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I Introdução

Querido leitor, nesta nova lição aprenderemos que o homem é uma máquina
dominada e manejada pelo Ego através de seus centros energéticos. Por isso,
é necessário o estudo da constituição do homem e de como o Ego o domina.
Assim veremos que dos sete centros que formam a máquina humana, os
cinco inferiores estão absolutamente tomados pelos agregados psicológicos. Esta
lição ilustrará a classificação e função dos cinco centros inferiores da máquina
humana, assim como a forma em que os agregados psicológicos os dominam.

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A A Máquina Humana
À luz da Ciência Gnóstica, pudemos evidenciar que o homem racional não
é nem mais nem menos que uma máquina programada, já que na atualidade e
desde tempos imemoráveis nunca agiu como verdadeiro ser humano; sempre
desequilibrado por causa da multiplicidade mental e egóica, escravo dos impul-
sos que lhe chegam através dos distintos centros que compõem seu organismo.
Por isso, há que recordar a máxima grega que em sua tradução latina enuncia
Nosce te Ipsum, “Homem conhece-te a ti mesmo”, antiga sentença de ouro
escrita sobre os muros invictos do Templo de Delfos na Antiga Grécia.
O Ser humano, equivocadamente qualificado de homem tem inventado
milhares de máquinas complicadíssimas e difíceis e sabe muito bem que, para
poder servir-se de uma máquina, necessita às vezes de longos anos de estudo e
aprendizagem; mas quando se trata de si mesmo, se esquece totalmente deste
fato, ainda que ele mesmo seja uma máquina mais complicada do que todas as
que inventou. Não há ser humano que não esteja cheio de ideias totalmente
falsas sobre si mesmo, o mais grave é não querer dar-se conta de que realmente
é uma máquina. A máquina humana não tem liberdade, funciona unicamente
por múltiplas e variadas influencias interiores e choques exteriores; ou seja,
todos os movimentos, atos, palavras ideias, emoções, sentimentos e desejos
da máquina humana são provocados por influencias exteriores e por múltiplas
causas interiores demasiadamente estranhas e difíceis.
Imagine por um momento um boneco automático controlado por um com-
plexo mecanismo. Imagine que esse boneco tem vida, se apaixona, fala, cami-
nha, deseja, faz guerras, etc. Imagine que esse boneco pode mudar de donos a
cada momento. Você deve imaginar que cada dono é uma pessoa distinta com
seu próprio critério, sua própria forma de divertir-se, sentir, viver, etc. Um dono
qualquer querendo conseguir dinheiro apertará certos botões e então o bone-
co se dedicará aos negócios; outro dono, meia hora depois, terá uma ideia dife-
rente e porá seu boneco a dançar e a rir; um terceiro o porá a discutir; um quarto
o fará enamorar-se de uma mulher; um quinto o fará enamorar-se de outra; um
sexto o fará brigar com um vizinho e criar um problema de polícia e um sétimo
o fará mudar de domicílio. Estes são os diferentes agregados psicológicos.
O homem máquina não tem individualidade alguma.
Quem de verdade quiser deixar de ser um simples boneco mecânico deve
eliminar cada uma dessas entidades que em seu conjunto constituem o Ego,
os agregados psicológicos; que brincam com a máquina humana. Quem de
verdade quer deixar de ser um simples máquina, tem que começar por admitir
e compreender sua própria mecanicidade.
O ser humano é uma máquina, mas de um tipo muito especial. Se este chega

