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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UnB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS


AUDITORIA 1

PROGRAMAS DE AUDITORIA E PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS PARA


CONTAS DO PASSIVO DE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ALUNOS:

DIOGO DOS SANTOS COELHO – 05/80571


IVAN TELÉSCIO – 05/84568
IZAAC SERRA ANTUNES – 05/84584
NARA CRISTINA – 06/23059

PROFESSOR:
WOLNEY RESENDE DE OLIVEIRA

BRASÍLIA - DF
NOVEMBRO/2007
Introdução

O objetivo desse trabalho é discutir e analisar os padrões relativos ao conteúdo e a


elaboração dos programas de auditoria para as contas do passivo e do patrimônio líquido.
Programas de Auditoria são o resultado dos planos e estratégias de trabalhos adotados
e executados na fase de planejamento, devem ser entendidos como “a forma escrita de uma
serie de procedimentos de verificação a serem aplicados a elementos determinados, com a
finalidade de obter informações adequadas que possibilitem ao auditor formar sua
opinião”(CREPALDI).
Além disso, os programas de auditoria são umas espécies de roteiros gerais, sujeito à
revisão, ao aperfeiçoamento e à adequação a realidade empresarial, de acordo com o mercado,
portanto, podem e devem ser alterados em face de circunstâncias posteriores.

Programas de Auditoria para contas do passivo

O programa de auditoria é o plano de ação voltado para orientar e controlar a execução


dos exames de auditoria. Ao desenvolver o programa de auditoria para contas do passivo, o
auditor deve estabelecer a importância das contas a serem testadas, verificando se todas as
dívidas da empresa foram devidamente registradas na contabilidade.
As obrigações representam fontes de recursos e reivindicações de terceiros contra os
ativos da empresa. Essas obrigações da companhia serão classificadas no passivo circulante,
quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem
vencimentos em prazo superior a seu ciclo operacional, ou após o exercício social seguinte.
As contas que normalmente compreendem as obrigações das empresas são as contas:

Empréstimos a pagar;
Fornecedores de mercadoria ;
Impostos a recolher;
Salários a pagar;
Outras obrigações;
Provisões.

Na análise da exatidão e correta classificação das contas do passivo circulante, o


auditor pode encontrar erros. Os principais erros encontrados decorrem de subavaliação,
superavaliação, valores fictícios, omissões e simulações. Esses erros podem gerar prejuízos
para a empresa como: falências, concordatas, desvios de numerários, entre outros.

Objetivos

Constitui objetivo da verificação do exigível: verificar se existe controle interno


satisfatório sobre o exigível; determinar a razoabilidade e a propriedade do passivo exigível;
certificar-se de que todo o passivo foi registrado, ou seja, de que não há item algum do
passivo sem registro; determinar se os itens do passivo são corretamente apresentados nas
demonstrações financeiras.
A determinação do objeto a ser auditado, auxilia na avaliação tanto da importância de
possíveis objetivos da auditoria quanto da possibilidade de alcançá-los. Os objetivos da
auditoria dos passivos podem ser classificados como:
Determinar se os passivos são pertinentes às atividades da companhia;
Observância dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, em bases uniformes;
Determinar a existência de ativos dados em garantia ou vinculações aos passivos;
Determinar se estão corretamente classificados nas demonstrações financeiras, e se as
divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas.

Revisão do controle interno

Não se consegue obter, ou verificar, uma evidencia concreta das contas do passivo,
uma vez que estas são de natureza intangíveis. Não se tem certeza se o passivo que a empresa
realmente possui é o que está registrado, caracterizando assim uma área de grande risco.
Sendo assim, na revisão do controle interno o auditor deverá verificar a confiabilidade
dos procedimentos adequados para o trabalho e suas respectivas aplicabilidades. São
exemplos de controles internos que a administração devera fornecer, na área de passivos:
Separação de funções entre o setor de contas a pagar e tesouraria;
Separação de funções entre o setor de contas a pagar e o setor de compras;
Sistema de autorização e aprovação para compras e pagamentos;
Balanceamento periódico entre o setor de contas a pagar e a contabilidade;
Utilização de duas pessoas independentes para a assinatura de cheques;
Cancelamento da documentação comprobatória após o pagamento;
Atualização constante dos passivos a pagar sujeitos a variação do poder aquisitivo da
moeda;
Controle de pagamentos para evitar atrasos e conseqüentemente multa ou juros de
mora.

