostando no Notícias 3%
valor dessa produção de conhecimento, que diante da urgência do tema e das limitações impostas pelo
contexto de distanciamento social, têm alto potencial para amplificar a voz de um grupo tão
significativo de jovens, trazendo evidências que inspirem e orientem decisões de políticas públicas e
ações no campo da sociedade civil para enfrentar os efeitos da pandemia.

P15. Como ficou sabendo desta pesquisa? 9


Base total de respondentes: 50.007
Quem são as e os jovens que
responderam à pesquisa

10
Distribuição geográfica e etária
Regiões do Brasil em que moram

10% Faixas de idade


Norte
30% 15 a 17 21%
Nordeste
18 a 24 48%
8%
Centro-oeste 25 a 29 31%
39%
Sudeste
Amostra ponderada a Dados da Pesquisa Amostra ponderada a Dados da Pesquisa
partir da PNAD Contínua/ Juventudes e Pandemia partir da PNAD Contínua/ Juventudes e Pandemia
IBGE 4º Trim. 2020 2020 | Base: 24.133 IBGE 4º Trim. 2020 2020 | Base: 33.688
Norte: 10% Norte:10% 15 a 17: 21% 15 a 17: 21%
Nordeste: 30% Nordeste: 28% 18 a 24: 48% 18 a 24: 47%
Centro-oeste: 8%
Sudeste: 39%
Centro-oeste: 8%
Sudeste:40%
13% 25 a 29: 31% 25 a 29: 32%

Sul
Sul: 13% Sul: 14%

P4. Em qual estado você mora? | Base total de respondentes: 68.114 11


P1. Qual a sua idade? | Base total de respondentes: 68.114
Identidades
_ Assim como na 1ª edição da pesquisa, a adesão à pesquisa foi maior entre mulheres do que homens e há uma
proporção maior de jovens que se declaram brancos e pretos do que em relação ao registrado em fontes oficiais.

Gênero Raça/cor

1% 46%
Mulheres 40%

Homens
33% 1%
12% 1%
66% Não-binário
Branca Parda Preta Amarela Indígena

52% Negra

PNAD Contínua/ IBGE 4º Trim. 2020 Juventudes e Pandemia 2020 | Base: 33.688 PNAD Contínua/ IBGE 4º Trim. 2020 Juventudes e Pandemia 2020 | Base: 33.688
Mulheres: 50% Mulheres: 66% Branca: 40% Branca: 46%
Homens: 50% Homens: 33% Parda: 50% Parda: 38%
Não-binário: 1% Preta: 9% Preta: 14%
Amarela: 0,6% Amarela: 1%
Indígena: 0,3% Indígena: 1%

P2. Qual o seu gênero? | Base total de respondentes: 68.114 12


P3. Qual a sua cor/raça? | Base total de respondentes: 68.114
Configurações domiciliares
_ É possível notar uma tendência de aumento, de 2020 para 2021, no número de jovens que mudaram a
configuração da moradia por conta da pandemia.

Com quem moram atualmente


Mãe / madrasta 67%
Não moravam com as mesmas
Pai / padrasto 49%
pessoas antes da pandemia
Irmãos 46%
Filhos 7%
13%
Avós 11%
10%
Companheiro(a) e/ou namorado(a) 16%
Sogros 1%
Outras pessoas da família 8%
Amigos 2%
2020 2021
Outras pessoas que não amigos ou família 1%
Apenas eu moro aqui 4%

P12. Com quem mora atualmente? (Resposta múltipla) | Base total de respondentes: 68.114 13
P13. Já morava com essas pessoas antes da pandemia? | Base total de respondentes: 68.114
Condições de moradia
_ Jovens consultados moram principalmente em cidades do interior e capitais, em áreas urbanas e, por
consequência estão ligados à rede de água encanada e em ruas asfaltadas ou pavimentadas.

Características do município Características do domicílio


88% 86%
Rede geral de
A água distribuição
Urbana vem de: Poço ou
Rural nascente
12% 11% Outro meio
3%

PNAD Contínua/ IBGE 4º trim. 2020 Juventudes e Pandemia 2020 | Base: 24.161 Juventudes e Pandemia 2020 | Base: 24.161
Urbana: 86% Rural: 10% Rede geral de distribuição: 86%
Rural: 14% Urbana 90% Poço ou nascente: 11%
Outro meio: 3%

82%
A rua é:
Capital
Asfaltada/
44% pavimentada
30% 26% Região
metropolitana 18% Terra/ cascalho
Interior

PNAD Contínua/ IBGE 4º trim. 2020 Juventudes e Pandemia 2020 | Base: 24.161 Juventudes e Pandemia 2020 | Base: 24.161
Capital: 23% Capital: 37% Asfaltada/Pavimentada: 85%
Região metropolitana: 17% Região metropolitana: 22% Terra/Cascalho: 15%
Interior: 60% Interior: 40%

14
P6. Você mora em área: | P5. O município que você mora é: | P10. Agua do domicílio | P11. Característica da rua do domicílio | Base total de respondentes: 68.114
Ocupação
_ Há um aumento da proporção de jovens que não estudam e não trabalham, passando de 10% em 2020 para 16%
em 2021. E, ao mesmo tempo, uma redução de 32% para 25% em 2021 aqueles que estudam e trabalham.
_Ainda assim, como na 1ª edição da pesquisa, há uma proporção maior de jovens que trabalham e estudam ou só
estudam do que se comparado às estatísticas oficiais para a faixa de 15 a 29 anos.

2021 2020 (1ª edição)


Estuda e trabalha 25% 32%

Estuda e não trabalha 37% 40%

Trabalha e não estuda 22% 18%

Não estuda e não trabalha 16% 10%


PNAD Contínua/ IBGE 4º Trim. 2020
Destes: Trabalha e estuda: 11%
Estuda e não trabalha: 31%
13% Estão procurando trabalho Trabalha e não estuda: 32%
Não estuda e não trabalha: 26%
3% Não estão procurando trabalho

15
Cruzamento de duas perguntas: E1. Você está estudando atualmente? X T2. Atualmente você está: | Base total de respondentes: 59.601
Participação social
_ 7 a cada 10 jovens consultados já frequentaram ou participam de organizações, coletivos, movimentos ou
instâncias políticas. Assim como na 1ª edição da pesquisa, essa alta proporção deriva da dinâmica de “bola de neve”
para divulgação do questionário entre redes e instituições que realizam trabalhos com juventudes.

Grupos ou instituições que frequentam ou já frequentaram

Grupo religioso 27%

Organização Social / Não governamental 16%

Coletivo ou grupo juvenil 15%


Juventudes e Pandemia 2020 | Base: 24.161
Movimento 9% Grupo religioso: 39%
Organização social/ não governamental: 30%
Coletivo ou grupo juvenil: 27%
Movimento: 18%
Conselhos de participação social 5% Partido político: 5%
Nenhum dos anteriores: 35%

Partido político 4%

Nenhum dos anteriores 30%

P14. Você faz parte , frequenta ou já participou de: | Base total de respondentes: 68.114 16
[Note técnica: A respostas “conselhos de participação social” não existia na pergunta em 2020, por isso não há comparativo entre as duas edições]
Acesso a equipamentos
_ A posse de dispositivos eletrônicos é bastante elevada entre os respondentes, contudo uma parcela significativa precisa
compartilhar esses aparelhos com outras pessoas dentro de casa, limitando os usos para estudo e/ou trabalho.
_ O acesso a computadores é significativamente mais restrito entre jovens negros e residentes de áreas rurais; e mesmo os
celulares sendo praticamente universalizados, 2 a cada 10 jovens da zona rural precisam compartilhar o equipamento.

Equipamentos que Dividem com Zona Rural Negros


têm em casa alguém Têm em Dividem com Têm em Dividem com
casa alguém casa alguém

Celular/ Smartphone 99% 10% 98% 20% 99% 13%

TV 94% 77% 92% 80% 93% 79%

Computador ou notebook 72% 31% 50% 24% 62% 31%

Vídeo game (Xbox, Playstation, etc.) 22% 14% 16% 10% 16% 11%

PNAD Contínua/ IBGE 2019


Tablet 14% 6% 11% 5% 11% 5%
93% possuíam celular ou smartphone
45% possuíam computador ou notebook

17
P8. Desses equipamentos, quais você tem em casa e pode usar só para você ou precisa dividir com outras pessoas? (uma resposta por item) | Base: 68.114
Acesso à Internet nos equipamentos que têm
_ Embora acesso ao celular seja o principal equipamento utilizado, quase a totalidade de quem têm computador
ou notebook em casa acaba acessando à internet por esses aparelhos. Nota-se que entre jovens da zona rural a
conexão é, em geral, mais restrita (especialmente em televisores e videogames).

Dos que têm em casa,


acessam à internet Zona Rural Negros

Celular/ Smartphone 99% 97% 99%

TV 66% 55% 63%

Computador ou notebook 98% 94% 97%

Vídeo game (Xbox, Playstation, etc.) 70% 54% 66%

PNAD Contínua/ IBGE 2019


Tablet 89% 81% 85%
89% de domicílios com jovens têm
acesso à internet.

18
P9. E quais desses equipamentos você usa para acessar internet? (uma resposta por item) | Base: 68.114
Saúde e
cuidados
19
Hábitos e cuidados pessoais
_Em 2020, a 1ª edição da pesquisa retratou que a percepção de jovens sobre seus hábitos e cuidados pessoais nos primeiros 3
meses da pandemia era de piora de suas condições físicas e emocionais, exceto pela higiene.
_Em 2021, a avaliação sobre os diferentes aspectos da vida marca uma mudança de perspectiva: tendem a ver de forma
positiva também os relacionamentos domésticos e alimentação. Mas a qualidade do sono, o estado emocional e o
condicionamento físico seguem como desafios para boa parte dos jovens, especialmente mulheres.

Ruim ou péssimo
Avaliação sobre aspectos da vida
Homens Mulheres
Higiene pessoal 59% 32% 8% 1% 2% 1%
Relacionamentos dentro de casa 25% 39% 27% 3% 9% 9%
6%
Alimentação 24% 33% 30% 10% 4% 11% 14%

Qualidade do sono 13% 25% 33% 19% 10% 25% 31%

Condicionamento físico 9% 25% 34% 21% 11% 28% 34%

Estado emocional 8% 20% 36% 21% 15% 28% 40%

Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo

S1. Pensando neste momento da pandemia, como você avalia esses aspectos da sua vida? | Base total de respondentes: 68.114 20
[Note técnica: A escala de respostas da pergunta em 2020 era: piotou muito, piorou um pouco, ficou igual, melhorou um pouco, melhorou muito. Por isso, a comparação entre as respostas entre 1ª e 2ª edição não é numérica, mas qualitativa.]
Depois de 1 ano de pandemia, as pessoas já tem
outra visão, outra preocupação, por isso acho que
as pessoas avaliaram desse jeito, mais
positivamente que no ano passado.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

[Neste momento da pandemia] o tédio se


tornou um sentimento normal.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

A gente se acostumou. Até eu já me


acostumei com o home office.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

21
Efeitos da pandemia sobre a saúde de jovens
_Em 2020, a tendência a sentimentos negativos marcou a questão de saúde mental como tema prioritário entre jovens. Mais de
um ano após o início da pandemia, 6 a cada 10 jovens relatam ansiedade e uso exagerado de redes sociais; 5 a cada 10 sentem
exaustão ou cansaço constante; e 4 a cada 10 têm insônia ou tiveram distúrbios de peso. Todas essas situações são ainda mais
relatadas entre mulheres. E a idade parece mudar a percepção sobre questões de saúde: quanto mais velhos mais apontam
múltiplos impactos em seu estado físico e emocional; quando mais novos, mais indicam brigas frequentes dentro de casa.

