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O TERRAMOTO DE 1755 E A «LISBOA NOVA»

No dia 1 de novembro de 1755, dia de Todos os Santos, as igrejas, em Lisboa,


encontravam-se repletas de fiéis que assistiam à missa. Pouco antes das dez horas, Lisboa foi
sacudida por um violento tremor de terra. Abrem-se fendas no solo, caem casas que matam ou
ferem os que não podem fugir. Nas igrejas, apinhadas de gente, quase todos encontram a morte.
5 As águas do Tejo invadem a parte baixa da cidade, causando pânico e morte. Os incêndios
alastram por toda a cidade durante quatro dias.
Calcula-se que tenham morrido mais de 20 000 pessoas. Mas o número de feridos foi
superior. Os prejuízos materiais são calculados em muitas centenas de milhões de cruzados.
Aproveitando a confusão, bandos de salteadores roubavam tudo o que podiam.
10 O marquês de Pombal tomou medidas urgentes: mandou cuidar dos vivos e enterrar os
mortos, procurou abrigo para os desalojados, organizou a segurança pública e castigou os
salteadores.
Em seguida, mandou reconstruir a «Lisboa Nova» sob a orientação dos arquitetos Eugénio
dos Santos, Manuel da Maia e Carlos Mardel.
15 A Baixa Pombalina ficou ampla, arejada, grandiosa, com esgotos e ruas retilíneas.
As ruas tomaram os nomes de acordo com o comércio por elas distribuído: Rua do Ouro, Rua
da Prata; Rua dos Sapateiros...
A Praça do Comércio corresponde ao antigo Terreiro do Paço e tem ao centro a estátua
equestre de D. José I, da autoria de Machado de Castro.
20 O marquês de Pombal chamou-lhe Praça do Comércio como homenagem aos homens do
comércio que, com o seu dinheiro, ajudaram a erguer a «Lisboa pombalina».
In «História Elementar e Cronológica de Portugal, C. Figueiredo Lopes, Porto Editora, 2001

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