Procedimentos de Auditoria

De acordo com a Resolução do CFC 953/2003 os procedimentos de auditoria são o


conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e
adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e
abrangem testes de observância e testes substantivos.
Os Testes de Observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento e cumprimento.
Já os Testes Substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão
e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade, dividindo-se em:
a) testes de transações e saldos; e
b) procedimentos de revisão analítica.

Aplicação dos procedimentos de Auditoria

A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada, em razão da


complexidade e volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragens,
cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que
dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de
convicção que sejam válidos para o todo.
Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os
seguintes procedimentos técnicos básicos:
a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua
execução;
c) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades
conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade;
d) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios,
registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias; e
e) revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos,
mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à
identificação de situação ou tendências atípicas.

Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a existência,


efetividade e continuidade dos controles internos.
Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes conclusões:
a) existência – se o componente patrimonial existe em certa data;
b) direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data;
c) ocorrência – se a transação de fato ocorreu;
d) abrangência – se todas as transações estão registradas; e
e) mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados, divulgados,
classificados e descritos de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as
Normas Brasileiras de Contabilidade.
Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar:
a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis;
b) a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas auditorias anteriores; e
c) a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade.
Se o auditor, durante a revisão analítica, não obtiver informações objetivas suficientes
para dirimir as questões suscitadas, deve efetuar verificações adicionais, aplicando novos
procedimentos de auditoria, até alcançar conclusões satisfatórias.
Quando o valor envolvido for expressivo em relação à posição patrimonial e financeira
e ao resultado das operações, deve o auditor:
a) confirmar os valores das contas a receber e a pagar, através de comunicação direta
com os terceiros envolvidos; e
b) acompanhar o inventário físico realizado pela entidade, executando os testes de
contagem física e procedimentos complementares aplicáveis.

Auditoria para Fornecedores e Contas a Pagar

O programa de auditoria para fornecedores e contas a pagar visa analisar se as contas a


pagar representam obrigações correntes devidamente autorizadas – verificar se o valor da nota
fiscal confere com o valor do pedido; importâncias incluídas nas contas a pagar estão
adequadamente classificadas, de conformidade com os princípios fundamentais de
contabilidade consistentemente aplicados; contas a pagar incluem todas as obrigações
significativas – verificar se as dividas foram registradas em sua integridade.
Atinge-se esses objetivos por meio de procedimentos como: verificando contas do
razão, e comparando com a data do reconhecimento da obrigação; obtendo confirmação de
saldos por meio de circulação; obtendo notas fiscais, e duplicatas.

Auditoria para Obrigações Sociais e Outras Obrigações

Esse programa tem como objetivo: determinar que o grau de confiabilidade dos
registros e saldos contábeis das obrigações sociais e fiscais é adequado – se as alíquotas e
bases de cálculo estão de acordo com a legislação vigente; determinar que as obrigações
abrangem custos e despesas relativas ao período – verificar se a despesa de IR foi
contabilizada no exercício social em que a empresa gerou lucro; e determinar que todas as
contingências e despesas futuras estimadas foram provisionadas, classificadas e descritas de
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, consistentemente aplicados – se esta
de acordo com a legislação vigente, verificando se as provisões foram debitadas quando da
liquidação da divida e, por conseguinte, se deve fechá-las.
Pode-se observar procedimentos como: preparar um papel de trabalho com o saldo do
imposto de renda no inicio do período e no fim e comparar o saldo com os papéis de trabalho
do ano anterior; carta aos advogados, na qual estes informam a eventual existência de ausot de
cuja defesa estejam incumbindo; carta de responsabilidade, dirigida pela administração da
empresa ao auditor ; e no caso das provisões, deve-se conferir o cálculo para constituir cada
provisão, e inspecionar a documentação com os pagamentos efetuados.

