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FORMOSA
GOIÁS - BRASIL
2010
Sumário
1 Supremo e Ínfimo 1
2 Seqüências 5
2.1 Convergência de sequências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Propriedades do limite de sequências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Desigualdade de Bernoulli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3 Limites infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4 Sequências de Cauchy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.5 Sequências na forma recorrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2
Capı́tulo 1
Supremo e Ínfimo
Exemplo 1. 1) A = N = {1, 2, 3, 4, · · · }
O ı́nfimo de A é o elemento 1.
1 1 1
2) A = {1, , , · · · , , · · · }
2 3 n
A é limitado inferiormente, pois x ≥ 0, ∀x ∈ A.
O ı́nfimo de A é 0.
(i) m ≤ x, ∀x ∈ A;
1
Exercı́cio 1. Se ε > 0, então existe n0 ∈ N tal que n0 < ε.
1
Demonstração. Suponhamos que ε < , ∀n ∈ N. Assim, n < 1ε , ∀n ∈ N, o que é um absurdo.
n
1
Logo existe n0 ∈ N tal que n0 < ε.
1
1 1
Exemplo 3. Para A = {1, , · · · , , · · · }, infA = 0.
2 n
Demonstração. Como 0 ≤ x, ∀x ∈ A, então 0 é cota inferior de A. Além disso, pelo
1
Exercı́cio 1, dado ε > 0, existe n0 ∈ N tal que n0 < ε = ε + 0. Logo, infA = 0.
(i) m ∈ A;
(ii) m ≤ x, ∀x ∈ A.
(i) m ≥ x, ∀x ∈ A;
2
Lista de Exercı́cios
2) Se B é um conjunto que tem uma cota superior, então sup B = − inf(−B), onde
−B = {x ∈ R : x = −b, b ∈ B}. Daı́ se segue que todo conjunto não-vazio, que tem
cota superior, tem um sup .
3) Mostre que o conjunto N dos números inteiros positivos não tem cota superior.
1
4) Mostre que dado um real positivo a, existe um inteiro positivo n tal que < a.
n
5) Mostre que o corpo dos reais é arquimediano, i.e., dados dois reais a, b, com 0 < a < b,
existe um inteiro n tal que na > b.
Prove que
9) Sejam A e B conjuntos numéricos não vazios, tais que a ≤ b para todo a ∈ A e todo
b ∈ B. Prove que sup A ≤ inf B. Prove ainda que sup A = inf B ⇔ qualquer que seja
ε > 0, existem a ∈ A e b ∈ B tais que b − a < ε.
A + B = {a + b : a ∈ A, b ∈ B}.
Prove que
3
12) Dado um conjunto numérico limitado A, e um número real qualquer α, definimos o
conjunto αA = {αa : a ∈ A}. Mostre que sup(αA) = α sup A, inf(αA) = α inf A se
α ≥ 0; e sup(αA) = α inf A se α < 0. Em particular, sup(−A) = − inf A, ou ainda,
sup A = − inf(−A).
13) Seja A um subconjunto dos números naturais limitado. Então existe max A.
√ √
16) Seja A = {x ∈ R | x > 2}. Prove que inf (A) = 2.
4
Capı́tulo 2
Seqüências
x1 ≤ x2 ≤ · · · ≤ xn ≤ · · ·
x1 ≥ x2 ≥ · · · ≥ xn ≥ · · ·
5
1
e e−n são sequências decrescentes.
Exemplo 6. As sequências
n
Observação 1. Toda sequência crescente é uma sequência monótona não-decrescente e
toda sequência decrescente é uma sequência monótona não-crescente.
Definição 12. Uma sequência (xn ) monótona é uma sequência que é monótona não
decrescente ou monótona não crescente.
Definição 13. Uma sequência (xn ) é dita ser uma sequência constante se existe um
k ∈ R tal que xn = k para todo n ∈ N.
Observação 3. Se (xnk ) é uma subsequência de (xn ), então (nk ) é uma sequência crescente
de números naturais.
Dizemos que uma sequência (xn ) converge para um número real L se para todo intervalo
aberto I de R contendo L temos que A = {n ∈ N | xn ∈ I} é infinito e B = {n ∈ N | xn 6∈ I}
é finito, ou seja, se existe uma quantidade infinita de ı́ndices n tais que xn ∈ I e existe uma
quantidade finita de ı́ndices m tais que xm 6∈ I.
