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Simpósio Brasileiro de Mecânica das Rochas – SBMR 2018

Engenharia de Rochas no Desenvolvimento Urbano


Conferência Especializada ISRM 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
© CBMR/ABMS e ISRM, 2018

Ancoragem em rocha: avaliação em laboratório da adesão entre


nata de cimento e rochas sedimentares do Rio Grande do Sul
Maurício Birkan Azevedo
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, mauriciobazevedo@hotmail.com

Luiz Antônio Bressani


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, bressani@ufrgs.br

Cleber de Freitas Floriano


Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Azambuja Engenharia e Geotecnia Ltda.,
Porto Alegre, Brasil, souza.floriano@gmail.com

George Octávio da Costa Salecker


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, georgesalecker@gmail.com

RESUMO: O presente trabalho aborda uma metodologia de laboratório para determinação da adesão
entre nata de cimento e rocha. Esse parâmetro, fundamental no dimensionamento de tirantes
ancorados e grampos, é comumente determinado por meio de ensaios de arrancamento de campo. A
metodologia Composite Cylinder Bond Test (CCBT) permite a determinação da tensão de adesão em
laboratório. Três litologias sedimentares pertencentes à Formação Varzinha, na região de Caçapava
do Sul/RS, foram avaliadas. As rochas – denominadas de conglomerado, arenito muito fino e arenito
médio – foram caracterizadas por análise petrográfica e também foram avaliadas quanto à sua
resistência. As tensões de adesão médias obtidas dos ensaios CCBT foram de 2,52 MPa para o
conglomerado, 1,84 MPa para o arenito muito fino e 1,43 MPa para o arenito médio. Também foram
realizados ensaios de resistência à compressão simples (RCS) das misturas de nata de cimento
confeccionadas para os ensaios CCBT. Concluiu-se que além da resistência das rochas influenciar o
desenvolvimento da adesão, também os aspectos texturais das mesmas, como a porosidade, tendem
a favorecer o desenvolvimento da adesão entre os materiais.

PALAVRAS-CHAVE: Tirantes Ancorados, Grampos, Tensão de Adesão, Rochas Sedimentares,


Ensaios de Laboratório, Ancoragem em Rocha.

