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Revista Recuperar - 87 Ed
Revista Recuperar - 87 Ed
A
fundação de um aterro ou de uma em que a fração argila imprime caracterís- atrito negativo e a deslocamentos laterais,
edificação exige condições geotéc- ticas de solo coesivo e compressível. São estabelecendo-se recalques diferenciais
nicas de solo estáveis, significando argilas moles ou areias fofas. Os depósitos perigosos. O emprego da técnica de aterros
que o investimento estará isento de riscos. ou ambientes de deposição variam desde flu- provisórios é cara, demorada e não elimina
Caso inexistam, análises deverão ser feitas vial, quer dizer, aluviais nas várzeas dos rios os recalques. Estacas de material granular
por engenheiro geotécnico experimentado, de até o costeiro, passando por mangues, com a e troca de solo produzem bota fora, não
modo a solucionar possíveis riscos. A presença ocorrência de argilas orgânicas e turfas. elimina os recalques e é proibido por leis
de solo mole em qualquer terreno, seja a partir ambientais.
da superfície ou em camadas sub-horizontais, Métodos tradicionais & solo mole
incorre, naturalmente, na necessidade de A necessidade da melhoria do solo
cálculos de estabilidade e recalques, normal- A presença de solo mole inibe, natural-
mente envolvendo análise computacional por mente, projetos com fundações diretas. A A presença, cada vez mais constante, de
métodos de elementos finitos. opção por fundação profunda, utilizando-se terrenos com solos moles é uma realidade,
estacas, exige substratos resistentes, geral- devido a expansão, tanto das cidades quanto
Solos moles mente distantes da superfície. A presença da infraestrutura urbana. Consolidar solos
de camadas de solo mole, invariavelmente moles, hoje, é uma medida necessária e a
Apresentam baixa resistência à penetração, acompanhadas da execução de aterros, sub- escolha do método de melhoramento, inva-
ou seja, valores de SPT inferiores a 4 golpes, mete as estacas ao perigoso fenômeno do riavelmente, cai no CPR®.
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CPR
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Situação típica do solo tratado com CPR para uma “coluna” e drenos circundantes.
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• Jorge L. F. de Almeida é professor e engenheiro de fundações.
E
produzir asfixia. Uma norma federal norte
stou montando a ampliação de uma americana permite um máximo de 5.000ppm,
unidade petroquímica com peças pre- mas o guia do ASHRAE (American Society of
moldadas em concreto armado e pro- Heating, Refrigerating and Air-Conditioning
tendido, todas em concreto aparente. Anexo Engineers) indica para áreas internas um
à obra, produz-se uma quantidade enorme máximo de 1.000ppm. Há uma tecnologia de
de dióxido de carbono, próprio da unidade absorção, com duplo feixe de infravermelho
de produção. Tenho ouvido falar a respeito (CEA Instruments), própria para monitorar ní-
das implicações do processo de carbonatação veis de CO2. Mas que níveis de CO2 poderão
no concreto armado e, naturalmente, do afetar estruturas de concreto? Lembre-se que
gás dióxido de carbono. Como posso che- ele é produto de reações químicas de hidra-
car o nível deste gás? Minha preocupação tação de partículas de cimento. Água (líquida
procede? ou vapor) e dióxido de carbono, presentes na
Engº Antônio Carlos P. de Assis, SP
Resposta:
Claro que procede. Temos feito inúmeros tra-
balhos de engenharia diagnóstica em unida-
des industriais e em uma unidade petroquí- atmosfera, acabam participando também
mica, em particular, onde também gerava-se desta reação nos interstícios e poros do
CO2 como subproduto. O pH médio obtido concreto, principalmente pelo fato de nos-
nas peças estruturais de concreto armado sa umidade relativa do ar ser alta. Para o
aparente, com apenas dois anos de vida era seu caso em particular, toda a situação fica
apenas 9,5. As estruturas mais antigas, evi- potencializada pela presença exacerbante do
dentemente, apresentavam sérios processos CO2. Há uma norma, também nos EUA, que
de corrosão. Esta nova unidade, caso nada estabelece níveis máximos de CO (15ppm)
se fizesse, iria para o mesmo lugar comum. e CO2 (4.500ppm) dentro de obras. Caso
Com relação ao seu caso, no mercado, exis- estes níveis sejam ultrapassados, exigir-
tem diferentes tipos de detectores de gases, se-á ventilação extra em toda a obra. Para
que você poderá escolher. Há detectores de o seu caso, sugerimos pintar as peças pré-
monóxido de carbono, CO, gás venenoso, moldadas imediatamente com uma pintura
Esta microfotografia evidencia a estrutura cris-
que medem de 0 a 1999 partes por milhão talina do concreto com a presença de dióxido de específica anticarbonatação, por exemplo, o
(ppm). carbono. TOPCOAT CARBOFC.