Condições de saúde física e emocional sentidas


como resultado direto ou indireto da pandemia Mulheres Homens 15 a 17 18 a 24 25 a 29
Ansiedade 61% 67% 49% 54% 62% 65%
Uso exagerado de rede sociais 56% 59% 49% 56% 57% 54%
Exaustão e/ou cansaço constante 51% 57% 40% 48% 52% 52%
Insônia 40% 43% 33% 38% 40% 41%
Ganho ou perda exagerado de peso 35% 39% 27% 30% 35% 38%
Brigas frequentes dentro de casa 21% 23% 17% 24% 22% 18%
Depressão 17% 18% 15% 13% 17% 20%
Aumento do consumo de álcool, cigarro ou outras drogas 10% 9% 10% 4% 10% 14%
Automutilação e/ou pensamento suicida 9% 10% 8% 12% 9% 8%
Nenhuma dessas situações 7% 5% 12% 9% 7% 6%
Outra. 2% 2% 2% 2% 2% 3%
22
S5. Você passou ou vem passando por alguma dessas situações como resultado direto ou indireto da pandemia? (marque quantas quiser) | Base total de respondentes: 68114
Jovens relatam, em O que os dados apontam é desesperador. O que a
média, 3 situações soma dos fatores pode levar? São 10 alternativas
de saúde física ou no questionário, e eu não marquei somente duas,
emocional como
e a gente vê que não é só a gente. A tríade mais
resultado da
pandemia. marcada de ansiedade, insônia e exaustão são
um combo. Tudo muito preocupante...
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

Para mim, quando estou respondendo uma


pesquisa como essa, sinto como se estivesse
numa terapia. Coloco ali as coisas que tenho
sentido, me abro e me sinto escutado.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

23
_1 a cada 10 jovens admitem que um dos impactos da pandemia em
suas vidas são pensamentos suicidas ou de automutilação, sendo
esse número ainda maior na faixa de 15 a 17 anos.
_Esse número pode ser ainda maior, considerando a dificuldade que
muitos jovens podem ter em se abrir ou compartilhar esse problema.

Eu participo de rodas de conversa com jovens de todo o Estado, tipo uma terapia. E
muitos jovens realmente dizem que essas frustrações, a incerteza do trabalho, do
futuro, do estudo, da saúde mental... a gente se isolou das pessoas e não pode
desabafar. E essas frustrações ocasionam esses pensamentos negativos.
E isso é algo real, muita gente omite e não tenta colocar exposto a verdade. Como
até eu já pensei essas coisas, por causa dessa realidade, dos problemas e da
incerteza. Eu garanto que têm muitos jovens que passam por isso, mas a gente
prefere omitir e fingir que está tudo bem. Minha salvação desses pensamento foi
espaços com jovens, pra discutir isso, pra me sentir ouvida!
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
24
Autocuidado durante a pandemia
_9 a cada 10 jovens realizaram alguma prática de autocuidado na pandemia, sendo a atividade física a mais frequente.
Contudo, 7 a cada 10 não fizeram consultas médicas ou odontológicas e 9 a cada 10 não fizeram psicoterapia, reforçando a
necessidade de políticas que estimulem e facilitem o acesso a essas atividades de autocuidado.
_Mulheres, ao mesmo tempo que mais expõem sentir efeitos da pandemia, também realizaram mais atividades para
autocuidado do que os homens, principalmente consultas, terapias e procedimentos estéticos.
_Jovens que se declaram negros (pretos ou pardos) dizem com maior frequência não ter feito nenhuma dessas práticas.

Atividades realizadas para cuidar da saúde Mulheres Homens Brancos Negros


Fiz alguma atividade física 51% 51% 52% 56% 47%
Fiz pelo menos uma consulta médica de rotina 31% 35% 22% 37% 25%
Fiz pelo menos uma consulta odontológica 28% 30% 25% 33% 24%
Fiz terapia ocupacional (curso, trabalho manual etc) 16% 18% 11% 18% 13%
Atualizei outras vacinas (sarampo, hepatite, HPV etc.) 10% 10% 9% 11% 9%
Comecei a fazer psicoterapia 9% 10% 7% 13% 6%
Fiz pelo menos um tratamento estético 8% 10% 5% 11% 7%
Contratei um plano de saúde 4% 4% 3% 4% 3%
Contratei um seguro de vida 1% 1% 1% 2% 1%
Outras atividades 17% 16% 18% 18% 16%
Nenhuma dessas atividades 14% 14% 16% 12% 16%
25
S8. Durante a pandemia, quais dessas atividades você fez? (marque quantas quiser) | Base total de respondentes: 68114
Prevenção e proteção: frequência a locais públicos
_O autocuidado das juventudes também se manifesta nas atitudes de prevenção no período da pandemia, como
a restrição de seu convívio social: 7 a cada 10 jovens dizem que não frequentaram festas nesse período,
demonstrando que a maior parcela deles estão preocupados com os efeitos de ir a esses ambientes.
_Quase a totalidade de jovens frequentaram serviços essenciais, como mercados e farmácias; mas cerca de 4 a
cada 10 não foram a parques ou usaram transporte público nesse período.

Desde o início da pandemia...

97% Têm ido a


mercados e
68% Não
frequentam
39% Não vão a
praças ou
34% Não utilizam
o transporte
farmácias festas parques público

S2. Pensando nesses lugares, com quais dessas pessoas você costuma usar máscara? (marque quantas quiser)| Base total de respondentes: 68.114 26
S3. E pensando nesses outros lugares, em quais dessas situações você tem usado máscara? (marque apenas 1 por lugar) | Base total de respondentes: 61.169
Prevenção e proteção: uso da máscara
_O hábito do uso de máscaras é um ponto de atenção para pensar a prevenção contra Covid-19. Jovens mudam a forma de usar
ou não essa proteção de acordo com os locais e as pessoas com quem estão: quanto mais públicos forem os espaços e abertos
à circulação de pessoas desconhecidas, mais usam máscara.
_Mas além da quantidade de pessoas no espaço, a confiança em quem divide esses espaços influencia na escolha de se
proteger ou não: o público com quem mais usam são desconhecidos. E chama atenção o uso reduzido da máscara quando se
está por perto de pessoas em que confiam, o que remete aos desafios enfrentados na promoção do uso da camisinha para
prevenção de IST.

Com quem usam máscara nesses locais

Em casa Em festas Em praças ou parques


Nunca uso máscara 37% 10% 5%

Com pessoas que não conheço 48% 34% 35%

Com pessoas conhecidas, mas


13% 26% 28%
que não sei como tem se cuidado
Com pessoas em quem confio e
12% 20% 22%
sei que tem se cuidado

Até quando estou só 7% 21% 50%

S2. Pensando nesses lugares, com quais dessas pessoas você costuma usar máscara? (marque quantas quiser)| Base total de respondentes: 68.114 27
S3. E pensando nesses outros lugares, em quais dessas situações você tem usado máscara? (marque apenas 1 por lugar) | Base total de respondentes: 61.169
Prevenção e proteção: uso da máscara
_Em mercados e farmácias ou no transporte público, que podem ser vistos como ambientes públicos mais restritos
ou fechados, são 9 a cada 10 jovens que dizem usar a máscara mesmo sem ver alguém por perto.
_Na rua, que é um espaço sem controle de entrada e essencialmente ao ar livre, nota-se que aumentam os jovens que
dizem usar a máscara apenas quando há pessoas por perto ou visíveis.
_Assim, o fluxo de pessoas e o quanto os locais são abertos também são fatores que influenciam o uso da máscara.

Em qual situação usam máscara nesses locais públicos e de alta circulação

Mercados e farmácias Transporte público Rua


Nunca uso máscara 1% 1% 3%

Quando tem pessoas perto de


4% 3% 16%
mim

Quando tem qualquer pessoa,


6% 7% 12%
mesmo que esteja longe

O tempo todo, mesmo sem ver


89% 89% 69%
pessoas perto

S2. Pensando nesses lugares, com quais dessas pessoas você costuma usar máscara? (marque quantas quiser)| Base total de respondentes: 68.114 28
S3. E pensando nesses outros lugares, em quais dessas situações você tem usado máscara? (marque apenas 1 por lugar) | Base total de respondentes: 61.169
Está no imaginário do brasileiro. Que o lugar público tem muito
fluxo de pessoas e, embora eu esteja sozinho aqui, diferentes
pessoas de diferentes lugares passaram aqui antes de mim e por
isso aqui é um lugar que eu preciso usar máscara. Até mais do que
quando uma pessoa vai em um comércio pequeno que possui um
fluxo menor de pessoas.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

29
Prevenção e proteção: intenção de tomar vacina
_8 a cada 10 jovens brasileiros pretendem se vacinar quando houver disponibilidade para sua faixa de idade.
_A Região Norte do país é onde parece haver maior necessidade de campanhas pela vacinação, já que 3 a cada 10 jovens
negam ou têm dúvidas quanto à tomar a vacina contra Covid-19.
_Juventudes que moram na zona urbana estão mais decididos que os da zona rural a se imunizarem.
_Quanto mais novos, maior a tendência à indecisão quanto à vacina.

Pretensão em tomar vacina contra Covid-19

Centro-
15 a 17 18 a 24 25 a 29 Rural Urbano Norte Nordeste Sudeste Sul
Oeste

Querem tomar vacina 82% 71% 82% 88% 69% 83% 66% 79% 89% 81% 80%

Estão indecisos 14% 23% 13% 9% 24% 13% 25% 16% 9% 15% 15%

Não querem tomar vacina 4% 7% 4% 3% 8% 4% 9% 6% 2% 4% 5%

30
S7. Quando estiver disponível para a sua faixa de idade, você pretende tomar a vacina contra Covid-19? (marque apenas 1) | Base total de respondentes: 61169
Prevenção e proteção: intenção de tomar vacina
_3 a cada 10 dizem ter preferência por uma vacina específica, sendo que para 1 a cada 10 deles essa seletividade pode ser
um motivo para não aceitarem aquelas que estiverem disponíveis.
_Embora sejam poucos aqueles que são taxativos em negarem a imunização, a falta de confiança nos fabricantes ou medo
dos efeitos são os principais motivos da não adesão, com proporções ainda maiores entre moradores da região Norte.

Pretensão em tomar vacina contra Covid-19 Norte Nordeste Sudeste Sul


Centro-
Oeste

Sim, e tanto faz qual das vacinas 59% 46% 56% 65% 61% 58%
Sim, tomarei qualquer uma, mesmo tendo preferência
22% 19% 23% 24% 20% 22%
por uma vacina específica

Talvez, depende de qual vacina estiver disponível 8% 15% 9% 6% 10% 9%

Não sei 6% 10% 7% 3% 5% 6%


Não, pois não confio nos fabricantes ou tenho medo
3% 7% 4% 2% 2% 4%
dos seus efeitos

Não, pois não tomo vacina nenhuma 1% 1% 1% 0% 1% 0%

Não, pois já fiz outro tratamento 0,2% 0% 0% 0% 0% 0%

Não, pois já peguei 0,4% 1% 0% 0% 1% 0%

31
S7. Quando estiver disponível para a sua faixa de idade, você pretende tomar a vacina contra Covid-19? (marque apenas 1) | Base total de respondentes: 61169
As diferenças regionais e por estados do país apontam que a polarização política vem
influenciando a predisposição para aderir à imunização, ainda que sejam apenas 2 a cada 10
jovens os que se questionam ou se negam a tomar vacina.