1 INTRODUÇÃO maciço em que estão inseridos por meio de um


aglutinante injetado na forma fluída, usualmente
Frequentemente, utiliza-se das técnicas de nata de cimento. A aderência entre o maciço a
tirantes ancorados e grampos para conter ser estabilizado e o aglutinante é o parâmetro
maciços de solo ou rocha. Essas contenções são principal para dimensionamento desses
obras fundamentais que objetivam, por exemplo, elementos, no entanto sua determinação ainda é
estabilizar taludes urbanos, rodoviários ou complexa. Este trabalho abordará uma
ferroviários, vencer um desnível de cotas em metodologia alternativa para determinar essa
ambiente urbano, realizar obras de barragens, tensão entre nata de cimento e rocha em
entre outras aplicações. Essas técnicas partem do laboratório.
princípio da instalação de um ou mais elementos Os tirantes ancorados são tensionados após
resistentes à tração, usualmente de aço, em furos sua instalação com a aplicação de uma carga
previamente realizados no terreno e aderidos ao induzida na cabeça e transferida para o bulbo de
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ancoragem. Portanto, são elementos protendidos pesquisa. As rochas foram separadas em três
e trabalham de forma ativa desde sua litologias, sendo elas: conglomerado, arenito
incorporação. Por outro lado, grampos são muito fino e arenito médio. Cada litologia foi
instalados sem tensionamento induzido, ou seja, caracterizada por análise petrográfica de lâminas
de forma passiva, e sua resistência é mobilizada delgadas impregnadas. Ensaios de resistência à
na ocasião de deslocamentos no maciço. compressão simples (RCS) das rochas e das
Em ambos os sistemas, o fluído cimentante misturas de nata de cimento confeccionadas para
mais utilizado é a nata de cimento, embora os ensaios mistos também foram realizados.
resinas também são empregadas para este fim. A
tensão de aderência (qs) entre o fluído e a rocha,
mobilizada no bulbo de ancoragem de tirantes e 2 CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA
ao longo de todo o comprimento de grampos, é
parâmetro fundamental de projeto dessas O local em estudo está situado no município de
estruturas, visto que está diretamente relacionada Caçapava do Sul/RS, na localidade Minas do
ao arrancamento desses elementos. Todavia, a Camaquã. A região está localizada no Escudo
adequada determinação desse parâmetro Sul-Rio-grandense (ESRG), formado
apresenta desafios, devido à grande variabilidade predominantemente por rochas ígneas do
geológica e à dificuldade de realização de período Pré-Cambriano e fortemente
ensaios na etapa de projeto. Materiais naturais desgastadas pela erosão (CHEMALE JUNIOR,
que recebem essas contenções apresentam-se na 2000).
natureza com variadas condições de resistência Embora a província geológica Sul-Rio-
mecânica e textura. Usualmente, são executados Grandense seja predominantemente constituída
ensaios de arrancamento in situ, necessitando a de rochas ígneas do período Pré-Cambriano, os
mobilização de equipamentos de grande porte furos de sondagem foram localizados em uma
(perfuração, injeção e instrumentos de aplicação região de rochas sedimentares, no Supergrupo
e medição de cargas). Dessa forma, normalmente Bacia do Camaquã, Grupo Guaritas e Formação
esses ensaios apenas são viáveis financeiramente Varzinha, coincidindo com rochas diagenizadas
durante a própria fase de implantação das obras. posteriormente à cristalização do entorno. Esta
A metodologia Composite Cylinder Bond identificação foi feita com a localização dos
Test (CCBT), proposta inicialmente por Macedo furos no mapa geológico do Rio Grande do Sul,
(1993), busca um alternativa de menor custo e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
maior praticidade para determinar a adesão entre (2006), confirmando as rochas amostradas. Na
rocha e nata de cimento em laboratório. Assim, Figura 1, os furos de sondagem estão
um parâmetro prévio de projeto pode ser obtido identificados no mapa com um marcador preto,
por meio de corpos de prova mistos compostos nas proximidades do centro de alguns
pela rocha a ser avaliada e pelo material municípios, com as seguintes distâncias
cimentício empregado, este último moldado em aproximadas: 45 km de Caçapava do Sul, 75 km
laboratório. Em função dos elevados custos de Bagé e 40 km de Santana da Boa Vista.
envolvidos em sistemas de tirantes ancorados e
grampos, a obtenção de um parâmetro preliminar
de baixo custo em laboratório é extremamente
vantajosa. Em obras desse tipo, as atividades e
materiais relacionados à ancoragem constituem
a principal parcela dos custos.
Testemunhos de sondagem em rochas
provenientes de uma futura grande escavação na
região de Caçapava do Sul/RS foram utilizados
para avaliar a tensão de aderência na presente
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líticos, fragmentos de quartzito, granito, xisto e


arenito, às vezes milimétricos.

