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Ex: “Lá na rua em que eu pensava, tinha uma livraria bem do lado da
farmácia. Todo mundo ia à farmácia comprar frascos de saúde. E depois ia
do lado, pra comprar liberdade.” (Pedro Bandeira)
REGISTRO PROFISSIONAL - JARGÃO
Trata-se de um uso formal da língua, a norma culta com boas doses de termos
técnicos de uma determinada área profissional. (Jargão)
Ex: Entrevista com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega: Governo quer
setor privado financiando o longo prazo . Por Luciana Otoni e Ribamar
Oliveira, de Brasília 20/07/2010 - O Valor Econômico
Narração
Descrição
Dissertação
NARRAÇÃO
É um conjunto de transformação de situações referentes a personagens determinadas
ou a coisas particulares num tempo preciso e num espaço bem configurado. Trabalha
predominantemente com termos concretos, sendo portanto, um texto figurativo. Há
sempre progressão temporal entre os acontecimentos relatados. O ato de narrar
ocorre por definição no presente, dado que o presente indica concomitância em
relação ao momento da fala (no caso, fala do narrador), ele é posterior a história
contada, que, por conseguinte, é anterior a ele; por isso podem ser utilizados os
tempos verbais pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito e
o futuro do pretérito.
NARRAÇÃO
“Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e
bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita [...] Depois, como
se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e
vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, em seguida
sapateava, miúdo e cerrado freneticamente” [...]
Exemplo a seguir,
DESCRIÇÃO
Lua de São Jorge Lua de São Jorge
Lua de São Jorge
Lua maravilha Lua soberana
Lua deslumbrante
Mãe, irmã e filha Nobre porcelana
Azul verdejante Sobre a seda azul
Calda de pavão De todo esplendor
Lua de São Jorge
Lua de São Jorge Lua de São Jorge Lua da alegria
Cheia, branca, inteira Brilha nos altares Não se vê o dia
Ó minha bandeira Claro como tu
Brilha nos lugares
Solta na amplidão
Onde estou e vou
Lua de São Jorge
Lua de São Jorge Serás minha guia
Lua brasileira Lua de São Jorge No Brasil de Norte a Sul
Lua do meu coração Brilha sobre os mares
Brilha sobre o meu amor
Caetano Veloso
Um mapa constitui um
exemplo de descrição
da linguagem visual.
Um mapa O objetivo é descrever
de forma mais fiel e
precisa possível
determinada porção
de território.
DISSERTAÇÃO
Dissertação é todo texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. O
texto dissertativo é temático, não tratando de episódios ou seres concretos particularizados,
mas de análises e interpretações genéricas válidas em muitos casos concretos e particulares.
Opera predominantemente com termos abstratos. Mostra mudanças de situação, como no
texto narrativo. Obedece à relação lógica e seu tempo por excelência é o presente no seu
valor atemporal. Admite-se ainda uso do presente com valor temporal, o pretérito perfeito e
o futuro do presente.
Estrutura do Texto Dissertativo
A estrutura de um texto dissertativo está baseada em três momentos:
Introdução: Também chamada de "Tese", nesse momento, o mais importante é expor a ideia
central sobre o tema de maneira clara. Importante lembrar que a Introdução é a parte mais
importante do texto e por isso deve conter a informações que logo serão desenvolvidas.
DISSERTAÇÃO
Desenvolvimento: Também chamada de "Anti-Tese" ou "Antítese", nessa parte do
texto é que se desenvolve a argumentação por meio de opiniões, dados,
levantamentos, estatísticas, fatos e exemplos sobre o tema, a fim de que sua tese
(ideia central) seja defendida com propriedade.
Conclusão: O próprio nome já supõe que é necessário concluir o texto. Em outras
palavras, não deixamos um texto sem concluí-lo e, por isso, esse momento é chamado
de "Nova Tese" por ser uma momento de fechamento das ideias, e principalmente
da inserção de uma nova ideia, ou seja, uma "nova tese".
DISSERTAÇÃO
Defesa de uma tese através da organização de dados, fatos, ideias e argumentos em torno
de um ponto de vista definido sobre o assunto em questão. Nela, deve haver uma conclusão, e
não apenas exposição de argumentos favoráveis ou contrários sobre determinada ideia.
O Texto Dissertativo-Argumentativo: Este tipo de texto consiste na defesa de uma ideia por
meio de argumentos e explicações, à medida que é dissertativo; bem como seu objetivo
central reside na formação de opinião do leitor, ou seja, caracteriza-se por tentar convencer
ou persuadir o interlocutor da mensagem, sendo nesse sentido argumentativo.
Para melhor exemplificar, as etapas necessárias para produzir um texto dissertativo-
argumentativo são:
Problema: No momento inicial busca-se o problema, ou seja, os fatos sobre o tema
pretendido e, ademais a tese (ideia central do texto).
DISSERTAÇÃO
Opinião: A opinião pessoal sobre o tema reforçará a argumentação, por isso é
importante buscar uma verdade pessoal ou juízo de valor sobre o assunto abordado.
