EM PARCERIA COM:

Guia de Compensação
de Créditos de Energia
Net Metering, modelos de
Geração Distribuída, Leis
no Brasil e muito mais!
1
Sumário
Introdução ............................................................................... 3

Como funciona a Geração Distribuída e quem pode gerar

sua própria energia ................................................................. 6

Net metering: o sistema de compensação de energia ......... 10

Tecnologia para facilitar a gestão dos créditos de energia

no Net Metering ...................................................................... 12
Bônus! O que você precisa ficar atento no cenário de
Geração Distribuída no Brasil ................................................. 14

Procedimento de Distribuição (PRODIST) ........................ 15

Processo de Revisão da REN N°482 ................................. 16

Código Brasileiro de Energia ............................................. 16

Projetos de lei para Geração Distribuída .......................... 17

Introdução
A Micro e Minigeração Distribuída, conhecida Isso é possível desde o ano de 2012, quando
como Geração Distribuída, é a nomenclatura foi instituída pela ANEEL (Agência Nacional de
usada para designar a geração elétrica realizada Energia Elétrica) a Resolução Normativa Nº 482.
junto ou próxima do consumidor com alguns
Nesse processo de regulação de injeção e
limites de potência, tecnologia e fonte de energia.
consumo de energia, criou-se o Sistema de
Nessa compensação de energia, você pode Compensação de Energia Elétrica, também
instalar a sua própria usina geradora em sua conhecido como Net Metering.
unidade consumidora e conectá-la na rede elétrica
Neste material produzido em parceria com a
da concessionária. O quanto você produz e o
Engenheira Joiris Manoela, CEO do Energês,
quanto você consome de energia, é controlado
você vai conhecer conceitos da Geração
por meio de registradores e medidores de acordo
Distribuída, o que significa Net Metering e como
com o sistema de compensação de energia.
é possível fazer a compensação de créditos de
Neste caso, quando um sistema fotovoltaico, por energia desse sistema.
exemplo, produz energia e você não necessita
utilizá-la totalmente, o excedente de energia é
enviado para rede da concessionária. E quando
o sistema não está produzindo, você pode
utilizar a energia elétrica da concessionária para
seu consumo. Ao final de cada mês o saldo é
então compensado.
3
 Somos uma empresa de tecnologia comprometida
com o desenvolvimento do setor elétrico e para isso
disponibilizamos soluções de medição e gestão de
energia em tempo real.
Há mais de 15 anos no mercado atendemos geradoras
de diferentes fontes de energia, distribuidoras,
comercializadoras e grandes consumidores em todo
o Brasil, nossas tecnologias somadas a um time de
especialistas nos torna referência no setor.
Focados no sucesso de nossos clientes temos o
compromisso, através da aplicação da inteligência
de dados, de incrementar a eficiência operacional,
assegurar a adequação regulatória e oferecer a

SOMOS
melhor experiência em todas as interações com o
nosso #timedeelite.
A energia elétrica é invisível e complexa de gerenciar,
existindo ainda muita margem para melhorar a
eficiência das empresas do setor elétrico e dos

A WAY2
grandes consumidores de energia. Nosso trabalho
não é apenas gerenciar a energia, mas transformar a
relação das pessoas e das empresas com a energia.
Saiba mais >>
Somos uma empresa focada em difundir o conheci-
mento na área de energias renováveis, capacitando
os profissionais para elevar o nível de conhecimento
do setor e deixar o mundo cada dia mais sustentá-
vel. Estamos há 2 anos no mercado e prestamos
serviços de Consultoria e Treinamentos voltados para
o ensino na área de energias renováveis.
A marca Energês – Linguagem da Energia, tem como
propósito ser reconhecida como uma empresa que
apresenta soluções práticas e eficazes, através de
conteúdo educativo, com uma linguagem simples.
Assim, disponibilizamos soluções para nossos clien-
tes, através dos Treinamentos: Dimensionamento
Fotovoltaico, Mercado de Energia, Performance
de Sistemas de Geração de Energia, Imersão em
Geração Distribuída e a Comunidade Energês.

Saiba Mais!
5
 A geração distribuída contrapõe o modelo de
geração centralizada, aquela energia prove-
niente de usinas hidrelétricas, por exemplo.
Fazendo com que a Geração Distribuída te-
nha uma série de vantagens para o desenvol-
vimento do país e para todos os consumido-
res.
A vantagem de reduzir os custos de investi-
mentos em transmissão e reduzir as perdas
no sistema elétrico, melhora todo o serviço de
energia elétrica, resultando em energia mais
barata, além da diminuição dos impactos am-
bientais e o aumento da inserção de fontes
de energias renováveis na matriz energética.