3 O MÉTODO CCBT

O método Composite Cylinder Bond Test


(CCBT) foi desenvolvido na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) por
Macedo (1993), a fim de determinar a tensão de
aderência entre nata de cimento e rochas efusivas
da região serrana do Rio Grande do Sul. Floriano
(2014) utilizou a metodologia em duas rochas
areníticas sedimentares da Serra do Espigão, em
Figura 1. Localização dos furos de sondagem (GOOGLE Santa Catarina. O ensaio não determina a tensão
INCORPORATION, 2017) de aderência última (condições de campo), mas
uma tensão de adesão, uma vez que a parcela de
O Grupo Guaritas, depositado durante o atrito é desprezada. Portanto, espera-se que o
Eocambriano, corresponde ao topo do valor obtido em laboratório seja inferior ao valor
Supergrupo Camaquã, sendo formado, de ensaios de arrancamento em campo.
predominantemente, por rochas areníticas e Os dois autores compararam os resultados de
conglomeráticas, de origem aluvial e eólica laboratório com ensaios de arrancamento
(ALMEIDA, 2005; ALMEIDA et al., 2010; realizados nos locais de extração das amostras. O
NÓBREGA, 2011). Os arenitos apresentam primeiro autor encontrou, em campo, valores
intensa cimentação carbonática e são, superiores aos de laboratório em cerca de 34% a
principalmente, arcóseos e subárcoseos e, 183%; o segundo autor encontrou valores de
secundariamente, arenitos líticos (ALMEIDA, campo pouco superiores, em terno de 3,4% a
2005; NÓBREGA et al., 2008; ROS et al., 1994). 8,9%. Como Macedo (1993) estudou rochas
Nóbrega (2011) concluiu que as amostras por vulcânicas e Floriano (2014) estudou rochas
ele obtidas da Formação Varzinha possuem sedimentares, isto pode justificar esta diferença
cimentação carbonática, com cimentação entre valores de campo e de laboratório. Floriano
ferruginosa associada. No arcabouço há (2014), entre outros motivos, indica que o
predomínio de grãos subangulares com elevado grau de fraturamento das rochas
ocorrência de grãos angulares e vulcânicas favorece a formação de
subarredondados. De acordo com Nóbrega microinjeções (penetrações) ao longo do contato
(2011), o conhecimento da proveniência dos aderente, elevando assim a resistência ao
detritos, que originaram rochas sedimentares, é arrancamento. Tal fenômeno é muito menor em
de fundamental importância. Pode-se deduzir as rochas sedimentares. Além disto, outros
características das áreas fontes por meio das aspectos, como a ruptura progressiva observada
propriedades composicionais e texturais dos em campo, não são reproduzidos em laboratório.
sedimentos. A proveniência das rochas areníticas
pode ser avaliada a partir dos principais 3.1 Descrição da Metodologia
componentes do arcabouço (quartzo, feldspato,
fragmentos líticos). Nas rochas conglomeráticas, O ensaio consiste na moldagem de corpos de
o grau de fragmentação do cascalho (seixo) pode prova mistos, cilíndricos, formados por rocha e
fornecer informações importantes acerca das nata de cimento, em laboratório. Testemunhos
rochas dos maciços originários. Nas lâminas cilíndricos de rocha, amostrados em campo, são
delgadas de rochas da Formação Varzinha, o previamente cortados diagonalmente com serra
referido autor encontrou, nos arcóseos e arcóseos
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diamantada. Cada segmento de rocha tem uma desconsideraram a parcela de atrito, adotando a
extremidade cortada a 90º e a outra a 30º ou 45º resistência ao cisalhamento no plano de junta (S)
com a vertical, formando uma superfície de como função apenas da adesão, conforme a
contato elíptica. Este testemunho de rocha Equação 2. Macedo (1993) indica que a
cortado é, então, posicionado dentro de um desconsideração da parcela de atrito preserva, no
molde cilíndrico e preenchido cuidadosamente trecho ancorado, a integridade da nata de
com nata de cimento, evitando a formação de cimento, evitando sua fissuração e a penetração
bolhas de ar (MACEDO, 1993). de agentes agressivos à armadura, uma vez que o
Os corpos de prova moldados devem ser nível de tensões é mantido em um valor seguro.
curados em câmara úmida ou por imersão, de
acordo com a NBR 7215 (ABNT, 1996). Eles 𝑆 = 𝑆𝑊 + (𝜎𝑛 ∗ tan 𝜑) (1)
devem ser rompidos por compressão uniaxial,
aos 28 dias de cura, com o objetivo de induzir 𝑆 = 𝑆𝑊 (2)
uma ruptura no plano de contato nata-rocha
(MACEDO, 1993). As tensões mobilizadas na superfície da junta
do corpo de prova, inclinada de um ângulo 𝛽, na
3.2 Interpretação do Ensaio ruptura, são definidas como: tensão normal (𝜎𝑛𝛽 )
e tensão cisalhante (𝜏𝛽 ). A Equação 3 e a
A interpretação do ensaio CCBT pode ser feita a Equação 4 definem essas tensões,
partir do círculo de Mohr, por meio do diagrama respectivamente. Com essas definições e com
da tensão cisalhante (𝜏) pela tensão normal (𝜎), juntas em dois ângulos distintos (adotados 30º e
conforme a Figura 2. Os valores de tensão 45º), pode-se determinar a envoltória (conforme
principal maior são obtidos da tensão uniaxial de a Figura 2) e, portanto, a parcela de adesão na
ruptura, sendo definidos: 𝜎1𝐴 para a média da interface nata-rocha.
tensão uniaxial de ruptura dos corpos de prova
mistos formando ângulo 𝛽 = 30º e 𝜎1𝐵 para a 𝜎𝑛𝛽 = 𝜎1 ∗ (𝑠𝑒𝑛 𝛽)2 (3)
média da tensão uniaxial de ruptura dos corpos
de prova mistos formando ângulo 𝛽 = 45º 𝜎1
𝜏𝛽 = ∗ 𝑠𝑒𝑛 2𝛽 (4)
(MACEDO, 1993). 2

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Os testemunhos de sondagem disponibilizados


foram previamente escolhidos das três litologias
(conglomerado, arenito muito fino e arenito
médio). A presente seção abordará materiais e
métodos empregados na pesquisa. Inicialmente,
a caracterização das rochas por análise
petrográfica de lâminas delgadas será descrita e,
a seguir, os ensaios mecânicos realizados serão
Figura 2. Interpretação dos Ensaios CCBT (adaptada de detalhados.
Macedo, 1993)
4.1 Análise Petrográfica
O critério de ruptura adotado é o de Mohr-
Coulomb (Equação 1), definindo assim os Seis lâminas delgadas impregnadas (duas de
parâmetros de tensão de adesão (SW) e ângulo de cada litologia) foram confeccionadas no
atrito (𝜑) da superfície da junta nata-rocha. Os Laboratório de Preparação de Amostras do
autores que fizeram ensaios da metodologia Instituto de Geociências (IGEO) da UFRGS. As
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análises foram realizadas por meio de luz moldagem de aproximadamente 18 corpos de


paralela (polarizadores descruzados) e luz prova mistos e 6 corpos de prova de nata de
polarizada (polarizadores cruzados), de forma cimento (a serem submetidos aos ensaios de
que minerais primários e diagenéticos pudessem RCS).
ser melhor caracterizados. Além disso, a Devido à peculiaridade dos testemunhos de
caracterização dos poros é fundamental e sondagem possuírem entre 47,0 e 47,8 mm de
corrobora com a interpretação dos resultados diâmetro, moldes metálicos cilíndricos de 50
mecânicos. mm de diâmetro, usuais em laboratórios de
Engenharia Civil, não puderam ser utilizados
4.2 Cortes dos Testemunhos de Sondagem para a moldagem dos corpos de prova mistos.
Dessa forma, optou-se por utilizar tubos de PVC
Os cortes foram realizados com um disco com diâmetro interno adequado, cortados de
diamantado de 7 polegadas de diâmetro, em um forma que a altura fosse aproximadamente o
sistema refrigerado com água. dobro do diâmetro. Já a moldagem dos corpos de
Inicialmente, os testemunhos foram cortados prova de nata de cimento foi realizada em
em ângulos de 90º com o eixo em ambas moldes metálicos cilíndricos de 50 mm de
extremidades com auxílio de um gabarito de diâmetro e 100 mm de altura.
madeira. O testemunho cortado era examinado O cimento utilizado para confecção da nata
visualmente para evitar imperfeições foi do tipo Portland Pozolânico CP-IV-32 (o
macroscópicas. As amostras que seriam cimento comum com adição de pozolana),
submetidas aos ensaios de RCS estavam prontas amplamente utilizado para injeção de tirantes
para serem ensaiadas, ao passo que as amostras ancorados e grampos no sul do Brasil. Adotou-
que seriam ensaiadas pela metodologia CCBT se um fator água/cimento em massa igual a 0,5.
eram posiciondas em outro gabarito para cortes. Este é o traço mais utilizado e recomendado para
Este último gabarito possuía duas fendas, de essas obras tanto no Brasil como no exterior, de
modo que o corte resultante na rocha formasse acordo com diversos autores (ABNT, 2006b;
ângulos de 30º ou 45º com o eixo dos FLORIANO, 2014; LAZARTE et al., 2015;
testemunhos. A Figura 3a ilustra o detalhe do MACEDO, 1993; SOLOTRAT ENGENHARIA
gabarito para cortes em ângulos de 30º e 45º, GEOTÉCNICA LTDA., 2015; YASSUDA;
enquanto a Figura 3b mostra o momento do DIAS, 1998).
corte. Após a colocação dos testemunhos cortados
dentro dos moldes de PVC, a nata de cimento era
vertida na parte superior. Os procedimentos
seguiam, dentro do possível, a NBR 7681-4
(ABNT, 2013), norma esta que regula ensaios
com nata de cimento (ou calda de cimento). Os
corpos de prova eram curados em câmara úmida,
mantida conforme condições da NBR 9479
(ABNT, 2006a) – 23ºC ± 2ºC e úmida relativa
mínima de 95% – durante o período de 28 dias.
Figura 3. Fotos dos gabaritos de cortes em ângulos de 30º A Figura 4 ilustra as etapas de moldagem dos
e 45º corpos de prova: a) argamassadeira utilizada; b)
nata de cimento sendo vertida dentro dos moldes
4.3 Moldagem dos Corpos de Prova de PVC; c) moldes de PVC (corpos de prova
mistos) e moldes metálicos (corpos de prova de
As moldagens de corpos de prova foram nata de cimento) imediatamente após a mistura;
realizadas em cinco dias distintos, sendo d) corpos de prova em processo de cura em
confeccionada uma mistura em cada um desses câmara úmida.
dias. A mesma mistura era utilizada para
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O total de corpos de prova mistos moldados 4.4 Retificação e Ruptura dos Corpos de Prova
pela metodologia CCBT está apresentado na
Tabela 1. Após 28 dias de cura, os corpos de prova eram
rompidos em uma prensa da marca Shimadzu
com capacidade para 200 toneladas. A
velocidade adotada foi de 0,25 MPa/s, a mesma
de ensaios com argamassa, de acordo com a
NBR 7215 (ABNT, 1996).
Alguns dias antes da ruptura, os corpos de
prova (tanto os mistos como os de nata de
cimento) tinham suas extremidades retificadas,
por meio de uma máquina retificadora, conforme
a NBR 5738 (ABNT, 2015). Após isso, os
corpos de prova mistos eram removidos dos
moldes de PVC com um corte na lateral destes.
Os corpos de prova de nata de cimento eram
removidos dos moldes metálicos 24 horas após a
moldagem.
A Figura 6a ilustra um corpo de prova sendo
retificado, enquanto a Figura 6b mostra um
Figura 4. Etapas da moldagem dos corpos de prova
corpo de prova sendo submetido à compressão
na prensa.
Tabela 1. Total de corpos de prova mistos moldados por
litologia e por ângulo de corte
Ângulo de corte
Litologia Total
30º 45º
Conglomerado 21 17 38
Arenito muito fino 16 17 33
Arenito médio 9 10 19
Total 90

A Figura 5 mostra a configuração final dos


corpos de prova mistos.
Figura 6. Retificação e ruptura dos corpos de prova

4.5 Ensaios de RCS das rochas

De acordo com Jaeger et al. (2007), o ensaio de


RCS é o mais antigo e simples para avaliar as
propriedades mecânicas das rochas, portanto
continua sendo amplamente utilizado,
constituindo-se na compressão de um cilindro
entre duas superfícies metálicas paralelas.
Os corpos de prova cortados para este ensaio
buscaram ter alturas duas vezes maiores que os
diâmetros, conforme recomendação da ASTM D
4543 (ASTM, 2008). Portanto, as alturas foram
Figura 5. Configuração dos corpos de prova mistos após a de aproximadamente 95 mm. As rupturas foram
moldagem realizadas na mesma prensa da marca Shimadzu
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com capacidade para 200 toneladas, com uma 5.1.2 Arenito muito fino
velocidade de 0,5 MPa/s conforme
recomendações da ISRM (1979). Segundo a classificação textural de Folk (1968),
Foram realizados 10 ensaios em amostras de essa rocha é classificada como arenito lamoso.
conglomerado, 5 em amostras de arenito muito Do ponto de vista composicional, ela é
fino e 4 em amostras de arenito médio. classificada como arcóseo, ou seja, possui teor
significativo de feldspato na sua composição
primária. Os grãos são moderadamente
5 RESULTADOS E INTERPRETAÇÃO selecionados, de esfericidade média e
subangulares. A litologia é rica em minerais
Primeiramente, serão descritos os resultados das pesados e destaca-se a ausência de porosidade,
análises petrográficas realizadas e, a seguir, os apresentando empacotamento apertado. Sua
resultados dos ensaios mecânicos serão composição primária é composta por grãos de
descritos. quartzo, feldspato e fragmentos de outras rochas
(principalmente metamórficas).
5.1 Análise Petrográfica Na composição secundária, destaca-se a
acentuada presença de hematita – tanto em
A análise petrográfica aqui descrita é baseada em cutículas contínuas cobrindo grãos como
caracterização realizada por Armelenti e Ros microcristalina intergranular preenchendo poros
(trabalho não publicado)1. – que corrobora com a coloração avermelhada
dessa rocha.
5.1.1 Conglomerado Assim como no conglomerado, os
ambientes diagenéticos interpretados são de
De acordo com a classificação textural de Folk eodiagênese continental meteórica sob clima
(1968), essa litologia é classificada como seco e mesodiagênese profunda.
conglomerado arenoso, por possuir significativa
proporção de grãos primários na fração areia. A 5.1.3 Arenito Médio
litologia é muito mal selecionada, de estrutura
maciça, formada por grãos subangulares e de Segundo classificação textural de Folk (1968), a
esfericidade média. Seus grãos primários são rocha é classificada como arenito (possui 100%
formados por quartzo, feldspato e fragmentos de dos grãos primários nessa fração). Já do ponto de
outras rochas. Com relação à composição vista composicional, é classificada como arcóseo
secundária (diagenética), destacam-se cutículas lítico, por possuir significativos teores de
contínuas de hematita cobrindo e cimentando feldspato e fragmentos de outras rochas. A
grãos. Ocorrem ainda crescimentos comuns de litologia é moderadamente selecionada, formada
quartzo e feldspato potássico. por grãos subangulares e de esfericidade média.
Quanto à sua porosidade, poros Assim como as demais, sua composição primária
intergranulares, intragranulares e móldicos não é formada por grãos de quartzo, feldspato e
são significativos, apresentando níveis de traço a fragmentos de outras rochas.
raro. Apesar do empacotamento dessa rocha ser Na composição diagenética, destaca-se
normal, minerais diagenéticos diminuem sua caulinita substituindo grãos de feldspato
porosidade. detrítico indiferenciado e intensa ilitização de
Os ambientes diagenéticos interpretados grãos de feldspato previamente substituídos por
são de eodiagênese continental meteórica sob caulinita.
clima seco e mesodiagênese profunda. Destaca-se a grande ocorrência de poros

1Relatório técnico não publicado realizado pelo geólogo


MSc. Garibaldi Armelenti e pelo Prof. PhD. Luiz
Fernando de Ros.
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intragranulares e móldicos, ocasionados pela Tabela 3. Cálculo das tensões mobilizadas na junta,
dissolução de grãos na diagênese. Os primeiros tensões de adesão e ângulo de atrito
Tensões médias
caracterizam-se pela dissolução parcial dos na junta (MPa) SW Ângulo de
Litologia
grãos, ao passo que nos últimos os grãos são (MPa) Atrito (º)
𝜎𝑛𝛽 𝜏𝛽
totalmente dissolvidos (restando apenas seus 2,52 4,36
moldes). Apesar de possuir empacotamento Conglomerado 2,52 36,2
9,42 9,42
entre grãos apertado, essa rocha apresenta maior Arenito muito 2,01 3,49
1,84 39,3
porosidade do que as demais, no entanto seus fino 10,18 10,18
poros mais significativos são secundários, ou 1,57 2,72
Arenito médio 1,43 39,3
7,92 7,92
seja, gerados na diagênese.
Ao contrário das demais litologias, seu
ambiente de eodiagênese continental meteórica é A Tabela 4 apresenta os resultados de
sob clima úmido. A grande circulação de água média, desvio padrão e CV da RCS da nata de
meteórica promove dissolução de seus grãos cimento de cada uma das cinco moldagens
primários. A litologia também caracteriza-se por realizadas (seis corpos de prova por moldagem).
mesodiagênese profunda. Estes corpos de prova também tiveram suas
cargas de ruptura corrigidas conforme a NBR
5.2 Ensaios CCBT 5739 (ABNT, 2007) na ocorrência de valores de
altura/diâmetro inferiores a 1,94.
Foram realizadas seis medidas de diâmetro e três
Tabela 4. Valores de RCS da nata de cimento por dia de
de altura em cada corpo de prova. Aqueles que moldagem
apresentaram relação altura/diâmetro inferior a RCS Média Desvio CV
Moldagem
1,94 tiveram seus valores de carga de ruptura (MPa) padrão
corrigidos segundo recomendações da NBR Moldagem 1 24,29 2,16 0,09
5739 (ABNT, 2007). Moldagem 2 27,75 2,03 0,07
Moldagem 3 28,91 2,02 0,07
Os valores de média, desvio padrão e Moldagem 4 26,89 2,17 0,08
coeficiente de variação (CV) de todos os corpos Moldagem 5 28,34 2,54 0,09
de prova ensaiados podem ser vistos na Tabela
2. Já a Tabela 3 mostra o cálculo das tensões A NBR 5629 (ABNT, 2006b) exige que a
médias na junta nata-rocha (conforme Equações nata de cimento empregada na injeção de tirantes
3 e 4), assim como o cálculo da tensão de adesão ancorados no terreno deva ter resistência mínima
e do ângulo de atrito no contato. à compressão simples de 25 MPa aos 28 dias. A
média dos valores médios de RCS de cada dia de
Tabela 2. Valores de tensão axial de ruptura dos corpos de moldagem é de 27,24 MPa, ou seja, superior à
prova mistos
Tensão axial de ruptura
recomendação normativa. Salienta-se que não
Ângulo (MPa) há, no momento, normatização vigente no Brasil
Litologia
(º) Desvio a respeito da técnica de grampeamento.
Média CV
padrão
30 10,08 2,98 0,30 5.3 Ensaios de RCS das rochas
Conglomerado
45 18,84 4,92 0,26
30 8,06 3,06 0,38
Arenito muito fino
45 20,37 5,20 0,26 Os valores de média, desvio padrão e CV dos
30 6,28 4,83 0,77 corpos de prova submetidos a ensaios de RCS
Arenito médio
45 15,85 5,64 0,36 podem ser verificados na Tabela 5.
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Tabela 5. Valores de RCS das rochas a última coluna da Tabela 6, verifica-se que o
RCS Média Desvio maior valor de SW/RCS ocorre para o arenito
Litologia (MPa) padrão CV
médio, litologia de maior porosidade, e o menor
Conglomerado 57,26 15,45 0,27
Arenito muito fino 65,75 12,67 0,19 valor ocorre para o arenito muito fino, litologia
Arenito médio 20,68 6,67 0,32 de menor porosidade. Isso deve ocorrer em