Argumentos: O mais importante de um texto dissertativo-argumentativo é a
organização, clareza e exposição dos argumentos. Para tanto, é importante
selecionar exemplos, fatos e provas a fim de assegurar a validade de sua opinião,
sem deixar de justificar.
Conclusão: Nesse momento busca-se a solução para o problema exposto. Assim, é
interessante apresentar a síntese da discussão, a retomada da tese (ideia principal)
e além disso, a proposta de solução do tema com as observações finais.
DISSERTAÇÃO
O texto dissertativo-argumentativo segue o padrão dos modelos de redação, ou
seja, introdução, desenvolvimento e conclusão.
Introdução
Na introdução devem ser mencionados os temas que são abordados no texto - ou o
problema - de modo a situar o interlocutor.
Esta parte deve compreender cerca de 25% da dimensão global do texto.
DISSERTAÇÃO
Desenvolvimento
Todas as ideias mencionadas na introdução devem ser desenvolvidas de forma
opinativa e argumentativa nessa parte do texto, cuja dimensão deve compreender
cerca de 50% do mesmo.
Conclusão
A conclusão deve ser uma síntese do problema abordado mas com considerações
que expressam o resultado do que foi pensado ao longo do texto.
A sua dimensão contempla cerca de 25% do texto.
DISSERTAÇÃO
Em pleno século XXI é salutar refletir sobre a importância de preservação do meio
ambiente bem como atuar em prol de uma sociedade mais consciente e limpa. Já
ficou mais que claro que a maioria dos problemas os quais enfrentamos atualmente
nas grandes cidades, foram gerados pela ação humana.
De tal modo, podemos pensar nas grandes construções, alicerçadas na urbanização
desenfreada, ou no simples ato de jogar lixo nas ruas. A poluição gerada e
impregnada nas grandes cidades foi em grande parte fruto da urbanização
desenfreada ou da atuação de indústrias; porém, deveres não cumpridos pelos
homens também
DISSERTAÇÃO
proporcionaram toda essa "sujidade". Nesse sentido, vale lembrar que pequenos
atos podem produzir grandes mudanças se realizados por todos os cidadãos.
Portanto, um conselho deveras importante: ao invés de jogar o lixo (seja um
papelzinho de bala, ou uma anotação de um telefone) nas ruas, guarde-o no bolso e
atire somente quando encontrar uma lixeira. Seja um cidadão consciente! Não Jogue
lixo nas ruas!
O TEXTO JORNALÍSTICO
A linguagem jornalística é composta por algumas especificidades que têm objetivos
bem delimitados e parte do pressuposto de que todos devem compreender o
conteúdo a ser transmitido. A escolha das palavras é fundamental para evitar
ambiguidades e diferentes interpretações.
A linguagem jornalística deve seguir alguns preceitos. São eles:
Objetividade: a linguagem jornalística deve ser objetiva, a mensagem deve ser
transmitida de maneira clara, a fim de que sejam evitadas diferentes interpretações
e possíveis dificuldades do leitor em compreender aquilo que está sendo dito ou lido.
O jornalista não se envolve emocionalmente com as personagens, contando de forma
impessoal os fatos.
Simplicidade: a linguagem jornalística deve prezar por termos aceitos no registro
formal da língua, evitando vícios de linguagem e vocábulos eruditos ou obsoletos.
O TEXTO JORNALÍSTICO
Além dos tradicionais três palcos em Copacabana e das balsas com os fogos de artifício, a prefeitura quer fazer
eventos em:
3. IAPI da Penha;
5. Praia do Flamengo;
9. Praia de Sepetiba;
De acordo com a Riotur, duas licitações ainda serão abertas para a contratação das
empresas responsáveis pelas balsas e pela queima de fogos.
O prefeito disse na semana passada que o réveillon será o "maior da história da cidade" e
que o carnaval, se tudo caminhar como o previsto, será realizado.
"Nós estamos programando diante dos dados – aí, desculpe, são os epidemiologistas que
podem nos dizer – que a gente vai ter, sim, réveillon e carnaval."
Também na semana passada, a prefeitura apresentou um plano gradual de flexibilização das medidas de
restrição na cidade. Serão três etapas, de 2 de setembro até 15 de novembro, e uma celebração de quatro
dias no início do mês que vem.
2 de setembro:
• boates, casas de shows e festas em áreas fechadas: 50% do público também vacinados com 1ª e segunda
dose.
Os eventos terão checagem de situação vacinal das pessoas, com o aplicativo Connect SUS, do Ministério da
Saúde, segundo o secretário de Saúde, Daniel Soranz. Quem não tiver sido vacinado, será barrado.
15 de novembro:
"Se houver necessidade, se o secretário de Saúde chegar para mim um dia e falar que não
dá porque aumentou ou chegou uma nova variante, imediatamente a gente interrompe
qualquer processo de abertura e pode impor novas medidas restritivas (...) Tudo indica,
nesse momento, os dados, internações, óbitos, que a gente vive um momento melhor. Não
é um momento ideal ainda, por isso as restrições continuam e a abertura é gradual", disse.
Entre 2 e 5 de setembro, a prefeitura prevê:
• iluminações e projeções;
• apresentações musicais;
• Taça Renasce Rio: partida comemorativa ("de preferência no Maracanã", diz Paes)
com 50% do público;
• Jogos de Botequim.
