Se temos um parâmetro de liderança, certamente é em Jesus Cristo que precisamos nos

espelhar. Ele pegou 11 homens sem nenhuma competência, sem estudo, sem carisma,
sem recursos juntou todos em uma empreitada que continua a crescer 2000 anos depois
que todos eles morreram. Todos os gurus da administração tentaram ultrapassar seus
resultados, mas é impossível.

Sua “apostila de liderança” é o livro mais vendido do mundo por séculos seguidos e
nenhum outro provoca tantas mudanças quanto ele.

Então não temos como não estudar seus métodos, aplicar em nossas vidas, ministérios e
igreja e, assim, seguir seus preciosos e inigualáveis conceitos. Podemos inclusive extrair
de seus conceitos uma definição sobre liderança ...

E nós extraímos este conceito da sua preciosa “apostila” através do evangelho de João
13:1-17 ...

 1 Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de
passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no
mundo, amou-os até o fim.
2
 E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de
Simão, que o traísse,
3
 Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que
havia saído de Deus e ia para Deus,
4
 Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5
 Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a
enxugar-lhes com a toalha com que estava cingido.
6
 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a
mim?
7
 Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o
saberás depois.
8
 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não
lavar, não tens parte comigo.
9
 Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a
cabeça.
10
 Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés,
pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.
11
 Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais
limpos.
12
 Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à
mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
13
 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14
 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns
aos outros.
15
 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
16
 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor,
nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
17
 Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

Temos um exemplo perfeito de como o meu e seu ministério pode dar resultado:
SERVINDO COM AMOR! Mas como se dá esse servir com amor? Servir a quem? E qual
a intensidade desse amor? E ainda podemos questionar o que Jesus estava tentando
dizer aqui. São tantas duvidas que não ouso querer saná-las mas a convidar a todos a
buscar o exemplo aqui e praticá-la. Vamos começar então ...
 1 Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de
passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no
mundo, amou-os até o fim.

Não conheço um líder dedicado, um ministro zeloso que não tenha a agenda cheia. Aliás,
existe uma máxima na liderança cristã: “DEUS NÃO CHAMA DESOCUPADOS”. Isso é
um fato! Todos que estão aqui tem seus afazeres, sempre está envolvido em muitas
atividades na escola, no trabalho, com suas famílias, amigos, na própria igreja. Nossas
agendas estão cheias de afazeres, superlotadas. Eu mesmo me pego as vezes
sobrecarregando alguma área em minha vida pois a agenda está sempre cheia. Mas há
algo que deve estar em primeiro lugar na sua agenda: AMAR AS PESSOAS ATÉ O FIM!

Jesus ensina isso muito bem aqui. O Seu tempo está chegando. Era noite de quinta-feira.
Ele conhece a agenda de Deus e na Sua celestial ele teria menos de 24 horas para estar
com seus discípulos. Tanta coisa pra fazer e em tão pouco tempo. Como otimizar esse
tempo então? Bom, se eu e você fosse Jesus o que faria?

a) Um seminário para rever as metas de crescimento a curto, médio e longo prazo;

b) Um aulão de revisão da matéria dada no Sermão do Monte;

c) Um churrasco de confraternização de fim de discipulado.

Bom as opções são muitas, mas diante de uma agenda lotada e um curto espaço de
tempo Ele nos ensina que a urgência no ministério sempre será SERVIR COM AMOR!

 2 E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de
Simão, que o traísse,

Fala sério, todos aqui servem com amor e está disposto a fazer isso certo? Mas agora
Jesus aprofunda ainda mais seu ensino demonstrando a quem devemos servir com amor:
A todos, inclusive àqueles que nos traem!
Servir com amor quem nos ama é fácil. Agir de forma bondosa para com todos que
costumam reagir de forma positiva conosco é lindo e envolvente, mas vamos continuar
avaliando este ensino com toda sinceridade. Aqui, neste lugar, só tem líderes (com cargos
ou não) todos tem influência sobre outros, são formadores de opinião, mas pense agora
nas pessoas que você sabe muito bem que se opõem a você. Pensou ai? Quem sabe até
mesmo está aqui mesmo quem se opõe e, de forma tão traiçoeira quanto Judas, ainda lhe
beija a face não é? Pois Jesus nos ensina que é a esta pessoa, inclusive, que você deve
servir com amor.

Jesus lavou os pés de Judas e eu acredito que tenha sido com dor. Mas essa dor não era
de raiva ou de algum sentimento que iniciasse com um pensamento assim: “É desalmado,
você vai me trair e eu aqui lavando seus pés. Minha vitória terá sabor de mel”. Não, não.
Acredito que a dor era de ver alguém se perdendo e como um último gesto humano
possível ele tentava mudar seus conceitos.

Te amo Judas, dá tempo ainda. Sei que não quer receber meu amor mas isso não muda
quem eu sou. Jesus ensinou isso e Paulo aprendeu ...

A ocasião é a mesma (Ceia do Senhor). Na ocasião entre Jesus e os discípulos, Jesus

lava os pés e depois ceia. Agora, Paulo lembra, recebe de Deus o ensino e aplica em sua
vida. Não era a vida desregrada da igreja em Corinto que fazia Paulo servir com amor ou
não, era o ensino de Jesus que norteava suas ações.

O que norteia suas ações de amor? A reciprocidade ou o ensino de Jesus? Será que eu e
você estamos preparados para revitalizar nossa vida antes de revitalizar nosso ministério?

Um ministério novo e frutífero será uma consequência de uma vida nova, frutífera e que
serve com amor pois este é o ensino de Jesus para nós.