Como funciona a
Geração Distribuída O que esperar do futuro
e quem pode gerar sua das energias renováveis?
Assista!
própria energia
6
A partir da Resolução 482 da ANEEL, qualquer
unidade consumidora do mercado cativo (residência,
indústria, comércio) pode gerar sua própria energia
através de fontes renováveis (solar, eólica, biomas-
sa) ou cogeração qualificada. Tudo isso ainda com a
segurança da rede elétrica da distribuidora. Trata-se
dos modelos que conhecemos como Micro e Minige-
ração distribuída de energia elétrica.
Veja como os sistemas são divididos em relação à
potência:
Microgeração – Sistema gerador de energia elétri-
ca, com potência instalada inferior ou igual a 75 kW
(quilowatts).
Minigeração – Sistema gerador de energia elétrica,
com potência instalada superior a 75 kW e menor ou
igual a 5 MW (megawatts).
Essas duas categorias possuem algumas di-
ferenças peculiares, principalmente no quesito
tensão de fornecimento, prazos e de participa-
ção financeira da distribuidora nos custos de
adequação ou melhorias na rede.
O excedente de energia que foi gerado pelo sis-
tema, poderá ser consumido em até 5 anos na
unidade geradora ou em outra unidade consu-
midora cadastrada para receber.
A Resolução 482/2012 possibilita que os inte-
grantes da Geração Distribuída se enquadrem
nas modalidades de acordo com as caraterís-
ticas para a compensação.
7
 Quem pode gerar sua própria energia elétrica?

Exemplificação dos empreendimentos que podem gerar suas própria energia. Fonte: ANEEL

8
 Caso o prossumidor utilize a energia somen-
te na própria unidade geradora, ele se enquadra
como Geração Distribuída junto à Carga, mas há
também outras três modalidades. São elas:
Autoconsumo Remoto: permite que Unidades
Consumidoras pertencentes ao mesmo titular
em CPF ou CNPJ possam abater o exceden-
te de energia gerada em uma única unidade
geradora. O importante nesta modalidade é que
as UCs estejam na mesma área de concessão
da distribuidora de energia.
Empreendimento com Múltiplas Unidades
Consumidoras (EMUC): permite que
condomínios verticais ou horizontais, situados
na mesma área ou em área contígua, tenham
o sistema gerador instalado em área comum,
e as unidades consumidoras do local e da área
comum do condomínio sejam energeticamente
independentes entre si.
99
Geração Compartilhada: permite a reunião
de consumidores de CPF ou CNPJ distintos,
abastecidos pela mesma concessionária,
associados por meio de cooperativa ou consór-
cio, respectivamente, onde a unidade micro ou
minigeradora fica em local diferente das
unidades consumidoras compensatórias.
Esse tipo de modelo de negócio tem se tornado
popular devido as chamadas “fazendas solares”,
onde cada participante do contrato compra ou
aluga um “lote” da usina. Portanto, através da
geração compartilhada diferentes consumidores
se unem para receber o crédito proveniente da
geração de energia elétrica.
É importante lembrar que na Geração Distribuída,
não há possibilidade de comercialização do
montante excedente da energia gerada.
Saiba mais sobre as Modalidades
de Geração Distribuída
Net metering Nesse sistema proposto pela Geração Distri-
buída, os consumidores-geradores, também
chamados de prossumidores, podem se
o sistema de compensação enquadrar em algumas modalidades.

de energia
Nesse processo de regulação de injeção e
consumo de energia, criou-se o sistema de
compensação de energia elétrica, também
conhecido como Net Metering.
A “sobra” de energia que é injetada na rede,
não pode ser revertida em dinheiro, mas fica
como crédito de energia para ser abatido em
meses posteriores ou em outras unidades
consumidoras.
Na Resolução 482/2012 o prazo vigente para
utilização destes créditos era de 36 meses.
Porém, com a Resolução Normativa 687/2015,
o prazo foi ampliado para 60 meses.

1010
Vale lembrar, que a rede da distribuidora está
disponível para todas as UCs, então existem os
custos mínimos para serem arcados. São eles:
As unidades consumidoras conectadas em baixa
tensão (grupo B), ainda que a energia injetada na
rede seja superior ao consumo, deverão pagar um
custo mínimo referente à taxa de disponibilidade
– valor em reais equivalente a 30 kWh (monofási-
co), 50 kWh (bifásico) ou 100 kWh (trifásico).
Consumidores conectados em alta tensão (grupo
A), o custo é em relação à demanda contratada
e ao consumo que não foi suprido pelo sistema
devido à restrição da potência instalada. A parte
da fatura que se refere à energia poderá ser zera-
da se a quantidade de energia injetada na rede for
igual ou maior do que a quantidade consumida.
A parcela da fatura correspondente à demanda
contratada será faturada normalmente.