Auditoria para Empréstimos e Financiamentos

Os programas de auditoria para empréstimos e financiamentos circulantes e de longo


prazo tem como objetivo determinar que: as obrigações foram devidamente autorizadas e
apropriadamente classificadas e descritas nas demonstrações financeiras - todas as
importâncias devidas devem estar incluídas nas contas; passivos são registrados corretamente
e devidamente divulgados; os respectivos encargos são contabilizados de acordo com os
princípios fundamentais de contabilidade; a contabilização dos encargos é consistentemente
efetuada – registradas nas datas certas; as demonstrações financeiras incluem informações
adequadas sobre cláusulas restritivas, em encargos, ativos caucionados etc.
Os procedimentos de auditoria pra essas contas é fazer uma listagem analítica das
contas e em seguida fazer uma circularização. A circularização é o meio mais indicado para
detectar a omissão de passivos. No entanto, o auditor não deve se limitar a pedir confirmação
apenas aos credores em aberto, mas deve incluir , também, aqueles que tenham efetuado
transações durante o exercício, mas que não figurem na listagem. Para o setor de
financiamentos a circularização integral é imprescindível, devendo incluir todos os
pormenores ligados à operação: taxa de juros, vencimentos, pagamentos parciais, repasses de
outro credores e outros detalhes que possam ocorrer.

Programas de Auditoria para contas do PL

Introdução

Para se fazer à elaboração e aplicação dos programas de auditoria para as contas do


Patrimônio Líquido, o auditor deve checar as transações que ocorreram durante o período
auditado, observando se foram atendidas as disposições societárias e estatutárias. No caso das
Cias. abertas, a auditoria das contas do PL(Patrimônio líquido) é a mais importante, pois, esta,
representa a parcela dos ativos financiados pelos acionista e por isso envolve muitos aspectos
de grande valia para os investidores, como distribuição de dividendos.
Considerando os objetivos e os procedimentos de auditoria para as contas do PL, a
elaboração deste programa se fundamenta essencialmente, na observância dos formalismos
legais e estatutários, obedecendo tanto as disposições societárias e estatutárias como aos
Princípios contábeis geralmente aceitos às transações que ocorreram durante o período
auditado, nos seguintes grupos de contas do PL (Fundamentalmente):

-Capital social
-Reservas de capital
-Reservas de reavaliação
-Reservas de Lucros
-Lucros ou prejuízos acumulados
Objetivo

Os objetivos da auditoria das contas de PL consistem nas seguintes finalidades:


-Determinar a quantidade de ações ou títulos de propriedade do capital, bem, como se
tais foram adequadamente autorizados ou emitidos;
-Determinar se foram utilizados os princípios fundamentais de contabilidade em bases
uniformes;
-Determinar se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as obrigações sociais e
legais foram cumpridas,tal como for entendida pelo auditor;
-Determinar a existência de restrições de uso das contas patrimoniais;
-Determinar se o PL está corretamente está corretamente classificado nas
demonstrações financeiras, se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas;
-Estabelecer se o tratamento das contas do PL nos casos de reorganização tem sido
adequado;
-Verificar a disponibilidade o PL quanto a sua distribuição aos acionistas, quotistas ou
proprietários;
-Verificar a segurança dos comprovantes de requisição de propriedade dos títulos
emitidos,entre outras.

Revisão do controle Interno

O coração da seguridade dos procedimentos realizados em quaisquer programas de


auditoria, está, na revisão do controle interno que tem a finalidade de determinar ao auditor
qual a confiabilidade depositada no controle, ou seja, a confiabilidade dos sistemas de
informações contábeis e organizações gerenciais da entidade.
Na revisão, deve ser verificado se há controle interno organizado para esta área e se o
mesmo é razoável e adequado. Este abrange, a regularidade e tempestividade das publicações
obrigatórias, o arquivamento no registro de comércio, a regularidade da escrituração dos
livros societários, a emissão dos títulos representativos das ações, a guarda dos títulos não
preenchidos, o controle e guarda de ações em tesouraria, a organização do arquivo das
publicações efetuadas e outras correlatas.(Hilário Franco, Ernesto Marra, pág. 398).
Alguns exemplos de controle interno, usualmente utilizados pelas companhias são:
-Segregação de funções entre a guarda física das cautelas (Certificados ou títulos
provisórios que representam ações ou debêntures) e pessoas autorizadas a assinar;
-Decisões importantes aprovadas pelas assembléias ou atas de reuniões da diretoria;
-Assinatura de cheques para pagamentos de dividendos por duas pessoas
independentes;
-Sistema de autorização e aprovação para desdobramento de cautelas;
-Segregação de funções entre o departamento de ações e a contabilidade.
O seu objetivo é permitir verificar se todas as demonstrações contábeis da empresa são
devidamente autorizadas. Os certificados de ações não emitidos, o livro de certificado de
ações e o razão dos acionistas quando bem controlados permitem identificar transações
fraudulentas das ações.

