Você está na página 1de 13

O LUGAR

PROJETO DE ARQUITETURA V
PROF. MS. ARQ. JOSÉ WILSON B. SOARES
Percebendo o LUGAR

► As discussões sobre o Lugar no âmbito da arquitetura teve inicio entre os anos 50 e


60 como crítica à cidade moderna, projetada para um homem ideal, destituindo
o espaço urbano tanto da sua escala humana quanto dos seu valores simbólicos.

Croqui do projeto de Lucio Costa para Brasília Maquete do Plan Voisin de Paris - Le Corbusier 1925
Pensadores

Christian Norberg-Schulz Kenneth Frampton Josep Maria Montaner


Christian Norberg-Schulz (1926-2000 )

► O nome do teórico norueguês Christian Norberg-Schulz está intimamente ligado à adoção de uma
fenomenologia da arquitetura. Desde os primeiros estudos realizados na década de 1960 até seu livro,
Architecture: Meaningand Place (1988), Norberg-Schulz vem desenvolvendo uma interpretação
textual e pictórica das ideias de Martin Heidegger (1889-1976), baseando-se sobretudo no ensaio do
filósofo alemão "Construir, habitar, pensar".
► Norberg-Schulz identifica o potencial fenomenológico na arquitetura como a capacidade de dar
significado ao ambiente mediante a criação de lugares específicos.
► O teórico introduz a antiga noção romana do genius hci. isto é, a ideia do espírito de um determinado
lugar (que estabelece um elo com o sagrado), que cria um "outro" ou um oposto com o qual a
humanidade deve defrontar a fim de habitar.
► Ele interpreta o conceito de habitar como estar em paz num lugar protegido. Assim, o cercamento, o
ato de demarcar ou diferenciar um lugar no espaço se converte no ato arquetípico da construção e
a verdadeira origem da arquitetura.
Kenneth Frampton (1930 ~ )

► No ensaio “Os Ismos da Arquitetura Contemporânea” de 1982, Frampton fala sobre o


“regionalismo crítico”, expressão originalmente usada por Alexander Tzonis e Liane Lefaivre, e
aborda o interesse fenomenológico na especificidade do lugar. Neste ensaio, Kenneth
Frampton faz referência à “problemática marxista da manipulação do consumidor”, bem
como à questão da arquitetura feita e entendida como “uma moda efémera (‘formas
individualistas de narcisismo’) ou como cenografia”. No seu entender, esta forma de ver, fazer
e interpretar a arquitetura “nega a expressão e as identidades locais”, ou seja, transforma a
arquitetura em mercadoria para o consumo de massas, em que o lugar é absolutamente
indiferente.
► Em sua palestra, ele categoriza a arquitetura hoje sob cinco ismos: "produtivismo, racionalismo,
estruturalismo, populismo e regionalismo". Ele faz isso, não apenas para colocar um pouco de
ordem na confusão da situação presente, mas como uma maneira de sugerir o que pode ser
o método mais fértil para continuar com a cultura arquitetônica no futuro.
Kenneth Frampton (1930 ~ )

► Ele acha que o produtivismo e o populismo, abundantemente evidentes, e a produção


espontânea de construções de nosso tempo são um tanto incapazes de elaboração
significativa. Mas o racionalismo e o estruturalismo, embora não amplamente realizados, são
capazes de constituir a base de um regionalismo crítico aberto ao desenvolvimento criativo
infinito, como o princípio fundamental da forma arquitetônica.
Josep Maria Montaner (1954 ~ )

► Para Montaner, “espaço” e “lugar” são conceitos distintos, o espaço moderno baseia-se “em
medidas, posições e relações: é quantitativo; desdobra-se mediante geometrias
tridimensionais; é abstrato, lógico, científico e matemático; é uma construção mental”, e ainda
que o espaço fique sempre delimitado (como acontece com o espaço tradicional do
Panteão de Roma ou com o espaço dinâmico do Museu Guggenheim), pela sua própria
essência tende a ser infinito e ilimitado.
► Ao contrário, o lugar é “definido por substantivos, pelas qualidades das coisas e dos elementos,
por valores simbólicos e históricos, é ambiental e está fenomenologicamente relacionado com
o corpo humano” é concreto, empírico, existencial, enquanto o conceito de espaço tem
“uma condição ideal, teórica, genérica e indefinida.”
► Segundo Montaner o lugar está relacionado “com o processo fenomenológico da percepção
e da experiência do mundo por parte do corpo”, o que conduz a ideia básica de que o lugar
é concebido como experiência corporal.
Caracterização Analítico-Racional

► Geográfico: Localização Global por coordenadas, Paralelos (Latitude) e Meridianos (Longitude)


Caracterização Analítico-Racional

► Geológico: Composição, Estrutura,


propriedades físicas.
Caracterização Analítico-Racional

► Topográfico: Relevo.
Caracterização Analítico-Racional

► Orientação Solar.
Caracterização Analítico-Racional

► Vias de Acesso
Caracterização Analítico-Racional

► Envolvente

Você também pode gostar