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FACULDADE CATÓLICA DE BELÉM

CURSO DE FILOSFIA

EMERSON ROGÉRIO DE SOUSA OLIVEIRA

A Idade Média filosófica

Ananindeua- PA
2021
EMERSON ROGERIO DE SOUSA OLIVEIRA

A Idade Média filosófica

Texto apresentado a Faculdade Católica de


Belém para obtenção de nota na disciplina de
História da Filosofia Medieval ministrada pela
profª. Aline Gomes Rossi Morais.

Ananindeua- PA
2021
A Idade Média filosófica foi um período muito importante para a humanidade. Um dos
maiores problemas e discussões dessa época teve origem na relação entre filosofia e fé. Os
filósofos medievais buscavam entender grandes pontos da religião questionando doutrinas e
alicerçando de maneira belíssima a relação fé e razão. Santo Agostinho, pensador medieval,
foi um dos filósofos que se dedicou a esta relevante tarefa e, tendo influência no grego Platão,
deixou grandes feitos para a igreja e um marco na história medieval.
A filosofia medieval foi tão importante que é difícil imaginar nesse período sem
pensar nos benefícios que os pensadores medievais deixaram para a atualidade. Por isso, é
conveniente destacar que há diversas obras filosóficas que influenciaram grandes pensadores
modernos e contemporâneos, tais como as obras de Agostinho e São Tomás, o Aquinate. A
razão a serviço da fé era o ponto central da filosofia medieval. Entretanto, suas obras
beneficiaram (e beneficiam ainda hoje) não somente a Igreja, mas também muitas outras
formas de conhecimento dando origem a muitas ciências que surgiram nos últimos tempos.
De toda a história da filosofia medieval o tema de maior relevo a ser destacar é a
relação entre fé e razão. Pode-se dizer que esse é um ponto crucial graças ao grande número
de obras dedicadas a temática no qual mostra explicitamente a relação entre ambas. Um
clássico que cabe salientar é a obra As Confissões de Santo Agostinho. Essa obra é estuda em
diversas universidades e faculdades do mundo, e mais ainda, não somente pelos estudantes e
universitários de filosofia e teologia, mas também por outras áreas do saber.
Um dos filósofos mais conhecidos do período medieval é o próprio Agostinho,
nascido no ano 354 teve notável reconhecimento por seu pensamento filosófico e teológico.
Ele foi inicialmente um grande retórico além de mais adiante ser responsável por mudar a
história principalmente da Igreja Católica com seus ensinamentos doutrinários que foram uma
resposta as heresias surgidas na época. Sua vida é exemplo de uma verdadeira conversão, isto
é, uma profunda mudança de pensamento e de fundamentos religiosos. Antes de se tornar o
que é conhecido hoje, ele passou por grandes dificuldades. Contudo, depois de se converter ao
cristianismo Agostinho inicia uma caminhada mais forte e profunda em busca da verdade.
Combatendo algumas heresias o grande filósofo defende que Deus é Pai e Filho e Espírito
Santo, ou seja, que é Trindade, uno e verdadeiro Deus. A sua obra que trata sobre isso é a
Cidade de Deus. Além do mais, Agostinho sustentava conhecimento sobre muitos outros
temas importantes, ideias relacionadas sobre a felicidade, a vontade, a liberdade e a graça,
pensamentos sobre tempo e eternidade, sobre o mal e ideias fundamentais da metafísica e
ontologia. Com tudo isso, nota-se que é necessário entender que houve grande contribuição
para o desenvolvimento do pensamento histórico filosófico tais como os conceitos
relacionados a temporaneidade e o próprio fundamento tocante a Trindade referindo-se a
Deus (ambos mencionados anteriormente). A concepção agostiniana colaborou de maneira
significante para a conexão entre razão e fé sendo este pensamento usado por muitos outros
estudiosos durante séculos na Idade Média, por exemplo, São Tomás de Aquino que além de
ter tido a inspiração em Aristóteles, teve Agostinho por seu inspirador.
Fé e razão, um tema que representa a base do pensamento medieval e que tanto
contribuiu para a filosofia e para a própria religião de maneira geral. O filosofar na fé foi
desafiante para os seus idealizadores porque se trava de um pensamento muito audacioso.
Tudo iniciou com os padres gregos que tentaram fazer a primeira relação entre a filosofia e a
religião e conseguiram grandes feitos, porém só chegou a uma perfeita maduração com santo
Agostinho, famoso bispo de Hipona. A conversão do grande padre da Igreja foi o cerne de seu
pensamento. A busca incessante da verdade e da felicidade levou o filósofo a entender que ele
estava buscando na fonte errada. Então entendeu que ao conciliar fé e razão, isto é, filosofia e
religião encontrariam o que tanto procurava. Depois de passar por ceitas como maniqueísmo
percebeu que não conseguia se realizar, não era feliz. Como encontrar a verdadeira felicidade?
É uma pergunta que é feita até hoje. Contudo, Agostinho entendeu que era capaz de encontrar
a verdade não apenas com o auxílio da fé ou somente com o uso da razão, mas que era
necessário fazer isso se beneficiando das duas. Nesse sentido ele entende que a religião se
serve da razão para explicar suas doutrinas e conceituar o sobrenatural ou o divino. Assim a
relação fé e filosofia estão estritamente unidas em busca de um único objetivo que é a verdade
e por conseguinte a felicidade do homem.

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