Você está na página 1de 5

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBÁ

FUPAC / UBÁ

FLAVIANE HELENA GUEDES LEITE

JEAN RODRIGUES DA VEIGA

RAISSA GOMES DE ANDRADE

RICARDO COELHO MOREIRA

SABRINE DE CÁSSIA BATISTA SILVA

UBÁ

2018
FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBÁ
FARMÁCIA

FLAVIANE HELENA GUEDES LEITE

JEAN RODRIGUES DA VEIGA

RAISSA GOMES DE ANDRADE

RICARDO COELHO MOREIRA

SABRINE DE CÁSSIA BATISTA SILVA

Trabalho apresentado como requisito parcial para


aprovação em Filosofia/Sociologia, do curso de
Farmácia, sob supervisão do professor Gilson Soares
Toledo.

UBÁ

2018
Resenha

Obra original:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando Introdução à
Filosofia. Cap.34, vol. Único ed. Moderna. São Paulo.
O capitulo 34, do livro “Filosofando Introdução à Filosofia”, escrito por Maria Lúcia
de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, fala sobre a cultura e arte. Inicialmente é
apresentada uma imagem grafitada por Jana Joana e Vitché em um muro da cidade de São
Paulo. Nessa imagem aparece uma mulher nua, com o corpo pintado, segurando um arco entre
as mãos e ajoelhada sobre um cavalo aparentemente em movimento. O equilíbrio sobre o
dorso do animal, a feminilidade e a sensualidade são características marcantes desse desenho.
O grafismo presente no tecido que recobre o cavalo e no cabelo da mulher traz lembrança da
cultura indígena. Assim como a presença do arco, a postura da mulher e o movimento veloz
do cavalo remetem às guerreiras, às míticas amazonas. Toda essa mistura de cultura e arte
apresentada nessa imagem serviu como uma breve introdução desse capítulo, para discussão
da relação entre elas e suas diferenças.
Segundo o texto o termo “cultura” tem vários significados, embora todos sejam bem
parecidos. Por exemplo, no sentido antropológico refere-se a tudo o que o ser humano faz,
pensa, imagina e inventa, porque ele é um ser cultural. No sentido etimológico, a cultura age
unindo certo grupo de pessoas que adotam os mesmos usos, valores e costumes, permitindo
com que essas pessoas dividam do mesmo vocabulário, sotaque, modos de vida e valores. No
sentido patrimonial, “cultura” envolve cidades, locais, ou até mesmo práticas, representações,
expressões, conhecimentos e técnicas, desde que todas elas tenham relação com a história
(memória) ou ações de grupos do passado. Já do ponto de vista artístico, bem resumidamente,
cultura diz respeito à produção ligada às diferentes práticas artísticas, ou seja, manifestações
que façam uso das linguagens artísticas, sejam elas populares ou eruditas.
Apesar de a arte ser um tipo de cultura, o texto apresenta várias diferenças entre elas.
Como foi visto, compreende-se “cultura” a expressão coletiva do homem no contexto social
onde atua e estabelece suas relações, sendo ela o resultado de como o ser humano se
comunica, interpreta e reflete sua vivência em um determinado contexto, seja pela música,
dança linguagem, moda, artes, alimentação, comportamentos, consumo, lazer e tradições. Ou
seja, é um conjunto de todo ser e fazer humano os quais o sujeito precisa aprender para viver
em sociedade, se tornando uma necessidade em um determinado período. A cultura está presa
à tradição, à repetição. Já a arte não, apesar de ser uma pequena parte da cultura, ela é
privilegiada por ser livre das obrigações, dos deveres a serem cumpridos, é uma criação
individual e dirigida para o indivíduo. Ninguém é obrigado a produzir ou desfrutar a arte,
sendo ela um privilégio para quem faz e aprecia. É uma invenção de algo que não existia
antes, não está presa à tradição e não pode se repetir. Ela aponta para as possibilidades do
mundo, tira-nos dos hábitos, rompe os costumes, propõe outros valores. Permite-nos ver o
mundo e a nós mesmos com outros olhos, ampliando aquilo que somos. A arte é libertadora,
nos permite ser quem quisermos e viver da forma que achamos melhor, sem ficarmos presos a
padrões culturais.

Relação música “Comida – Titãs” com o texto “Cultura e Arte”


Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?

A gente não quer só comida


A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte

A gente não quer só comida


A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer

Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?

A gente não quer só comer


A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade

A música “Comida” foi composta por Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio
Britto em 1987 e faz parte do álbum Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas da banda
Titãs. A canção de uma maneira geral expressa o fato do ser humano não ter somente
necessidades fisiológicas, mas também necessitar do que supre suas necessidades
psicológicas.
Nos versos “Bebida é água! Comida é pasto! ”, existe uma clara ideia de que quem
precisa somente de comida e bebida são os animais que pastam e não os seres humanos que
tem sede e anseios de outras coisas que são essenciais para ele. Para o eu lírico, o homem
necessita de cultura, diversão, arte e liberdade para tomar suas decisões e seguir a vida como
quiser, além de comida que também não é dispensável.
A estrofe, “A gente não quer só dinheiro, a gente quer dinheiro e felicidade. A gente
não quer só dinheiro, a gente quer inteiro e não pela metade. ”, resume de maneira suscita o
que a música quer demonstrar. O homem não se satisfaz apenas com os bens materiais que
suprem seus anseios fisiológicos e o permite sobreviver dentro da sociedade, mas também
precisa de bens que supram suas necessidades psicológicas para que ele se sinta “inteiro”, ou
seja, necessita de “inteiro”.
A relação da música com o texto “Cultura e Arte” fica nítida principalmente quando as
autoras definem o sentido de cultura e expressam que o homem necessita de cultura para se
sentir parte da sociedade, ou seja, ele necessita além de comer e além de dinheiro para
sobreviver, de cultura e arte. Com cultura, diversão e arte ele se sente “inteiro” e
consequentemente parte da sociedade.
Para as autoras do texto e para o eu lírico da canção, o homem se sente inteiro e
membro da sociedade quando as suas urgências são supridas, quando os seus lados
psicológicos e fisiológicos são preenchidos de maneira satisfatória com o que deseja e anseia,
quando é oferecido a ele comida, arte, diversão e cultura.

Você também pode gostar