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Não é por acaso que o uso sistemático de métodos tradicionais é considerado por muitos

estudantes como entediante, maçante e pouco proveitoso. O Ensino através de


brincadeiras, jogos, desafios etc., parecem provocar aprendizagem de forma mais eficiente, no
sentido de que os estudantes, além de mostrarem-se dinâmicos quando em meio ao
processo, mostram-se também dispostos a continuar a aprendizagem mesmo que em outros
contextos, algumas vezes motivados a discutirem sobre assuntos referentes às ciências em
lugares como restaurantes, bares, praças, algumas vezes prosseguindo os estudos em cursos
mais avançados. Ensino através de Metodologias Alternativas é mais uma ação que
complementa a prática cotidiana de professores do que um abandono de práticas anteriores.

Quem acredita que um penedo caia com a mesma rapidez que um botão de camisa ou
que um seixo da praia?

A verificação, por parte dos alunos, de que suas formas de pensar foram utilizadas por famosos
cientistas, poderá possibilitar maior intercâmbio entre passado e futuro, facilitando aceitação da
concepção, hoje aceita, de Galileu. Dessa forma, as poesias podem tornar-se potentes
materiais para o processo de ensino- aprendizagem demonstrando possibilidades de boas
relações com o Ensino de Ciências. Interdisciplinaridade em sala de aula é também sugerida
em »Poesia na Aula de Ciências?«, artigo escrito por Ildeo de Castro Moreira, pesquisador na
UFRJ. O artigo discorre sobre como Ciências e Literatura podem formar um belo dueto para
tornar mais interessante a interação entre ambas.

Na mesma linha de trabalho, JÚDICE e DUTRA promoveram teatro com alunos de 1 série do


Ensino Médio.

Além disso, para entender por que as teorias desses cientistas abalavam tanto »a
Igreja«, estudantes terão que compreender tanto as crenças religiosas como os paradigmas
científicos, podendo ser criados profundos debates. As estórias em quadrinhos unem
aprendizagem com o lúdico ao caricaturar personagens falando sobre suas teorias . Esta
ferramenta de ensino também investe na percepção visual, imprescindível para aprendizagem
de muitos indivíduos. Com certa dose de criatividade, as estórias em quadrinhos que envolvem
cientistas como personagens podem ser criadas pelos próprios professores .

«E por falar em ensaio, é importante ressaltar que eles sempre acontecem fora do horário de
aula, onde cada grupo tem reservado até duas sessões por semana. » Por serem
curtas, podem servir como rápidas ilustrações para iniciar raciocínios mais complexos ou para
terminar a aula como atividade para ser pensada em casa. Para Pena, tirinhas é «um conjunto
de histórias em quadrinhos que aborda diversos temas , e que tem o objetivo de motivar o
aluno a estudar e aumentar o interesse dos estudantes pela Ciência» Ibid, p. Este trabalho tem
como pressuposto a crença na aprendizagem motivada pelo lúdico, na busca de um caráter
prazeroso para o ensino e na importância da influência da Professora no processo de
aprendizagem .

Este trabalho aproxima-se dos «mapas conceituais» utilizados por alguns professores para
organizar o conteúdo a ser ensinado. Através da simulação de um «Julgamento», estudantes
passaram a analisar materiais que envolviam a história da ciência e a biografia de certos
cientistas. «Essa experiência de ensino envolveu, até o presente momento, estagiários da
disciplina Prática de Ensino de Física e escolas da rede pública e privada de Porto
Alegre, levando a quase seiscentos estudantes de ensino médio temas atuais de física.» Esse
projeto envolveu «...preparação de textos e materiais didáticos...» além de elaboração de
«...um pôster colorido sobre partículas elementares e interações fundamentais». Também, em
proposta inédita, trabalha método diferenciado com alunos de Física I da UFJF, obtendo
resultados animadores quando comparados com métodos convencionais.