Aqui no Rio Grande do Norte as pessoas estão tendo


preferência a uma vacina e a outra não querem tomar.
Preferência pela Coronavac, mas está com estoque da outra. O
pensamento é que a Coronavac é feita no brasil, e a outra é de
fora, e como a doença veio de fora, a vacina pode causar
doença.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

Em Santa Catarina, as pessoas têm A mídia local aqui no Mato Grosso é um


preferência por AstraZeneca. É uma comoção programa de fakenews, ficam falando mal
contra “vacina do Dória e da China”. E tem da Coronavac, o que acaba atrapalhando a
alguma relação de preferência por uma vacinação. Antes disso, tinha preferência
marca importada, da Oxford. Talvez isso local pela Sputinik.
traga um conforto maior. (Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
32
Sentimentos sobre futuro da saúde
_Os sentimentos de jovens em relação às perspectivas de saúde são em geral mais negativas: 5 a cada 10
estão chateados e inseguros em relação à saúde. Ao mesmo tempo, 3 a cada 10 declaram-se esperançosos.
_Sentimentos ruins e muito ruins são mais comum entre mulheres.

Sentimento ruim ou
muito ruim
Sentimentos sobre perspectivas de saúde para jovens
Mulheres Homens

Animado 6% 11% 32% 31% 20% Chateado 54% 43%

Seguro 7% 10% 30% 30% 23% Inseguro 58% 44%

Esperançoso 14% 18% 31% 21% 16% Desiludido 39% 32%

Sentimento muito bom Bom Neutro Ruim Sentimento muito ruim

33
S6. Marque na barra o lugar que mostra como você tem se sentido sobre as perspectivas para a saúde de jovens: | Base total de respondentes: 61169
O fato de saber de algumas coisas dá uma sensação
de esperança: por ter vacina existindo, países tendo
shows e podendo andar sem máscara... Saber
dessas coisas alivia a tensão. Tem alguma
perspectiva maior que ano passado.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

34
Perspectivas de futuro para a saúde
_Garantir o acesso a serviços de atendimento e acompanhamento psicológico especializado em jovens, em
serviços de saúde pública ou em escolas, é a principal prioridade para essas juventudes, especialmente mulheres.
_O olhar para as desigualdades é também uma das prioridades para jovens, já que 3 a cada 10 propõem que o
foco esteja em ações que garantam a segurança alimentar das populações mais vulneráveis.

Duas ações prioritárias para instituições públicas e privadas


ajudarem jovens a lidar com efeitos da pandemia na saúde
Mulheres Homens 15 a 17 18 a 24 25 a 29
Atendimento psicológico na saúde pública
especializado em jovens
48% 52% 39% 40% 50% 48%

Acompanhamento psicológico nas escolas 37% 39% 32% 41% 36% 36%
Ações para garantir alimentação segura para os mais
vulneráveis
32% 33% 29% 23% 32% 37%
Maior oferta de atividades esportivas ou de
condicionamento físico
18% 15% 23% 18% 17% 19%

Projetos sobre autocuidado 13% 12% 14% 14% 13% 11%

Projetos sobre autoconhecimento 12% 11% 14% 15% 12% 11%

Projetos para reeducação alimentar 7% 7% 9% 8% 7% 7%

35
S9. Pensando no futuro na área de saúde, quais são as duas ações prioritárias para instituições públicas e privadas ajudarem jovens a lidar com efeitos da pandemia? (marque até 2) | Base total de respondentes: 68114
Não consigo pagar ou custear, mas preciso
de um atendimento psicológico!
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção) Em alguns lugares [psicólogo] é algo
demonizado. As pessoas associam a coisas
nada a ver.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

O acesso não é fácil. É caro. Mesmo tendo


valor social, acaba sendo caro pra um país no
mapa da pobreza. O acesso também não é
Passa batido pra mim que sou da metrópole,
simples, não é só chegar no posto de saúde.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
mas no interior acontece muito da pessoa
conhecer a psicóloga e não poder ser
atendido ou não querer ser atendido.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

36
Trabalho
e renda
37
Participação na vida econômica do domicílio
_Ao comparar a participação de jovens na vida econômica do domicílio no início da pandemia (maio/20) com um ano depois
(abril/21), nota-se pouca variação, com uma tendência à redução dos independentes financeiramente e ao aumento dos
totalmente dependentes.
_Elevadas parcelas desses jovens, em todas as faixas de idade, se declaram totalmente dependentes financeiramente, mas
chama atenção que são 40% de jovens entre 18 a 24 anos (em 2020 eram 37%) e 21% entre 25 a 29 anos (em 2020 eram 14%).

Em 2020... Em 2021...
15 a 17 18 a 24 25 a 29
Não pago minhas contas - estou totalmente
37% dependente financeiramente 40% 69% 40% 21%

Pago parte das minhas contas - estou


28% parcialmente dependente financeiramente 28% 18% 32% 27%

Pago todas as minhas contas - estou


12% independente financeiramente 9% 6% 9% 14%

Pago todas as minhas contas e contribuo


17% parcialmente para o domicílio 17% 6% 16% 26%

Pago todas as minhas contas e também


6% sustento totalmente o domicílio 6% 1% 3% 12%

[2021] T1. Atualmente, qual a sua participação na vida econômica do seu domicílio? (marque apenas 1) | Base total de respondentes: 59.599 38
[2020] P21. Qual a sua participação na vida econômica do seu domicílio? | Base total de respondentes: 28.638
Situação de trabalho: resultado da pandemia
_Entre 2020 e 2021, nota-se um pequeno aumento de jovens que não estão trabalhando, passando de 50% para 53%.
_Daqueles que não estão trabalhando, há um aumento no número daqueles que estão procurando um emprego: de 3
a cada 10 em 2020, passa a 4 a cada 10 em 2021.
_Mais de 1 a cada 10 jovens dizem que estão trabalhando como resultado da pandemia; e mais de 2 a cada 10 estão
procurando trabalho devido ao contexto da covid-19.

Em 2020... Em 2021...
Essa situação de trabalho
é resultado da pandemia?
Sim Não

Trabalhando 50% 47% 15% 32%

Procurando trabalho 29% 36% 23% 13%

Nem trabalhando nem


21% 17% 5% 12%
procurando

39
T2. Atualmente você está: (marque apenas 1) | T3. Essa sua situação atual de trabalho é resultado da pandemia? (marque apenas 1) | Base: 59.599
Jovens trabalhando: quem são
_Os efeitos da pandemia sobre a vida profissional das juventudes têm marcado não apenas a renda e as formas de
trabalho, mas também o ingresso no mercado de trabalho: 4 a cada 10 jovens que estão trabalhando estão em seus
primeiros trabalhos, subindo para 5 a cada 10 entre aqueles com 18 a 24 anos.
_Jovens que estão trabalhando, em sua maioria são estudantes e se dividem principalmente entre aqueles que são
dependentes financeiramente e aqueles de quem o domicílio depende de seu salário.

Entre jovens que estão trabalhando:

Estão estudando 54%


Dependentes
financeiramente
42% 36%
Independentes Ingressaram no mercado de
Não estão estudando 46% 17%
financeiramente trabalho durante a pandemia
Contribuem para
sustentar o domicílio
41% 15 a 17 18 a 24 25 a 29

10% 50% 40%

40
E1. Você está estudando atualmente? | T1. Atualmente, qual a sua participação na vida econômica do seu domicílio? | TS2. Essa é a primeira vez que você trabalha? (marque apenas 1) | Base de quem trabalha: 27.788
Jovens trabalhando: o que fazem
_Entre respondentes que estão trabalhando, as principais atividades de trabalho exercidas continuam sendo empregos com
carteira assinada (principalmente mais velhos) e aprendizes. Trabalhos autônomos são mais comuns na faixa dos 25 a 29 anos e
em áreas urbanas. Ajuda doméstica sem remuneração é mais comum na faixa dos 15 a 17 anos e em áreas rurais.

Em 2020, antes da pandemia, Em 2021, um ano depois do início da pandemia,


trabalhavam com: estão trabalhando com:
15 a 17 18 a 24 25 a 29 Rural Urbano
Trabalho remunerado, com carteira
assinada
40% 36% 7% 24% 57% 23% 37%
Trabalho como Aprendiz 28% 30% 65% 46% 0% 35% 29%
Trabalho remunerado por conta própria
(autônomo, freelancer, MEI)
15% 12% 4% 7% 22% 7% 13%
Trabalho como estagiário(a) 12% 10% 5% 14% 6% 6% 10%
Faço bicos ou trabalho em atividades
ocasionais sem carteira assinada
10% 9% 12% 9% 8% 13% 8%
Tenho meu próprio negócio, sou
empreendedor
5% 5% 4% 4% 7% 7% 5%
Ajudo meus pais ou familiares no
trabalho deles, sem receber dinheiro
4% 5% 11% 5% 3% 11% 4%
Outros (ex: voluntário, etc) 9% 8% 7% 6% 11% 12% 8%

[2021] TS1. [Para quem estava trabalhando] Como é esse trabalho? (marque quantas quiser) | Base total de quem trabalha: 28.b008 41
[2020] P24. [Para quem estava trabalhando] Como era esse trabalho? (Resposta múltipla) | Base de quem trabalhava: 14.298
Jovens não trabalhando: quem são
_Entre jovens consultados que não estão trabalhando, 3 a cada 10 não estão estudando.
_A maior parte deles estão procurando trabalho, sendo que 4 a cada 10 estão nessa busca pela primeira vez.
_A dependência financeira é a realidade da grande maioria deles, mas 7% contribuem para sustentar o seu domicílio
total ou parcialmente.

Entre jovens que não estão trabalhando:

Dependentes Procurando o primeiro


financeiramente
90% 38%
Estão estudando 70% trabalho

Independentes Procurando um trabalho,


financeiramente
3% mas não seria o primeiro 30%
Não estão estudando 30%
Contribuem para sustentar o Nem trabalhando, nem
7% procurando trabalho 32%
domicílio

42
E1. Você está estudando atualmente? | T1. Atualmente, qual a sua participação na vida econômica do seu domicílio? | T2. Atualmente você está: (marque apenas 1) | Base total de quem não trabalha: 31.592
Jovens não trabalhando: renda na pandemia
_Entre jovens consultados que não estão trabalhando, quase 6 a cada 10 não fizeram atividades remuneradas neste período.
_Dos 4 a cada 10 que tiveram uma renda, a informalidade e o trabalho autônomo foram as principais atividades: 2 a cada 10
fizeram trabalhos pontuais sem carteira assinada e 1 em cada 10 trabalharam por conta própria ou abriram um negócio.
_35% desses jovens tiveram sua primeira atividade remunerada durante a pandemia, principalmente aqueles com 18 a 24 anos.

