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DOENÇAS GINECOLÓGICAS

SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS


Prof.: Tatiane

É uma das maiores causadoras da amenorréia secundária. É característico dessa


síndrome a mulher apresentar irregularidades menstruais. Isso ocorre por que o organismo
feminino produz mais do que o normal, o hormônio testosterona, que é comum apenas nos
homens, e/ou quando os ovários passam a produzir mais andrógenos, do que o normal. Altos
números desses hormônios interferem no desenvolvimento e liberação dos ovos. Causando,
bolsas com cistos que podem se desenvolver nos ovários.
Os ovários possuem folículos, que são bolsas com fluídos que detêm os óvulos.
Quando amadurece, o folículo libera-o para que ele possa se encaminhar ao útero para
fertilizar-se. Quando a mulher tem a síndrome, os folículos imaturos unem-se, formando o
cisto. E os óvulos amadurecem dentro dos próprios folículos e eles não se rompem com tanta
facilidade para que ocorra a liberação. Ocasionando irregularidade no ciclo menstrual,
amenorréia (falta de menstruação) ou oligomenorreia (menstruação pouco frequente).
E aquelas mulheres que não liberam os óvulos durante a menstruação tem mais
chance de se tornarem inférteis. Em muitas mulheres isso ocasiona dificuldade de engravidar
se não for feito um tratamento adequado.
Mas isso não significa que elas não possam engravidar. Esses pacientes ainda podem
apresentar aumento de pelos, acne, obesidade e infertilidade. Hoje, 20% das mulheres
apresentam sintomas ou sinais de ovários policísticos.
O tratamento é dirigido à anovulação, além de depender do objetivo do paciente. Na
maioria dos casos o tratamento é à base de anticoncepcionais para que possa regularizar a
menstruação e amenizar as dores.
Apresenta os seguintes sintomas:
- Menstruação irregular (produção irregular dos hormônios);
- Dificuldade de engravidar ou infertilidade (não ocorre ovulação);
- Obesidade (açúcar sendo metabolizado incorretamente);
- Acne (produção excessiva de hormônios masculinos, testosterona);
- Aumento de pêlos além do normal (produção excessiva de hormônios masculinos,
testosterona);
- Sinais de hiperandrogenismo;
- Pressão alta.
É recomendado que as mulheres façam redução de peso, dieta e exercícios, para prevenir a
obesidade e ajudar a prevenir problemas no coração.
A confirmação é feita através de exames clínicos e ultrassom ginecológico, além de
exames laboratoriais. Através da ultrassom detecta-se o aparecimento de mais de 12 folículos
na área de cada ovário, ou se o ovário aumentar o seu tamanho acima de 10ml.

ENDOMETRIOSE

O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às


alterações do ciclo menstrual, e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Se não houve
fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a
crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.
Endometriose é uma afecção inflamatória provocada por células do endométrio que,
em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade
abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
Endometriose profunda é a forma mais grave da doença. As causas ainda não estão
bem estabelecidas. Uma das hipóteses é que parte do sangue reflua através das trompas

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durante a menstruação e se deposite em outros órgãos. Outra hipótese é que a causa seja
genética e esteja relacionada com possíveis deficiências do sistema imunológico.

Sintomas
A endometriose pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, merecem
destaque:
* Dismenorreia – cólica menstrual que, com a evolução da doença, aumenta de intensidade e
pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;
* Dispareunia – dor durante as relações sexuais;
* Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
* Infertilidade.

Diagnóstico

Diante da suspeita de endometriose, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo


para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de
imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultra-som endovaginal, ressonância
magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos
mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende da realização da
biópsia.

Tratamento
A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a
menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos.
Mulheres mais jovens podem valer-se de medicamentos que suspendem a
menstruação: a pílula anticoncepcional tomada sem intervalos e os análogos do GnRH
(hormônio liberador de gonadotrofina, é um hormônio sintetizado pelo hipotálamo, que age
sobre a hipófise e leva à liberação dos hormônios LH e FSH (hormônio luteinizante e folículo-
estimulante, respectivamente)). O inconveniente é que estes últimos podem provocar efeitos
colaterais adversos.
Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente.
Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser
uma alternativa de tratamento.

MIOMA

Mioma é uma tumoração benigna que se forma no útero. O mioma não desaparece
com medicação. Se houver necessidade de retirá-lo, só uma cirurgia resolverá o caso. Quando
retiramos somente o mioma realizamos a miomectomia, se for necessário à retirada do útero
junto com o mioma daí realizaremos a histerectomia. A presença de miomas não significa
obrigatoriamente intervenção cirúrgica, que só será indicada quando houver situações que
estejam prejudicando o bem-estar da paciente e se não houver sucesso com o tratamento
medicamentoso (tratamento clínico).

Diagnóstico
Ele é feito através do exame clínico e de exames de imagem como ultrassonografia ou
ressonância magnética

Tratamento
Sempre que possível os tratamentos clínicos devem ser indicados, mas para isso, cada
caso deve ser analisado criteriosamente. A escolha por um ou outro tratamento deve ser
ajustada para cada paciente levando-se em consideração alguns fatores como idade, risco

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cirúrgico, o desejo de menstruar e de ter filhos. Os tratamentos clínicos mais comuns são:
pílula, hormônios, anti-inflamatórios, remédios contrair o útero e mais modernamente os
implantes hormonais que impedem hemorragias. O tratamento cirúrgico é realizado é a
histerectomia ou a miomectomia que consiste somente na retirada do mioma

CERVICITE

A cervicite, também chamada de endocervicite, é uma inflamação no colo do útero


que nem sempre apresenta sintomas e geralmente afeta mulheres com idade entre os 18 e 25
anos.
Quando esta doença não recebe o devido tratamento podem surgir complicações,
como: aderências, doença inflamatória pélvica, infertilidade e aumento das possibilidades de
gravidez ectópica.

Causas:
Na maioria das vezes pode ser causada pelas bactérias naturais da flora vaginal como
também por bactérias transmitidas através da relação sexual (gonorreia e clamídia).

Sintomas:
A maioria das mulheres com cervicite não apresentam sintomas, mas há casos onde
ocorre:
• corrimento vaginal purulento
• dor e sangramento durante o ato sexual
• dor ao urinar;
• dor no baixo ventre;
• pode haver febre.

Diagnóstico:
O diagnóstico poderá ser feito através do exame ginecológico e do preventivo
(papanicolau).

Tratamento:
O tratamento da cervicite é feito com o uso de antibióticos específicos para as
bactérias causadoras da infecção. Também é importante que o parceiro faça o tratamento.
No caso das doenças tipicamente femininas a prevenção faz toda a diferença, por isso é muito
importante que a mulher procure um médico para um esclarecimento ou diagnóstico mais
preciso.

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