Na disciplina de Física I a turma se reunia em duas seções de 2 h por semana, num total de 4 h


semanais e 68 h em todo o semestre. Na primeira hora o professor lecionava uma aula
expositiva e na segunda hora os alunos se reuniam em grupos de 3 a 5 pessoas e trabalhavam
em atividades relacionadas à aula expositiva. A aula expositiva incluía componentes que
promoviam a participação ativa e a reflexão por parte dos estudantes. Nas atividades em
grupo, os conceitos foram trabalhados e os alunos praticaram a expressão verbal de idéias
científicas.

Se a maioria dos alunos escolhe o item correto, isso indica uma boa compreensão da
turma. Como os advogados seriam destinados a construir uma história lógica para defender a
tese do grupo, foi lhes solicitado que estudassem um pouco da vida e dos argumentos
construídos para cada testemunha. «Nestes casos a interação entre os estudantes torna-se
importante, pois o professor instrui os alunos a convencerem um colega de que sua resposta é
a correta. FREIRE JUNIOR, MATOS FILHO e VALLE propõem inserção de fatos históricos no
ensino de ciências e mostram um exemplo de utilização da Proposição IV do Livro III, dos
Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, de Isaac Newton, para a construção da idéia de
força gravitacional.

Havia neles uma sedutora descrição de suas experiências, tão apaixonadas que instigavam o
leitor a procurar por maiores informações.»A proposta de ensino elaborada e testada na
disciplina toma episódios da história do pensamento evolutivo como ponto de partida para a
identificação e abordagem, na sala de aula, de problemas de história e filosofia das
ciências, com ênfase sobre a biologia. Nossa meta era demonstrar que é possível dotar as
escolas de uma nova metodologia viável que revitalize o interesse de nossas crianças e
adolescentes pela ciência e suas aplicações práticas e que contribua ao mesmo tempo para o
desenvolvimento de uma atitude pró-ativa.

Olival Freire Junior, Manoel Matos Filho e Adriano Lucciola do Valle são do Instituto de Física
da Universidade Federal da Bahia. Num primeiro estágio os participantes realizam projetos
simples, visando adquirir habilidades manuais e uma base prática de como resolver problemas
específicos utilizando ferramentas de uso doméstico e materiais encontrados em toda
parte. Temos testado nossa metodologia em escolas públicas e privadas, centros de
criatividade e na própria UFMG, abrangendo crianças na faixa de 6 a 12 anos, adolescentes e
adultos, incluindo professores do ensino médio e fundamental, com excelentes resultados. «As
atividades educativas oferecidas nesses espaços induzem diferentes níveis de interatividade
entre os visitantes e os animais.» Também analisam Museus de Ciências como ambientes de
atividades científicas, as pesquisadoras KRAPAS, REBELLO , MARANDINO , BORGES et al.

Com a mesma idéia, LEAL E GOUVÊA «...em uma sondagem feita com 108 professores
participantes de um curso, 18 participantes de um seminário e 12 observações de turmas em
visita a um museu de ciências...» retratam, « as possibilidades que os professores vislumbram
de se trabalhar ciências...» nestes locais. 11 Já DUARTE enumera tanto pontos positivos
quanto dificuldades e problemas com relação a analogias no Ensino de Ciências.

10 Pouco tempo depois, neste contexto, em outro artigo, LABURÚ, ARRUDA e


NARDI, propuseram uma Metodologia de Ensino, no qual métodos variados de ensino
poderiam ser usados em sala de aula tendo em vista os aspectos diferenciados de cada
situação escolar. Para exemplificar, citamos o recente artigo de GOUVEIA e VALADARES que
pretende mostrar como um «ambiente construtivista permite uma melhor aprendizagem de
conceitos relacionados com o tema ácido-base». Trabalhando sob o nome de Perfil
Conceitual, afirma que as concepções alternativas permanecem na estrutura mental das
pessoas, não sendo abandonadas, como sugeriam as estratégias baseadas na Mudança
Conceitual.

A idéia é produzir um Perfil com grande status com relação às ciências e pouco com relação a
todas as outras alternativas.

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