11

Tecnologia para facilitar a
gestão dos créditos
de energia no Net
Metering
Naquelas modalidades de Geração Distribuída que
se caracterizam pela presença de múltiplas unida-
des consumidoras no sistema de compensação de
créditos, como o auto-consumo remoto, o EMUC
e a geração compartilhada, toda a gestão do ativo
Usina e do seu impacto financeiro nas contas dos
consumidores é bastante complexa.
Por este motivo, este serviço costuma ser realizado
por um segmento de empresas especializadas em
gerir créditos de Geração Distribuída, conhecidos
como mediadores.
Após o cadastro de todas as unidades consumidoras
como beneficiárias do sistema de geração e suas
respectivas cotas do rateio, caberá ao mediador
realizar mensalmente todo o fechamento do balanço
do ciclo. Neste fechamento, são analisadas todas
as faturas das UCs emitidas pelas concessionárias,
verificadas as energias compensadas registradas
em cada uma delas e também calculados os
ganhos associados a cada unidade dentro do
referente mês de leitura.
12
Dependendo do porte da usina e das caracte-
rísticas de consumo das unidades, pode acon-
tecer de apenas uma usina possuir milhares de
unidades consumidoras associadas a ela.
A implicação maior é para o mediador que terá
que buscar analisar minuciosamente milhares -
e até dezenas de milhares - de faturas todo mês,
o que pode tornar o processo absurdamente
oneroso, especialmente diante dos problemas
relatados em relação aos faturamentos
realizados por parte das distribuidoras, como
elevados casos de refaturamento, não existência
de um padrão único de aplicação de impostos,
dificuldade de acesso aos dados, entre outros.
Visando atuar diretamente na solução desse
processo, foi criado o Line, a plataforma de ges-
tão de créditos de GD da Way2.
Ao utilizar o Line, todo o processo de fechamen-
to de balanço é automatizado, desde a captura
e processamento do PDF, tradução dos campos
extraídos e até realização dos cálculos de eco-
nomia, baseados nas diferentes metodologias
aplicadas pela Distribuidora.
Dessa forma, o Line ajuda (e muito) a contornar
os diversos problemas de faturamento citados,
tão recorrentes neste mercado ainda pouco ma-
duro.
Conheça a Way2 para
Gestão de Créditos de GD!
13
Bônus!
O que você precisa
ficar atento no
cenário de Geração
Distribuída no Brasil
14
Procedimento de
Distribuição (PRODIST)
Quando falamos sobre Geração Distribuída,
é importante estar atento ao PRODIST. Os
Procedimentos de Distribuição são documentos
elaborados pela ANEEL que normatizam e
padronizam as atividades técnicas relacionadas
ao funcionamento e desempenho dos sistemas
de distribuição de energia elétrica.
As regras foram elaboradas com o intuito
de padronizar e esclarecer o processo de
conexão junto à distribuidora. Foram instituídos
formulários padrões para as solicitações de
acesso e de vistoria, bem como prazos para
que o consumidor e a concessionária cumpram
durante o trâmite de conexão.

Esse fluxograma ilustra muito bem sobre esses prazos de uma

microgeração sem necessidade de obras na rede elétrica.

1515
Código Brasileiro de Energia
Corre na Câmara de Deputados, a votação para
criação do Código Brasileiro de Energia, cujo prin-
cipal objetivo é organizar as atuais normas para o
setor, obtendo transparência e segurança jurídica
para destravar os investimentos na área e baratear a
conta de energia.
O projeto possui 407 artigos e, deste total, 70%
propõe organizar as leis já existentes retirando
pontos conflitantes e, os outros 30%, serão leis
novas. A principal novidade é a modernização do
setor, buscando que as pessoas migrem para o
Mercado Livre de Energia.
Processo de Revisão
da REN N°482
Hoje a Resolução Normativa N°482 passa por
um processo de revisão na ANEEL. Já são várias
etapas percorridas, porém nada ainda está
definido, principalmente devido à pandemia
do Covid-19, mas é esperado que no primeiro
semestre de 2021 tenhamos as novas regras
de compensação publicadas.
Caso uma Lei seja publicada, antes ou depois
deste processo, a Resolução perderá sua
vigência.

Também consta nesse projeto, a normatização da

minigeração distribuída e a geração e renda através
da comercialização de energia, que visa substituir o
Bolsa.
O Código ainda está em votação e o texto passará
por modificações. A última atualização foi feita no
dia 01 de novembro de 2020 e, desde então, não teve
outra tramitação.
16
Projetos de lei para
Geração Distribuída
Atualmente temos 104 projetos de lei que, de al-
guma forma, englobam o tema Geração Distri-
buída. De todos esses projetos, o PL 5632/2019
que sugere, alterar a Lei nº 11.977, de 7 de ju-
lho de 2009, para obrigar a instalação, no âmbito
do Programa Minha Casa, Minha Vida, sem ônus
para os beneficiários, de equipamentos destina-
dos à geração de energia elétrica própria com
base em fonte solar fotovoltaica, do autor Silas
Câmara, é o projeto que está mais adiantado com
a pauta pronta para aprovação na Comissão de
Minas e Energia (CME).
Os projetos que tratam do Marco Legal da
Geração Distribuída são: PL3417/2020,
PL2.215/2020, PL1.513/2020, PL616/2020,
PL592/2020, PL73/2020, PL16/2020,
PL5992/2019, PL5878/2019, PL3881/2019,
PL2860/2019, PL6878/2019, PL4605/2016,
PL4503/2016, PL393/2012, PL4529/2012,
PL3924/2012.
O cenário, por hora, é de indefinição, por isso
é importante acompanhar de perto os órgãos
responsáveis.
17
Veja também:

Tendências para o setor elétrico Assine nossa news!

Podcast sobre
a tecnologia e o
setor elétrico
Conheça a Comunidade Energês Acompanhe as novidades no
nosso canal do Telegram
Escute agora!
19