Será que você pode agora baixar a sua cabeça, pensar naquela pessoa que magoou você
profundamente, que não acredita em você, no seu chamado ministerial, que não te
valoriza e falar em pensamento para ela:

“Ei __________ sei que você não quer receber o meu amor, sei que me rejeita, mas
hoje eu quero lavar os seus pés. Não com dor e pesar, não como vingança, mas
porque o meu Jesus me ensinou a viver assim. Sua rejeição não vai interferir mais
em meu chamado, em quem eu sou. O que recebi de Jesus, eu dou a você sem
esperar nada em troca. Amor”.
Preste atenção no verso 3 pois ele inspira a atitude de Jesus nos versos 4 e 5.
3
 Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que
havia saído de Deus e ia para Deus,
4
 Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5
 Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a
enxuga-los com a toalha com que estava cingido.

Jesus sabia que Deus o havia dado uma missão. Seu tempo na terra seria o período que
ele dispunha para colocar em prática essa missão. No verso 3 ele demonstra que lembra
disso. Analisa o tempo em que havia “saído de Deus” ou seja, vindo a terra em forma
humana e que estava “voltando para Deus”. Este era o tempo ministerial de Jesus, mas
qual é o seu ministério? Qual é a essência do ministério de Jesus na terra? O que ele
deveria fazer no período em que ele nasceu no ventre de Maria até o fechar dos olhos na
noite seguinte, na cruz do calvário?

Ele não só diz aqui como demonstra: Servir com Amor! Lavar os pés humildemente de
todos que estivessem diante de si. Ele deixou isso claro ...

O ministério de Jesus era o espelho de sua vida. Isso que dizer que se você não for
alguém que tem prazer em servir, logo seu ministério não terá essa característica e então
se torna em vão.

Neste texto os discípulos discutiam sobre os cargos que iriam ocupar no céu. Muitos
líderes hoje ainda discutem por cargos. Traz um certo status! Perdem tempo fazendo lobe,
como a mãe dos filhos Zebedeu fez. Inclusive pedem para ter cargos. Cargos, para alguns
são como muletas para uma caminhada cristã. Tem pessoas ainda que só vão a casa de
Deus pelos cargos e nunca vão para celebrar com os demais membros do Corpo de
Cristo. Talvez seja o momento de repensar, revitalizar nossas vidas para que nossos
ministérios sejam revitalizados e consequentemente a igreja seja revitalizada.
6
 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a
mim?
7
 Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o
saberás depois.
8
 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não
lavar, não tens parte comigo.
9
 Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a
cabeça.
10
 Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés,
pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.

Pedro era um discípulo de Jesus, estava com Ele cainhando a cerca de 3 anos. Todos os
dias acordava, se alimentava, fazia suas atribuições, meditava nos ensinos sagrados,
conversava exaustivamente com Jesus Cristo mas, ainda assim, não compreendia a ação
de Servir com Amor, que Jesus estava ensinando. Podemos aprender duas coisas
importantes aqui:

1) A IGREJA PRECISA DE PROFUNDIDADE EM SUAS RELAÇÕES PARA QUE

SEJA SAUDÁVEL – Pedro e os discípulos estavam próximos fisicamente, mas não
estavam próximos em espírito. Eles se tornaram ativistas. Estavam preparados para
atravessar o deserto com Jesus mas não a ter os pés lavados. Quantos aqui não
vieram para esse retiro sem dar a devida importância simplesmente porque não
estavam “a frente de nada”. Percebi isso claramente ao conversar com alguns. Não
estavam motivados, na verdade estavam curiosos para saber o que aconteceria e
isso nos faz pensar um pouco. Será que, assim como Pedro, não entendemos o
significado de ser um líder servidor? Será que não nos acostumamos com cargos e
esquecemos o porque de sermos líderes? Uma coisa pe certa; se não houver
profundidade na nossa relação pessoas com Jesus, não seremos capaz de mudar o
mundo com Seus ensinos.

2) A SOCIEDADE ESPERA SERVIÇO SEM TRANSFORMAÇÃO – Quando Pedro

pede a Jesus: “Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.”
Ele não só não entende como também quer mudar o sentido real da ação do
mestre. Jesus responde de forma clara que Lavar os Pés indica servir a todos, mas
somente o arrependimento que leva ao batismo (mergulhar por completo) poderia
transforma definitivamente a sociedade. Muitas pessoas querem o paliativo, o
 extraordinário mas não entendem o real sentido de servir com amor como
consequência de uma vida transformada e lavada pelo sangue do Cordeiro.

12
 Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à
mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?

Jesus lavou os pés dos discípulos. Serviu-os com amor humilde e faz uma pergunta que
nos inspira: “Entendeis o que vos tenho feito?”

Ele pergunta se eles compreendiam totalmente o seu gesto pois o ato em sí de lavar os
pés era comum naquela época. As pessoas andavam por distancias grandes, por terrenos
difíceis e os calçados eram de baixissima qualidade comparando com os que temos hoje.
Ao entrar na casa de alguém para fazer uma refeição, o servo mais humilde da casa
sempre lavava os pés do visitante, então isto eles já tinham visto muitas vezes, mas o que
eles nunca tinham visto era o senhor lavar os pés dos servos. Eles nunca viram,
literalmente, o Filho de Deus lavar os pés dos seus filhos, mas jesus estava mostrando
que em suas palavras e ações Ele sempre fez isso. Os discípulos apenas não haviam
compreendido ainda. Jesus então faz essa pergunta que gera profunda reflexão por parte
deles. Tanto que Ele continua a instigar o ensino de servir com amor ...
13
 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14
 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns
aos outros.
15
 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
16
 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor,
nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
17
 Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

LAVA PÉS!