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Instituto de Tecnologia
Faculdade de Engenharia Civil
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia
Notas de Aula
Análise Estrutural Computacional
Sumário
Lista de Figuras
Figura 1.1 – Vista de uma ponte ferroviária metálica. Ponte sobre o Rio Mearim, MA. .............. 2
Figura 1.2 – Modelo estrutural da ponte sobre o Rio Mearim, MA............................................... 3
Figura 1.1 – Modelo estrutural da treliça a ser analisada. ............................................................. 11
Figura 1.2 – Graus de liberdade do modelo estrutural, indicando os deslocamentos e forças
nodais da estrutura. ................................................................................................................ 15
Figura 1.3 – Graus de liberdade de uma barra arbitrária de treliça plana em relação ao sistema
global de coordenadas. .......................................................................................................... 17
Figura 1.4 – Visto explodida da estrutura com graus de liberdade de todas as barras em relação
ao sistema global de coordenadas. ........................................................................................ 18
Figura 1.5 – Graus de liberdade de uma barra arbitrária de treliça plana em relação ao sistema
local de coordenadas. ............................................................................................................ 19
Figura 1.6 – Vista explodida da estrutura com graus de liberdade das barras em relação ao
sistema local de coordenadas. ............................................................................................... 20
Figura 1.7 – Parâmetros para determinação do comprimento e orientação de uma barra. ........... 21
Figura 1.8 – Barra desenhada com o seu eixo local x l alinhado com a direção horizontal. ........ 22
Figura 1.9 – Barras na configuração indeformada e deformada, sujeita aos quatro deslocamentos
nodais. ................................................................................................................................... 23
Figura 1.10 – Decomposição dos deslocamentos nodais de acordo com o princípio da
superposição dos efeitos. ....................................................................................................... 24
Figura 1.11 – Forças atuantes nas extremidades da barra, associadas a cada um dos quatro
deslocamentos nodais impostos . .......................................................................................... 25
Figura 1.12 – Componentes de um vetor em relação a dois sistemas de coordenadas cartesianas.
............................................................................................................................................... 29
Figura 1.13 – Diagrama de esforço normal da treliça plana. ........................................................ 62
Figura 1.14 – Configurações indeformada e deformada da treliça plana...................................... 62
Figura 2.1 – Modelo estrutural, com dimensões da seção, do pórtico a ser analisado.................. 64
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Figura 3.3 – Barra biengastada sujeita a cargas uniformemente distribuídas. ............................ 111
Figura 3.4 – Barra de pórtico plano sujeita a deslocamentos impostos nas extremidades e cargas
uniformemente distribuídas. ................................................................................................ 112
Figura 3.5 – Decomposição das ações de acordo com o princípio da superposição dos efeitos. 113
Figura 3.6 – Determinação dos esforços internos em uma seção S da barra, pelo lado esquerdo e
pelo lado direito, considerando a presença de cargas distribuídas. ..................................... 115
Figura 3.7 – Diagrama de esforço normal do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
............................................................................................................................................. 142
Figura 3.8 – Diagrama de esforço cortante do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
............................................................................................................................................. 142
Figura 3.9 – Diagrama de esforço cortante do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
............................................................................................................................................. 143
Figura 3.10 – Configurações indeformada e deformada do pórtico plano sujeito a cargas nodais e
distribuídas. ......................................................................................................................... 143
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 1
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condições de suporte também simples) são resolvidos analiticamente. Nos métodos analíticos as
soluções são expressas de forma literal.
Nos métodos numéricos, estabelecem-se equações que governam o problema, com base
em determinadas hipóteses simplificadoras usualmente mais realistas do que as hipóteses
simplificadoras adotadas nos métodos analíticos, e estas equações são resolvidas com o auxílio
de um computador, de forma aproximada. Nos métodos numéricos, as soluções são expressas
com números.
Este texto trata da análise estrutural teórica, com base em um método numérico, qual seja
o Método da Rigidez Direta, o qual será descrito a partir do Capítulo 2.
Figura 1.1– Vista de uma ponte ferroviária metálica. Ponte sobre o Rio Mearim, MA.
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Uma das atividades mais importantes na análise de uma estrutura é justamente a criação
deste modelo estrutural. Na verdade, para a mesma estrutura pode ser recomendável que ser
estude mais de um modelo estrutural.
Conforme já mencionado, o modelo estrutural é definido a partir da consideração de
diversas hipóteses simplificadoras, tais como:
a) Geometria idealizada sem imperfeições - hipóteses de retas perfeitas, faces planas,
retas verticais sem desaprumo, seções transversais constantes, etc;
b) Material homogêneo - material com mesmas propriedades em pontos distintos no
espaço;
c) Material isotrópico - material com mesmas propriedades em direções distintas;
d) Material linear elástico - material obecendo a Lei de Hooke, com tensões
proporcionais às deformações, e sem limite de resistência;
e) Carregamento simplificado - hipóteses de carga uniformemente distribuída,
perfeitamente trapezoidais, cargas concentradas, cargas sem variação no tempo, etc;
f) Condições de apoio idealizadas - apoios do primeiro, segundo ou terceiro gênero
perfeitos;
g) Ligações idealizadas - nós considerados como perfeitamente rotulados, como no
caso de treliças, ou perfeitamente rígidos como no caso de pórticos;
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apenas nos nós (não se pode considerar o peso próprio ao longo das barras). Dentro
destas hipóteses, as barras da treliça ficam sujeitas apenas a esforço normal. Este tipo
de sistema estrutural é comumente utilizado para representar estruturas de coberturas
metálicas de grandes vãos;
f) Pórtico espacial - este sistema é formado por elementos de barras dispostos no
espaço e conectados rigidamente entre si através de pontos nodais. Os elementos de
barra representam os pilares (barras verticais) e vigas (barras horizontais ou
inclinadas). De forma geral, as seções das barras são submetidas a esforço normal,
duas componentes de esforço cortante, momento torçor e duas componentes de
momentos fletores.