N
ossa expansão nosso crescente padrão de vida, preservando
econômica foi, e nossa comida e outros bens consumíveis. O
continua sendo, problema é que usualmente disponibilizamos
alavancada por fontes de estes produtos de maneira errada, contami-
energia da qual fazem nando, quase todo o solo e a água freática.
parte
part
pa rtee integrante o petró- Estamos falando de extensas regiões, em
leo,
leoo o carvão e a energia
le todo Brasil, contaminadas ou poluídas
nuclear. Hoje, por toxinas e produtos cancerígenos,
fazemos uso incluindo-se os hidrocarbonetos do petró-
acelerado de leo, aditivos de combustíveis, pesticidas,
produtos quími- metais pesados, solventes etc.
cos xenobió- Mais de 200 toneladas de aproximada-
ticos que dão mente 800 produtos químicos são produ-
sustentabilida- zidos e importados a cada ano no Brasil.
de ao Tóxicos ou não, é fato que muitos deles DEMOX
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Vazamentos de óleo e
produtos químicos sob
pisos industriais hoje é
rotina. Muitas indústrias,
responsáveis por isso já
estão solucionando este
grave problema.
vão para o solo e afetam todo o meio recuperação entendam profundamente as recuperação do solo e aquíferos. A escolha
ambiente. várias técnicas disponíveis, as quais recaem depende da quantidade de resíduo presente,
Nestes últimos quinze anos, muito se tem em três tipos básicos: da concentração do constituinte tóxico e
feito para recuperar o solo e a água, de de suas propriedades físico-químicas, a
modo a se obter níveis ecologicamente QUÍMICO • FÍSICO • BIOLÓGICO concentração final desejada, do capital a ser
sustentáveis. Esta revista tem participado gasto e das restrições inerentes a cada caso.
ativamente desta cruzada, assim como téc- A tecnologia química Vamos a elas.
nicos e engenheiros especializados na arte
de recuperar ou remediar. Nesta matéria e Utiliza a química pela química para atacar Precipitação
na próxima edição apresentaremos o atual poluentes ambientais, principalmente subs-
estado tecnológico da arte de tratar o solo tâncias químicas orgânicas, tornando-as Esta técnica, específica para tratamento de
e a água lá presente. Para recuperar solos atóxicas ou inócuas. Substâncias químicas solos com depósitos de resíduos contendo
impactados, utiliza-se diferentes tecnologias inorgânicas, como metais pesados, que não metais pesados como arsênico (As), bário
capazes de tratar, de maneira específica, podem ser degradados quimicamente, com (Ba), cromo (Cr), chumbo (Pb), cobre (Cu),
diversos tipos de contaminação, consoante esta tecnologia são imobilizadas no próprio níquel (Ni) e zinco Zn), além de aquíferos
com o tipo de solo contaminado, as condições solo e no aquífero lá presente, impedindo a contaminados com estes poluentes. Sua
climáticas do local e sua hidrogeologia. É exposição aos ecoreceptores. estratégia envolve a adição de produtos quí-
importante, portanto, que especialistas em São nove as técnicas de tratamento para micos ou precipitantes para alterar o estado
físico do metal ali dissolvido, alterando sua gânicas, como cianetos. Técnica de difícil tação e da diminuição da área superficial
solubilidade, fazendo com que precipite. execução e aferição. poluente.