Fizeram alguma
atividade remunerada atividade remunerada realizada Entre jovens que não estão
Fiz bicos ou trabalhos pontuais trabalhando
sem carteira assinada 23%

44%
Trabalhei por conta própria
(autônomo, freelancer, MEI) 9% 35%
56% tiveram sua primeira
Abri meu próprio negócio 2%
atividade no mercado de
Trabalhei remunerado, com
carteira assinada 4% trabalho durante a pandemia
Sim Não Trabalhei como estagiário(a) 4% 15 a 17 18 a 24 25 a 29

16% 50% 33%


Trabalhei como Aprendiz 2%

TN1. [Apenas para quem não está trabalhando] Você chegou a fazer alguma atividade remunerada durante o período da pandemia? | Base total de quem não está trabalhando: 31.346 43
TN2. [Apenas para quem não está trabalhando e teve atividade remunerada]] Essa foi a primeira vez que você trabalhou? (marque apenas 1) | Base de quem não está trabalhando e teve atividade remunerada: 13.785
Jovens não trabalhando: motivos para não
procurar
_Dos jovens que declararam não estar trabalhando e nem procurando trabalho, quase a totalidade deles são dependentes
financeiramente; mas 3% nessa situação de vulnerabilidade contribuem para sustentar o domicílio.
_Mais de 6 a cada 10 com 15 a 24 anos estão se dedicando aos estudos. Entre aqueles com 15 a 29 anos, 1 a cada 10 sentiam-se
muito expostos à pandemia.
Principal motivo para não estar procurando 15 a 17 18 a 24 25 a 29
Estou me dedicando aos estudos 60% 63% 67% 33%
Entre jovens que não trabalham Não preciso contribuir com a renda em
8% 11% 6% 4%
casa
nem procuram trabalho: Não tenho experiência ou qualificação
suficiente para as vagas que aparecem 5% 5% 6% 4%
Estava muito exposta(o) por causa da
Dependentes
94% pandemia 5% 2% 5% 13%
financeiramente
Ainda não sei em que área quero
trabalhar 5% 7% 4% 2%
Independentes
3% Para cuidar dos filhos 3% 0% 2% 14%
financeiramente
O desemprego está muito alto, então
nem adianta 3% 2% 3% 5%
Contribuem para sustentar o Não tive retorno de nenhuma vaga que
domicílio
3% 2% 1% 2% 5%
tentei e desisti
Estou em transição de carreira ou
sabático 1% 0% 2% 4%
Não apareceu nenhum que valia a pena
e desisti 1% 1% 1% 0%
Outro motivo 8% 9% 5% 15%
44
T1. Atualmente, qual a sua participação na vida econômica do seu domicílio? | TNN1. Qual é o principal motivo para você não estar procurando trabalho? (marque apenas 1) | Base de quem não está trabalhando nem procurando: 10.140
Têm alguns amigos meus que desde o
começo da pandemia tentam conseguir
um emprego e não conseguem. Daí
junta vários fatores desestimulantes
que pode levar a desistir.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
Muitas pessoas, como eu, tiveram que
complementar a renda. Meu pai está
desempregado e eu precisei procurar
alguma coisa para ajudar a minha mãe
a manter as coisas em casa. Acabei
abrindo uma lojinha de crochê, então
sem querer tô empreendendo.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

45
Renda: efeitos durante a pandemia
_Desde o início da pandemia, as rendas pessoal e familiar têm continuado iguais para cerca de 4 a cada 10 jovens. A
diminuição é maior na renda familiar (4 a cada 10) do que na pessoal (3 a cada 10).
_A proporção daqueles que tiveram aumento de renda desde o início da pandemia cresceu, principalmente a pessoal.

Renda pessoal Renda familiar


Em 2020... Em 2021... Em 2021... Em 2020...
7% 15% Aumentou 11% 6%

52% 46% Continuou igual 43% 42%

33% 29% Diminuiu 44% 49%

8% 10% Perdeu totalmente a renda 2% 3%

Tiveram diminuição da renda pessoal:


25% brancos | 31% negros

[2021] T6. Nos últimos 6 meses, a sua renda pessoal:| | T7. Nos últimos 6 meses, a renda da sua família: | Base total de respondentes: 58.670 46
[2020] P27. Durante a pandemia a sua renda pessoal: | P28. Durante a pandemia a renda de sua família: | Base total de respondentes: 28.253
Renda: papel do auxílio emergencial
_O auxílio emergencial representou uma parcela muito importante na renda dos jovens no ano passado. Dentre os 6
a cada 10 jovens que receberam o auxílio, mais de 1 em cada 10 teve essa como única fonte de renda.
_Chama atenção que 2 a cada 10 jovens que receberam auxílio emergencial consideram que ela foi um pequeno
complemento da renda do domicílio, apontando para um problema de recebimento indevido do apoio financeiro.

Recebimento do auxílio De quem recebeu em 2020:


emergencial em 2020 papel do auxílio emergencial no domicílio
A população vive como se não
Foi a única renda do domicílio 14% houvesse pandemia porque não
40% tem nenhum aparato nem política
Foi importante para
complementar a renda do
em cima disso. E os governantes
63%
60% domicílio vivem colocando ações, como se a
Foi um pequeno complemento da
população tivesse bem, tivesse
renda do domicílio
18% comida e dinheiro...
Sim Não (Jovem pesquisador em oficina de
Não sei 5% PerguntAção)

T4. Você ou alguém de seu domicílio recebeu o auxílio emergencial do governo federal em 2020? | Base total de respondentes: 58.993 47
T5. Qual foi o papel do auxílio emergencial em seu domicílio? | Base total daqueles que receberam auxílio: 35507
Eu trabalho com eventos, e fazer evento é fazer aglomeração, é muito difícil fazer
um evento no ramo que eu trabalho sem aglomeração. Eu recebi o auxilio, mas
infelizmente ele não cobre 20% dos meus gastos. E você imagina a rede gigantesca
dos que trabalham com eventos, muitos pais e mães de família, mães solteiras, que
dependem dos eventos para sobreviver. E ao mesmo tempo que existe o decreto
[para o distanciamento] existe a necessidade de se alimentar. Eu tenho minha
família e pessoas que me ajudam, mas tem gente que não tem ninguém e elas
precisam de ajuda, precisam continuar fazendo festas, mesmo nesse momento
muito crítico que chega a ser absurdo a fazer festas, mas precisa fazer... O governo
não dá o mínimo, o auxílio emergencial não consegue suprir.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

48
Renda: busca por complementação
_Em 2021, com a paralisação do auxílio emergencial, aumentou a proporção de jovens que buscou a complementação de renda
por necessidade: de 23% em 2020, passam para 38% em 2021. É ainda maior entre jovens pretos o complemento de renda por
necessidade (47%).
_A complementação de renda por oportunidade também aumentou, de 10% em 2020 para 17% em 2021.

Busca pela complementação de renda

Em 2020... Em 2021...
Brancos Pardos Pretos

Não complementou renda 68% 45% 50% 42% 38%

Complementou por necessidade 23% 38% 32% 43% 47%

Complementou por oportunidade 10% 17% 19% 15% 15%

[2021] T8. Nos últimos 6 meses, você buscou formas para complementar a sua renda? | Base total de respondentes: 58.670 49
[2020] P26. Você buscou formas para complementar a sua renda por conta da pandemia? | Base total de respondentes: 28.253
Renda: busca por complementação
_Das atividades realizadas para complementar renda, a principal foi a prestação de serviços para outras pessoas, sendo
principalmente realizados por homens. Já a venda de produtos foi mais realizada por mulheres, seja de próprios ou de terceiros.
_Jovens brancos realizaram mais atividades totalmente online e jovens negros realizaram mais atividades presenciais, estando
mais expostos à pandemia.

Atividades realizadas para complementar renda O quanto a atividade foi desenvolvida online

Mulheres Homens
Prestei serviços para Brancos Pardos Pretos
pessoas
47% 44% 52%
Totalmente
Prestei serviços para 29% 34% 26% 25%
18% 15% 23% online
empresas
Vendi coisas que eu
23% 25% 17% Parcialmente
produzi 34% 34% 33% 34%
online
Vendi coisas
produzidas por outros
18% 21% 12%
Aluguei ou vendi um Nada online 37% 32% 41% 41%
9% 7% 12%
bem meu
Peguei empréstimo 5% 4% 6%

Outra 9% 9% 10%

50
TC1. Que tipo de atividade você realizou para complementar sua renda? (marque quantas quiser) | Base total de respondentes: 32334 | TC2. O quanto essa(s) atividade(s) foi(foram) realizada(s) online? | Base total de respondentes: 31866
Sentimentos sobre o trabalho no futuro
_Os sentimentos de jovens em relação às perspectivas do trabalho no futuro são bastante divididos: 4 a
cada 10 estão animados e esperançosos; mas 4 a cada 10 estão inseguros. Percebe-se aqui uma perspectiva
mais positiva do que em relação à saúde no futuro.
_Sentimentos ruins e muito ruins são mais comum entre mulheres, principalmente a insegurança.

Sentimento ruim ou
muito ruim
Sentimentos sobre o trabalho no futuro
Mulheres Homens

Animado 17% 22% 29% 17% 14% Chateado 33% 29%

Seguro 12% 16% 31% 23% 18% Inseguro 44% 35%

Esperançoso 19% 24% 29% 15% 14% Desiludido 30% 25%

Sentimento muito bom Bom Neutro Ruim Sentimento muito ruim

51
T9. Marque na barra o lugar que mostra como você tem se sentido sobre o trabalho no futuro: | Base total de respondentes: 56.662
Jovens estão trabalhando mais agora que no começo da
pandemia, por motivos variados, mas estão.
Isso, de alguma forma, deixa mais esperançoso, mais animado.
Ao conseguir o primeiro trabalho, fica com esperança e
confiança para procurar outros trabalhos mais adiante.
Mas, no momento, ao ganhar dinheiro, com todos os desafios
do dia a dia, acaba priorizando o trabalho e pode abandonar
os estudos.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

52
Perspectivas de futuro para o trabalho
_Empreender um negócio parece um sonho de vida para 4 a cada 10 jovens, principalmente homens, os mais
jovens e moradores de áreas rurais.
_Trabalhar para uma empresa ou para o setor público são desejos mais frequentes entre mulheres, mais
velhos e moradores de áreas urbanas.

Se pudessem escolher, prefeririam...

Mulheres Homens 15 a 17 18 a 24 25 a 29 Rural Urbano Brancos Pardos Pretos


Ser empregada(o) /
funcionário(a) /
servidor(a) público(a) ou 56% 58% 52% 47% 58% 59% 49% 57% 59% 53% 56%
de uma empresa

Ter um negócio próprio 40% 38% 43% 45% 39% 38% 45% 39% 37% 43% 40%

Nenhum dos dois 4% 4% 5% 8% 3% 3% 6% 4% 4% 4% 4%

53
T10. Pensando no seu futuro profissional, se pudesse escolher, você preferiria ser: (marque apenas uma) | Base total de respondentes: 56.662
Empreender dá mais estresse. Parece
que diminuiu o universo fantasioso de
que “trabalhe 6 meses e vá para Dubai”
que tinha há uns tempos atrás.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
Ser empregado parece ter mais
estabilidade do que empreender. E ver
negócios fechando agora na pandemia,
isso deve influenciar nessa escolha [de
não ter um negócio próprio].
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

54
Perspectivas de futuro para o trabalho
_Para esses jovens, as ações prioritárias para ajuda-los a lidar com efeitos da pandemia sobre o trabalho são o estimulo para o
surgimento de novos trabalhos e dinâmicas, ampliação de empregos formais e a preocupação com famílias vulneráveis e
grupos minoritários. Ações ligadas a trabalho autônomo ou empreendedorismo são vistas com pouco menos de prioridade.
_Mais novos querem novos trabalhos, enquanto os mais velhos querem ampliação de empregos formais.

