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introdução

Iniciadas na França, as Revoluções liberais alastraram-se pela Europa: a


Bélgica se libertou da Holanda e houve tentativas (fracassadas) de
unificação da Alemanha e da Itália e de libertação da Polônia. O movimento
teve também posteriores repercussões em Portugal e Espanha. No Brasil,
no dia 7 de Abril de 1831, um forte movimento de oposição popular levou o
Imperador Dom Pedro I à abdicação. Em 1829, a Grécia já se libertara da
dominação turca.

O pano de fundo foi comum: propagação do liberalismo e nacionalismo


como ideologias; a subprodução agrícola (acarretando alta de preços de
gêneros alimentícios) e o subconsumo industrial (provocando falência de
fábricas e o desemprego do proletariado); descontentamento do
proletariado urbano, devido ao desemprego, a salários baixos e à alta do
custo de vida; descontentamento da burguesia, excluída do poder político e
atingida pela crise econômica.

Revolução de 30 na França

Revolução de Julho de 1830.

Na França, o Congresso de Viena trouxera de volta os Bourbons. As


potências reunidas em Viena impuseram à França o Segundo Tratado
de Paris, cujas condições eram mais drásticas que as do Primeiro: ela
ficou reduzida as suas fronteiras de 1789, teve de pagar uma
indenização de guerra de 700 milhões de francos, foi obrigada a
restituir os tesouros artísticos roubados dos povos conquistados e
aceitar a ocupação do norte do país, durante cinco anos, por tropas
das potências vencedoras.

Ascensão de Carlos X

Carlos X
Se o governo de Luís XVIII foi marcado pela moderação , a ascensão
de Carlos X reviveu o absolutismo de direito divino, o favorecimento à
nobreza e a sufocação da burguesia. Este monarca decidiu confiar a
chefia do governo ao príncipe de Polignac. Onde este não os
problemas do novo estadista Dessa maneira, podemos dizer que a
principal causa da Revolução de 1830 na França foi o absolutismo de
Carlos X, indo completamente contra os ideais vistos desde a
Revolução Francesa de 1789, que expressava o liberalismo e a
tentativa da burguesia de fim da centralização real.

Câmara X Poder Real

No ano de 1827, as oposições, formadas por constitucionalistas e


independentes, venceu as eleições legislativas e a nova Câmara dos
Deputados, dominada por liberais, entrou em conflito com o rei. Em
1830, o rei dissolveu a Câmara e convocou novas eleições, também
vencidas pela oposição. Então, o monarca reagiu em 25 de Julho de
1830, com a publicação das Ordenanças ou Ordenações de Julho:
suprimia a liberdade de imprensa (impunha a censura total); anulava
as últimas eleições e dissolvia a câmara recém-eleita e de maioria
liberal; modificava os critérios para a fixação do censo eleitoral,
favorecendo uma minoria (reduzia o eleitorado); e permitia ao rei
governar através de decretos. Essas "Ordenações de Julho"
coincidiram com grave crise econômica e precipitaram a Revolução.

Revolução de Julho de 1830

Nos dias 27, 28 e 29 de julho de 1830, conhecidos como os três dias


gloriosos, o povo de Paris e as sociedades secretas republicanas,
liderados pela burguesia liberal, fizeram uma série de levantes contra
Carlos X. As revoltas populares sucediam-se a tal ponto que a própria
Guarda Nacional acabou por as apoiar, aderindo à sedição. Após lutas
nas ruas parisienses (as Três Gloriosas), o último Bourbon teve de
partir para o exílio no começo de agosto.
Luís Filipe I, o rei burguês.

Temerosa do radicalismo das classes que haviam feito a revolução


(pequena burguesia e proletariado urbano), a alta burguesia instalou
no poder o primo do rei, Luís Filipe de Orleans, o "Rei Burguês",
monarca constitucional e liberal de outro ramo da nobreza francesa.
"De agora em diante, os banqueiros reinarão na França", como
afirmou Jacques Lafitte, banqueiro e político que participou das
manobras para colocar Luís Filipe no trono. Ele tinha razão. Todas as
facções da burguesia, como industriais e comerciantes, haviam
participado da luta contra o poder real e a velha aristocracia, mas
quem assumiu o poder foi apenas uma parcela da burguesia - a do
capital financeiro.

Apoiado por banqueiros, a Monarquia de Julho vem assim conseguir


impor um clima de paz e prosperidade.

Revolução do porto

Introdução

A Revolução do Porto, também referida como Revolução Liberal do


Porto, foi um movimento de cunho liberalista que teve lugar em 1820
e que acarretou consequências, tanto na História de Portugal quanto
na do Brasil.

Diante da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-


1821), Portugal continental viu-se invadido pelas tropas napoleônicas.
Embora batidas com o auxílio de tropas britânicas, o país viu-se na
dupla condição de colônia brasileira e protetorado britânico.

A assinatura do chamado "pacto colonial" e, posteriormete, dos


Tratados de 1810, garantiu privilégios alfandegários aos produtos
britânicos nas alfândegas portuguesas, mergulhou o comércio de
cidades como o Porto e Lisboa em uma profunda crise, de que se
ressentia a sua classe burguesa.

Revolução do porto

Libertado Portugal da ocupação das tropas francesas, e após a


derrota definitiva de Napoleão Bonaparte (1815), formou-se em
Lisboa o "Supremo Conselho Regenerador de Portugal e do Algarve
com o objectivo de expulsar os britânicos do controlo militar de
Portugal, promovendo a "salvação da independência" da pátria.

Este movimento, durante o seu breve período de existência, esforçou-


se no planeamento da introdução do liberalismo em Portugal, embora
não tenha conseguido atingir os seus propósitos finais.A Regência e
de Lord Beresford, comandante levantaram protestos e intensificou a
tendência anti-britânica no país.

Após o julgamento e execução dos acusados, o general Beresford


deslocou-se ao Brasil para pedir ao soberano mais recursos e poderes
para a repressão do "jacobinismo". Em sua ausência, eclodiria a
Revolução do Porto (1820) de modo que, quando do seu regresso do
Brasil naquele ano, onde conseguira do soberano os poderes pedidos,
foi impedido de desembarcar em Lisboa.

O movimento articulado no Porto pelo Sinédrio eclodiu no dia 24 de


Agosto de 1820. Ainda de madrugada, grupos de militares dirigiram-
se para o campo de Santo Ovídio (atual Praça da República), onde
formaram em parada, ouviram missa e uma salva de artilharia
anunciou públicamente o levante. os revolucionários reuniram-se nas
dependências da Câmara Municipal, onde constituíram uma "Junta
Provisional do Supremo Governo do Reino", integrada por:

O movimento contou com o apoio de quase todas as camadas sociais:


o Clero, a Nobreza, o Exército Português e a população em geral.
Entre as suas reivindicações, exigiu convocar as Cortes para elaborar
uma constituição para o país, defendendo a autoridade régia e os
direitos dos portugueses. Adicionalmente pretendia:

• o imediato retorno da Corte para Portugal, visto como forma de


restaurar a dignidade da antiga Metrópole, deslocada para o
Brasil; e
• a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil
(reinstauração do Pacto Colonial).

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