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a compreender que é uma máquina, se é bem conduzida e se as circunstâncias
o permitem, pode deixar de ser uma máquina e converter-se em um homem
verdadeiro.
Quando tratamos de imaginar de forma clara e precisa o resplandecente
corpo do sistema solar com todos seus pavimentos e fios entrelaçados for-
mados pelo traço maravilhoso dos mundos, vêm então a mente a imagem
vívida do organismo humano com os sistemas esqueléticos, linfáticos, arterial,
nervoso, etc., que, fora de toda dúvida, estão constituídos e reunidos de modo
semelhante. O Microcosmos Homem é, por sua vez, um sistema solar em min-
iatura, uma máquina maravilhosa com várias redes distribuidoras de energia
em distintos graus de tensão.
A ciência médica pôde verificar que os sistemas do organismo humano
estão devidamente unidos e harmonizados pelo Sol de ouro do organismo, o
coração vivificante, do qual depende a existência do Microcosmos Homem.
Cada sistema orgânico abarca o corpo inteiro e em cada um reina uma das
glândulas de secreção interna. Realmente estas maravilhosas glândulas são ver-
dadeiros microlaboratórios colocados em lugares específicos como reguladores
e transformadores das energias vitais produzidas pela máquina humana.
O organismo do ser humano é uma máquina preciosa com cinco centros
psicofisiológicos maravilhosos.
Vamos estudar como estão distribuídos os centros pelo corpo físico para
que se conheça sua posição e a forma de aproveitar a energia que neles de
desenvolve. Daremos a conhecer o nome de cada centro, sua posição as causas
e consequências de seu desequilíbrio e como fazer para que trabalhem de
forma equilibrada para termos saúde e longevidade.
Todos ser humano tem sete centros básicos, fundamentais, mas vamos
referir-nos nesta lição aos cinco centros que mais trabalham no ser humano,
contudo, citaremos os outros dois que são de tipo superior. Vejamos os Centros:
1. Intelectual: Situado no cérebro.
2. Motor: Situado na parte superior da espinha dorsal (nuca).
3. Emocional: Situado entre o plexo solar e os centros nervosos específicos
do grande simpático.
4. Instintivo: Situado na parte inferior da espinha dorsal (cóccix).
5. Sexual: Situado nos órgãos criadores ou sexuais.
6. Emocional Superior: Situado no coração.
7. Mental Superior: Situado no cerebelo.
O Eu, o Ego, o Mim Mesmo, foi tomando o domínio dos Centros inferiores do
homem (os cinco primeiros centros antes mencionados), até chagar a convertê-
los em uma máquina humana.
Estes defeitos-eus se manifestam através de todos os Centros, entrando
pelo Centro Intelectual por meio das impressões, passando logo ao Centro res-
pectivo, sejam elas de tipo sexual, de movimento, emocionais, instintivas, etc.
Os Centros Superiores não podem ser controlados pelo Eu, porque estes

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correspondem ao Ser Íntimo (a Deus) e o Ser não pode ser manejado pelos Eus.
Todo aquele que queira dissolver o Eu deve estudar seu funcionalismo nos cinco
centros inferiores. Não devemos condenar os defeitos. O importante é com-
preendê-los, é urgente compreender as ações e reações da máquina humana.
Na vida prática, duas pessoas reagem ante uma representação de forma
diferente. O que é agradável para uma pessoa pode ser desagradável para a
outra. A diferença está em que muitas vezes uma pessoa pode ver e julgar com
a mente e outra pode ser tocada em seus sentimentos. Uma coisa é a mente e
outra o sentimento. Devemos aprender a diferenciá-los. Na mente existe todo
um jogo de ações e reações que devem ser compreendidos. No sentimento
existem afetos que devem ser crucificados, emoções que devem ser compreen-
didas e estudadas cuidadosamente e em geral, todo um mecanismo de ações e
reações que facilmente se confundem com a atividade da mente.
É necessário saber que cada um dos cinco cilindros da máquina humana
possui características próprias que jamais devemos confundir. Entre os cinco
centros da máquina existem diferenças de velocidade.
As pessoas elogiam muito o pensamento, mas, em realidade, o Centro
Intelectual é o mais lento. Depois vem o Centro Emocional é, todavia, muito
mais veloz que o Intelectual. Os Centros do movimento ou motor e o instintivo
que têm mais ou menos a mesma velocidade, e são, todavia, muito mais veloz
que o Centro Emocional.
O Centro Sexual é o quinto e realmente é o mais rápido. Neste Centro se
encontram as próprias raízes de nossa existência. O Centro sexual é extraor-
dinariamente sutil e veloz devido a sua fina energia. A maior parte de suas
manifestações tem lugar em um nível molecular onde os impulsos são trans-
mitidos milhares de vezes mais rápido que os da mente.
A ideia do amor à primeira vista está baseada no fato concreto de que em
certos casos a função sexual pode saber instantaneamente se existe ou não
existe afinidade sexual com uma pessoa determinada do sexo oposto em um
instante dado.
Existe uma enorme diferença de velocidade entra cada um dos cinco
Centros da máquina.
Estudando em nós mesmos, auto-observando-nos veremos a simples vista
que a emoção é mais veloz que o pensamento e que o movimento e o instinto
são mais rápidos que as emoções. O Centro Emocional, quando trabalha na
velocidade que lhe é própria, é trinta mil vezes mais rápido que o Intelectual. Os
Centros Motor e o Instintivo são trinta mil vezes mais rápidos que o Emocional.
O mais rápido de todos é o Centro Sexual, dentro dele existem infinitas pos-
sibilidades que se desenvolvidas podem converter-nos Homens Verdadeiros.
Os diversos Centros têm cada um seu tempo completamente distinto. A ve-
locidade dos Centros implica um grande número de fenômenos bem conhecidos
que a ciência ordinária comum e corrente não pode explicar, basta recordar a
assombrosa velocidade de certos processos psicológicos, fisiológicos e mentais.