Duas ações prioritárias para instituições públicas e privadas


ajudarem jovens a lidar com efeitos da pandemia no trabalho Mulheres Homens 15 a 17 18 a 24 25 a 29
Estímulos para surgimento de novos trabalhos 25% 25% 24% 27% 26% 22%
Políticas de renda emergencial para famílias mais
vulneráveis 20% 22% 18% 18% 21% 21%
Ações para ampliação de empregos formais 20% 20% 21% 15% 20% 24%
Políticas para ampliar a inserção de grupos minoritários
no mercado de trabalho 19% 20% 15% 13% 20% 20%
Incentivar novas dinâmicas de trabalho (como home
office, horários flexíveis etc.) 18% 18% 18% 19% 18% 18%
Ampliar oferta de projetos de formação empreendedora
e desenvolvimento de competências 17% 18% 17% 17% 18% 16%
Criação de espaços e redes de apoio para autônomos e
empreendedores 15% 16% 13% 16% 15% 14%
Ações para redução de burocracia e/ou cargas
tributárias 8% 6% 12% 6% 7% 10%
Editais para fomento de projetos das juventudes 7% 7% 8% 8% 7% 8%
Políticas de crédito e acesso a capital 3% 2% 5% 2% 3% 4%
55
T11. Pensando em perspectivas de futuro para o mundo do trabalho, quais são as duas ações prioritárias para instituições públicas e privadas ajudarem jovens a lidar com efeitos da pandemia? (marque até 2)| Base total de respondentes: 56.662
Educação e
aprendizado
56
Situação dos estudos
_Em um ano de pandemia, nota-se um aumento no número de jovens que não estão estudando. Dos 36% que em
2021 declararam não estar na escola ou faculdade, 6% trancaram ou cancelaram sua matrícula e 29% consideram
ter concluído os estudos.
_Ainda assim, a maioria dos jovens estão matriculados e acompanhando as aulas, mas há um número expressivo
de jovens que não estão acompanhando, ou ainda, que precisaram trancar a matrícula durante a pandemia,
principalmente entre os mais velhos.

Em 2020... Em 2021...
15 a 17 18 a 24 25 a 29
Estou matriculado(a) e
Estudando acompanhando as aulas 57% 87% 57% 38%
74% 64%
Estou matriculado(a), mas não estou
acompanhando aulas 7% 10% 6% 6%

Já terminei meus estudos 29% 3% 31% 46%


Não estudando 26% 36%
Tranquei minha matrícula, mas
pretendo voltar 3% 0% 4% 5%
Tranquei minha matrícula, mas não
sei se vou voltar 1% 0% 1% 2%
Cancelei minha matrícula e desisti de
estudar 2% 0% 1% 3%

[2021] E1. Você está estudando atualmente? (marque apenas 1) | Base total de respondentes: 67164 57
(2020) P10. Em qual etapa de ensino você está atualmente? | Base total de respondentes: 31.689
Jovens não estudando: interrupção dos estudos
_Mais da metade dos jovens que não estão estudando trancaram ou cancelaram sua matrícula depois de março de
2020. Nota-se que quanto mais novos, mais a interrupção dos estudos está relacionada ao período da pandemia.

Rede de ensino em que estudavam Trancaram ou cancelaram a matrícula


Rede pública Rede privada Antes da pandemia Depois da pandemia
(antes de março de 2020) (depois de março de 2020)
52% 48%
44% 56%

Situação de trabalho 68% 63%


51% 49%
Procuram Não trabalham ou
Trabalham 32% 37%
trabalho procuram trabalho

40% 37% 23% 15 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 29 anos


Antes da Pandemia Depois da Pandemia

58
EN1.A escola ou faculdade em que você estudava era: (marque apenas 1) | EN2. Você trancou ou cancelou a matrícula: (marque apenas 1) | Base total dos respondentes: 4008
Jovens não estudando: motivos para evasão
_Entre jovens que pararam de estudar, o principal motivo é financeiro e dificuldade de se organizar com o ensino remoto.
_Quanto mais velhos, maior o abandono por causa de questões envolvidas ao financeiro e trabalho. Entre mais novos, mais
comuns são questões ligadas a obstáculos ou baixo engajamento com ensino remoto e conteúdos trabalhados.
_4 a cada 10 homens largaram os estudos devido a trabalho; 2 a cada 10 mulheres para cuidar de familiares, filhos ou gestação.

Mulheres Homens 15 a 17 18 a 24 25 a 29
Precisei ir ganhar dinheiro 21% 18% 25% 4% 19% 24%
Não consegui me organizar com o ensino remoto 14% 14% 14% 20% 16% 12%
Não estava aprendendo ou não gostava dos conteúdos 10% 10% 11% 18% 13% 8%
Precisei cuidar de filhos ou da gestação 10% 17% 1% 11% 8% 12%
Tive problemas saúde (ex.: depressão, covid-19, outras) 10% 10% 9% 12% 9% 10%
Não consegui conciliar estudo e trabalho 9% 6% 12% 6% 7% 11%
Não tinha recursos tecnológicos disponíveis 4% 4% 3% 2% 4% 3%
Precisei cuidar de outras pessoas da família 3% 3% 4% 2% 3% 4%
Não tinha aulas ou faltavam professores 2% 1% 2% 6% 2% 1%
Não estava me sentindo acolhido(a) / Discriminação 2% 2% 2% 1% 2% 2%
Não tinha de apoio da família 1% 1% 1% 0% 2% 1%
Já estudei o quanto queria 1% 0% 1% 3% 1% 0%
Outro motivo 14% 15% 13% 15% 15% 14%
59
EN3. Qual o principal motivo para você ter parado os estudos nesse momento? (marque apenas 1) |EN4. Você acredita que alguma dessas ações poderia fazer você voltar aos estudos? (marque quantas quiser) | Base de quem trancou a matrícula: 4008
Jovens pesquisadores
também relatam Eu estou bem cansada, tendo que conciliar trabalho com
dificuldades em estudos. Hoje eu disse que não dava mais não, quando
seguir com os voltar para o presencial eu tento voltar pra Universidade
estudos nesse
por que não da muito certo não, não estou com cabeça. Eu
momento da
pandemia.
tranquei, não conseguia não.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

Quando precisa de dinheiro larga o estudo. Começa a


trabalhar por necessidade, porque alguém adoeceu. Tem a
galera que não está feliz com o estudo, surge uma
oportunidade e larga o estudo pra trabalhar.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
60
O que eu tenho ouvido de amigos e colegas é que está mais
difícil agora do que ano passado, que tinha começado a abrir e depois
as aulas não voltaram do jeito que queriam. A perspectiva dos
jovens está bem pra baixo, por isso está sendo priorizado trabalho do
que estudos. No próximo semestre eu vou diminuir as disciplinas para
poder trabalhar mais, por necessidade porque está bem difícil.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

Eu não tenho saúde mental pra pegar TCC no próximo


semestre, todos meus colegas estão sem capacidade de
lidar com TCC nesse contexto. E a autonomia da faculdade
deixa mais fácil a escolha em trancar.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
61
Jovens não estudando: ações para retomar
_Jovens que pausaram os estudos consideram que a principal ação que os faria retornar seria a vacinação. Em seguida,
indicam ações que garantam apoio financeiro como bolsas de estudos ou renda emergencial. Quanto mais velhos, mais
essas ações pesam para voltar a estudar. Mais novos mencionam mais apoio psicológico e autoconhecimento.
_Mulheres falam mais em bolsas de estudos e apoio psicológico, homens em uso de tecnologias e conexão dos conteúdos
com o cotidiano.
Mulheres Homens 15 a 17 18 a 24 25 a 29
Nenhuma ação, realmente não vou voltar 8% 7% 10% 10% 8% 9%
Garantir a vacinação da população 47% 51% 42% 35% 45% 48%
Garantir a renda básica ou emergencial 36% 37% 36% 23% 34% 39%
Criar políticas de bolsa de estudos 33% 36% 30% 25% 29% 37%
Oferecer apoio psicológico 27% 30% 23% 36% 28% 26%
Flexibilizar o horário das aulas 23% 22% 24% 26% 20% 25%
Ensinar estratégias de organização da rotina 17% 19% 15% 20% 18% 16%
Aumentar o uso de tecnologias na educação 17% 12% 23% 15% 15% 18%
Oferecer equipamentos e conectividade 17% 16% 18% 14% 17% 16%
Oferecer aulas sem necessidade de internet 14% 16% 12% 22% 16% 13%
Melhorar os materiais didáticos 14% 12% 16% 13% 14% 13%
Conectar mais o conteúdo com o cotidiano 13% 11% 16% 14% 13% 14%
Oferecer atividades de autoconhecimento 13% 13% 13% 18% 16% 10%
Trabalhar por melhor clima escolar 10% 8% 12% 16% 11% 9%
Outra ação 4% 5% 4% 6% 4% 5%
62
EN4. Você acredita que alguma dessas ações poderia fazer você voltar aos estudos?| Base total dos estudantes: 4008
Jovens estudando: ciclo e rede de ensino
_ A maioria dos jovens que estão atualmente estudando estão matriculados no ensino médio regular da rede pública.
Entre 2020 e 2021 houve um aumento expressivo de respondentes matriculados no ensino superior à distância.

38%
27%
19%
1% 3% 2% 5% 2% 5%
Ensino Ensino Ensino Ensino Médio Ensino Médio EJA Educação Educação Pós-Graduação - Pós-Graduação -
Fundamental - Fundamental - Fundamental EJA Regular Superior - Superior - à presencial à distância ou
Anos iniciais Anos finais presencial distância ou semipresencial
semipresencial

Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior e pós-graduação


Pública 93% 86% 43%

Privada 7% 14% 57%

Juventudes e Pandemia 2020 | Base: 31.689


Ensino Fundamental - Anos iniciais: 0,4%
Ensino Fundamental - Anos finais: 2%
Ensino Médio: 31%
Educação Superior – presencial: 28%
Educação Superior - à distância ou semi: 5%
Pós-Graduação – presencial: 4%
Pós-Graduação - à distância ou semi: 3%

63
ES1. Em qual etapa de ensino você está atualmente? | ES2. A escola ou faculdade em que você estuda atualmente é: (marque apenas 1) | Base de quem está estudando: 39249
Jovens estudando: conteúdos relevantes
_Os três principais conteúdos relevantes para a escola ou faculdade se mantém entre 2020 e 2021, contudo há uma
inversão: sobe de 35% para 55% a parcela de jovens que priorizam disciplinas curriculares; e reduz de 49% para 36%
o desejo por estratégias para organização do tempo e dos estudos.
_Desde o início da pandemia, 6 a cada 10 jovens vêm apontando atividades para trabalhar a saúde mental como
principal conteúdo para escolas ou faculdades tratarem, seja na educação remota ou na volta às aulas presenciais.