Se uma sequência (xn ) converge para L dizemos que o limite da sequência (xn ) é L
e utilizaremos a notação lim xn = L para dizer que o limite da sequência (xn ) é L.
Uma formulação matemática para o conceito de convergência de sequências é a seguinte:
Definição 14. Uma sequência (xn ) converge para um número real L se, e somente se, para
qualquer ε > 0, existe n0 ∈ N tal que
|L − M | = |L − xn + xn − M | ≤ |L − xn | + |xn − M | < 2ε = |L − M |,
o que é um absurdo.
Logo L = M.
6
Definição 15. Dizemos que uma sequência (xn ) é limitada se existe M > 0 tal que
|xn | ≤ M para todo n ∈ N.
Demonstração. Seja (xn ) uma sequência tal que lim xn = L. Assim, dado ε > 0 existe
n0 ∈ N tal que
|xn | − |L| ≤ |xn − L| < ε, ∀n ≥ n0 .
Assim, |xn | < ε + |L|, ∀n ≥ n0 . Tomando M = max{|x1 |, · · · , |xn0 |, ε + |L|}, obtemos que
|xn | ≤ M para todo n ∈ N. Logo (xn ) é limitada.
Proposição 5 (Teorema do Sanduı́che). Sejam (xn ), (yn ) e (zn ) sequências tais que xn ≤
yn ≤ zn . Se lim xn = lim zn = L, então lim yn = L.
Daı́,
L − ε < xn ≤ yn ≤ zn ≤ L + ε, ∀n ≥ n0 ,
o que implica em
|yn − L| < ε, ∀n ≥ n0 .
Logo lim yn = L.
Proposição 6. Sejam (xn ), (yn ) sequências tais que xn < yn , ∀n ∈ N. Mostre que se
lim xn = L e lim yn = M, então L ≤ M.
Assim, para n ≥ n0 ,
7
L−M L−M
Logo L − ε < M + ε, o que implica em ε = 4 > 2 , o que é um absurdo.
Logo L ≤ M.
|L|
Proposição 7. Se lim xn = L 6= 0, então existe n0 ∈ N tal que |xn | > 2 para todo n ≥ n0 .
|L|
Demonstração. Como lim xn = L então tomando ε = 2 > 0, existe n0 ∈ N tal que
|L| |L|
Logo, |xn | > |L| − ε = |L| − = , ∀n ≥ n0 .
2 2
Proposição 8. lim xn = L se, e somente se, para k > 0, dado ε0 > 0, ∃n0 ∈ N tal que
|xn − L| < ε0 k para todo n ≥ n0 .
ε
Demonstração. Dado ε > 0, tome ε0 = k > 0. Portanto, para este ε0 > 0, existe n0 ∈ N tal
que
ε
|xn − L| < ε0 k = · k = ε para todo n ≥ n0 .
k
Logo lim xn = L.
Reciprocamente, se lim xn = L então, para qualquer escolha de ε0 > 0, tome ε = ε0 k > 0.
Assim, para este ε > 0, ∃n0 ∈ N tal que |xn − L| < ε = ε0 k para todo n ≥ n0 .
lim[tn xn + (1 − tn )yn ] = a.
De fato, como lim xn = lim yn = a, ento, dado ε > 0, existe n0 ∈ N tal que para todo
n ∈ N tal que n ≥ n0 ,
ε ε
|xn − a| < e |yn − a| < .
2 2
Assim, para todo n ∈ N tal que n ≥ n0 ,
8
Tomando n0 = max{n1 , n2 , · · · , nk }, temos que
Logo lim xn = a.
x∈N
Proposição 9. Sejam (xn ), (yn ) sequências tais que lim xn = L e lim yn = M, onde L, M ∈
R. Então
Demonstração.
ε
(i) Como lim xn = L e lim yn = M, então, dado ε > 0, existe n0 ∈ N tal que |xn − L| <
2
ε
e |yn − M | < , ∀n ≥ n0 . Assim, utilizando a Desigualdade Triangular,
2
ε ε
|xn + yn − (L + M )| = |xn − L + yn − M | ≤ |xn − L| + |yn − M | < + = ε, ∀n ≥ n0 .