Promove-se, com isto, a aglomeração do • Altera as características físicas do resíduo
produto precipitado para uma forma estável Solidificação/estabilização (SE) tóxico através, por exemplo, da absorção
e ambientalmente segura. Exige algum tempo de líquidos livres.
para que as reações de precipitação ocorram. Esta técnica, de bastante uso, já foi apresen-
Na prática, trata-se de uma técnica cara e tada nas edições anteriores da RECUPERAR
complicada. (veja edições nº 30, 46 e 47). É considerada GLOSSÁRIO
uma das melhores técnicas de recuperação de Solubilidade – capacidade de uma substância de se
Oxidação e redução química solos contaminados, já que seu batismo de dissolver em outra. Esta capacidade, no que diz res-
peito a dissolução de um sólido em líquido é limitada,
fogo começou com resíduos radioativos (veja ou seja, existe um máximo de soluto que podemos
O objetivo desta técnica é, literalmente, referência Conner), demonstrando total efi- dissolver em certa quantidade de um solvente.
pH – medida da acidez ou alcalinidade de uma
desintoxicar poluentes tóxicos, tornando-os ciência. A SE é utilizada tanto como solução solução (condutiva).
atóxicos, através da utilização de agentes temporária quanto permanente e tem como Sorção – conjunto dos fenômenos de absorção,
adsorção e dessorção. Termo genérico que inclui
oxidantes ou redutores. Trata-se de uma características as seguintes atribuições: a absorção quando a natureza do mecanismo do
poderosa tecnologia capaz de destruir uma • Reduz, de maneira significativa, a solubi- fenômeno é desconhecido.
Soluto – produto que se dissolve em um solvente.
grande variedade de substâncias orgânicas lidade e a mobilidade dos resíduos tóxicos Atentar para sua espécie.
tóxicas, como hidrocarbonetos cloratados, dentro do contexto poluente, através da Solvente – material que dissolve o soluto. O mais
contaminantes aromáticos e substâncias inor- modificação do pH, da sorção ou precipi- comum é a água.
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Reciclagem do solo
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A lavagem do solo contaminado é feito por tubos de injeção previamente cravados. O fluxo produzido é
captado pelo poço, através de sua seção inferior. A primeira bomba determina a quantidade de água que REFERÊNCIAS
circula na camada não saturada. A velocidade de descarga, de uma segunda bomba opcional, localizada • Thomas Kim é engenheiro civil e trabalha no
abaixo do reator de filtragem, porém acima da primeira bomba. repairbusiness.
• Aieta, E.M. REagan, J.S. Lang, L. McREynolds,
selecionar os poluentes, impedindo a pro- Lixiviação química J. Kang, and W. H. Glaze, Advanced oxidation
dução de subprodutos. É um processo caro e extração de solventes processes for treating groundwater contaminated
with TCE and PCE: Pilot-scale evaluations. J
e de difícil controle. AWWA.
É um processo químico de separação de • Braids, Olin C., Soil. in Handbook of Complex
Environmental Remediation Problems. J. Lehr, M.
contaminantes a partir da escavação da massa Hyman, T.E. Gass, W.J. Seevers (eds.). McGraw-
do solo comprometido. Esta técnica utiliza Hill, New York.
• Butler, L.G., Cartledge, F.K., Chalasani, D. Eaton,
substâncias inorgânicas ácidas para separar H.C., Frey, F., Tittlebaum, M.E., Using Cement/
e recuperar metais ou sais da massa do solo silicate Fixing Agents, Lousiana State Univ.,
Baton Rouge, LA.
comprometido. A extração de solventes faz uso • Cater, S.R., Bircher, K.G., and Stevens, R.D.S.,
de outros solventes não aquosos para separar (1990) Ray ox? A second generation enhanced
oxidation process for groundwater remediation.
contaminantes orgânicos da massa do solo. Proceedings of a Symposium on Advanced Oxi-
Pode-se combinar lixiviação e extração, de dation Process for the Treatment of Contaminated
modo a se promover um processo de lavagem Water and Air, June, Toronto, Canada.