Conteúdos relevantes durante a pandemia (2020) e para a volta às aulas presenciais (2021)

61%
57% 55%
49%
35% 36%

15% 10% 15% 8%

Atividades para trabalhar as Disciplinas do currículo Estratégias para ajudar a Conteúdos culturais Testes, desafios e jogos
emoções (estresse, deste ano organizar o tempo e os educativos
ansiedade etc.) estudos

2020 2021

[2021] ES7. Pensando na volta às aulas presenciais, quais são os dois tipos de conteúdo que você acha mais importantes para a escola ou faculdade trabalharem? (Marque até 2)| Base de quem está estudando: 39.249 64
[2020] P12. Quais os dois tipos de conteúdos que você acha mais importantes para a escola ou faculdade oferecerem nesse período sem aulas presenciais? | Base de quem está estudando: 21.201
Jovens relataram que,
em comparação com o
[O ensino remoto] melhorou mais ou menos do começo da pandemia,
começo da pandemia. Melhorou daquelas três estão conseguindo
primeiras semanas que foi o caos, agora consegue lidar melhor com a
ter uma sequência linear da aula, não precisa ficar educação à distância,
pedindo pra fechar o microfone, ligar a câmera... mas que ainda não é o
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção) ideal desejado.

O trabalho em grupo está pior, porque são duas ou mais


pessoas, e potencializa o tanto de B.O. que a gente está vivendo.
Então as pessoas tendem a se isolar e preferem fazer no seu
tempo do seu jeito, e não precisa estar lidando com mais gente.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
65
Jovens estudando: desafios e aprendizados
_Jovens parecem um pouco mais acostumados com a educação remota do que no início da pandemia, contudo ainda veem
muito a melhorar: 4 a cada 10 fizeram adaptações de espaço em casa e acordos (ou conflitos) de convivência para estudar.
_6 a cada 10 sentem que não estão conseguindo realizar boa parte das atividades propostas pela escola ou faculdade; e 7 a
cada 10 não consideram que estão conseguindo trabalhar melhor em grupo.
_5 a cada 10 concordam mais ou menos que o uso das tecnologias digitais está melhor desde o início da pandemia; e o 6 a
cada 10 sentem que ainda precisam aprender a se organizar melhor no WhatsApp.

Estou conseguindo realizar boa parte das atividades


39% 43% 15% 2%
propostas pela escola ou faculdade
Tive que mudar móveis para melhorar meu ambiente de
37% 22% 19% 21%
estudo em casa
Precisei ficar pedindo silêncio para as pessoas de casa
37% 27% 21% 15%
para conseguir estudar
Acredito que o uso das tecnologias digitais na educação
35% 48% 14% 2%
está melhor desde o início da pandemia
Aprendi me organizar melhor no WhatsApp e a lidar com
27% 41% 23% 8%
todos os grupos

Estou conseguindo trabalhar melhor em grupo 19% 40% 30% 12%

Concordo totalmente Concordo mais ou menos Discordo totalmente Não se aplica

66
ES8. A seguir há uma lista de afirmações sobre a educação durante a pandemia. Por favor, diga se você concorda ou discorda de cada uma delas. | Base de quem está estudando: 39249
Sobre o WhatsApp, eu tenho impressão de que está pior. Concentrou
tudo lá, amigos pessoais com trabalho, a maioria das pessoas utiliza
o WhatsApp para essas articulações e acaba misturando tudo.
Embora tenha outras ferramentas, a gente acaba usando o WhatsApp
e acaba congestionando até a linha de raciocínio.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

67
Jovens estudando: evasão em potencial
_Desde o início da pandemia houve um grande crescimento de jovens pensando em não voltar a estudar: de 3
a cada 10 passam para 4 a cada 10 jovens matriculados que admitem já ter pensado em parar os estudos.

Já pensaram em parar de estudar

Em 2020... Em 2021... 49% 47%

28% 43% 32%


29% 30%
24%

15 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 29 anos

2020 2021

[2021] ES3. Nos últimos 6 meses você chegou a pensar em parar de estudar? | Base de quem está estudando: 39249 68
[2020] P16. Você já pensou em não voltar para as aulas quando acabar o isolamento social? | Base de quem está estudando: 21.201
Jovens estudando: motivos para permanência
_Dentre as motivações para continuar estudando, a preocupação com o futuro e o ingresso no mercado de
trabalho são as principais.
_Quase 6 a cada 10 jovens continuam estudando durante a pandemia pois buscam um futuro melhor, sendo
essa preocupação maior entre mulheres e menores de 18 anos.
_Quanto mais velhos, mais dizem que o motivo é gostar de estudar.

Motivos para continuar estudando Mulheres Homens 15 a 17 18 a 24 25 a 29

Busco um futuro melhor 55% 57% 50% 60% 53% 51%


Quero ter um bom currículo para entrar
no mercado de trabalho
23% 22% 25% 22% 24% 23%

Quero adquirir conhecimentos 7% 6% 8% 5% 6% 9%

Gosto de estudar 6% 5% 8% 4% 6% 10%

Por ser obrigatório 3% 2% 3% 4% 2% 1%

Por incentivo/apoio da família 2% 2% 2% 2% 3% 1%

Para ter algo para fazer 2% 2% 2% 1% 2% 2%

69
ES4. Qual você acha que é o principal motivo para seguir estudando? (marque apenas 1) | Base de quem está estudando: 39249
Jovens estudando: volta às aulas presenciais
_Mesmo com diferenças entre as políticas regionais, a maioria dos jovens não chegou a retomar as aulas
presenciais nesse período de um ano desde o início da pandemia e segue com aulas remotas.
_E entre aquelas que retomaram as aulas, a maior parte precisou voltar ao modelo remoto por causa do aumento
dos casos. Poucas escolas ou faculdades seguem com aulas presenciais e muitas não possuem plano de retorno.

Aulas presenciais: voltaram ou não?


Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Sim, e seguem presenciais desde que 4% 2% 3% 3%


3% 4%
voltou

Sim, mas com aumento de casos


20% 16% 27% 18% 12% 16%
voltaram a ser aulas remotas

Não, mas existe um plano de retorno


presencial em minha escola ou 27% 27% 27% 24% 34% 27%
faculdade
Não, e não tem um plano de retorno
presencial em minha escola ou 48% 48% 39% 53% 48% 50%
faculdade

Não sei, pois não tenho tido contato com


a escola
3% 5% 2% 2% 3% 3%

70
ES5. Suas aulas voltaram a ser presenciais (totalmente ou parcialmente)? (marque apenas 1) | Base de quem está estudando: 39249
Jovens estudando: sentimentos sobre volta às aulas
_5 a cada 10 jovens se sentem inseguros quanto à volta às aulas presenciais, mesma proporção que se sente
insegura quanto às perspectivas de saúde para jovens. Ao mesmo tempo, estão divididos entre sentimentos
de desilusão e esperança, assim como chateação e animação.
_Mais uma vez, sentimentos ruins e muito ruins são mais comum entre mulheres.

Sentimento ruim ou
muito ruim
Sentimentos sobre a volta às aulas presenciais
Mulheres Homens

Animado 22% 19% 26% 16% 18% Chateado 36% 30%

Seguro 10% 11% 27% 25% 26% Inseguro 55% 43%

Esperançoso 17% 19% 26% 19% 19% Desiludido 40% 33%

Sentimento muito bom Bom Neutro Ruim Sentimento muito ruim

71
ES6. Marque na barra o lugar que mostra como você tem se sentido sobre a volta às aulas presenciais: | Base de quem está estudando: 39249
Modelos para a educação agora e depois da pandemia
_Jovens demonstram uma evidente preferência ao modelo remoto ou híbrido neste momento da pandemia. Quanto
mais velhos, mais adeptos são do totalmente remoto; quanto mais novos mais apostam no modelo meio a meio.
_Já quando pensam no retorno após o fim da pandemia, preferem o modelo totalmente presencial ou com
algum nível de atividade remota. Quanto mais novos, mais esperam o modelo totalmente presencial.

Neste momento da pandemia Depois que acabar a pandemia

15 a 17 18 a 24 25 a 29 15 a 17 18 a 24 25 a 29

46% 60% 69% 57% Totalmente remoto 4% 5% 4% 4%

12% 15% 12% 14% Muito remoto e pouco presencial 5% 3% 5% 6%

25% 15% 12% 18% Metade remoto e metade presencial 17% 15% 17% 20%

5% 3% 2% 3% Pouco remoto e muito presencial 18% 15% 19% 19%

6% 3% 3% 4% Totalmente presencial 54% 59% 53% 48%

ES10. Para você, qual desses modelos parece mais adequado para a escola NESSE MOMENTO DA PANDEMIA? (marque apenas 1) | Base de quem está estudando: 39249 72
ES11. E qual desses modelos você acha mais adequado para a escola QUANDO ACABAR A PANDEMIA? (marque apenas 1) | Base de quem está estudando: 39249
Perspectivas de futuro para a educação
_O acompanhamento psicossocial e a redução das desigualdades educacionais são consideradas por 3 a cada 10 jovens as
ações prioritárias para lidar com efeitos da pandemia sobre a educação. Mais uma vez as mulheres dão mais atenção a questões
de saúde mental. São elas também as mais preocupadas com a recuperação do conteúdo curricular, assim como mais novos.
_2 a cada 10 priorizam a ampliação do acesso a internet de qualidade e 1 a cada 10 o fortalecimento das tecnologias digitais.

Duas ações prioritárias para instituições públicas e privadas


ajudarem jovens a lidar com efeitos da pandemia na educação
Mulheres Homens 15 a 17 18 a 24 25 a 29
Acompanhamento psicossocial para toda comunidade
escolar 30% 33% 23% 29% 31% 27%
Políticas que priorizem reduzir desigualdades
educacionais 29% 31% 27% 17% 30% 37%
Atividades para recuperação de conteúdo curricular 25% 27% 23% 30% 24% 23%
Garantir ampliação do acesso à internet de qualidade 19% 19% 18% 16% 19% 20%
Ações para que jovens elaborem ou retomem projetos
de vida 19% 18% 20% 17% 18% 21%
Metodologias para trabalhar desenvolvimento de
habilidades 14% 13% 15% 14% 14% 13%
Ações para monitoramento do aprendizado de
estudantes 12% 12% 13% 13% 12% 11%
Fortalecer a presença das tecnologias digitais na
educação 13% 11% 17% 14% 12% 12%
Ampliação de atividades culturais na escola 6% 5% 7% 6% 5% 5%

73
E2. Pensando no futuro na área de educação, quais são as duas ações prioritárias para instituições públicas e privadas ajudarem jovens a lidar com efeitos da pandemia? (marque até 2) | Base de quem está estudando: 39249
ENEM 2020: realização
_8 a cada 10 jovens não fizeram o ENEM 2020; e dos 17% que o realizaram, 8% quase desistiram. Assim,
comparando com o interesse em realizar a prova, mensurado em 2020, houve um número menor de inscritos.
_Jovens entre 18 a 24 anos foram os que mais se inscreveram e realizaram a prova, mas são também os que
mais desistiram.