2 2
Portanto, lim(xn + yn ) = L + M.
ε
(ii) Como lim xn = L então dado ε > 0, ∃n0 ∈ N tal que |xn − L| < |k|+1 , ∀n ≥ n0 .
|k|
Assim, |kxn − kL| = |k||xn − L| < ε < ε, ∀n ≥ n0 .
|k| + 1
(iii) Como lim xn = L e lim yn = M, então
Portanto,
9
(iv) Como lim xn = L e lim yn = M então
|M |
– Existe n1 ∈ N tal que |yn | > , ∀n ≥ n1 .
2
ε|M |2 ε|M |2
– Dado ε > 0, ∃n2 ∈ N tal que |xn − L| < e |yn − M | < .
2(|M | + |L|) 2(|M | + |L|)
Assim, para todo n ≥ n0 = max{n1 , n2 },
xn L |xn M − yn L|
yn − M =
|yn ||M |
b
Exemplo 10. Se lim xn = a 6= 0 e lim xn yn = b então lim yn = .
a
Como lim xn = a 6= 0 e lim xn yn = b então
xn yn b
lim yn = lim = ,
xn a
a
Exemplo 11. Seja b 6= 0. Se lim xn = a e lim xynn = b, então lim yn = .
b
xn xn a
Como lim xn = a e lim = b, então lim yn = lim xn = , pela propriedade do limite
yn yn b
do quociente.
10
Desigualdade de Bernoulli
(1 + a)n ≥ 1 + na
Desta forma, como 1 + a > 0, multiplicando ambos os membros da inequação (2.1) por
(1 + a), obtemos
1 q √ q
(ii) Se 0 < a < 1, então > 1. Assim, por (i), lim n a1 = 1. Portanto, lim n a = n 11 =
a a
1
q
n 1
, pela Propriedade do limite do quociente.
a
p √
n n
Exemplo 13. lim n = 1.
p√ √2
Observe primeiro que lim n n n = lim n n. Como no exemplo anterior, se (xn ) é uma
√
2 2
sequência tal que n n = 1+xn , então xn ≥ 0 e n = (1+xn )n ≥ 1+n2 xn , pela Desigualdade
n−1
de Bernoulli. Com isto, 0 ≥ xn ≥ Assim, como lim n−1
n2
. n2
= 0, temos que lim xn = 0, pelo
p √
n n
√
2
Teorema do Sanduı́che. Logo, lim n = lim n n = lim 1 + xn = 1, pela Propriedade do
Limite da Soma.
√
n
Exemplo 14. lim n = 1.
11
√
Como no exemplo anterior, se (xn ) é uma sequência tal que n n = 1+xn , então xn ≥ 0 e
q
n = (1+xn )n = nk=0 nk xkn ≥ 1+ n2 x2n = 1+ n(n−1) 2 Desta forma, 0 ≤ x ≤ 2(n−1)
P
n xn n n(n−1) =
q √ √
2 √2 √2
n = n e, como lim n = 0, temos que lim xn = 0, pelo Teorema do Sanduı́che.
1
Exemplo 15. lim(n2 + n) 2n+1 = 1.
1 1 1 1 1
p
n
√ √
Observe que 1 ≤ (n2 + n) 2n+1 ≤ (n2 + n2 ) 2n+1 ≤ (2n2 ) 2n = 2 2n (n2 ) 2n = 2 n n.
p
n
√ √ √ √
Portanto, como lim 2 = 1 e lim n n = 1, temos que lim 2 n n = 1, pela Propriedade
1
do Limite do Produto. Logo, lim(n2 + n) 2n+1 = 1, pelo Teorema do Sanduı́che.
Definição 16. Dizemos que o limite de uma sequência (xn ) tende para o infinito, +∞, se
para qualquer K > 0 escolhido existir n0 ∈ N tal que para todo número natural n ≥ n0 ,
tenhamos xn > K.