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O O Equilíbrio desta máquina
Tais Centros estão colocados nos lugares mais estratégicos do veículo
físico para coordenar nossos pensamentos, emoções, instintos, movimentos
e a necessidade da reprodução da espécie. Como quer que seja, estes Centros
cumprem suas funções, ainda que de forma desordenada, já que não é esta
a forma que devem funcionar. Devido a que se encontram desequilibrados,
provocam: cansaço mental, crises emocionais, movimentos instintivos, brutais,
degeneração sexual, etc.
Se o homem tivesse ditos centros equilibrados, sua vida seria totalmente
distinta, já que faria o uso adequado de sua energia e de todos seus processos
vitais. Os Centros também chamados Cilindros, porque são como o mecanismo
de um automóvel; este se move por meio de cilindros para que ande segundo
os desejos do condutor. Vejamos a explicação dos Centros:

C Centro Intelectual
O homem não sabe fazer uso de seu primeiro Centro Psíquico ou Intelectual,
porque o põe ao serviço das teorias inconsistentes e subjetivas, armazenadas no
conteúdo de muitas bibliotecas. Crê em suas próprias idéias e conceitos que o
tornam teimoso e caprichoso ante a realidade que ele mesmo desconhece. O
Centro Intelectual que domina a maioria da humanidade atrofia a porta atômica
da lucidez intelectual tornando a pessoa cética, dominada por sua própria
ignorância egóica.
Nesta função se incluem todos os processos do pensamento tais como a
associação mecânica por ideias, por imagens e por palavras; Além da memória,
das percepções e dos conceitos. A expressão interior do conceito é o pensamento;
sua expressão exterior é a palavra.
Todo o trabalho do Centro Intelectual se divide em duas partes: afirmação e
negação; sim e não; tese e antítese.
Para equilibrá-lo, utiliza-se a inspiração, a meditação, boas leituras e conversas, e
evitando usar exaustivamente o intelecto por mais de 2 horas seguidas.

C Centro Emocional
O ser humano gasta sua energia emocional assistindo filmes, novelas,
lendo revistas sem importância educativa ou literária, histórias absurdas,
etc. Estoura em explosões de alegria ou desespero quando seu time está
ganhando ou perdendo a partida. Queima energia para que sua equipe ou
seu atleta favoritos ganhem.

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Estas emoções fazem do homem uma máquina dominada pela parte
negativa deste Centro. Se identifica com tudo isto e se converte em um
autômato. A humanidade está tão acostumada com o gasto de energias em
emoções negativas que, quando o filme não é de terror, de medo, de aventuras
diabólicas, não gostam dele e até se aborrecem e dormem. Isto tem relação ao
desequilíbrio deste Centro.
As emoções desagradáveis, tais como o aborrecimento, os ciúmes, a inveja,
a cólera, a irritabilidade, o medo, são totalmente negativas. O que é agradável
para uma pessoa pode ser desagradável para outra.
Para o equilíbrio deste Centro, damos uma fórmula simples a seguir, por
exemplo: se alguém vai a uma partida de futebol ou a qualquer outro esporte,
deve tomar a competição com calma, com naturalidade, sem identificar-se,
reconhecendo-se de instante a instante para não tomar parte na partida desde
as arquibancadas. Indubitavelmente, a transformação do Centro Emocional Inferior
está intimamente relacionada com a não expressão das emoções negativas.
Quando cometemos o erro de esquecermos de nós mesmos e identificar-nos
com o mundo dos sentidos, tais emoções se criam no plexo solar.
As emoções negativas são o resultado de impressões não transformadas
devido à ausência do estado de consciência adequado. Quando cometemos
o erro de esquecer-nos de nós mesmos as emoções negativas se cristalizam
como defeitos psicológicos que se localizam no Centro Emocional Inferior.
Trabalhar sobre as emoções negativas significa auto-observar o ponto de
partida das impressões e evitar a criação de novos defeitos psicológicos. A
Autognosis, o autoconhecimento, ensina a necessidade de aprender a receber
com agrado as impressões desagradáveis de nossos semelhantes.
Os Centros superiores sempre nos auxiliam no citado processo da trans-
formação. Quanto mais difíceis sejam as circunstâncias, os eventos, os dramas, as
cenas, as comédias do diário viver, maiores são as possibilidades de trabalhar
sobre si mesmo. Não se trata de lutar contra as emoções negativas ou uma
luta intelectual, a análise a nada conduz, posto que o Cérebro Emocional
é muito mais rápido que o Centro Intelectual. É muito importante a com-
preensão das emoções negativas, já que estas aparecem durante o diário
viver. É necessário, capturar cada emoção negativa no momento em que
esta aparece e trabalhar com a Lei da Dualidade para transformar cada uma
delas. Exemplo, se um homem casado vê outra mulher que lhe atrai, pode
imaginar que é um homem pelo qual não sente nenhuma atração e assim
transforma aquela impressão.

