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TCC Artigo Rogerio-Rev3
TCC Artigo Rogerio-Rev3
RESUMO
As Lajes com vigotas treliçadas estão ganhando cada vez mais espaço no mercado da
construção civil. Elas fazem parte do grupo dos pré-moldados, que assim como eles, também
possui a economia e a praticidade como principal característica. Uma das principais vantagens
desse tipo de laje, é a capacidade que ela possui de vencer grandes vão livres, a agilidade no
processo de montagem e a redução da mão de obra. O presente estudo tem como principal
característica relatar de forma entendível e eficaz o processo construtivo de uma laje treliçada.
Sobrelevando os principais problemas que geralmente ocorrem durante as etapas de execução,
como também as principais vantagens. A metodologia aplicada para esse artigo foi um estudo
de caso, onde foram coletadas informações diretamente do canteiro de obra. Onde por
intermédio de entrevistas com os funcionários e a realização de formulários foi possível obter
as informações necessárias para a elaboração deste trabalho. O estudo constitui-se também de
revisão de literatura, de análise de literatura publicada em artigos, livros, tcc, monografias e
normas. Com essa pesquisa será possível perceber o quão vantajoso é o uso de lajes com vigota
treliçadas.
1. INTRODUÇÃO
Figura 01
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
Para a elaboração deste trabalho, foram feitos estudos em livros, revistas, artigos,
normas, trabalhos científicos e monografias, todos com temas relacionados ao assunto. Logo
em seguida foi feito um acompanhamento do processo construtivo de uma laje com vigotas
treliçadas onde por intermédio do acompanhamento foi possível traçar o seguinte fluxograma
do processo de execução.
Fabricação das
vigotas
treliçadas
Montagem do
escoramento
Posicionament
o das placas
treliçadas
Posicionament
o dos
enchimentos
Armaduras de
distribuição e
negativas
Concretagem
Cura do
concreto
Fonte: maisengenharia.wordpress.com
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Conforme citado acima, irão existir três tipos de elementos pré-fabricados. Porém, esse
estudo irá particularizar apenas os elementos formados por vigotas treliçadas, por serem o
objeto de estudo dessa pesquisa.
4.1.1.1 Vigotas com armação treliçada
Conforme a NBR 14859-1, item 3.1.1, diz que as vigotas “são constituídas por
concreto estrutural, executadas industrialmente fora do local de utilização definitivo da
estrutura, ou mesmo em canteiros de obra, sob rigorosas condições de controle de qualidade.
Englobam total ou parcialmente a seção de concreto da nervura longitudinal.
CUNHA (2012) diz que as vigotas são formadas pela armação treliçada e pela base de
concreto, podendo ainda inserir armadura adicional dependendo do carregamento e
dimensionamento da laje. Ela irá ser o produto final que deverá ser entregue pelo fabricante ao
cliente, juntamente com os blocos de enchimento e um projeto de montagem. Ela é
dimensionada não somente para resistir aos esforços após a concretagem da laje, mais também
deve ter a rigidez para resistir ao transporte e montagem. A figura 03 representa o formato de
uma vigota treliçada.
Figura 03
Figura 04
Figura 05
Tabela 01
• Transversais: são armaduras que irão compor as armaduras inferiores das nervuras
transversais de travamento (caso haja necessidade);
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• De distribuição: são armaduras que são posicionadas na capa de concreto nas duas
direções transversal e longitudinal, com seção de no mínimo 0,9 cm²/m para aços CA
50, CA 60, contendo 3 barras por metro e tela soldada. Esse tipo de armadura tem como
funções: combater os efeitos da retração, consolidar a estrutura da nervura com a capa,
efetuar um controle da abertura de fissuras e efetivar a distribuição das cargas pontuais;
• Superior de tração: são armaduras dispostas sobre os apoios nas extremidades das pré-
lajes, no mesmo alinhamento das nervuras longitudinais (NL) e posicionadas na capa.
Proporcionam a continuidade das nervuras longitudinais e destas com o restante da
estrutura, o combate à fissuração e a resistência ao momento fletor negativo, de acordo
com o projeto da laje;
4.1.1.4 Capa
Conforme NBR 14860-1 (2002) diz que capa é “placa superior da laje cuja espessura
é medida a partir da face superior do elemento de enchimento, formada por concreto
complementar”.
• Complementação das pré-lajes para a formação das nervuras e das nervuras transversais;
• Formação da capa;
Tabela 02
Figura 06
Os escoramentos devem ter rigidez para assegurar o formato e as dimensões das peças
da estrutura projetada, respeitando minimamente as tolerâncias indicadas pela norma NBR
14931. Eles devem também ser suficientemente estanques, de modo a impedir a perda de pasta
de cimento, admitindo-se como limite o surgimento do agregado miúdo da superfície do
concreto, conforme a norma NBR 15696 (2009).
