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Almeida Garret, através do drama romântico Frei Luís de Sousa, aborda os mais distintos

temas, entre os quais a dimensão patriótica. Contudo, não é menos verdade que, com o
tempo, as visões e as pessoas mudam e, consequentemente, os seus valores e necessidades.
Mas será que este sentimento nos torna mais distantes? Ou será que existe uma face positiva
escondida que tendemos a subestimar?

Vivendo num mundo extremamente interligado, frequentemente, assistimos à divisão e


agrupamento dos países de acordo com a sua riqueza ou o seu nível de desenvolvimento.
Assim, alguns são considerados superiores que outros. D. Manuel de Sousa Coutinho revela ser
o grande exemplo que contrasta com essa submissão exigida – escolhe lutar para a
preservação da pátria e dos seus valores, em ceder à tentação de se juntar aos Espanhóis.

Além disso, imagine-se um planeta cuja população se veste, trabalha e come o mesmo. Não
tornariam, essas características, o lugar monótono e desinteressante de se viver. A diversidade
que cada nação e a sua cultura traz para o mundo em que vivemos é imprescindível. Com a
atual globalização, todos estes traços específicos dos povos têm-se perdido pela busca da
homogeneização. É certo que é importante dar a mesma oportunidade a todos, todavia, deve-
se salientar a importância de haver um equilíbrio entre a cultura global e a cultura local.

Para concluir, muitas vezes, cometemos o erro de associar o amor pela nação como símbolo de
orgulho - uma forma de disputar o primeiro lugar numa corrida que decide a superioridade e
grandiosidade dos países. Porém, na realidade, talvez seja este amor que nos torna, a cada um,
diferente e ao mesmo tempo igual.

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