Procedimentos de Auditoria

Os procedimentos de auditoria a serem utilizados dependem da avaliação do controle


interno e da materialidade envolvida.
Caso seja a primeira auditoria realizada, o auditor deverá organizar sua pasta
permanente com todos os elementos necessários para demonstrar a evolução do capital.
Juntará o estatuto social e suas alterações e verificará a regularidade de arquivamento no
registro de comércio e conseqüentes publicações. (Hilário Franco, Ernesto Marra, pág 398).

Documentação

Inclui, mas não limita-se a:


Descrição dos procedimentos adotados;
Memorando sobre as conclusões;
Observação com respeito ao cumprimento da escritura de constituição, de estatutos, de
atas de assembléias, de planos de alterações do capital, de contratos sociais, de leis e
regulamentos fiscais e comerciais, de leis regionais e de outros requisitos legais; e
Cálculos de restrições sobre distribuições do PL, impostas por regulamentos, contratos
de empréstimos sociais ou outros instrumentos e regulamentos.

Orientação

O exame de auditoria efetuado na área do patrimônio líquido tem por finalidade atingir
os objetivos previamente determinados. Dessa forma, o programa de auditoria deve ser
elaborado com o intuito de evitar trabalhos desnecessários ou que não atendam aos objetivos
definidos. Uma vez definido o programa de auditoria, durante a execução do trabalho, o
auditor deve estar alerta para evitar possíveis trabalhos desnecessários ou deixar de realizar
trabalhos não programados, porém importantes. Caso isto venha ocorrer, o programa original
deverá ser modificado com a introdução de eventuais itens não programados. A seleção e a
data de aplicação dos procedimentos de auditoria devem ser definidas visando à efetividade
do controle interno e a materialidade envolvida. Quando o controle interno tiver sido julgado
como adequado, os exames de auditoria podem ser realizados em data intermediária à do
encerramento, bastando que o auditor execute procedimentos alternativos entre a data
auditada e a data de encerramento, para atestar a fidelidade deste último. Em caso contrário, a
preferência deve recair na data de encerramento.
Os exames de auditoria voltados à área do patrimônio líquido, particularmente às
sociedades anônimas, e, em menor extensão, às outras sociedades regidas por contratos
sociais, levam o auditor a entrar em contato com normas ou regulamentos oficiais e estatutos
societário. Nem sempre o auditor dispõe de experiência suficiente para o completo
entendimento das implicações legais e fiscais impostas por estas normas, regulamentos e
estatutos. Em quaisquer casos de dúvidas ou interpretações, o auditor deve recorrer a fontes
externas, tais como advogados, para melhor consubstanciar sua opinião ou reformular
conceitos.
Ao examinar as demonstrações financeiras de uma companhia, o auditor deve adquirir
conhecimentos antecipados sobre contratos ou estatutos sociais, de forma que lhe sejam úteis
quanto a possíveis bases de participação nos lucros, serviços e atividades desenvolvidas pela
companhia, nível de participação acionária, entre outros. ‘(William Attie)’.

Reservas de capital

As reservas de capital são aquelas constituídas de valores recebidos pela companhia e que não
transitaram pelo resultado como receita ou excepcionalmente, a correção monetária do capital
realizado que deve ser contabilizado obrigatoriamente nesta conta até a sua incorporação ao
capital. A título de exemplo, as reservas de capital podem conter:

• atualização monetária de capital realizado;


• ágio na emissão de ações;
• alienação de partes beneficiárias;
• alienação de bônus de subscrição;
• prêmio na emissão de debêntures;
• doação e subvenções para investimento;
• reservas para aumento de capital.

Ações de Capital

O interesse Primordial volta-se para o número de ações registradas em circulação e sua


avaliação.As grandes empresas que são representadas pelas S.A por exemplo m banco.
As empresas menores e de propriedade de um pequeno número de pessoas, muitas
vezes, se encarregam elas próprias dos registros de suas ações. Nesses casos, o auditor deve
conseguir certifica-se de sua validade. Comumente, eles consistem em um livro de registro de
ações e do razão dos acionistas. O primeiro contém as informações a respeito de todos os
certificados não emitidos individualmente, em um canhoto semelhante ao do talão de cheques,
e também a respeito de todos os certificados não emitidos. O razão traz informações sobre os
detentores das coes, individualmente. Esses registros funcionam em conjunto para registrar
todas as transações de capital da empresa.
-Soma do n° de ações registradas e conferencia dos totais com o razão geral.
-Teste d informação detalhada dos dois registros, para ver se confirmam;
-Exame de certificados cancelados, para verificar se realmente se fez o cancelamento;
-Exame de certificados não emitidos, para assegurar que não houve emissão sem
autorização.