A análise estrutural teórica pode ser classificada quanto dois aspectos principais,
conforme descrição abaixo.
a) Análise Estática: neste tipo de análise, considera-se que as ações não variam no
tempo (carregamento estático). Em função das ações serem constantes no tempo, as
respostas também são constantes em relação ao tempo. Neste caso o deslocamento de
um ponto qualquer da estrutura é constante, e a velocidade e aceleração deste ponto
são nulas.
b) Análise Dinâmica: neste tipo de análise, considera-se que as ações variam no tempo
(carregamento dinâmico). Em função das ações variarem ao longo do tempo (por
exemplo, terremotos, vento, tráfego de veículos, explosões na proximidade da
estrutura) as respostas também variam ao longo do tempo. Neste caso, o
deslocamento de um ponto qualquer da estrutura não é constante ao longo do tempo,
e, portanto, as respectivas velocidades e acelerações deste ponto não são nulas. Neste
tipo de análise, os efeitos inerciais da estrutura devem ser considerados.
c) Análise Pseudo-Estática ou Quasi-Estática: neste tipo de análise, considera-se que
as ações variam no tempo de forma muito lenta (carregamento quasi-estático). Com
isto, é possível desprezar os efeitos inerciais da estrutura, e realizar várias análises
estáticas em sequência, uma para cada configuração do carregamento. Este tipo de
análise é bastante utilizado no estudo de pontes, onde se considera que o veículo se
desloca muito lentamente sobre a estrutura, e para cada posição do veículo, realiza-se
uma análise estática. Em função das ações variarem no tempo, as respostas também
variam. Neste caso, o deslocamento de um ponto qualquer da estrutura é variável no
tempo, mas a sua mudança é tão lenta que se pode assumir que a velocidade e
aceleração deste ponto são nulas.
análise não corresponde a uma análise dinâmica propriamente dita, mas pode ser considerada,
em alguns procedimentos, como uma das etapas necessárias a análise dinâmica da estrutura.
a) Análise Linear: neste tipo de análise, considera-se que existe uma proporcionalidade
entre causa (ações externas) e efeito (respostas da estrutura). Para que esta
proporcionalidade exista é importante que sejam respeitados dois requisitos, quais
sejam: O primeiro é que o material, da qual a estrutura é formada, tenha um
comportamento linear elástico. Ou seja, assume-se que as tensões sejam
proporcionais às deformações (a grosso modo se diz que o material deve possuir um
diagrama tensão-deformação representado por uma “reta”). O segundo requisito, é
que as deformações e deslocamentos da estrutura sejam pequenos (infinitesimais).
b) Análise Não-Linear: neste tipo de análise, não existe uma proporcionalidade entre
causa (ações externas) e efeito (respostas da estrutura). Esta não proporcionalidade
pode ter duas origens, a saber: a primeira causa refere-se ao comportamento não
linear do material, ou seja, o material apresenta um diagrama tensão deformação
representado por uma curva (ou poligonal). Neste caso, diz-se que ocorre uma não
linearidade do material, ou não linearidade física. A segunda causa refere-se à
ocorrência de grandes deformações e/ou deslocamentos na estrutura. Nesta segunda
situação, diz-se que ocorre uma não linearidade geométrica.
Existe uma variedade muito grande de métodos de análise estrutural, em especial quando
se considera os possíveis tipos de estruturas existentes (aporticadas, de superfície, volumétricas,
e mistas) e os diferentes tipos de análise (estática, dinâmica, modal, de carga crítica, etc)
De uma forma bastante geral, pode-se classificar as grandezas de interesse na análise
estrutural em dois grupos, quais sejam:
a) Variáveis cinemáticas – este grupo refere-se ao movimento da estrutura, e abrange
as grandezas deslocamentos e suas derivadas no tempo (velocidades e acelerações),
rotações (giros), curvaturas, alongamentos, deformações, distorções, etc. De uma
forma muito geral, pode-se adotar o nome “deslocamentos” para representar este
grupo.
b) Variáveis estáticas – este grupo refere-se aos esforços que ocorrem na estrutura, e
abrange as grandezas forças, esforços internos, tensões, trações, etc. De uma forma
muito geral, pode-se adotar o nome “forças” para representar este grupo.
Percebe-se então que como existem apenas dois grupos de variáveis no problema de
análise estrutural, pode-se dizer que os métodos de análise estrutural podem ser classificados em
dois tipos, quais sejam:
a) Método das forças
b) Método dos deslocamentos
No presente contexto, será dada ênfase à análise estrutural estática linear de estruturas
aporticadas.
A Figura 2.1 mostra o modelo estrutural de uma treliça plana que será utilizada para
apresentação do Método da Rigidez Direta. Trata-se de uma estrutura hiperestática, cuja solução
não é possível apenas utilizando-se equações de equilíbrio. A estrutura possui quatro nós,
numerados de forma arbitrária, de 1 a 4, e cinco barras identificadas através das letras a, b, c, d e
e. As barras d e e se cruzam sem estarem conectadas entre si através de um nó central. Para
posterior especificação da posição dos nós da estrutura e da direção das forças e deslocamentos
considerados, emprega-se um sistema de coordenadas cartesianas globais ( x g , y g ) como
referência. Na figura são indicados, ainda, os valores do módulo de elasticidade do material E, e
as áreas das barras Aa , Ab , Ac , Ad e Ae .
As condições de apoio da estrutura são tais que, conforme indica a Figura 2.1, os nós 1 e
3 possuem deslocamentos impedidos nas duas direções x g e y g , e os nós 2 e 4 estão livres para
se movimentar. A estrutura está sujeita a duas cargas concentradas na direção vertical, sentido
para baixo, sendo uma de 20kN no nó 2 e outra de 30kN no nó 4, conforme indica a figura. Além
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 12
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Código das
Coordenadas Deslocamentos
condições de Forças nodais
nodais nodais
Nó vínculo
xg yg Cx Cy
Px Py Dx Dy
(m) (m) (kN) (kN) (m) (m)
1 0,0 0,0 1 1 ? ? 0,0 0,0
2 2,0 0,0 0 0 0,0 -20,0 ? ?
3 0,0 1,5 1 1 ? ? 0,001 0,0
4 2,0 1,5 0 0 0,0 -30,0 ? ?
Propriedades da
Conectividade
seção
Barra
E A
nó I nó J
(kN/m2) (m2)
a 1 2 2,0×108 10,0×10-4
b 3 4 2,0×108 10,0×10-4
c 2 4 2,0×108 10,0×10-4
d 1 4 2,0×108 15,0×10-4
e 3 2 2,0×108 15,0×10-4
Um modo muito eficaz de definição da posição dos nós consiste em se especificar as
Significado
Código
Deslocamento Força
Força prescrita (conhecida).
0 Deslocamento livre (desconhecido).
Pode ser nula ou imposta → carga nodal
Deslocamento prescrito (conhecido). Força livre (desconhecida).
1
Pode ser nulo ou imposto → recalque. Reação de apoio.
Assim, usando os códigos binários da Tabela 2.3, são listados na quarta e na quinta
coluna da Tabela 2.1, os códigos C x e C y , respectivamente, para representar as condições de
vínculo dos gdl referentes as direções xg e y g de cada nó. Desta forma, observa-se que os nós 1
e 3 apresentam os dois gdl restringidos e os nós 2 e 4 encontram-se totalmente livres.
Para especificação das forças e deslocamentos nodais deve-se adotar uma convenção de
sinais. Usualmente, adota-se que as cargas e deslocamentos nodais possuem sinais positivos
quando têm o mesmo sentido do sentido positivo do eixo coordenado correspondente, e
negativos em caso contrário.