virtude de que, para rochas porosas, parte
5.4 Interpretação significativa da adesão se dá devido à penetração
da nata de cimento nos poros, favorecendo o
Destaca-se o fato do arenito médio possuir RCS desenvolvimento dessa resistência no contato
consideravalmente inferior às outras duas entre os materiais. Portanto, no exemplo do
litologias. Isso ocorre devido à sua maior arenito médio, o desenvolvimento da adesão no
porosidade, gerada em seu ambiente diagenético, contato é favorecido pelos seus poros
além de argilominerais presentes no espaço intragranulares e móldicos. Tais considerações
intergranular (entre os grãos do arcabouço). sobre porosidade não são comumente abordadas
A nível preliminar de projeto, a NBR 5629 em ancoragens em rocha, sendo que a maioria
(ABNT, 2006b) recomenda a utilização do dos estudos busca relacionar a tensão de
menor dos seguintes dois valores para a tensão aderência apenas com as resistências das rochas
de aderência: 1/30 da RCS da nata de cimento ou e da nata de cimento. Essas questões são
1/30 da RCS da rocha. No entanto, a norma frequentemente estudadas na aderência de
destaca a necessidade de realização de ensaios revestimento argamassados na construção civil e
básicos e de qualificação dos tirantes durante as podem servir para comparação.
obras. Dessa forma, os valores das tensões de
aderência para as rochas em estudo nessa
pesquisa deveriam ser calculados em função da 6 CONCLUSÕES
RCS da nata de cimento para o conglomerado e
para o arenito muito fino e em função da RCS da O ensaio CCBT apresenta-se como uma
rocha para o arenito médio. Os valores médios importante alternativa para a etapa de definição
de adesão de laboratório, da tensão de aderência paramétrica de projetos, em virtude de demandar
calculada conforme a norma vigente, da razão menores recursos financeiros do que ensaios de
entre eles e da razão entre tensão de adesão e arrancamento nessa etapa. Todavia, deve-se
RCS das rochas podem ser inferidos na Tabela 6. ressaltar que não é o objetivo da metodologia
eliminar a necessidade de ensaios de
Tabela 6. Valores de adesão comparados com a arrancamento, sendo estes de grande
recomendação normativa importância, pois simulam as condições reais de
SW qs* SW/RCS da campo. Entre as limitações da metodologia
Litologia SW/qs*
(MPa) (MPa) rocha (%)
Conglomerado 2,52 0,91 2,77 4,40
CCBT, destaca-se a não consideração do
Arenito muito fraturamento das rochas e condições de ruptura
1,84 0,91 2,02 2,80
fino progressiva.
Arenito médio 1,43 0,69 2,08 6,92 A porosidade das rochas, aqui estudada por
* valor preliminar de projeto conforme recomendação da meio de lâminas delgadas, apresenta importância
NBR 5629 (ABNT, 2006b)
no desenvolvimento da adesão entre os
materiais. Estudos petrográficos normalmente
Nota-se que o valor da razão entre os não são realizados em obras de tirantes
valores obtidos em laboratório e a recomendação ancorados e grampos, no entanto podem
da norma (SW/qs*) variam entre 2,02 e 2,77. corroborar para o entendimento do fenômeno de
Adicionalmente, nota-se que o adesão. Tais estudos poderiam ser realizados em
conglomerado apresenta os maiores valores de paralelo com estudos geotécnicos das áreas onde
tensão de adesão, no entanto o arenito muito fino estão previstas tais obras. Isto auxiliaria em uma
apresenta os maiores valores de RCS. Ao avaliar
Simpósio Brasileiro de Mecânica das Rochas – SBMR 2018
Engenharia de Rochas no Desenvolvimento Urbano
Conferência Especializada ISRM 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
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