Um ponto muito importante durante a execução dos escoramentos é a previsão das
contra-flechas. Segundo a NBR 14859-1 (2002), diz que a contra-flecha é o deslocamento
vertical intencional aplicado nas vigotas durante a montagem, por meio do escoramento. Ela é
utilizada como recurso para compensar as consequências indesejáveis das deformações devidas
à ação das cargas nas lajes. Geralmente, elas são requisitas pelo fabricante das treliças ou
conforme normas disponíveis em catálogos. A tabela abaixo apresenta algumas contra-flechas
aplicadas em função do vão da laje.
Tabela 03
Fonte: https://polyconcreto.jimdo.com/escoramento/
4.3 Processo executivo das lajes com vigotas treliçadas (estudo de caso)
Neste tópico será apresentado o estudo de caso da execução da laje com vigotas
treliçadas executada em um condomínio residencial na cidade de Manaus-AM. Serão
detalhados o processo construtivo, os principais problemas decorrentes da execução e no final
será apresentada as principais vantagens que esse método construtivo pode nos oferecer.
O processo executivo das lajes nervuradas treliçadas segue as normas da NBR 14931
de execução do concreto igualmente as de laje maciça simples e além disso também as normas
da NBR 9062 de execução de pré-moldados.
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Figura 07
Figura 08
4.3.3 Etapa 03: Posicionamento das vigotas treliçadas e dos blocos de enchimento
Após o termino da construção dos escoramentos, é dado início à colocação das vigotas,
que devem sempre ser apoiadas sobre a linha de escoramento. A colocação das vigotas deve
seguir as especificações sinalizadas em projeto, respeitando os espaçamentos e o sentido de
locação em relação ao vão. Para auxiliar na colocação, na grande maioria das vezes, é usado o
material de enchimento como conferência de gabarito, que foi exatamente o que os construtores
fizeram. O material de enchimento utilizado foi o EPS. Na medida em que se colocava as
vigotas, os blocos de enchimento eram igualmente colocados, sempre no intervalo de duas
vigotas. Após terminado as primeiras fiadas de blocos de EPS era inserido uma outra vigota,
que no mesmo instante era iniciado a colocação de outra fiada, e assim seguia colocando a
primeira fiada de cada carreira de mais uma vigota correspondente ao vão até que o pano de
laje seja completo por vigotas espaçadas pelos blocos de enchimentos. A figura 09 ilustra esta
etapa no processo.
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Figura 09
Figura 10
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Abaixo segue alguns pontos que foram colocados para que a concretagem da laje fosse
executada sem a ocorrência de problemas, que foram:
O tratamento de cura para a laje estudada durou algo em torno de sete dias. Durante
sete dias consecutivos o servente realizava o processo de hidratação da laje. Ele molhava a laje
com frequência no intuito de evitar o seu ressecamento. O procedimento era realizado três vezes
ao dia, sempre respeitando os horários indicados que eram por volta das 8h, 12h e 15h. A figura
14 ilustra o processo de hidratação da laje.
Após realizado o tratamento de cura do concreto, o próximo passo é apenas esperar
que a laje atinja o seu período de cura, que segundo a norma NBR 6118, pode durar de 18 a 28
dias. Contados a partir da data de concretagem.
Figura 14
5. RESULTADOS E DISCUÇÕES
6. CONCLUSÃO
Este trabalho teve como principal objetivo analisar o processo construtivo de uma laje
pré-moldada com vigotas treliçadas, identificando os principais problemas decorrentes de sua
execução e apresentando as principais vantagens que esse método construtivo pode nos
proporcionar.
Em primeiro momento foram colocados, de forma generalizada, alguns conceitos
fundamentais referentes a lajes. Que conforme foi exposto, são elementos de superfície plana
sujeitos principalmente a ações normais a seu plano. Vimos também, que na grande maioria das
vezes, as lajes estarão classificadas como lajes maciças e lajes pré-moldadas.
As maciças, são as convencionais lajes de concreto armado, definidas como placas
com espessura uniforme, sendo apoiadas ao longo de suas extremidades. E as pré-moldadas,
são as lajes constituídas por elementos pré-fabricados, ou seja, elemento este que é executado
industrialmente.
A laje objeto de estudo para essa pesquisa, foi a laje pré-moldada com vigotas
treliçadas. Que conforme foi definido neste trabalho, é um tipo de laje formada por uma vigota
com armação treliçada, por blocos de enchimentos, por armadura de distribuição e negativa e,
por uma capa de concreto. Esse tipo de laje, é considerada um método construtivo totalmente
vantajoso e revolucionário, pois irá apresentar características que beneficiarão a obra como um
todo.
Diante do que foi colocado neste trabalho, e levando em consideração o
acompanhamento realizado in-loco. Pode-se dizer, que as lajes com vigotas treliçadas é uma
opção de laje que oferece uma gama de benefícios para a sua obra. Disponibilizando recursos
que os métodos convencionais de lajes não oferecem.
Sendo assim, fica constatado no fim desta pesquisa, que o método construtivo
analisado apresentou ser a melhor solução técnica e econômica para esta modalidade, por
apresentar as maiores vantagens e facilidades construtivas.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, José M. Curso de concreto armado. Editora Dunas. Rio Grande, 2003.