Deste modo, a sexta e a sétima colunas da Tabela 2.1 relacionam as forças aplicadas nos
nós. Observa-se que para as condições de vínculo do tipo 0 (caso dos nós 2 e 4), as forças são
conhecidas, e para as condições de vínculo do tipo 1 (caso dos nós 1 e 3), as forças são
desconhecidas, correspondendo, na verdade, às reações de apoio que serão determinadas após a
análise da estrutura. Por esta razão, utiliza-se o símbolo ‘?’ para representar uma grandeza
desconhecida na tabela.
A oitava e a nona colunas da Tabela 2.1 relacionam os deslocamentos nodais. Verifica-se
que para as condições de vínculo do tipo 0 (caso dos nós 2 e 4), os deslocamentos nodais são
desconhecidos, e para as condições de vínculo do tipo 1 (caso dos nós 1 e 3), os deslocamentos
nodais são conhecidas, podendo corresponder a deslocamentos impostos, ou recalques medidos
ou estimados nas fundações
Na Tabela 2.2 são apresentados os dados correspondentes às barras do modelo. Uma
barra de treliça fica perfeitamente identificada através da definição de sua incidência ou
conectivade nodal, quais sejam o nó inicial, I, e o nó final J (segunda e terceira colunas,
respectivametne), o módulo de elasticidade E do material (quarta coluna), e a área A da seção
transversal (quinta coluna).
Por fim, é interessante observar que a partir da Tabela 2.1 e da Tabela 2.2 se pode
“reconstruir”, sem nenhuma ambiguidade, o modelo estrutural representado na Figura 2.1. Na
verdade, como todas as informações do modelo estrutural estão contidos nestas tabelas, pode-se
proceder à análise estrutural do modelo, pelo Método da Rigidez Direta, apenas consultando-as,
sem ser necessário visualizar a imagem do modelo. É desta forma que funcionam os programas
de computador para análise estrutural baseados no Método da Rigidez Direta, pois eles obtêm
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todas as informações necessárias à análise estrutural a partir de tabelas como estas, e não
diretamente de imagens.
Conforme discutido anteriormente, cada nó de uma treliça plana possui dois gdl (nas
direções xg e y g ). Assim, como a estrutura em questão possui quatro nós, ela possui oito gdl.
Da mesma forma que é útil numerar as barras, e os nós da estrutura, também é apropriado
numerar os gdl da estrutura, conforme ilustra a Figura 2.2. Nesta figura, as setas mostradas nos
nós representam tanto os deslocamentos nodais D1, D2 ,K, D8 , quanto as forças nodais
Figura 2.2 – Graus de liberdade do modelo estrutural, indicando os deslocamentos e forças nodais da
estrutura.
Para numeração dos gdl, pode-se utilizar diversas regras de numeração, inclusive visando
a redução de memória computacional utilizada para resolver o problema (porém este assunto está
fora do escopo deste texto). Uma regra bastante simples e usual para análise de pequenas
estruturas é descrita a seguir: percorre-se toda a lista de nós, do nó inicial até o nó final, e para
cada nó percorrem-se todos os graus de liberdade (na sequência D x , D y ), numerando-se
numerar todos os gdl livres, repete-se o procedimento numerando-se todos os gdl restringidos.
Com base nesta regra, obtém-se a numeração dos gdl da estrutura mostrados na Figura 2.2.
Os deslocamentos nodais D1, D2 ,K, D8 , e as forças nodais P1, P2 ,K , P8 , podem ser
agrupados em matrizes colunas, também chamadas, “vetores”
D1 P1
D P
{D} = 2 {P} = 2
(1.1)
M M
D8 P8
onde {D} é o vetor de deslocamentos nodais da estrutura e {P} é o vetor de forças nodais da
estrutura.
No método da rigidez direta, deve-se buscar uma relação entre os deslocamentos e forças
da estrutura. Para isto, da mesma forma que foi necessário definir os gdl da estrutura, com os
deslocamentos e forças nodais associados, também é necessário que se defina os gdl da barra,
com os seus respectivos deslocamentos e forças nodais.
A Figura 2.3 mostra, para uma barra arbitrária de treliça plana, os seus quatro gdl, ou
seja, os possíveis deslocamentos nodais d1g , d 2g , d 3g e d 4g , assim como as respectivas forças
nodais p1g , p2g , p3g e p4g , que podem ocorrer nas extremidades da barra. Estes deslocamentos e
forças possuem a mesma orientação das forças e deslocamentos nodais da estrutura, os quais por
sua vez, possuem a mesma orientação dos eixos do sistema de coordenadas globais ( x g , y g ) , o
qual é novamente indicado na figura.
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Figura 2.3 – Graus de liberdade de uma barra arbitrária de treliça plana em relação ao sistema global de
coordenadas.
Os gdl da barra são numerados de acordo com a seguinte sequência: primeiro numera-se
e p4g podem ser agrupados nos seguintes vetores, para cada barra
d1g p1g
g g
d p
{d } = 2
g
{p } = 2
g
g g (1.2)
d 3 p3
g g
d 4 p4
onde {d g } é o vetor de deslocamentos nodais da barra e {p g } é o vetor de forças da barra,
ambos em relação ao sistema global de coordenadas. Estes vetores são também simplesmente
chamados de vetor de deslocamentos globais da barra, e vetor de forças globais da barra,
respectivamente.
Cabe destacar que embora os quatro deslocamentos nodais d1g , d 2g , d 3g e d 4g possam
assumir valores independentes entre si, as forças nodais p1g , p2g , p3g e p4g precisam respeitar
equilíbrio, e, portanto, não são independentes entre si. Pode-se pensar no sistema referente à
barra isolada mostrada na Figura 2.3 como sendo um diagrama de corpo livre, havendo a
necessidade que as forças nas extremidades satisfaçam a condição de equilíbrio. Além disso,
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como em barras de treliças não há esforços cortantes, sabe-se que a resultante das forças que
atuam nas seções da barra deve possuir a mesma direção do eixo da barra, dando origem apenas
ao esforço normal.
A Figura 2.4 mostra uma vista explodida da estrutura, com os gdl de todas as barras em
relação ao sistema global de coordenadas.
Figura 2.4 – Visto explodida da estrutura com graus de liberdade de todas as barras em relação ao sistema
global de coordenadas.
Figura 2.5 – Graus de liberdade de uma barra arbitrária de treliça plana em relação ao sistema local de
coordenadas.
Os gdl da barra em relação ao sistema local são numerados de forma análoga ao gdl
referentes ao sistema global, de acordo com a seguinte sequência: primeiro numera-se os gdl do
d1l p1l
l l
d p
{d l } = 2 {pl } = 2
l l (1.3)
d 3 p3
l l
d 4 p4
onde {d l } é o vetor de deslocamentos nodais da barra e {p l } é o vetor de forças da barra, ambos
em relação ao sistema local de coordenadas. Estes vetores são também simplesmente chamados
de vetor de deslocamentos locais da barra, e vetor de forças locais da barra, respectivamente.
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onde N é o esforço normal da barra, sendo positivo no caso de tração e negativo no caso de
compressão.