C Centro Motor
Chamado também de movimento, se utiliza comumente de forma negativa.
Por exemplo, esportes brutais, nos quais se põe em jogo a própria vida de quem

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os pratica; desgastes físicos excessivos, dietas nocivas, em prol da vaidade, etc.
Falemos da vida de um corredor que começa a correr aos dezoito anos; aos
trinta já correu toda uma vida, gastou uma enorme quantidade de energia de
reserva que o fará velho prematuramente; em centenas de competições gasta
toda a flor de sua juventude através deste Centro, em competições que só
brindam vaidade, orgulho e nada mais. Logo a vida começa a cobrar-lhe o
desequilíbrio deste Centro.
Necessitamos autodescobrir-nos e compreender a fundo nossos hábitos,
pois estes pertencem ao Centro do Movimento. não devemos permitir que
nossa vida siga desenvolvendo-se mecanicamente. Parece incrível que nós,
vivendo dentro dos moldes dos hábitos, não conheçamos estes moldes que
condicionam nossas vidas. Urge estudar nossos hábitos, compreendê-los.
Auto-observar-nos na maneira de falar, vestir, andar. Os jogos, futebol, tênis e
todos os esportes em geral pertencem a este Centro. Quando a mente interfere
neste Centro, obstrui-o e o prejudica, porque é muito lenta e o Centro do
Movimento é muito mais rápido. Quando um digitador trabalha com o Centro
do Movimento pode equivocar-se se a mente interfere, um homem dirigindo
um automóvel poderia sofrer um acidente se a mente chega a interferir.
É necessário exercitar o sentido interno da auto-observação no conjunto das
atividades do Centro Motor. Em estado de recordação de si devemos eliminar
a imitação e os hábitos mecânicos, que estão relacionados ao Eu Psicológico.
O ser humano criou uma série de “papéis” para cada atividade do diário
viver; estes foram gravados na memória e vieram formar parte da falsa
personalidade. Isto sucede-se mecanicamente e depende exclusivamente
das influências exteriores que em determinado momento atuam sobre a
máquina humana. O cinema, o rádio e a televisão, as condições inadequadas
da vida social introduzem na psique das crianças formas equivocadas de atuar
e, na maioria dos casos, desde a mais tenra idade a Essência já perdeu a
capacidade de manifestação criadora.
Os Esportes sãos e equilibrados, o descanso adequado e a alimentação
balanceada, o relaxamento e a meditação, colocam o Centro Motor em harmonia
e então advêm estados de relaxamento voluntários e espontâneos que ajudam
no equilíbrio da função motriz.

C Centro Instintivo
Este centro em desequilíbrio pode converter-nos em verdadeiras bestas. Às
vezes um homem cheio de soberba, rancor, ódio, que é capaz de matar seus
semelhantes, de cometer os mais indignos atos de impureza, impiedade.
O instinto pode converter-nos em selvagens ao reagir de forma iracunda,
cegos ferindo a nosso próximo com palavras, com atos instintivos e brutais que
mais tarde a consciência rejeita com remorso.

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Este centro é o ladrão de energia, porque nas explosões de ira queimamos
muita energia vital.
Desde o ponto de vista da Psicologia Gnóstica, o governo do Centro
Instintivo somente pode-se lograr eliminando as diferentes possibilidades
de sonho e levando o citado Centro a um desenvolvimento harmonioso e
consciente.
No aspecto orgânico, este centro está relacionado com todas as funções
involuntárias do corpo, coordena todos os seus sistemas (respiratório, circulatório,
digestivo, etc...) também controla os 5 sentidos e as sensações de calor, peso,
umidade, etc.
Assim, seu desequilíbrio pode estar relacionado com um estilo de vida
equivocado, má alimentação, sedentarismo, exaustão, insônia, etc. que atuam
diretamente sobre o organismo, debilitando-o excessivamente. Simplesmente
corrigindo esse estilo de vida, podemos equilibrar nosso Centro Instintivo.

