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PROJETO DE VIABILDADE - BAUXITA

1. ESTUDO DE MERCADO

A bauxita é a principal fonte mundial de alumina, sendo constituída por óxidos de


alumínio hidratados de composições indefinidas. Algumas bauxitas têm composição que se
aproxima à da gibbsita, no entanto, em sua maioria, formam uma mistura contendo
impurezas como: sílica, óxido de ferro, titânio e outros elementos. Os principais
constituintes dessa rocha são: a gibbsita, a boehmita e o diásporo.

É o minério a partir do qual se obtém o alumínio, o terceiro elemento em maior


abundância na crosta terrestre, depois do oxigênio e silício. Para que a produção de
alumínio seja economicamente viável, a bauxita deve apresentar no mínimo 30% de óxido
de alumínio (Al2O3) aproveitável. A bauxita é uma rocha de coloração avermelhada e é
encontrada, principalmente, em regiões tropicais e subtropicais do planeta, por ação do
intemperismo sobre aluminosilicatos.

Estima-se que as reservas mundiais conhecidas de bauxita agregam em torno de 70


bilhões de toneladas e com base nas atuais taxas de consumo e níveis de aproveitamento, a
estimativa é que a reserva seja suficiente para atender à demanda dos mercados globais
pelos próximos 250 a 300 anos. As reservas brasileiras de bauxita, além da ótima qualidade
(mais de 40% de Al2O3) também estão entre as maiores do mundo.

Segundo o Sumário Mineral – edição 2015, a bauxita ocupa a terceira posição de


recursos naturais em volume produzido no Brasil, com cerca de 37 milhões de toneladas
anuais, atrás dos agregados para construção civil (areia, brita, cascalho e cimento), com
cerca de 772 milhões, e do minério de ferro, com 411 milhões de toneladas anuais. O
Brasil ocupa o terceiro lugar no diz respeito à produção mundial de bauxita, atrás de países
como Austrália (81 Mt/ano)e a China (65 Mt/ano).

As tabelas a seguir expressam a produção de bauxita no Brasil, Assim como porte


das empresas produtoras, principais empresas e produção por estado.
Tabela 1. Produção Bruta por estado – 2015.

Fonte: DNPM: Anuário Mineral Brasileiro 2016.

Tabela 2. Produção Beneficiada – 2016.

Fonte: DNPM: Anuário Mineral Brasileiro 2016.

Tabela 3. Produção Comercializada – 2016.

Fonte: DNPM: Anuário Mineral Brasileiro 2016.


Tabela 4. Porte e modalidade de lavra das minas do Brasil.

Fonte: DNPM: Anuário Mineral Brasileiro 2016.

Tabela 5. Principais empresas produtoras de bauxita no Brasil.

(1)
Participação percentual da empresa no valor total da comercialização da produção mineral da
substância.

Fonte: DNPM: Anuário Mineral Brasileiro 2016.

Podemos observar que das seis principais empresas produtoras, três estão
localizadas no estado do Pará, o que justifica o estado como sendo o maior produtor
de bauxita do país com uma produção comercializada de 33.372.721 toneladas. No
que se refere ao porte das empresas e modalidade de lavra das minas, notamos que
a grande maioria são de pequeno porte, 12 no total, sendo 7 de médio porte e 4 de
grande porte, todas operando no método de lavra a céu aberto.
O alumínio foi a segunda substância mais exportada no ano de 2015, como
valor de US$ 3.640.002.321, atrás do ferro, que exportou US$ 14.076.103.623, e
seguido pelo cobre, com US$ 3.036.881.145. A tabela 6 apresenta o valor das
exportações para as principais substâncias metálicas no ano de 2105.

No que se refere à importação o alumínio é a segunda substância mais


importada no ano de 2015, com um valor de importação de US$ 878.459.851, atrás
do cobre, US$ 2.646.000.102, e seguida por manganês, US$ 183.681.260. A tabela
7 apresenta os valores de importação para as principais substâncias metálicas no
ano de 2015.

Na tabela 8, podemos observar que o alumínio é responsável por 7,78% da


arrecadação total da compensação financeira pela exploração mineral – CEFM, se
caracterizando como a terceira substância com maior valor de deposito no ano de
2015, com um valor de R$ 89.401.138.

Tabela 6. Valor das exportações (1) para as principais substâncias metálicas no


ano de 2015.

Fonte: DNPM: Anuário Mineral Brasileiro 2016.


(1)
Tabela 7. Valor das importações para as principais substâncias
metálicas no ano de 2015.

Fonte: DNPM: Anuário Mineral Brasileiro 2016.

Tabela 8. Compensação financeira pela exploração mineral – 2015.

Fonte: DNPM: Anuário Mineral Brasileiro 2016.

Outro fator muito importante para a análise de viabilidade de um empreendimento mineiro


é a projeção futura dos preços das substâncias. Como sabemos a mineração tem seus ciclos
e os preços dos minerais passam por altos e baixos, devido a questões politicas e
econômicas, e por isso a importância de uma analise minuciosa das projeções futuras. A
figura 1 mostra uma projeção para o preço de diversas substâncias minerais até o ano de
2020
Figura 1. Localização do município de Garrafão do Norte.

Fonte: FMI

2. ESTUDO DE CASO

2.1 LOCAÇÃO DA ÁREA

Para inicio de projeto foi selecionada uma área junto ao DNPM, para que fossem
feitos estudos preliminares baseados em estudos bibliográficos já realizados na região. A
área solicitada está localizada no município de Paragominas, no Pará, e consta no sistema
do DNPM com numero de processo 850.401/2017 e área de 8802,54 hectares
(88,0254km2).
O município de Garrafão do Norte localiza-se na Mesorregião Nordeste Paraense,
Microrregião Guamá, a uma latitude  01º56'03"Sul e a uma longitude 47º03'09" Oeste,
estando a uma altitude de 56 metros. Sua população estimada é de 23.345 habitantes,
segundo senso do IBGE no ano de 2016, e possui uma área de 1 604,355 km². Tem como
Municípios limítrofes as cidades de Capitão Poço, Nova Esperança do Piriá. Garrafão do
Norte fica a uma distância de aproximadamente 240 km da capital Belém – PA.

Figura 1. Localização do município de Garrafão do Norte.

Fonte: Google Maps, 2017.

Figura 3: Poligonal da área solicitada.


Fonte: Processos DNPM, 2017.

Figura 4: Coordenadas da área solicitada.

Fonte: Processos DNPM, 2017.

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