A Figura 2.6 mostra uma vista explodida da estrutura, com os gdl de todas as barras em
relação aos respectivos sistemas locais de coordenadas.
Figura 2.6 – Vista explodida da estrutura com graus de liberdade das barras em relação ao sistema local
de coordenadas.
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∆x g = x Jg − x Ig
∆y g = y Jg − y Ig (1.5)
Conforme se justificará mais adiante, ressalta-se que nas equações acima deve-se
respeitar o sinal resultante da subtração das coordenadas, seja ele negativo ou positivo. Ou seja,
neste caso, as grandezas ∆x g e ∆y g não são distâncias no sentido mais comum do termo, já que
distâncias são sempre positivas. Pode-se defini-las de forma mais correta como sendo as
componentes vetorias de um vetor correspondente ao eixo da barra, podendo portanto,
assumirem valores positivos ou negativos.
O comprimento L da barra pode ser calculado, facilmente, a partir das projeções ∆x g e
L= ( ∆x ) + ( ∆y )
g 2 g 2
(1.6)
A orientação da barra pode ser definida a partir das medidas do seno e cosseno do ângulo
que o eixo xl da barra forma com o eixo xg da estrutura (ver Figura 2.7)
∆x g
cos θ =
L
∆y g (1.7)
senθ =
L
Figura 2.8 – Barra desenhada com o seu eixo local x l alinhado com a direção horizontal.
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Figura 2.9 – Barras na configuração indeformada e deformada, sujeita aos quatro deslocamentos nodais.
Para tratar o problema com mais simplicidade, será utilizado o Princípio da Superposição
dos Efeitos, o qual é válido para estruturas de material com comportamento linear-elástico (ou
seja, com linearidade física), e sujeitas a pequenos deslocamentos (ou seja, com linearidade
geométrica).
Com base neste princípio, pode-se decompor o campo de deslocamentos, correspondente
aos quatro deslocamentos nodais d1l , d 2l , d3l , d 4l atuando simultaneamente (caso original), em
quatro modos de deformação independentes com cada deslocamento nodal atuando
separadamente (casos 1, 2, 3 e 4), conforme indica a Figura 2.10.
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Figura 2.10 – Decomposição dos deslocamentos nodais de acordo com o princípio da superposição dos
efeitos.
Figura 2.11 – Forças atuantes nas extremidades da barra, associadas a cada um dos quatro deslocamentos
nodais impostos .
A relação entre forças e deslocamentos axiais em uma barra sujeita a esforço axial, pode
ser obtida facilmente através de equações básicas da disciplina Resistência dos Materiais
N = Aσ
(1.8)
σ = Eε
(1.9)
∆L
ε=
L (1.10)
onde σ é tensão normal na seção, ε é a deformação normal específica, e ∆L é o alongamento
da barra.
Se observa nas equações acima, três tipos de relações distintas, a saber: a Eq. (1.8)
corresponde a uma relação estática (notar que ambos os lados da equação tem unidade de força,
sendo portanto uma equação de equilíbrio); a Eq. (1.9) corresponde a uma relação constitutiva do
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Com base no princípio da superposição dos efeitos, as forças que atuam no caso original
são iguais ao respectivo somatório das forças que atuam em cada um dos quatro casos mostrados
na Figura 2.11
EA l EA l
p1l = d1 + 0d 2l − d 3 + 0d 4l
L L
p2 = 0d1 + 0d 2 + 0d 3 + 0d 4l
l l l l
EA l EA l (1.15)
p3l = − d1 + 0d 2l + d 3 + 0d 4l
L L
p4 = 0d1 + 0d 2 + 0d 3 + 0d 4l
l l l l
rigidez local da barra. Para isto, deve-se inicialmente reescrever a Eq. (1.16) em uma forma mais
geral
p1l k1,1
l l
k1,2 l
k1,3 l
k1,4 d1l
l l l l l
l
p2 k2,1 k2,2 k2,3 k2,4 d 2
l= l l l l l (1.19)
p3 k3,1 k3,2 k3,3 k3,4 d 3
l k l k l l
k4,3 l l
k4,4
p4 4,1 4,2 d 4
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Considera-se agora uma situação particular em que apenas um dos quatro deslocamentos
nodais d1l , d 2l , d3l , d 4l seja igual a 1, e os demais sejam nulos. Por exemplo, suponha-se que d 3l = 1
e que d1l = d 2l = d 4l = 0 . Neste caso, as forças nodais são definidas como p1l (3) , p2l (3) , p3l (3) , p4l (3) ,
já que o 3o gdl corresponde ao deslocamento não nulo (denota-se, de agora em diante, este caso
como sendo o caso 3). Nesta situação, por exemplo, a Eq. (1.19) ficaria
deslocamento unitário imposto no gdl local j da barra (caso j) enquanto todos os demais
deslocamentos locais são mantidos nulos.
É importante destacar também que a matriz de rigidez da barra é simétrica, ou seja
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[k l ]T = [k l ]
kil, j = k lj ,i (1.25)
A propriedade de simetria desta matriz pode ser demonstrada a partir do Princípio dos
Trabalhos Virtuais.
r
As componentes do vetor u podem ser expressas como
u xl u xg
{u } = l {u } = g
l g
(1.26)
u y u y
É importante estabelecer a relação existente entre estes dois vetores. Para isto, procede-se
como segue.
De acordo com a Figura 2.12 tem-se que
u xg = u cos α
u yg = u senα (1.27)
e
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u xl = u cos β
u ly = u senβ (1.28)
r
onde u é a norma (módulo) do vetor u . Como
β = α −θ
(1.29)
tem-se que
u lx = u cos β
= u cos(α − θ )
= u cos α cos( −θ ) − u senα sen( − θ )
= u cos α cos θ + u senα senθ
u ly = usenβ (1.30)
= usen(α − θ )
= u cos α sen( −θ ) + usenα cos( − θ )
= −u cos α senθ + usenα cosθ
Substituindo as Eqs. (1.27) nas Eqs. (1.30), chega-se a
l =
u y −senθ cos θ u yg (1.32)
Considerando-se que o produto escalar entre vetores ortogonais é igual a zero, e que o
produto escalar entre vetores colineares unitários é igual a um, chega-se a
[r ][r ]T = [r ]T [r ] = [ I ]
(1.35)
onde [I] é a matriz identidade. Assim,
[r ]−1 = [r ]T
(1.36)
O que significa que a inversa da matriz de rotação é igual a sua matriz transposta.
Deve-se lembrar que os deslocamentos (d1l , d2l ) e (d1g , d 2g ) são, respectivamente, as
componentes em relação ao sistema local e global de coordenadas, de um vetor de
deslocamentos que ocorrem no nó I da barra. Assim, analogamente ao que foi considerado para o
r
vetor u , através das Eqs. (1.31), tem-se que
d1l = cos θ d1g + senθ d 2g
d 2l = −senθ d1g + cos θ d 2g (1.37)
cos θ senθ 0 0
−senθ cos θ 0 0
[R ] =
0 0 cos θ senθ (1.42)
0 0 −senθ cos θ
é a matriz de rotação da barra. Pode-se verificar facilmente que esta matriz também é ortogonal.
Ou seja
[ R ][ R ]T = [ R ]T [ R ] = [ I ]
(1.43)
Observa-se que os mesmos desenvolvimentos expostos para o vetor de deslocamentos
também são válidos para o vetor de forças. Ou seja,
{p l } = [R ]{p g }
(1.44)
Multiplicando-se ambos os lados da equação acima por [ R ]T , tem-se que
[ R ]T {p l } = [ R T ][ R ]{p g } = [ I ]{p g } = {p g }
(1.45)
ou seja,
{p g } = [ R ]T {p l }
(1.46)
( ) ( )
T T
[k g ]T = [R ]T [k l ][R] = [R ]T [k l ]T [R ]T = [R ]T [k l ][R] = [k g ]
(1.55)
logo, como
[ k g ]T = [ k g ]
(1.56)
Conclui-se que [ k g ] é uma matriz simétrica, o que pode ser comprovado facilmente
através de exemplos numéricos.
A interpretação do sentido físico de cada componente da matriz de rigidez global da barra
é similar ao da matriz de rigidez local, o que pode ser verificado usando a mesma metodologia
de se “impor” deslocamentos unitários em cada gdl da barra mantendo-se os demais nulos. Uma
maneira geral de se comprovar isto é rescrevendo a Eq. (1.52) na forma expandida
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p1g k1,1
g g
k1,2 g
k1,3 g
k1,4 d1g
g g g g g
g
p2 k2,1 k2,2 k2,3 k2,4 d 2
g= g g g g g (1.57)
p3 k3,1 k3,2 k3,3 k3,4 d 3
g k g k g g
k4,3 g g
k4,4
p4 4,1 4,2 d 4
ou seja,
4
p1g = k1,1d1 + k1,2
g g g g
d 2 + k1,3d 3 + k1,4
g g g g
d 4 = ∑ k1,g j d gj
j =1
4
p2g = k2,1
g g
d1 + k2,2
g
d 2g + k2,3
g
d 3g + k2,4
g
d 4g = ∑ k2,g j d gj
j =1
4 (1.58)
p3g = k3,1
g g
d1 + k3,2
g
d 2g + k3,3
g
d 3g + k3,4
g
d 4g = ∑ k3,g j d gj
j =1
4
p4g = k4,1
g g
d1 + k4,2
g
d 2g + k4,3
g
d 3g + k4,4
g
d 4g = ∑ k4,g j d gj
j =1
kig, j corresponde a força pig ( j ) que surge no gdl global i da barra devido a um deslocamento
unitário imposto no gdl global j da barra (caso j) enquanto todos os demais deslocamentos
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globais são mantidos nulos. Em geral, pode-se extender esta demonstração para qualquer tipo de
elemento ou estrutura.
d ag4 = D2
Rescrevendo as equações acima na forma matricial, tem-se
D1
D
2
d ag1 0 0 0 0 1 0 0 0 D3
g
d a 2 0 0 0 0 0 1 0 0 D4
g =
d a 3 1 0 D5
0 0 0 0 0 0 (1.65)
g 0 1 0 0 0 0 0
0 D6
d a 4
D7
D8
d bg4 = D4
Rescrevendo as equações acima na forma matricial, tem-se
D1
D
2
d bg1 0 0 0 0 0 0 1 0 D3
g
d b 2 0 0 0 0 0 0 0 1 D4
g =
d b3 0 0 D5
0 1 0 0 0 0 (1.69)
g 0 0 0 1 0 0 0
0 D6
d b 4
D7
D8
{d elg } = [H el ]{D}
(1.72)
A Eq. (1.72) é uma equação de compatibilidade de deslocamentos nodais. A partir desta
equação, conclui-se que o número de linhas da matriz [H el ] é igual ao número de gdl do
elemento, e o número de colunas é igual ao número de gdl da estrutura.
Observa-se que a matriz [H el ] é uma matriz do tipo Booleana (formada apenas por zeros
e uns) e bastante esparsa (com muitos zeros), onde cada linha possui apenas um único número 1
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e o restante são nulos. Pode-se verificar que a posição deste número 1 corresponde justamente a
relação que existe entre os gdl do elemento e o gdl de liberdade da estrutura.
A partir da Eq. (1.68), observa-se que, o gdl 1 da barra b corresponde ao gdl 7 da
estrutura. Portanto, na linha 1, coluna 7 da matriz [Hb ] , deve haver um número um e o restante
da linha deve ter números zeros.
Da mesma forma, observa-se que, o gdl 2 da barra b corresponde ao gdl 8 da estrutura.
Portanto, na linha 2, coluna 8 da matriz [Hb ] , deve haver um número um e o restante da linha
deve ter números zeros.
Extendendo a ideia para os gdl 3 e 4 da barra, conclui-se que deve haver números uns nas
posições (3,3) e (4,4) da matriz [Hb ] .
De acordo com este raciocínio, podem-se obter rapidamente as matrizes de incidência
cinemática para as demais barras
1 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
[H c ] =
0 0 1 0 0 0 0 0 (1.73)
0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0
[H d ] =
0 0 1 0 0 0 0 0 (1.74)
0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 0 1
[H e ] =
1 0 0 0 0 0 0 0 (1.75)
0 1 0 0 0 0 0 0
Uma condição de equilíbrio a ser satisfeita, é que a soma das forças nodais, referentes a
um gdl comum da estrutura, provenientes dos elementos conectados ao nó associado a este gdl,
deve ser igual à força total aplicada neste gdl. Ou seja, para o nó 1, de acordo com a Figura 2.2 e
a Figura 2.4, tem-se as seguintes equações de equilíbrio
P1 = pag3 + pcg1 + peg3
P2 = pag4 + pcg2 + peg4 (1.76)
P7 = pbg1 + peg1
P8 = pbg2 + peg2
As Eqs. (1.76) e (1.77) podem ser escritas na seguinte forma matricial
0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0
g g g
0 0 0 0 pa1 0 0 1 0 pb1 0 0 1 0 pc1
0 0 0 0 pag2 0 0 0 1 pbg2 0 0 0 1 pcg2
{P} = + + +
1 0 0 0 pag3 0 0 0 0 pbg3 0 0 0 0 pcg3
0 1 0 0 p g 0 0 0 0 p g 0 0 0 0 p g
a4 b4 c4
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 0 1
g g
0 0 1 0 pd 1 0 0 0 0 pe1
pg pg
0 0 0 1 0 0 0 0 e 2
+
d 2
1 0 0 0 p 0 0 0 0 p g
g
d3 e3
0 1 0 0 pd 4
g 0 0 0 0 peg4
0 0 0 0 1 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 (1.78)
onde
0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
[G a ] = [Gb ] = [G c ] =
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 0 1
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
[G d ] = [G e ] =
1 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 (1.80)
onde el representa um elemento genérico e nel é o número de elementos da estrutura (neste caso,
nel = 5 ).
Observa-se que as matrizes de incidência estática são iguais às transpostas das matrizes
de incidência cinemática. Ou seja,
[G el ] = [H el ]T
(1.83)
Esta propriedade é conhecida como principío da contragradiência, e pode ser
demonstrada através do Princípio dos Trabalhos Virtuais.
Considerando a Eq. (1.83) a Eq. (1.82) pode ser expressa como:
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nel
{P} = ∑ [Hel ]T {pelg }
el =1
(1.84)
A relação entre os vetores de forças e deslocamentos da estrutura pode ser obtida a partir
das Eqs. (1.84), (1.52) e (1.72), repetidas abaixo por conveniência, para um elemento arbitrário
el
nel
{P} = ∑ [Hel ]T {pelg }
el =1
(1.85)
Como o vetor de deslocamentos {D} não varia no somatório, ele pode ser colocado em
evidência. Ou seja,
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nel
{P} = ∑ ([Hel ]T [k elg ][Hel ]{D})
el =1
nel (1.90)
= ∑ [H el ]T [k elg ][H el ] {D}
el =1
Assim,
{P} = [K ]{D}
(1.91)
onde
nel
[K ] = ∑ [Hel ]T [k elg ][Hel ] (1.92)
el =1
é a matriz de rigidez da estrutura, a qual pode ser determinada a partir das matrizes de rigidez das
barras.
Embora as Eqs. (1.85) e (1.92) tenham sido deduzidas para a treliça mostrada na Figura
2.1, estas equações são completamente genéricas, podendo ser utilizadas para qualquer outra
estrutura.
Deve-se ressaltar que embora as Eqs. (1.85) e (1.92) representem teoricamente a forma de
obtenção do vetor de forças nodais, e da matriz de rigidez da estrutura, na prática, este processo
torna-se ineficiente para estruturas formadas por muitas barras, em função da grande quantidade
de zeros presente nas matrizes de incidência cinemática. Assim, na prática, utiliza-se um
algoritmo computacional para montagem do vetor de forças nodais e matriz de rigidez da
estrutura, o qual evita a multiplicação desnecessária dos números zero presentes nas matrizes de
incidência cinemática dos elementos.
É importante se estabelecer o significado físico de cada componente da matriz de rigidez
da estrutura, o que pode ser feito de forma análoga ao que foi apresentado para a matriz de
rigidez global da barra na seção 2.8.
Para a estrutura em estudo, a Eq. (1.91) pode ser escrita na forma expandida como
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força Pi( j ) que surge no gdl global i da estrutura devido a um deslocamento unitário imposto no
gdl j, enquanto todos os demais deslocamentos nodais da estrutura são mantidos nulos.
e
D1 P1
D P
{D L } = 2 {PL } = 2
D3 P3
D4 P4
D5 P5 (1.97)
D P
6
{D R } = {PR } = 6
D7 P7
D8 P8
Com isso, o vetor de deslocamentos nodais livres (ou desconhecidos) {D L } pode ser
calculado, a partir da primeira das equações acima,
às reações de apoio, {PR } , pode ser calculado diretamente utilizando-se a segunda das Eqs.
(1.98)
{PR } = [K RL ]{D L } + [K RR ]{D R }
(1.100)
Após a obtenção dos vetores {D L } e {PR } , pode-se obter os vetores completos de forças
{PL } , respectivamente
{D } {P }
{D} = L {P} = L
{D R } {PR } (1.101)
Por fim, deve-se ressaltar que de acordo com a Eq. (1.99) , para que o problema tenha
solução, é necessário que a matriz [K LL ] possua inversa, ou seja, que ela seja não singular.
Deve-se lembra que para que uma matriz seja não singular, o seu determinante deve ser não
nulo. Pode-se afirmar que a matriz [K LL ] é inversível desde que a estrutura correspondente
possua vínculos suficientes para eliminar os possíveis modos de corpo rígido, ou seja, que a
estrutura não seja hipostática.
Como a matriz de rigidez [K ] como um todo (antes da partição) corresponde a estrutura
sem que já se tenha levado em conta as condições de contorno (exceto pelo sistema de
numeração dos gdl), a mesma não possui inversa. Ou seja, a matriz de rigidez [K ] da estrutura,
abrangendo todos os gdl (livres e restringidos), é sempre singular.
As etapas de análise pelo Método da Rigidez Direta são descritas resumidamente abaixo:
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L= ( ∆x ) + ( ∆y )
g 2 g 2
∆x g
cos θ =
L
∆y g
senθ =
L
2.2. Determinação da matriz de rigidez da barra em relação ao sistema local de coordenadas,
de acordo com a Eq. (1.18)
EA EA
L 0 − 0
L
0 0 0 0
[k el ] =
l
EA EA
− 0 0
L L
0 0 0 0
2.3. Determinação da matriz de rotação da barra, de acordo com a Eq. (1.42)
cos θ senθ 0 0
−senθ cos θ 0 0
[R el ] =
0 0 cos θ senθ
0 0 −senθ cos θ
2.4. Determinação da matriz de rigidez da barra em relação ao sistema global de
coordenadas, de acordo com a Eq. (1.53)
[k elg ] = [R el ]T [k lel ][R el ]
nel
[K ] = ∑ [Hel ]T [k elg ][Hel ]
el =1
4. Montagem da parte conhecida {PL } do vetor de forças nodais da estrutura, a partir dos dados
de entrada
5. Montagem da parte conhecida {D R } do vetor de deslocamentos nodais da estrutura, a partir
dos dados de entrada
6. Partição da matriz de rigidez da estrutura, para solução do sistema de equações [K ]{D} = {P}
, considerando as condições de contorno, de acordo com a seção 2.12
[K LL ] [K LR ]
[K ] [K ] = [K ]
RL RR
8. Obtenção das reações de apoio (parte desconhecida do vetor de forças nodais), de acordo