C Centro Sexual
O homem comum e corrente é por natureza obediente às influências
negativas do sexo. Este é o Centro criador de todas as espécies, incluindo a
humana que, inconscientemente faz mal uso dele. O sexo é o reservatório
energético de nosso organismo. Quando se esgota vêm as enfermidades,
a incapacidade mental, sexual e física, a decrepitude e a morte.
Este centro cumpre a missão de repartir toda a energia absorvida da
Alimentação e do Cosmos aos demais Centros.
No Centro Sexual se encontra o maior poder que pode liberar o homem ou
escravizá-lo. A Psicologia Gnóstica localiza o Centro de Gravidade do Sexo sobre
os órgãos genitais.
O medo e o ódio ao sexo, os desvios sexuais, as drogas, o celibato, a
prostituição, a pornografia, destroem o Centro Sexual.

V Valores associados a cada Cilindro


A Gnosis afirma que a máquina orgânica existe de forma tricerebrada.
1. O primeiro cérebro é o Centro Pensante, localizado na caixa craniana.
2. O segundo cérebro é o Centro do Movimento, que corresponde à espinha
dorsal. (Engloba as funções instintivas e sexuais).
3. O terceiro cérebro não reside em um lugar definido. Está constituído pelos
plexos nervosos e é o Centro Emocional.
De acordo com a abordagem anterior, a morte se processa por terços em cada
pessoa e toda enfermidade tem sua base em qualquer dos três cérebros:
1. Cérebro Pensante: se alguém esgota os valores vitais deste Cérebro abusan-

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do do intelecto, é claro que se provoca a morte deste cérebro, desencadeando
enfermidades de tipo nervoso. É razoável pois, pensar que os manicômios são
verdadeiros cemitérios de mortos intelectuais.
2. Cérebro Motor: quem esgota os valores deste Cérebro termina paralítico
ou com profundas lesões por enfermidades relacionadas com os músculos, por
exemplo: jogadores, corredores, boxeadores, etc.
3. Cérebro Emocional: se alguém esgota estes valores surgem enfermidades
relacionadas com problemas do coração, nervosas, psíquicas, emocionais,
problemas derelacionamente, etc.
É necessário equilibrar os três cérebros para poupar os valores vitais e desta
maneira prolongar nossa existência.
Atualmente, infelizmente em nossa educação, não existem sistemas que
ensinam o harmonioso cultivo dos três cérebros. Antigamente se recebia
informação íntegra, direta para os três cérebros mediante o preceito da in-
formação, dança e música, inteligentemente combinados.
Os esportes harmoniosos, equilibrados, as caminhadas ao ar livre, são úteis
para o Cérebro Motor. O sentido estético, a mística, o êxtase, a meditação, a música
superior são necessários para cultivar o Centro Emocional. As boas leituras são
indispensáveis para desenvolver o Centro Pensante e Intelectual.

Estudo de anatomia | Michelangelo Buonarroti (1475 – 1564)

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E Epílogo
Querido leitor, nesta lição você encontrou não só a classificação dos Centros
da Máquina Humana, seus funcionamentos e localizações, senão também que
o maior dos ensinamentos desta lição se ilustra perfeitamente no mandamento
Não Fornicar. Fornicar significa desgastar, esbanjar e, em última instância, gastar
os níveis energéticos. Quando falamos demais, fornicamos; quando estudamos
demais, fornicamos; quando fazemos esportes demais, fornicamos; quando
temos ira, fornicamos. Por quê? Porque gastamos os valores energéticos dos
Centros e entramos em desequilíbrio, levando-nos à enfermidade e à decrepitude,
impossibilitando-nos de fazer um trabalho real e efetivo sobre nós mesmos
para despertar a consciência e o encontro com a autêntica felicidade.

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Ciclo de Conferências

Primeira Câmara
As lições da Primeira Câmara vão nesta ordem de desenvolvimento:

01. O que é Gnosis


02. Personalidade, Essência e Ego
03. O Despertar da Consciência
04. O Eu Psicológico
05. Luz, Calor e Som
06. A Máquina Humana
07. O Mundo das Relações
08. O Caminho e a Vida
09. O Nível do Ser
10. O Decálogo
11. Educação Fundamental
12. A Árvore Genealógica das Religiões
13. Evolução, Involução e Revolução.
14. O Raio da Morte
15. Reencarnação, Retorno e Recorrência.
16. A Balança da Justiça
17. Os Quatro Caminhos
18. Diagrama Interno do Homem
19. Transformação da Energia
20. Os Elementais.
21. Os Quatro Estados de Consciência
22. A Iniciação

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