9n3 − 5n2 + 7 ≥ 9n2 − 5n2 + 7 = 4n2 + 7 > 4n2 > n2 > n > K,
Definição 17. Dizemos que o limite de uma sequência (xn ) tende para menos infinito,
−∞, se para qualquer K < 0 escolhido existir n0 ∈ N tal que xn < K, ∀n ≥ n0 .
n≥2
−4n5 + 5n2 < −4n5 + 3n5 = −n5 < −n < K
12
2.4 Sequências de Cauchy
Definição 18. Dizemos que um ı́ndice i de uma sequência (xn ) é um elemento destacado
se xi ≥ xn para todo n ≥ i.
Demonstração. Sejam (xn ) uma sequência limitada e A o conjunto dos elementos destacados
para esta sequência. Se A for infinito então existe uma sequência (nk ) de elementos desta-
cados, onde n1 < n2 < n3 < · · · < nk < · · · , o que implica em xn1 ≥ xn2 ≥ · · · ≥ xnk ≥ · · · .
Logo (xnk ) será uma subsequência monótona não-crescente e limitada de (xn ). Portanto,
pela Proposição , (xnk ) é convergente.
Se A for finito então existirá n1 ∈ N maior que todos os elementos de A. Desta forma,
comoo n1 6∈ A, então existirá n2 > n1 tal que xn2 > xn1 e n2 6∈ A. Portanto, como n2 6∈ A,
existirá n3 > n2 tal que xn3 > xn2 e n3 6∈ A. Continuando este processo, teremos uma
sequência de ı́ndices (nk ) tal que n1 < n2 < · · · < nk < · · · com xn1 < xn2 < · · · < xnk <
· · · . Logo, (xnk ) é uma subsequência monótona e limitada de (xn ) e, portanto, (xnk ) é
convergente.
Definição 19. Uma sequência (xn ) é uma sequência de Cauchy se para qualquer escolha
de ε > 0, existir n0 ∈ N tal que para todos m, n ≥ n0 ,
|xn − xm | < ε.
Demonstração. Seja (xn ) uma sequência convergente. Desta forma, existirá L ∈ R tal que
ε ε
lim xn = L. Portanto, dado ε > 0 existe n0 ∈ N tal que |xn − L| < 2 e |xm − L| < 2 para
todos m, n ≥ n0 . Assim, para m, n ≥ n0 ,
ε ε
|xn − xm | = |xn − L + L − xm | ≤ |xn − L| + |xm − L| < + = ε.
2 2
Demonstração. Seja (xn ) uma sequência de Cauchy. Portanto, para ε > 0 existirá n0 ∈ N
tal que para todos n, m ≥ n0 ,
|xn − xm | < ε.
13
Em particular, se m = n0 , teremos |xn | − |xn0 | ≤ |xn0 − xn | < ε para todo n ≥ n0 . Assim,
|xn | < |xn0 | + ε, ∀n ≥ n0 .
Tomando M = max{|x1 |, · · · , |xn0 −1 |, ε+|xn0 |}, obtemos que |xn | ≤ M para todo n ∈ N.
Logo (xn ) é limitada.
Demonstração. Seja (xn ) uma sequência de Cauchy. Pela Proposição anterior, (xn ) é li-
mitada. Portanto, pelo Teorema de Bolzano-Wierstrass, existe uma subsequência (xnk ) de
(xn ) convergente. Desta forma, se lim xnk = L, dado ε > 0 existe n1 ∈ N tal
ε
|xnk − L| < , ∀k ≥ n1 .
2
Além disso, como (xn ) é uma sequência de Cauchy, para este ε > 0, existirá n2 ∈ N tal que
ε
|xn − xm | < , ∀m, n ≥ n2 .
2
ε
|xn − xnm | < , ∀m, n ≥ n2 .
2
Tomando n0 = max{n1 , n2 },
ε ε
|xn − L| = |xn − xnm + xnm − L| ≤ |xn − xnm | + |xnm − L| < + , ∀m, n ≥ n0 .
2 2
Definição 20. Dizemos que uma sequência (xn ) é escrita na forma recorrente se o
termo geral desta sequência é escrito em função dos termos anteriores, ou seja, se existir
uma função f de forma que (xn ) tem uma apresentação na forma xn = f (x1 , · · · , xn−1 ).
√
(ii) yn+1 = yn , y1 = 2;
p √
(iii) zn+1 = 2 + zn , z1 = 1.