Em 2020... Em 2021...
15 a 17 18 a 24 25 a 29
Não pretendem Não, e nem cheguei a me
52% inscrever
73% 77% 63% 86%
fazer o ENEM
Não, apesar de ter chegado a
10% 8% 12% 7%
Pretendem fazer o me inscrever
31%
ENEM
Sim, mas quase desisti 8% 7% 11% 3%
Ainda não se
17% Sim e desistir nunca foi uma
decidiram 9% 9% 14% 3%
opção

E3A. Você fez a última edição do ENEM, realizada entre janeiro e fevereiro de 2021? | Base total de respondentes: 60821 74
E4A. Você pretende fazer a próxima edição do ENEM, prevista para novembro de 2021? | Base total de respondentes: 60621
ENEM 2020: avaliação
_Mesmo com a possibilidade de realizar o ENEM 2020 pela plataforma online, a grande maioria dos alunos
preferiram realizar a prova presencial. As avaliações de ambas as provas são razoavelmente positivas.

Avaliação da prova realizada no ENEM 2020

92% realizaram o ENEM 2020 presencial 8% realizaram o ENEM 2020 online

63% avaliaram o local de aplicação como bom;


68% consideraram boa a organização para
62% julgaram positivamente protocolos realização da prova;
sanitários e de higiene;
54% avaliaram bem a plataforma e 20%
61% consideraram positiva a disponibilidade negativamente;
de informações;
52% acharam as informações disponibilizadas
55% acharam boa a organização para na plataforma suficiente, contra 24% que não.
realização da prova.

E3B. A prova do ENEM que você fez entre janeiro e fevereiro foi online ou presencial? | Base total de respondentes : 10281 | E3C. Como você avalia essa última prova do ENEM em relação aos seguintes pontos: | Base total de quem fez a prova presencial: 75
9.495 | E3D. Como você avalia essa última prova do ENEM em relação aos seguintes pontos: | Base total de quem fez a prova online: 786
Próximo ENEM: inscrição e preparo
_Apenas 26% desses jovens pretendem realizar o ENEM 2021. Em 2021 há mais indecisos em relação à realização da
prova do que em 2020, e nota-se um crescimento na proporção de jovens que já pensaram em desistir. Além disso,
reduz de 33% para 25% o número de jovens que estão conseguindo estudar e aumentam de 56% para 74% aqueles
preocupados com seu desempenho ENEM 2021.

Pretensão em fazer a prova Possível desistência Preparo e desempenho

74%
57% 56%
52% 49%
45%
31% 29% 33%
26% 17% 25%
Não pretendem fazer Pretendem fazer Ainda não sabem Pensou em desistir da prova Está conseguindo Está preocupado com
ENEM ENEM estudar desempenho
2020 2021 2020 2021 2020 2021

[2021] E4B. Você está conseguindo estudar para o ENEM nesse período de pandemia? |E4C. Você está preocupado(a) com o seu desempenho no próximo ENEM? | Base de quem vai fazer ENEM (sim ou talvez): 33.086 76
[2020] P18. Você está preocupado com o seu desempenho na próxima edição do ENEM? | P19. Você está conseguindo estudar para o ENEM desde que as aulas foram suspensas? | Base de quem vai fazer ENEM (sim ou talvez): 13.861
Vida
pública
77
Informação sobre contexto atual
_Os temas sobre os quais jovens se sentem melhor informados são cronograma de vacinação e políticas para
mitigação de impactos negativos da pandemia. Contudo o grau de informação geral sobre o contexto é baixo,
considerando que cerca de metade deles se sentem mais ou menos informados sobre todos os assuntos.

Grau de informação sobre temas atuais da pandemia Jovens pesquisadores sentem que as políticas
que estão sendo implementadas pelo governo
não estão sendo bem informadas.
Políticas para minimizar os
35% 47% 18%
efeitos da pandemia Acreditam ser difícil estar bem informado
sobre novas variantes por ser um tema muito
Novas variantes (cepas) do vírus 29% 54% 17%
complexo para a população, enquanto o
cronograma de vacinação é algo mais palpável e
próximo da realidade
Cronograma de vacinação 36% 48% 15% E contam que às vezes escolhem se alienar:
Eu sou uma pessoa mais ou menos informada.
Bem informado Mais ou menos informado Pouco ou Nada informado Sei que existe, mas não quero procurar mais
informações por que não quero saber mais e
endoidar.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

78
VP3. Pensando no contexto que estamos vivendo agora da pandemia, quanto você sente que está informado(a) sobre: | Base total de respondentes: 68114
Canais de informação e desinformação
_Redes sociais e aplicativos de mensagens são os canais que jovens menos consideram ter contribuído para informar
sobre a pandemia e mais dizem promover a desinformação. Ainda assim, existe uma parcela relevante que confia em
algumas dessas plataformas (Facebook, Instagram ou Twitter). Canais mais confiados são a televisão e os portais de
notícias, enquanto portais de órgãos oficiais não são tão populares na promoção de informação sobre o contexto.

Canais que mais contribuíram para Canais que mais promoveram a


informar sobre a pandemia desinformação sobre a pandemia
62% TV 16%

13% Rádio e/ou Podcasts 8%

13% WhatsApp e/ou Telegram 60%

11% YouTube 28%

35% 51%
Facebook e/ou Instagram e/ou Twitter
34% 11%
Portais de órgãos oficiais
49% Portais de notícias 11%

4% Anúncios e campanhas na rua 20%

VP4a. Quais desses são os três canais que você considera que mais contribuíram para informar a população em geral sobre a pandemia, desde março de 2020? | VP4b. Quais desses são os três canais que você considera que mais promoveram a 79
desinformação sobre a pandemia, desde março de 2020? | Base total de respondentes: 68114
Recuperação do país após o fim da pandemia
_5 a cada 10 jovens acreditam que levará até 5 anos para que o país se recupere dos impactos sociais e
econômicos decorrentes da pandemia. Nota-se que quanto mais novos, mais apostam numa recuperação
de curto prazo. Por outro lado, a maioria dos mais velhos acreditam que levará mais de 5 anos para existir
essa recuperação. E quase 2 a cada 10 menores de 18 anos não conseguiram fazer uma projeção.

Tempo para país se recuperar dos impactos da pandemia

15 a 17 18 a 24 25 a 29 Rural Urbana

Menos de 2 anos 6% 10% 6% 4% 12% 5%

De 2 a 5 anos 43% 47% 43% 40% 39% 43%

De 5 a 10 anos 29% 20% 30% 33% 21% 30%

Mais de 10 anos 11% 6% 11% 15% 9% 11%

Não sei 11% 17% 10% 8% 20% 9%

80
VP8. Quanto você acha que nosso país levará para se recuperar dos impactos sociais e econômicos decorrentes da pandemia? (marque apenas 1) | Base total de respondentes: 58.463
Sensação sobre futuro após o fim da pandemia
_Em um ano, houve pouca alteração na visão de jovens sobre o futuro após a pandemia, mantendo
proporções iguais entre aqueles que se descrevem como otimistas e pessimistas.
_Quanto mais jovens, mais se sentem neutros em relação à projeção de futuro. E quando mais velhos, mais
pessimistas.

Sentimento sobre o futuro após a pandemia

Em 2020... Em 2021...
15 a 17 18 a 24 25 a 29
Muito otimista 6% 7% 8% 7% 7%

Otimista 21% 23% 23% 23% 24%

Neutro 37% 40% 49% 41% 31%

Pessimista 27% 21% 14% 21% 28%

Muito pessimista 7% 9% 6% 9% 11%

[2021] VP6. No atual momento, em relação ao futuro após a pandemia, você está: | Base total de respondentes: 58463 81
[2020] P33. Em relação ao futuro após a pandemia, você está: | Base total de respondentes: 25.134
A palavra que me define é exaustão. Estou cansada,
desde trabalho a estudos. Sentimento de indignação
envolve desde pandemia até o governo.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

82
Projeções para o contexto após a pandemia
_Entre 2020 e 2021, é possível observar um clima mais otimista nas projeções para o pós-pandemia em alguns setores. Os medos
em relação à economia, conforme visto, reduziram-se e isso influencia diretamente a perspectiva de melhora.
_Ainda assim, 3 a cada 10 jovens consideram que o governo brasileiro, a qualidade da educação e a qualidade de vida vão piorar.
_De modo geral, aumentou a perspectiva em todas as áreas de que vai ficar igual.

Em 2020... Em 2021...
A economia brasileira 14% 8% 72% 5% 40% 16% 44%

O governo brasileiro 12% 25% 54% 10% 29% 41% 30%

A qualidade da educação 24% 31% 40% 5% 42% 30% 28%

A qualidade de vida 31% 17% 47% 5% 48% 21% 31%

O sistema de saúde pública do país 40% 26% 28% 5% 51% 33% 16%

A sociedade brasileira 36% 26% 32% 6% 43% 34% 23%

O modo como a gente trabalha 49% 18% 27% 6% 62% 19% 19%

Vai melhorar Vai ficar igual Vai piorar Não sabe

[2021] VP7. Imagine-se um ano depois de a pandemia acabar. Como você acha que estaremos? Diga o quanto você acha que cada área terá melhorado ou piorado, comparando antes e um ano depois da pandemia. | Base total de respondentes: 58463 83
[2020] P34. Imagine-se um ano depois de a pandemia acabar. Como você acha que estaremos? Diga o quanto você acha que cada área terá melhorado ou piorado, comparando antes e um ano depois da pandemia. | Base total de respondentes: 25.134
Nas oficinas com os
jovens, foi relatado
como a perspectiva
dos jovens As coisas estavam tão ruins antes que só de agora ter
melhoraram com a uma pontinha de esperança já é alguma coisa.
esperança de (Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)
retomar as atividades
que eram comuns
antes da pandemia

Eu acho que agora a gente sabe que dá pra trabalhar. Que existem ‘meios’ e que
as coisas estão existindo. Antes a gente não sabia se ia dar para continuar
trabalhando, o que ia acontecer, a inflação, etc. Tinha muito mais medo, eu acho.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

84
Prioridades para garantir o otimismo de jovens
_Para quase a totalidade de jovens, garantir a vacinação da população ajudaria a trazer otimismo para o futuro das juventudes
no Brasil. Atuação na área da saúde aparece como fator importante para trazer otimismo, por meio de protocolos para lidar
com futuras crises sanitárias, contenção da sobrecarga no sistema de saúde.
_Políticas para amenizar efeitos sobre a educação também são vistas como essenciais para melhores perspectivas.
_Políticas para mitigar os efeitos econômicos e a recuperação de coisas perdidas durante a pandemia são importantes, mas
menos prioritárias nesse momento.

92% 84% 87% 84%


Maior parte da Existir um protocolo Políticas para conter Políticas para amenizar
população ser para lidar com outras sobrecarga no sistema efeitos da pandemia na
vacinada futuras crises de saúde educação
sanitárias
Parece uma preocupação dos jovens no
72% 63%
sentido: ‘não queremos viver isso de
novo, queremos que vocês saibam como
Políticas para mitigar Recuperarmos coisas lidar com esse caos’.
efeitos da pandemia que foram perdidas por (Jovem pesquisador em oficina de
na economia PerguntAção)
conta da pandemia
85
VP9. O quanto você considera esses itens importantes para que você se sinta mais otimista em relação ao futuro de jovens no Brasil? (Marque as opções que se aplicarem ao seu caso) | Base total de respondentes: 58463
Principais preocupações nesse momento da pandemia
_O medo da perda de familiares ou amigos segue como principal medo desde o início da pandemia. O temos de ser infectado,
que ocupava o segundo lugar na 1ª edição da pesquisa, parece ter dado lugar a novas preocupações, como: ter outras
pandemias ou não ver o fim dessa, ou não acessar a vacina.

