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Artesanais
Introdução
• Incenso (do latim: Incendere, "queimar") é
composto por materiais aromáticos
chamados bióticos (originado por seres
vivos - no caso, plantas) que liberam
fumaça perfumada quando queimados.
• O "incenso" refere-se à substância em si,
mais do que o cheiro que ela produz. Ele
é usado em cerimônias religiosas, rituais
de purificação, aromaterapias, meditação,
para a criação de um estado de espírito, e
para mascarar algum mau odor.
História dos incensos
• Era uso antigo espalhar resina e ervas
aromáticas sobre carvões acesos para
purificar o ar e afastar o perigo de
infecções.
• Num primeiro momento, a fumaça tinha
um valor catártico (de purificação, de
relaxamento) e também apotropaico (o de
afastar ou destruir as influências maléficas
provenientes de pessoas, coisas,
animais, acontecimentos).
• O uso desta resina perfumada não era
exclusivo do culto religioso. O incenso não
era queimado somente nos templos, mas
também nas casas; as incensações
exalavam perfume e, ao mesmo tempo,
tinham um fim higiênico.
• O incenso foi sempre considerado como
algo muito precioso. Era utilizado em
todas as cerimônias e funções
propiciatórias, porém, era sobretudo
queimado diante de imagens divinas.
• Também nos ritos religiosos de muitos
povos e, ao se sublimarem as concepções
religiosas, as espirais de incenso, em
quase todos os cultos, converteram-se em
símbolo da oração do homem que sobe
até Deus.
• No culto aos mortos, a fumaça que subia
para o alto, era considerada como uma
forma de atingir o além e, ao mesmo
tempo servia para afastar o odor
proveniente da decomposição, uma
necessidade premente nos países de
clima mais quente.
• O incenso era também utilizado como
expressão de honra para os imperadores,
o rei e as pessoas notáveis.
• Conta-se na Bíblia que a Rainha de Sabá
chegou a visitar Jerusalém e o Rei
Salomão, levando-lhe, entre outros
presentes, uma quantidade extraordinária
do mais precioso incenso que, naquela
época, era vendido num centro de
comércio muito importante.
• De fato, ao longo da história do incenso
prosperam povos e reinos míticos, como
se lê na Bíblia, no Alcorão e no Livro
etíope dos reis.
• O incenso fazia parte da composição
aromática sagrada destinada unicamente
a Deus (Ex 30,34) e se transformou em
símbolo de adoração.
• Em linhas gerais é símbolo de culto
prestado a Deus e de adoração.
• Com a oferta do incenso os magos do
Oriente adoraram o menino Jesus como o
recém-nascido Salvador do Mundo (Mt.
2,11).
• No último livro do Antigo Testamento, o
Apocalipse, João vê vinte e quatro
anciãos que estavam diante do Cordeiro
de Deus, com arpas e taças de ouro
cheias de incenso: São as orações dos
santos (Ap 8,3-4).
Os Cristãos e o Incenso
• Os cristãos não utilizaram o incenso na
liturgia desde o início porque queriam se
distinguir, o mais claramente possível, do
paganismo. Extinto o paganismo, o rito do
incenso encontrou logo seu lugar na
liturgia cristã.
• A partir do Século IV, a tradição cristã
adotou o incenso em seus rituais de
consagração e ainda hoje o queima para
honrar o altar, as relíquias, os objetos
sagrados, os sacerdotes e os próprios
fiéis, e para propiciar a subida ao céu das
almas dos falecidos no momento das
Exéquias.
• Primeiramente foram colocados turíbulos
na igreja do Santo Sepulcro, em
Jerusalém, e em seguida também nas
grandes basílicas do Ocidente, junto aos
altares e diante dos túmulos dos mártires.
• Graças à benção propiciada pelo incenso
antes de seu uso, ele chega a ser um
sacramental (sinal sagrado, que possui
certa semelhança com os sacramentos e
do qual se obtém efeitos espirituais).
• Desde o século IX, instaurou-se o uso do
incenso no início da Missa e desde o
século XI o altar se transformou no centro
da incensação
• O turíbulo era também levado na
procissão junto com o evangeliário. Em
seguida, a incensação estendeu-se às
oferendas do pão e do vinho, que são
incensadas três vezes em forma de cruz,
da mesma maneira como se procede com
o altar e a comunidade litúrgica.