Dividendos

Examinando os dividendos, o auditor pode certifica-se da correção das contas de


capital. Todas as declarações devem ser conferidas com as atas de Assembléia de Acionistas.
Os pagamentos podem ser verificados aritmeticamente, multiplicando-se o montante por ação
pelo numero de ações registradas em circulação, podendo o auditor conseguir uma lista de
pagamentos de dividendos aos acionistas, individualmente, como de cheques pagos. Esses
pagamentos podem ser confrontados com os dados do razão, na base de teste, para se
assegurado pagamento na proporção correta do número de ações que cada acionista,
reconhecidamente, possui.
A autorização para dividendos em ações consta também das atas de Assembléias de
Acionistas. O montante capitalizado pode ser pelo valor de mercado ou nominal, dependendo
do montante capitalizado é adequado, segundo os princípios fundamentais de contabilidade e,
também, se o montante apropriado ao capital e à conta de capital a integralizar é correto.

Lucros ou Prejuízos Acumulados

Dois aspectos importantes devem ser considerados em relação aos lucros acumulados.
Os ajustes de exercícios anteriores e dividendos.
Ajustes de exercícios anteriores:
A Lei das Sociedades por Ações,diz que o lucro liquido do ano não deve ser
influenciado por efeitos não pertencentes ao exercício. Define os ajustes de anos
anteriores,sendo aqueles decorrentes de mudança de critério contábil ou retificação de erros
do passado,que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes.
Dividendos:
A Lei define que os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório em
cada exercício à parcela de lucros estabelecida no estatuto, ou sendo este omisso, a metade do
lucro liquido ajustado assim:
Lucro líquido do exercício
( - ) Reserva legal
(+/-) Reserva de contingência
(=) Lucro ajustado para distribuição de dividendos.

Apresentação das contas de Patrimônio Líquido Nas demonstrações financeiras

O auditor deve certifica-se de que a seção de Patrimônio Líquido do balanço é


apresentada corretamente e se faz acompanhar de divulgação apropriada. Certas regras
básicas de divulgação a serem seguidas são:
1- Devem-se separar os valores realizados e os a integralizar;
2- O capital deve ser apresentado por um valor adequado a sua natureza;
3- em geral, deve-se divulgar a fonte dos diversos componentes do capital
integralizado;
4- as apropriações dos lucros acumulados devem ser identificadas e devem ter
fundamentação lógica e razoável;
5- as restrições aplicáveis ao pagamentos de dividendos ou lucros acumulados devem
ser divulgadas.
Cabe ao auditor certifica-se da propriedade dos valores e divulgações referentes a
itens, tais como ações readquiridas pelo próprio emitente, ações autorizadas, emitidas, em
circulação, dividendos preferenciais em atraso e outros assuntos.

Conclusão

Os procedimentos de auditoria em relação às contas do Passivo exigível e do


Patrimônio Líquido é de grande importância para a entidade, no exigível o auditor deve
verificar se as obrigações são realmente devidas e se estão sendo liquidadas conforme a
política financeira da empresa. Em relação ao PL, o auditor deve está atento aos formalismos
legais e estatutários onde os investidores procuram um respaldo quando vão escolher uma
empresa para investir.
Nosso objetivo foi identificar às principais práticas utilizadas na realização de
auditoria do passivo e PL.Observando que as técnicas e metodologias abordadas para
execução da auditoria muitas vezes uniformes e parecidas, depende muito do cuidado do
auditor em observar todos os detalhes possíveis no seu trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATTIE, Willian.Auditoria: Conceitos e aplicações. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1998


FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 1 ed. São Paulo:
Atlas,1989
FLORENTINO, Américo Matheus. Auditoria Contábil. 3 ed. Rio de Janeiro:
Editora da Fundação Getulio Vargas, 1979.
CREPALDI, SILVIO APARECIDO. Auditoria Contábil Teoria e Prática 2° edição Editora
Atlas

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