com a Eq. (1.100)
{PR } = [K RL ]{D L } + [K RR ]{D R }
9. Montagem do vetor completo de deslocamentos nodais da estrutura, de acordo com a
primeira das Eqs. (1.101)
{D }
{D} = L
{D R }
10. Montagem do vetor completo de forças nodais da estrutura, de acordo com a segunda das
Eqs. (1.101)
{P }
{P} = L
{PR }
11. Para cada elemento deve-se fazer
11.1. Determinação do vetor de deslocamentos nodais em relação ao sistema global de
coordenadas, utilizando-se a matriz de incidência cinemática, de acordo com a
Eq. (1.72)
{d elg } = [Hel ]{D}
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I J E A
1 8 −4 barra a
2 2 ⋅10 10 ⋅10
8 −4 barra b
3 4 2 ⋅10 10 ⋅10
tabBarras := 2 8 −4 barra c
4 2 ⋅10 10 ⋅10
8 −4
4 2 ⋅10 15 ⋅10 barra d
1
3 8 −4
2 2 ⋅10 15 ⋅10 barra e
2.a. Barra a
el := a
xI := tabNos noI , 1 xI = 0
yI := tabNos noI , 2 yI = 0
xJ := tabNosnoJ , 1 xJ = 2
yJ := tabNos noJ , 2 yJ = 0
∆x := xJ − xI ∆x = 2
∆y := yJ − yI ∆y = 0
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2 2
L := ∆x + ∆y L=2
∆x
cosθ := cosθ = 1
L
∆y
senθ := senθ = 0
L
E⋅A 0
−E⋅A
0
L L 1 0 −1 0
0
0 0 0 0 0 0 0 5
kal := kal = ⋅10
−E⋅A E⋅A −1 0 1 0
0 0
L L 0 0 0 0
0 0
0 0
cosθ senθ 0 0 1 0 0 0
− senθ cosθ 0 0 0 1 0 0
Ra := Ra =
0 0 cosθ senθ 0 0 1 0
0 0 − senθ cosθ 0 0 0 1
1 0 −1 0
kag := RaT ⋅kal ⋅Ra 0 0 0 0 5
kag = ⋅10
−1 0 1 0
0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 0
Ha :=
0 0 0 0 0 1 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
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2.b. Barra b
xI := tabNos noI , 1 xI = 0
xJ := tabNosnoJ , 1 xJ = 2
∆x := xJ − xI ∆x = 2
∆y := yJ − yI ∆y = 0
2 2
L := ∆x + ∆y L=2
∆x
cosθ := cosθ = 1
L
∆y
senθ := senθ = 0
L
2.b.2. Matriz de rigidez da barra em relação ao sistema local de coordenadas
8
E := tabBarras el , 3 E = 2 × 10
−3
A := tabBarras el , 4 A = 1 × 10
E⋅A 0
−E⋅A
0
L L 1 0 −1 0
0
0 0 0 0 0 0 0 5
kbl := kbl = ⋅10
−E⋅A E⋅A −1 0 1 0
0 0
L L 0 0 0 0
0 0
0 0
cosθ senθ 0 0 1 0 0 0
− senθ cosθ 0 0 0 1 0 0
Rb := Rb =
0 0 cosθ senθ 0 0 1 0
0 0 − senθ cosθ 0 0 0 1
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1 0 −1 0
kbg := RbT ⋅kbl ⋅Rb 0 0 0 0 5
kbg = ⋅10
−1 0 1 0
0 0 0 0
2.b.5. Matriz de incidência cinemática
0 0 0 0 0 0 1 0
Hb :=
0 0 0 0 0 0 0 1
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
2.c. Barra c
el := c
xI := tabNos noI , 1 xI = 2
yI := tabNos noI , 2 yI = 0
xJ := tabNos noJ , 1 xJ = 2
∆x := xJ − xI ∆x = 0
∆y := yJ − yI ∆y = 1.5
2 2
L := ∆x + ∆y L = 1.5
∆x
cosθ := cosθ = 0
L
∆y
senθ := senθ = 1
L
8
E := tabBarras el , 3 E = 2 × 10
−3
A := tabBarrasel , 4 A = 1 × 10
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E⋅A 0
−E⋅A
0
L L 1.333 0 − 1.333 0
0
0 0 0 0 0 0 0 5
kcl := kcl = ⋅10
−E⋅A E⋅A −1.333 0
0
0 1.333
L
0
L
0 0 0 0
0 0
0 0
cosθ senθ 0 0 0 1 0 0
−senθ cosθ 0 0 −1 0 0 0
Rc := Rc =
0 0 cosθ senθ 0 0 0 1
0 0 −senθ cosθ 0 0 −1 0
0 0 0 0
kcg := RcT ⋅kcl ⋅Rc 0 1.333 0 − 1.333 5
kcg = ⋅10
0 0 0 0
0 −1.333 0 1.333
2.c.5. Matriz de incidência cinemática
1 0 0 0 0 0 0 0
Hc :=
0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
2.d. Barra d
el := d
xI := tabNos noI , 1 xI = 0
yI := tabNos noI , 2 yI = 0
xJ := tabNos noJ , 1 xJ = 2
∆x := xJ − xI ∆x = 2
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∆y := yJ − yI ∆y = 1.5
2 2
L := ∆x + ∆y L = 2.5
∆x
cosθ := cosθ = 0.8
L
∆y
senθ := senθ = 0.6
L
E⋅A 0
−E⋅A
0
L L 1.2 0 −1.2 0
0
0 0 0 0 0 0 0 5
kdl := kdl = ⋅10
−E⋅A E⋅A −1.2 0 1.2 0
0 0
L L 0 0 0 0
0 0
0 0
0 0 0 0 1 0 0 0
Hd :=
0 0 0 0 0 1 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 54
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2.e. Barra e
el := e
xI := tabNos noI , 1 xI = 0
xJ := tabNos noJ , 1 xJ = 2
yJ := tabNos noJ , 2 yJ = 0
∆x := xJ − xI ∆x = 2
∆y := yJ − yI ∆y = −1.5
2 2
L := ∆x + ∆y L = 2.5
∆x
cosθ := cosθ = 0.8
L
∆y
senθ := senθ = −0.6
L
8
E := tabBarras el , 3 E = 2 × 10
−3
A := tabBarrasel , 4 A = 1.5 × 10
E⋅A 0
−E⋅A
0
L L 1.2 0 −1.2 0
0
0 0 0 0 0 0 0 5
kel := kel = ⋅10
−E⋅A E⋅A −1.2 0 1.2 0
0 0
L L 0 0 0 0
0 0
0 0
0 0 0 0 0 0 1 0
He :=
0 0 0 0 0 0 0 1
1 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
K := HaT ⋅kag⋅Ha + HbT ⋅kbg⋅Hb + HcT ⋅kcg⋅Hc + HdT ⋅kdg⋅Hd + HeT ⋅keg⋅He
tabNos 2 , 5 0
tabNos 2 , 6
−20
PL := PL =
tabNos 4 , 5 0
tabNos 4 , 6
−30
tabNos 1 , 7
0
tabNos 1 , 8
DR := 0
DR =
tabNos 3 , 7 1 × 10 − 3
tabNos 3 , 8
0
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K LL := submatrix( K , 1 , 4 , 1 , 4)
K LR := submatrix( K , 1 , 4 , 5 , 8)
K RL := submatrix( K , 5 , 8 , 1 , 4)
K RR := submatrix( K , 5 , 8 , 5 , 8)
−1
DL := K LL (
⋅ PL − K LR ⋅DR )
−3.2774 × 10 − 4
0.801 0.7226 − 0.199 0.6107
−3
DL =
−2.3393 × 10 K LL
−1
=
0.7226 2.2181 − 0.6107 1.8745 − 5
⋅10
−3 −0.199 − 0.6107 0.801 − 0.7226
1.3389 × 10
−2.3737 × 10 − 3 0.6107 1.8745 − 0.7226 2.2181
66.6667
PR := KRL⋅DL + KRR⋅DR PR =
25.4197
−66.6667
24.5803
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− 3.277 × 10 − 4
− 3.277 × 10 − 4
−3
DL =
− 2.339 × 10 −3
−3 − 2.339 × 10
1.339 × 10 1.339 × 10 − 3
− 2.374 × 10 − 3
−3
0
(
D := stack DL , DR ) D = − 2.374 × 10
0
0
0