• Desta forma, nasceu a tríplice incensação
durante a Missa, praticada também hoje
de maneira regular no Oriente e, entre
nós, somente nas festas solenes.
• O incenso deve envolver toda uma
atmosfera sagrada de oração que, como
uma nuvem perfumada, sobe até Deus. O
agitar do turíbulo em forma de cruz
recorda principalmente a morte de Cristo e
seu movimento em forma de círculo revela
a intenção de envolver os dons sagrados
e de consagra-los a Deus.
• O incenso é muito utilizado na liturgia
fúnebre. Os falecidos permanecem como
membros da Igreja, já santificados pelos
sacramentos. Portanto, seu corpo morto é
honrado com o incenso, como as santas
mulheres, na manhã de Páscoa, queriam
honrar o corpo de Jesus, ungindo-o com
óleos preciosos.
• Na reforma litúrgica, depois do Concílio,
em muitos lugares renunciou-se ao
símbolo tradicional do incenso, da mesma
forma como ocorreu com outros símbolos
mais antigos.
• Na consagração solene de um altar,
depois da unção da mesa, queima-se
incenso e outros aromas sobre os cinco
pontos do altar.
• O bispo interpreta esse gesto com as
palavras: “Suba até vós, Senhor, o
incenso de nossa oração; e como o
perfume se espalha por este templo,
assim possa tua Igreja expandir para o
mundo o suave perfume de Cristo.
O incenso e os diversos
Povos
• No templo, juntos aos ídolos, os romanos,
bem como os gregos, tinham um altar
para o incenso (foculus), em sinal de
homenagem e adoração. No culto ao
imperador, a incensação possuía valor de
reconhecimento da religião e do estado do
imperador enquanto deus.
• Entre os etruscos, o sumo sacerdote, o
único que podia conhecer os sinais dos
acontecimentos, anunciava com um
toque de trombeta o final de um período e
pronunciava o novo tempo queimando o
incenso sagrado em braseiros
preciosamente decorados.
• Na Grécia se incensava a vítima do
sacrifício para torna-la mais aceitável à
divindade.
• O incenso era deixado a arder
perenemente em braseiros como oferenda
aos deuses, protetores da família, e aos
antepassados e também era queimado
nas casas dos enfermos, com fins
terapêuticos.
• Hipócrates, o famoso médico grego (600
ac), o utilizava para curar a asma e para
aliviar as dores do parto.
• Em Israel o incenso era de grande
importância no culto divino. Com incenso,
misturado a outras substâncias
odoríferas, o sumo sacerdote entrava uma
vez por ano no Santo dos Santos, ou seja
no espaço mais sagrado e reservado do
templo.
• No Egito o uso do incenso remonta há uns
quinze séculos antes de Cristo. Os
egípcios utilizavam este perfume dos
deuses como o chamavam, para os rituais
do templo, convencidos de que o incenso
podia fazer chegar à divindade os desejos
dos homens.
• Também o definiam como o “suor dos
deuses que cai sobre a terra”.
• Na Índia é queimado durante as
meditações de yoga, a fim de facilitar o
encontro com a divindade; perfuma os
fornos crematórios, como rito de
passagem da vida terrena à ultraterrena e,
além disso, era também utilizado contra
reumatismos e enfermidades nervosas.
• Na África o incenso é ainda hoje utilizado
para acalmar as dores de estômago, para
melhorar o funcionamento do fígado e
circulação do sangue.
• Na Europa, em alguns povoados da
Áustria e da Suíça, é queimado nas casas
no período compreendido entre o Natal e
a Epifania para garantir a boa saúde de
todos que ali moram.
• É considerado de bom agouro queimar
incenso durante banquetes de casamento
e também em bodas de prata, de ouro e
de diamante.
• Na América central os maias associavam
esta resina à lua, símbolo feminino
portador de vida, como
• o sangue, a linfa, a chuva; também
queimavam incenso para exorcizar a
seca.
