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1-) Conforme a entrevista, a Lei da Usura foi criada para combater os juros absurdos, sendo
assim, o máximo de juros suportado conforme a Lei da Usura seria o dobro da taxa de juros de
mercado, naquela época, a taxa de juros de mercado era 6% a.a , logo o máximo suportado
pela Lei da Usura seria o dobro dos 6%, ou seja o máximo suportado seria 12% a.a, e não que
a Lei da Usura definisse que o máximo de juros suportado fosse 12% a.a, o que a Lei da Usura
quis dizer é que, o máximo que o agente financeiro pode cobrar é o dobro da taxa de
mercado.
2-) Comentário do redator do ART 4° do citado decreto quis dizer com o texto (original): "É
proibido contar juros dos juros; esta proibição não compreende a acumulação de juros
vencidos aos saldos liquidados em contas-correntes de anno a anno", grifo do autor.
4-) ART 2° - É vedado a pretexto de comissão, receber taxas maiores do que as permitidas por
esta lei. Comentário: A interpretação é clara: não se pode, por exemplo, emprestar a uma taxa
de juros de 12% a.a e cobrar, no ato da operação ou da assinatura do contrato, qualquer tipo
de comissão; a taxa efetiva resultante obviamente seria superior a 12%.
ART 6° - Tratando-se de operações a prazo superior a seis meses, quando os ajustados forem
pagos por antecipação, o cálculo deve ser satisfeito de modo que a importância desse juro não
exceda a que produziria a importância líquida da operação no prazo convencionado, as taxas
máximas que esta lei permite.
Comentários: Embora eu não entenda o porquê da restrição somente para prazos superiores a
seis meses, a interpretação deste artigo também é muito clara. Supondo que num empréstimo
de R$ 100,00, feito por um ano, á taxa de 12% ao ano, os juros fossem "pagos por
antecipação" (descontados no ato), a importância líquida recebida pelo tomador do
empréstimo seria de R$ 88,00 resultaria a divisão dos juros de R$ 12,00 pelo valor líquido de
R$ 88,00 resultaria numa taxa efetiva de 13,64%, o que excederia o limite estabelecido pela lei.