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O estado é basicamente um instituto criado pelas pessoas com o papel

de organizar o povo de um determinado território. Um dos elementos


formadores do Estado é a própria soberania. A garantia da soberania está
relacionada com a atuação de um país no exercício de seu poder quando
tenta manter suas fronteiras pacíficas e seu espaço interno livre de
qualquer disputa interna. Fazendo uma breve analogia a Teoria de
Hobbes do contrato social, em que há uma perca da autonomia da pessoa
em relação ao estado, pode-se remeter também a perca da autonomia do
Estado em relação aos outros Estados/Países. Sendo assim, com o intuito
de chegar à civilidade, diversos Estados soberanos realizariam tratados
“para não se destruírem”, porém sem abrir mão da sua soberania, mas
sim visando um bem comum.

Conforme diz Rezek (2002), o tratado “é todo acordo formal concluído


entre sujeitos de Direito Internacional Público, e destinado a produzir efeitos
jurídicos, sendo em si mesmo, um simples instrumento”.

O conteúdo do tratado não tem limites de assunto, desde que faça


sentido. A Convenção de Viena de 1969 é um tratado internacional assinado
por vários países que visa coordenar a formulação de tratados internacionais e
seus artigos introduzem gradualmente como o tratado deve ser formulado. Na
Convenção de Viena trata também das autoridades que podem assinar um
tratado, trazendo em seu artigo 20 a figura de plenos poderes, a qual é
autorizada para representar o Estado durante a negociação de um Tratado. No
caso do Brasil essa função é destinada ao Presidente da república, conforme o
artigo 84 da CF. Porém, existem certas autoridades que carregam certa
presunção de plenos poderes, vejamos o artigo 7 da Convenção de Viena:

Em virtude de suas funções e independentemente da


apresentação de plenos poderes, são considerados representantes do
seu Estado:

a)os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das


Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à
conclusão de um tratado;

b)os Chefes de missão diplomática, para a adoção do texto de um


tratado entre o Estado acreditante e o Estado junto ao qual estão
acreditados;

c)os representantes acreditados pelos Estados perante uma


conferência ou organização internacional ou um de seus órgãos, para a
adoção do texto de um tratado em tal conferência, organização ou
órgão.
Por último, o voluntarismo é uma teoria projetada para "libertar" os
países para cumprir os tratados assinados quando eles não se sentirem mais
motivados. Esta escola de teoria analisa o fato de que o estado expressa sua
vontade com base na aceitação.

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