• Conner, J.R., Chemical Fixation and Solidification
para reduzir o volume do solo contaminado. of Hazardous Wastes, Van Nostrand Reihold, New
York.
• Copa, W.M., and Gitchel, W.B., Standard Han-
Lavagem da massa dbook of Hazardous Waste Treatement and Dis-
do solo contaminado posal, H.M. Freeman (Ed.), McGraw-Hill, New
GLOSSÁRIO York.
• CH2M Hill, Technology Practices Manual for
Adsorção – atração de íons ou substâncias na Surfactants and Cosolvents, US Department of
Satura-se a massa do solo comprometido
superfície de um sólido. Aumento da concentração Defence, Washington, DC.
de moléculas ou íons na superfície de um sólido com a solução especial, através de uma • Crittenden, J.C., Trussel, R.R., Hand, D.W., Howe,
(adsorvente) poroso. Não deve PIEZÔMETROS
ser confundida malha de furos, injetando-a, de modo a K.J., Tchobanoglous, G., Water Treatment Prin-
com absorção, que põe em jogo a Tele-atendimento
ponte interna da ciples and Design, 2nd Edition, John Wiley and
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superfície. A adsorção relaciona-se com 3154-3250
valências solubilizar e mobilizar os contaminantes. Sons, Inc., Hoboken, NJ.
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residuais dos átomos e moléculas da superfície do
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sólido que não se acham combinadas. Materials, 66.
extraídas, estabelecendo-se gradientes com
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CORROSÃO
D
as aldeias rurais às megalópoles, parando, literalmente. Levantamento reali- do cuidado em relação a estas poucas e
como São Paulo e Rio de Janeiro, o zado pelo Sindicato Nacional das Empre- “velhas” obras de arte. Estamos falando
país fervilha 24 horas por dia, sete sas de Arquitetura e Engenharia Consultiva de nossas pontes, viadutos e até túneis
dias por semana, com milhões de cidadãos (SINAENCO), em diversos estados, apre- que ainda resistem, sem qualquer política
empreendendo, organizando, produzindo, sentou a condição das obras de arte que obrigatória e necessária de subsistência,
servindo, transportando, comunicando, compõem a capenga malha viária dessas que nos ajudam a ir e vir. Por exemplo,
comprando e vendendo, em um turbilhão capitais. Não, não queremos nos referir em se tratando de Rio de Janeiro quando,
de atividades de inimaginável diversifica- à crônica questão da mobilidade urbana, por algum motivo, o túnel Rebouças é in-
ção. Está evidente, no entanto, que essa que implica na movimentação de seus ci- terrompido, o carioca sente o que é viver
integração apresenta sérios problemas de dadãos, que é constatadamente deficitá- numa cidade com infraestrutura mais do
mobilidade. ria, notadamente no Rio e em São Paulo. que sobrecarregada. Pior, despreparada
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte Queremos nos referir à falta de visão ide- de soluções de monitoramento e de ime-
e tantas outras metrópoles brasileiras estão ológica da manutenção, da conservação, diata recuperação.
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O levantamento naturalmente pelo monitoramento técni- Mississipi, em Mineápolis: uma legisla-
co, cíclico, permanente, principalmente ção federal que obriga governos estadu-
Os dados disponibilizados pelo SINA- de pontes e viadutos, afim de evitar aci- ais e municipais a cuidarem de pontes e
ENCO, em diversas capitais, tornam dentes e tragédias como a que estamos viadutos, periodicamente, com o estabe-
cristalina a aparente condição desses acostumados a ver e apresentado na últi- lecimento de diretrizes específicas, com
bens públicos, que evidenciam falta de ma edição da RECUPERAR. Queremos recursos permanentes, tanto financeiros
tudo, para não dizer de uma política de- endossar o trabalho que está sendo feito quanto técnicos para monitoramento e
finida, definitiva de manutenção perió- pelo SINAENCO, apresentando parte do recuperação.
dica, que ateste a segurança do cidadão. levantamento feito em algumas capitais, Os exemplos escolhidos entre inúmeros
Este estudo faz parte de uma campanha chamando a atenção para o magnífico outros foram analisados por engenheiros
nacional de alerta para as autoridades e a exemplo dado recentemente pelos EUA, especialistas de empresas associadas ao
sociedade, para a conservação, que passa após a queda da ponte I-35, sobre o rio SINAENCO.