Os Tipos, as Formas e as
fragâncias
• Hoje em dia, são muitas as marcas, tipos,
formas e fragrâncias encontradas.
• No mercado hoje, encontramos incensos
de marcas nacionais ou importadas, que
duram de 15 minutos, ½ hora e até uma
hora.
• Na Índia, por exemplo, existe um tipo de
incenso que sua duração chega até 6
horas, com uma fragrância muito suave
que serve para serem utilizadas nos
rituais nos templos. Esta longa duração é
para a fragrância elevar as orações o
tempo todo enquanto o ritual durar.
• Podemos ainda encontrar incensos nas
formas de varetas, cones, espirais, pó,
ervas, resinas e as fragrâncias são as
mais variadas possíveis.
• Quanto às fragrâncias, precisamos
entender que apesar de existem milhares
delas, precisamos encontrar aquela que
corresponde com nossa intenção.
• Por exemplo, se sua intenção é conectar-
se com as energias cósmicas, a fragrância
indicada será a âmbar. Já ,se a intenção é
de se sentir feliz, com alegria de viver, a
indicada será a canela.
Fazer incenso: Como
começar?
• Incenso é basicamente uma mistura de
ervas, madeiras e resinas que podem ser
polvilhadas e então podem ser queimadas
lentamente para a obtenção de um efeito
fragrante.
• Há dois tipos de incenso, combustível e
não-combustível. Incenso combustível
entra em cone, bloco ou forma de vara, e
é com o qual a maioria das pessoas está
familiarizada.
• Incensos não-combustíveis são
queimados em um pedaço de carvão.
• A tarefa pode parecer difícil na primeira
vez, mas quanto mais você pratica, mais
fácil é fazer.
Os ingredientes
• Você pode achar a maioria dos
ingredientes de incenso em sua cozinha
ou jardim. Outros estão disponíveis em
lojas de erva, drogarias, lojas de provisão
religiosas, comida.
• Os ingredientes exatos que você precisará
dependerão de sua receita. A maioria das
receitas inclui um tipo de madeira, uma
resina, ervas fragrantes e um líquido.
• Caso você queira fazer incenso
combustível, sua receita precisa incluir
goma arábica que é usada para moldar o
incenso em formas específicas.
• Compre duas onças pelo menos
(pulverizado) de cada ingrediente seco.
Se lembre de que madeira é
frequentemente usada e na quantidade
maior. Tente juntar tantos ingredientes pré-
pulverizados quanto você pode, poupa-se
tempo e esforço.
• À parte dos ingredientes de receita, você
precisará de algum salitre (para acender o
incenso; peça isto em drogarias) e alguns
tabletes de carvão (disponíveis onde
incensos são vendidos; não use carvão de
churrasco para isto).
• Uma vez que você conseguiu tudo, moa
cada artigo seco (menos o carvão) isso
será esmagado com um morteiro, um
pilão e um amolador de café elétrico até
virar um pó.
• Madeiras e algumas resinas não viram pó
tão facilmente quanto outros, mas se você
persistir você conseguirá. Considere usar
moedor elétrico para estes artigos, então
os termine com o morteiro e o pilão (eles
demolirão mas não polvilharão
completamente no amolador).
• Use uma faca para cortar pedaços de talo
e raiz se necessário. Uma vez
pulverizado, mantenha tudo firmemente
marcado e rotulado em sacolas plásticas
ou jarros.
Incensos não-combustíveis
• Incensos não-combustíveis são
basicamente uma mistura de ervas em pó,
resinas e madeiras que podem ser
queimados em tabletes de carvão ou
podem ser mexidos dentro como a
fragrância para uma mistura combustível.
• Para criar uma mistura de incenso não-
combustível, tente um destas receitas:
• 1)Combine partes iguais de olíbano
pulverizado, canela, e noz moscada.
• 2)Combine uma parte cada de nós
moscada e canela, e ½ parte de casca de
laranja e casca de limão. Tente fabricar
suas próprias receitas.
• Em uma tigela grande, misture uma
quantia pequena dos ingredientes juntos
para sua receita escolhida.
• Depois você sempre pode somar mais
coisas. Uma vez que tudo esteja
combinado, a mistura de seu incenso está
completa.
Fazer a Pasta