√
Proposição 14. Se xn = xn−1 com x1 = a > 1, então lim xn = 1.
14
Demonstração. Mostraremos primeiramente que xn > 1 para todo n ∈ N. De fato, como
√ √ √ √
x1 = a > 1 e x2 = x1 = a > 1 > 1. Suponhamos que xn > 1. Assim, xn+1 = xn >
√
1 = 1. Logo, por indução, xn > 1 para todo n ∈ N.
√
Como xn > 1 para todo n ∈ N, temos que xn = xn−1 < xn−1 para todo n ∈ N.
Portanto, (xn ) é monótona decrescente e limitada. Logo (xn ) é convergente.
√
De xn = xn−1 temos que x2n = xn−1 e como (xn ) é convergente, digamos lim xn = L,
teremos que L2 = L ⇒ L2 − L = 0 ⇒ L(L − 1) = 0. Logo L = 0 ou L = 1. Mas lim xn ≥ 1.
Logo, lim xn = L = 1.
√
Proposição 15. Se xn = 2 + xn−1 com x1 = a, onde 0 < a < 2, então lim xn = 2.
x1 + x2 + · · · + xn
lim = a.
y1 + · · · + yn
Demonstração. Como lim xynn = a, então dado ε > 0 existe n1 ∈ N tal que
xn ε
yn − a < 2 , ∀n ≥ n1
P
Como yn = +∞, então lim (y1 + · · · + yn ) = +∞.
Assim, tomando K > |x1 − ay1 + · · · + xn1 − ayn1 |, para este ε > 0, existe n2 ∈ N tal
que
2K
y1 + · · · + yn > , ∀n ≥ n2
ε
Portanto, tomando n0 = max{n1 , n2 }, então para todo n ≥ n0 , temos
x1 + · · · + xn x1 + · · · + xn − a(y1 + · · · + yn )
y1 + · · · + yn − a =
y1 + · · · + yn
(x1 − ay1 ) + (x2 − ay2 ) + · · · + (xn − ayn )
=
y1 + · · · + yn
15
|(x1 − ay1 ) + · · · + (xn1 − ayn1 )| |(xn1 +1 − ayn1 +1 ) + · · · + (xn − ayn )|
≤ +
y1 + · · · + yn y1 + · · · + yn
K yn1 +1 xn1 +1 yn xn
< + − a + · · · + + · · · +
− a
y1 + · · · + yn y1 + · · · + yn yn1 +1
y1 + · · · + yn yn
ε yn1 +1 ε yn ε
<K + + +··· +
2K y1 + · · · + yn 2 y1 + · · · + yn 2
yn +1 + · · · + yn ε ε
< 1+ 1 < (1 + 1) = ε.
y1 + · · · + yn 2 2
x1 + x2 + · · · + xn
Logo lim = a.
y1 + · · · + yn
x1 +···+xn
Proposição 17. Se lim xn = a, pondo yn = n , então lim yn = a.
Demonstração. Considere (x̃n ) e (ỹn ) sequências tais que x̃n = xn e ỹn = 1 para todo n ∈ N.
yn = +∞. Além disso, como lim xn = lim x̃ỹnn = a, temos que
P
Desta forma, ỹn = 1 > 0 e
x1 + · · · + xn x̃1 + · · · + x̃n
lim = lim = a,
n ỹ1 + · · · + ỹn
pela Proposição 16.
Demonstração. Considere (x̃n ) uma sequência tal que x̃n = ln xn para todo n ∈ N. Assim,
xn = ex̃n e como lim xn = a, então lim x̃n = ln a. Desta forma,
√ √
n
lim n
x1 · x2 · · · xn = lim ex̃1 · · · ex̃n
√
n x̃1 +···+x̃n
= lim ex̃1 +···+x̃n = lim e n = eln a = a.
16
Referências Bibliográficas
[1] Figueiredo, D. G., Análise I, LTC - Livros Técnicos e Cientı́ficos, Rio de Janeiro,
1996.
[2] Lima, E. L., Curso de Análise, Vol. 1, Projeto Euclides, IMPA - CNPq, 1995.
[3] Ávila, G., Introdução á Análise Matemática, Editora Edgard Blücher Ltda., 2a
¯
Edição, São Paulo, 1993.
17