Levantamento feito
em São Paulo
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Vários cabos de protensão e armaduras apresentam ruptura, o que significa redução drástica de sua
resistência.
Danos por impacto no fundo de todo o vigamento do tabuleiro, processos de corrosão generalizados nas armaduras e juntas de dilatação, sem tratamen-
to. São as patologias principais desta ponte.
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• Patricia Karina Tinoco é engenheira civil, espe-
cialista em química e física da construção.
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A
inda não estive com o livro nas conseguimos nos emocionar se formos planta industrial, da sombria e sinistra
mãos, mas já ouvi algo a respeito e estimulados pela velocidade e pelo risco: corrosão. Este programa recai no já
me parece que deve ser uma leitura só se houver perigo, só se for radical, só badalado monitoramento periódico, es-
não só interessante como necessária. Cha- se for inédito, só se causar impacto. Não pecífico a cada instalação, caracterizado
ma-se “O Culto da Emoção”, do filósofo que isso seja contra-indicado. Testar os por seu micro ambiente.
francês Michel Lacroise, em que ele afirma próprios limites pode ser não só praze-
que a busca irrefreável por emoções fortes, roso como educativo, desde que se res- O custo da corrosão
tendência dos dias de hoje, é, no fundo, ponsabilize pelo que faz. É isso aí. Todo
sintoma da nossa irresponsabilidade. “É de mundo já ouviu e sabe que a corrosão é o Muito já se escreveu nas edições anteriores
lirismo verdadeiro que precisamos, não de pior dentro de uma instalação industrial. da RECUPERAR sobre causas e o mecanis-
adrenalina”, diz o autor. Ou seja, andamos É perigoso. É mortal. É prejuízo na certa, mo da corrosão do aço e de revestimentos
muito trepidantes e frenéticos, mas pouco em qualquer nível. Não há lugar para protetores. Procuraremos, a seguir, apre-
contemplativos. emoções. A coisa tem que ser controlada. sentar um panorama dos custos associados
Generalizando, dá pra dizer que todos Tem que haver um programa que proteja com o problema da corrosão, além dos
nós estamos meio robotizados e só cada instalação, existente dentro de uma fatores econômicos a serem considerados,
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ao se planejar um programa de controle da
corrosão.
A substituição de equipamentos
e de estruturas
A paralisação da unidade
CPV-4
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REFERÊNCIAS
• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil. M.Se.
membro de diversos institutos nos EUA em assun-
tos de patologias da construção. É editor e diretor
Tubos galvanizados enterrados desenvolvem cor- da RECUPERAR, além de consultor de diversas
rosão acelerada, já que, normalmente são ligados empresas.
a conexões de ferro fundido: corrosão por frestas • Techbrief - Protocol to identify incompatible
entre tubo e conexão logo após o consumo da combinations of concrete materials. Publica-
película de zinco da galvanização. tion nº FHWA-HRT-06-082 U.S. Department of
Transportation Federal Highway Administration.
• R.A. Helmuth, L.M. Hills, D.A. Whitting, S.
B – Métodos para uma análise econômica Bhattacharja, “Abnormal Concrete Performance
in Presence of Admixtures.” PCA serial number
A metodologia mais usual para se analisar 2006. 1995.
• C.F. Ferraris, “Measurements of the Rheologi-
economicamente todas as implicações com cal Properties of Cement Paste: A New Approa-
a corrosão em uma unidade industrial é o ch.” Conference on Role of Admixtures in High
CLOR-TEST chamado método do abatimento, redução Performance Concrete sponsored by Cementos
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ou desconsideração do cash flow e leve em 1999. Monterey, Mexico. Rilem Publications
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