Duas maiores preocupações


Perder algum familiar ou amigos 61%
Passar por dificuldade financeira 27%
Ser infectado pela Covid-19. 24%
Perder a vida. 24%
Ter outras pandemias ou esta não acabar tão cedo 24%
Infectar outras pessoas. 23%
Não ter vacina para todo mundo 23%
Agravar/desenvolver problema de saúde física ou emocional 18%
Ter os estudos interrompidos ou de pior qualidade 14%
Não conseguir estar com familiares ou amigos 7%
A vacina fazer mal para as pessoas 5%
Garantir a saúde física e emocional de meus filhos 4%
Outra 1%

S4. Quais são as suas três principais preocupações durante a pandemia? | Base total de respondentes: 68.114 86
[Note técnica: As opções de resposta da pergunta em 2020 eram diferentes e por terem sido incluídos novos itens, a comparação entre as respostas entre 1ª e 2ª edição não é numérica, mas qualitativa.]
Prioridades para o país nesse momento da pandemia
_Dado o contexto, 6 a cada 10 jovens dizem que se fossem governantes, sua principal prioridade seria garantir a vacina para
todos. O fortalecimento do SUS é a segunda prioridade para as juventudes. A criação de um plano de recuperação
econômica vem em terceiro lugar. Apesar desse consenso, existe variação de prioridades entre as regiões do país.

Duas prioridades se fossem governantes do país


Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Garantiria vacina de covid-19 para todos 59% 48% 57% 64% 60% 58%
Planejaria ações para fortalecimento do SUS 29% 28% 29% 28% 32% 30%

Criaria um plano de recuperação econômica 20% 21% 19% 19% 21% 22%

Decretaria lockdown 15% 8% 11% 21% 18% 11%

Investiria em ciência, pesquisa e tecnologias 15% 11% 14% 17% 14% 15%

Investiria em opções para tratamento precoce de covid-19 11% 18% 12% 8% 11% 15%

Criaria um plano para retomada da educação 8% 12% 8% 7% 7% 8%

Garantiria que todo o comércio seguisse aberto 5% 8% 5% 4% 5% 6%

Criaria políticas de preservação ambiental 2% 2% 2% 1% 2% 2%

87
VP1. Se você fosse governante em nosso país, quais seriam as suas duas prioridades nesse momento da pandemia? (marque até 2) | Base total de respondentes: 68114
Para os jovens, a preservação ambiental neste
momento não é prioridade pelo contexto. Poucos
jovens ligam a questão ambiental ao surgimento
e continuidade de pandemias.
(Jovem pesquisador em oficina de PerguntAção)

88
Oportunidades a partir da pandemia
_6 a cada 10 jovens concordam que os profissionais e o sistema de saúde são mais valorizados pela população e que processos
de ensino-aprendizagem estarão cada vez mais conectados as tecnologias digitais.
_Mais da metade dos jovens acredita que a área da ciência e da pesquisa será mais valorizada, mas apesar disso, a maioria
discorda total ou em partes que a população não estará mais atenta às fontes e veracidade das notícias.
_Quase 4 a cada 10 concordam totalmente que jovens participarão mais da política por conta da pandemia.

Profissionais e sistema saúde pública serão mais valorizados. 60% 33% 7%


Os processos de ensino-aprendizagem estarão cada vez mais
conectados às tecnologias digitais.
64% 32% 4%
Pessoas estarão mais atentas em relação aos impactos do meio
ambiente em suas vidas.
36% 47% 18%
Jovens estarão mais engajados em ações voluntárias e trabalhos
sociais.
34% 52% 15%
Jovens estarão mais atentos aos territórios onde vivem, buscando
contribuir com melhorias.
37% 52% 12%
A população em geral estará mais atenta às fontes e veracidade das
notícias.
37% 47% 16%
A área de ciência e a pesquisa, produção e uso de dados e
evidências será mais valorizada na sociedade
55% 39% 6%

Jovens participarão mais da política 36% 52% 12%

Concordo totalmente Concordo mais ou menos Discordo totalmente

89
VP10. A seguir há uma lista com algumas oportunidades que podem surgir por conta da pandemia. Diga o quanto você concorda com cada uma delas. | Base total de respondentes: 58463
Influência da pandemia na vida política e eleições
_É notável que a pandemia vem afetando a vida política das juventudes, influenciando inclusive em relação às eleições de 2022.

65% 86% 17% 31%


votaram na eleição pretendem votar na já trabalharam em pretendem apoiar
de 2020 eleição de 2022 campanha eleitoral alguma candidatura
em 2022

Acredita que a situação da pandemia Acredita que jovens estão mais


Pretende se candidatar em algum vai influenciar a forma que você vai atentos sobre a política devido a
cargo político em futuras eleições? votar em futuras eleições? situação da pandemia?

4%8% 10% 16%


18%
53%
31%
72%
88%
Sim Talvez, não sei Não Sim Talvez, não sei Não Sim Talvez, não sei Não

90
VP5. Sobre a vida política, você: | Base total de respondentes: 58463
SÍNTESE DE
APRENDIZADOS
Riscos para a continuidade dos estudos
_Em um ano de pandemia, nota-se um grande aumento no número de jovens que não estão estudando: de 26% em 2020,
passam para 36% em 2021, sendo que a maior parte deles diz ter parado os estudos durante a pandemia, e principais motivos
que os levaram a evadir são financeiro (21%) e dificuldades com ensino remoto (14%). Para voltar, gostariam de ter estabilidade
sanitária e melhores condições econômicas. De 2020 para 2021, aumenta também a parcela de jovens que já pensaram em
parar de estudar: de 3 a cada 10 passam para 4 a cada 10 jovens matriculados que admitem ter considerado deixar os estudos.
Mas o que os mantém na escola é a preocupação com o futuro e o ingresso no mercado de trabalho.
_A visão sobre o ENEM também revela desafios para a continuidade dos estudos: aumenta o número de indecisos em relação à
realização da prova de 2021 e cresce a proporção de jovens que já pensaram em desistir do exame.
_E para aqueles que seguem estudando, mesmo com todos os desafios, preferem que a escola ainda se mantenha no modelo
remoto, ao qual parecem estar pouco mais acostumados, tendo como prioridades oferecer atividades para lidar com as
emoções (61%) e dando conta de conteúdos curriculares previstos para o período (55%).

Saúde mental em foco


_Em 2020, a tendência a sentimentos negativos marcou a questão da saúde mental como tema prioritário entre jovens. Mais de
um ano após o início da pandemia, 6 a cada 10 jovens relatam ansiedade e uso exagerado de redes sociais; 5 a cada 10 sentem
exaustão ou cansaço constante; e 4 a cada 10 têm insônia ou tiveram distúrbios de peso. Já um em cada 10 admitiram que
chegaram a ter pensamentos suicidas ou de automutilação. Diante desses sentimentos, metade dos jovens considera prioritário
garantir atendimento psicológico na saúde pública e 37% acha que esse atendimento deveria acontecer nas escolas.
_O autocuidado das juventudes nesse período se manifesta em idas a consultas de rotina, prática de atividade física e terapias.
E quando o assunto é prevenção e proteção contra covid-19, percebe-se que eles restringiram seu convívio social, em sua
grande maioria usam máscara em locais públicos e o desejo pela imunização é elevado: 8 a cada 10 jovens brasileiros
pretendem se vacinar quando houver disponibilidade para sua faixa de idade.

92
Crescimento da busca por complementação de renda
_A preocupação financeira vista na educação é confirmada quando jovens são consultados sobre renda. Desde 2020, há uma
tendência de aumento de jovens que não estão trabalhando, sendo que 3 a cada 10 deles dizem estar nessa situação de
trabalho como resultado da pandemia. Nesse cenário, a busca por complementação de renda também cresceu, ao mesmo
tempo em que houve a extinção do auxílio emergencial. Por isso, aumentou para 38% a proporção de jovens que buscou
complementar sua renda por necessidade em 2021 ante 23% em 2020. Entre os jovens pretos esse índice é maior: 47%.
_Quem conseguiu ter esse complemento recorreu à informalidade. Entre os 4 a cada 10 que tiveram uma renda, dois fizeram
trabalhos pontuais sem carteira assinada e um trabalhou por conta própria ou abriu um negócio. Para lidar com os efeitos da
pandemia no trabalho, no entanto, eles querem apoios para o mercado formal. 25% acreditam que a ação prioritária para
instituições públicas e privadas ajudarem jovens é estimular o surgimento de novos trabalhos, 20% querem políticas de renda
emergencial para famílias vulneráveis e 20% querem ampliação dos empregos formais.

Influência da pandemia sobre voto e visão de futuro


_Para trazer algum otimismo a jovens nesse contexto de riscos à continuidade dos estudos, instabilidade emocional e
dificuldades de renda e inserção no mercado de trabalho, 92% apontam a importância imunização da maior parte da
população, enquanto 87% acreditam que é preciso implantar políticas para conter sobrecarga no sistema de saúde e 84%
defendem que um protocolo para lidar com futuras crises sanitárias é um caminho de garantir boas perspectivas. E ao olharem
para o futuro colocando-se no lugar de governantes do país, a maior parte indica a vacina para todos e o fortalecimento do SUS
como prioridades centrais.
_É notável que a pandemia vem afetando a vida política das juventudes: 72% acreditam que a situação da pandemia vai
influenciar a forma como vão votar em futuras eleições; 53% acreditam que jovens estão mais atentos sobre a política devido à
situação da pandemia; e 31% dizem que em 2022 pretendem apoiar alguma candidatura.

93
Ficha técnica

Coordenação CONJUVE Grupo de Jovens


CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE (CONJUVE) Marcus Barão REDE CONHECIMENTO SOCIAL Alice França
Gustavo Gama Marisa Villi Caio Henrique
Articulação com grupo de jovens (PerguntAção) Ariany Leite Ana Lucia Lima Emilly Espildora
REDE CONHECIMENTO SOCIAL Vitor Rocha Harika Maia João Guilherme Medeiros
Emilly Espildora Laís Duanne de Farias Melo
Realização técnica (amostra, instrumentos, EM MOVIMENTO Fabiana Freitas Mariana Lima
coleta, análise e relatório) Mariana Resegue Odilon Gomes
REDE CONHECIMENTO SOCIAL Raiany Fernandes VISÃO MUNDIAL Rafael Santos
FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO Camila Ribeiro Derick Coelho Thais Duarte
Welinton Pereira Vitor Lauro Zanelatto
Comunicação e Mobilização FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO Renata Vaz Wesla Monteiro
CONJUVE Rosalina Soares Paola Bello
EM MOVIMENTO Katcha Poloponsky
FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO André Vieira UNESCO - Organização das Nações
MAPA EDUCAÇÃO Tiago Gomes Unidas para a Educação, a Ciência e a
PORVIR Cultura
REDE CONHECIMENTO SOCIAL MAPA EDUCAÇÃO Fabio Eon
VISÃO MUNDIAL Wesla Monteiro Luciana Amorim (in memoriam)
UNESCO
PORVIR
Tatiana Klix

94
Idealização

Correalização

Cooperação
Representação
no Brasil

95

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