O que dizem especialistas
Especialistas viram com cautela as medidas propostas e dizem que o comitê científico não
foi consultado. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que só alguns membros foram
ouvidos.
"O plano proposto pela prefeitura eu considero no mínimo uma temeridade. Nós temos
agora a variante delta no nosso país, e espalhando inclusive no Rio de Janeiro. Nós temos
uma boa cobertura vacinal no município, mas não temos certeza de que a efetividade da
vacina seja a mesma do que das cepas anteriores do vírus. Então, a briga, agora, nós
podemos ter problemas de aumento da transmissibilidade da doença", diz o infectologista.
A pneumologista Margareth Dalcomo, da Fiocruz, diz que entende a intenção da prefeitura,
mas vê com preocupação as medidas:
"O vírus permanecerá endêmico entre nós por muito tempo, de modo que eu manteria
cuidados. Alertaria a opinião pública para que tivesse muito cuidado com aglomerações,
cuidado com lavagem, cuidados pessoais e coletivos ainda por todo o ano de 2021,
seguramente", disse Dalcomo.
A especialista lembrou que a variante delta da Covid já está circulando mas, embora tenha
melhorado o ritmo de vacinação, a dinâmica de imunização ainda está longe de uma
situação de cobertura (vacinal), que ela afirma ser de 80% da população vacinada.
"Seria aquele [percentual] que eu, particularmente, consideraria confortável para que
procedêssemos a algumas aberturas", opinou Dalcomo.
"Olha o que aconteceu com países que liberaram... Já voltaram atrás por força da
transmissão de cepas muito contagiantes, como nós sabemos. (...) Eu não liberaria de modo
algum o uso de máscara em qualquer ambiente, a não ser em ambiente ao ar livre", alertou
Dalcomo.
NARRATIVA PUBLICITÁRIA
A narrativa publicitária traz em seu bojo valores, implícitos e explícitos, do contexto
histórico no qual ela foi enunciada. O texto de um anúncio, por exemplo, é
estruturado por dizeres relativos fundamentalmente aos atributos do produto ou
serviço divulgado, mas que deixam à mostra representações sociais e certos
investimentos no imaginário coletivo.
1) Pela impossibilidade natural de serem ditos se, em seu lugar, algo já o foi.
NARRATIVA PUBLICITÁRIA
1) Pela estratégia discursiva adotada por seu enunciador, que privilegia
determinados ditos, em detrimento de outros que não lhe convém mover
por diversos motivos – o principal deles, certamente, porque não
promovem tão bem a mercadoria anunciada quanto os dizeres escolhidos.
NARRATIVA PUBLICITÁRIA
Este é o nó ideológico que a publicidade nunca afrouxa a chave de sua
retórica, e, por isso mesmo, razão das mais veementes críticas endereçadas a
ela. A narrativa publicitária está enraizada na criação de um mundo
favorável ao produto, capaz de gerar empatia junto ao público-alvo, para
que ela se sustente, sempre forçará o a eleger seus ditos em função dos
objetivos de comunicação e a partir do plano de marketing estabelecido.
NARRATIVA PUBLICITÁRIA
A narração é uma característica importante na publicidade moderna. Através da
evolução da linguagem publicitária, muitas técnicas da retórica e da literatura foram
incorporadas à redação a fim de aperfeiçoar o caráter persuasivo da mensagem.
Compreende-se, então, a narrativa como uma técnica fundamental na construção do
texto, devido, principalmente, ao seu potencial de encantamento através do humor e
da emoção. Com o tempo a linguagem narrativa deixou de ser mais descritiva e
passou a ser mais simbólica e conotativa.
Em caso de mau hálito, seja criativo!
COESÃO E COERÊNCIA
Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre
as partes do texto, do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as
palavras e frases, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A
COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que
umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo
significativo que é o texto.
COESÃO E COERÊNCIA
Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos
linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de
um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que
garantem a coesão de um texto, temos:
As referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um
termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi
dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela
alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos
mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora
e da catáfora.
ANÁFORA
São chamados de pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência dependente com um
termo antecedente, é uma palavra herdada do grego “anaphorá” e do latim “anaphora”.
Designa-se ANÁFORA (não confundir com a figura de linguagem de mesmo nome) o termo ou
expressão que, em um texto ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O
termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo
dependemos do termo antecedente.
(O termo “as carteiras” é compreendido mediante a compreensão do termo anterior “sala de aula”)
Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério.
(o pronome “essa” faz referência à beleza de Maria, ideia que se encontra implícita no enunciado
anterior.)
CATÁFORA
Por sua vez, os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente,
estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um
termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz referência.
(O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode compreender a
quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.)
CATÁFORA
Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José.
(Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente seguintes “João, Maria e
José”.)
Podemos dizer que a catáfora é um tipo de anáfora, pois estabelece os mesmos tipos de relação
coesiva entres os termos, porém o termo anafórico se encontra antes do termo referente,
acontecendo exatamente o contrário nas demais tipos de anáforas.
Simplificando: