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História | Material de Apoio

Professor Rodrigo Donin.

História do Paraná
A escravidão no Paraná

A ESCRAVIDÃO
 No início do processo de colonização, o maior dos problemas enfrentados por exploradores e
autoridades foi a mão-de-obra.
 Dificilmente camponeses vinham para o Brasil, enfrentando o longo trajeto, o clima, as doenças
tropicais, as dificuldades de prosperar.
 Como solução apontada: capturar os índios. Por inúmeros motivos acabam fugindo, suicidando-
se ou morrendo em cativeiro.
 Para tanto, o escravo negro se mostrava mais rentável: para exploradores, comerciantes e, além
disso, o próprio estado Português.

Entre os séculos XVI e XVII:


 Foram mais de 3 milhões de cativos.
 Grande parte do contingente foi absorvida pelo Nordeste e pela região das Minas Gerais.

No Paraná, até o período Colonial:


= a partir do século XVI

O sistema da escravidão existiu no Paraná tanto com os índios como com os africanos.
Até o século XVII, restringiu-se ao uso do índio como escravo.

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 No Paraná Espanhol os encomenderos vindos de Assunção para subjugar os índios enfrentaram a


resistência deles, comandados pelo cacique Guairacá, e também dos padres jesuítas através das
reduções.
 Isso durou até 1628, quando os bandeirantes paulistas invadiram a região a caça de índios,
levando mais de 60.000 como escravos para vender no mercado.

Onde foi utilizado?


Na ocupação do Paraná Português, partindo de Paranaguá e Curitiba, tanto nas minas como na pecuária e na
exploração da erva-mate utilizou-se a mão-de-obra escrava, que não foi, porém, dominante. O ouro
encontrado era de aluvião e durou pouco. Na pecuária exigiu-se pouca mão-de-obra, por ser um trabalho
nômade. Na economia ervateira o escravo era utilizado principalmente no engenho de soque que foi
substituído pelo engenho hidráulico e a vapor em também, no transporte do produto para o litoral, que era
feito inicialmente no lombo do escravo.

A ESCRAVIDÃO EM NÚMEROS
 A maioria das fontes históricas sobre a presença escrava no
Paraná relata que, desde 1640, quando surgiu o primeiro núcleo
populacional da região, a vila de Paranaguá. Muitos mineradores
e aventureiros se dirigiram rapidamente para a região e, com
eles, chegaram os primeiros escravos africanos.
 Segundo documentos relativos à fase de colonização da região,
estima-se que em um quarto da população total do Paraná na
época era composta por escravos, que eram utilizados como mão
de obra nas minas, na agricultura, na criação de gado, na
exploração do mate e da madeira, e ainda em inúmeros serviços
nas vilas e nas cidades.

O Brasil Império e a escravidão


Consequências da lei Feijó ou Lei de 7 de Novembro de 1831
Consequências:
 A exportação de escravos do Paraná para fazendeiros de café em São Paulo.
 No ano 1867 o imposto sobre a venda de escravos igualou o imposto sobre os animais. O porto
de Paranaguá tornou-se, também, o centro de contrabando de escravos para o Brasil.
O porto de Paranaguá permitiu que o Paraná ganhasse grande destaque em políticas de violação de
tratados.
 “parace até que foi depois da proibição do tráfico em 1831 que o Paraná tornou-se polo de
escravos”.
Em 1845 foi a vez da Inglaterra firmar a legislação denominada de “Bill Aberdenn”.
 Pela legislação, a marinha perseguia, interceptava e aprisionava os navios negreiros que
transportavam os escravos pelo atlântico Sul.
 A imposição da Inglaterra causou revolta, porque alguns navios britânicos chegaram a invadir as
águas territoriais brasileiras para perseguir os traficantes.

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O Slave Trade Suppression Act ou “Aberdeen Act em nada diminuiu o tráfico, ao contrário, fez aumentar o
trânsito de cargueiros.

Estopim: No paraná, a legislação inglesa resultaria no sério incidente com o cruzador britânico “Cormorant,
em 1850, na baía de Paranaguá.

O episódio ficou conhecido como CASO CORMORANT

Consequências
1. O incidente na baia de Paranaguá repercutiu nas relações entre Brasil e Inglaterra, resultados em
severas medidas contra o tráfico de escravos na costa do país.
2. No mesmo ano, em 1850, seria aprovada a Lei Eusébio de Queiroz, que proibia qualquer tráfico de
escravos entre a África e o Brasil.
3. A medida, no entanto, acelerou ainda mais o tráfico interno de cativos, muitos destes, transportados
pela barra do Rio Supergui, adentrando até Guaraqueçaba por embarcações de 200 toneladas.

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Na contramão da Escravidão
Destaque para a “Sociedade Redenção Paranaguense”, no litoral e “Ultimatum” em Curitiba, as quais
compravam a alforria e facilitavam a fuga de escravos.

Como consequência de um lento processo abolicionista, o governo brasileiro irá incentivar a entrada, no
país, de imigrantes europeus.
 Resulta em políticas migratórias especificas e ideologias de branqueamento.
 De acordo com as politicas do éculo XIX, pode ser dizer que o Brasil e, por consequência, Paraná,
definem-se estreitamente ligados a cultura europeia.

Também se formaram sociedades antiescravistas.

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