DR =
1 × 10 − 3
1 × 10 − 3
0
0
0 0
−20
PL = −20
0 0
−30
(
P := stack PL , PR ) P =
−30
66.667
66.667
25.42 25.42
PR = −66.667
−66.667
24.58 24.58
0
0
dag := Ha ⋅D dag = −4
−3.277 × 10
−3
−2.339 × 10
0
0
dal := Ra ⋅dag dal = −4
−3.277 × 10
−3
−2.339 × 10
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32.774
pal := kal ⋅dal pal =
0
−32.774
0
N a := p al
3 Na = −32.774
32.774
pag := RaT ⋅pal pag =
0
−32.774
0
11.b. Barra b:
1 × 10− 3
0
dbg := Hb ⋅D dbg = −3
1.339 × 10
−3
−2.374 × 10
1 × 10− 3
0
dbl := Rb⋅dbg dbl = −3
1.339 × 10
−3
−2.374 × 10
−33.893
pbl := kbl ⋅dbl pbl =
0
33.893
0
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 59
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N b := pbl
3 Nb = 33.893
−33.893
pbg := RbT ⋅pbl pbg =
0
33.893
0
11.c. Barra c:
−3.277 × 10− 4
−3
dcg := Hc ⋅D dcg =
−2.339 × 10
−3
1.339 × 10
−2.374 × 10− 3
−2.339 × 10− 3
−4
3.277 × 10
dcl := Rc⋅dcg dcl =
−3
−2.374 × 10
−1.339 × 10− 3
11.c.3. Vetor de forças nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas
4.58
pcl := kcl ⋅dcl pcl =
0
−4.58
0
11.c.3.1. Esforço normal da barra:
N c := pcl
3 Nc = −4.58
0
pcg := RcT ⋅pcl pcg =
4.58
0
−4.58
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 60
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11.d. Barra d:
0
0
ddg := Hd ⋅D ddg = −3
1.339 × 10
−3
−2.374 × 10
11.d.2. Vetor de deslocamentos nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas:
0
0
ddl := Rd ⋅ddg ddl = −4
−3.531 × 10
−3
−2.702 × 10
11.d.3. Vetor de forças nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas
42.366
pdl := kdl ⋅ddl pdl =
0
−42.366
0
11.d.3.1. Esforço normal da barra:
N d := pdl
3 N d = −42.366
33.893
pdg := RdT ⋅pdl pdg =
25.42
−33.893
−25.42
11.e. Barra e:
1 × 10− 3
0
deg := He ⋅D deg = −4
−3.277 × 10
−3
−2.339 × 10
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 61
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8 × 10− 4
−4
6 × 10
del := Re⋅deg del =
−3
1.141 × 10
−2.068 × 10− 3
−40.967
pel := kel ⋅del pel =
0
40.967
0
11.e.3.1. Esforço normal da barra:
N e := pel
3 Ne = 40.967
−32.774
peg := ReT ⋅pel peg =
24.58
32.774
−24.58
12. Determinação opcional do vetor de forças da estrutura, a partir das forças globais das
barras, para verificação do equilíbrio dos nós
P2 := HaT ⋅pag + HbT ⋅pbg + HcT ⋅pcg + HdT ⋅pdg + HeT ⋅peg
− 3.553 × 10 − 14 0 0
− 20 − 20
−20
− 1.421 × 10 − 14 0 −2.842 × 10− 14
− 30 −30 − 30
P2 = P = K ⋅D =
66.667 66.667
66.667
25.42 25.42 25.42
−66.667 −66.667
− 66.667
24.58 24.58 24.58
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33,89
7
,9
40
-4,58
-4
2,
37
-32,77
longo de x g e y g ), os nós de pórtico plano possuem três gdl (duas translações ao longo de x g e
g
y g , e uma rotação em torno do eixo z ). Por conta da rigidez do nó à rotação, as barras de
pórtico plano são usualmente sujeitas também a esforço cortante e momento fletor, além do
esforço axial.
Além disso, ao contrário do que ocorre nas barras de treliças que são sujeitas apenas a
cargas aplicadas unicamente nos nós, os pórticos podem ser sujeitos a cargas aplicadas tanto nos
nós quanto ao longo do comprimento das barras.
Entrento, por questões didáticas será apresentado inicialmente o Método da Rigidez
Direta para a análise de pórticos planos sujeitos apenas a cargas nodais, ficando a consideração
das cargas distribuídas a ser apresentada como item complementar mais adiante no texto.
Assim, do mesmo modo que o Método da Rigidez Direta aplicado à análise de treliças
planas foi apresentado através de um exemplo, por questões didáticas, utilizar-se-á também um
exemplo de um pórtico simples para apreentação do método aplicado a análise de pórticos
planos.
A Figura 3.1 mostra o modelo estrutural de um pórtico submetido apenas a cargas nodais
e que será utilizado para apresentação do Método da Rigidez Direta aplicado a análise de
pórticos planos. Trata-se de uma estrutura hiperestática, cuja solução não é possível apenas
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Figura 3.1 – Modelo estrutural, com dimensões da seção, do pórtico a ser analisado.
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As condições de apoio da estrutura são tais que, conforme indica a Figura 3.1, o nó 1
Código das
Coordenadas Deslocamentos
restrições Forças nodais
nodais nodais
Nó nodais
xg yg Cx Cy Crz
Px Py Mz Dx Dy Rz
(m) (m) (kN) (kN) (kNm) (m) (m) (rad)
1 0,0 0,0 1 1 0 ? ? 0,0 0,0 0,0 ?
2 4,0 3,0 0 0 0 10,0 0,0 0,0 ? ? ?
3 8,0 3,0 0 0 0 0,0 -20,0 -10,0 ? ? ?
4 8,0 0,0 1 1 1 ? ? ? 0,0 -0,005 0,0
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Para a definição do sentido das rotações e das cargas momento, utiliza-se a regra da mão
direita. Considerando que usando o sistema cartesiano dextrógiro, o eixo z g apontaria para fora
do plano da figura, tem-se que rotações e momentos nodais no sentido anti-horário são positivos,
e no sentido horário são negativos.
Na Tabela 3.2 são apresentados os dados correspondentes às barras do modelo, sendo
fornecidas informações quanto à conectividade (incidência nodal, ou seja, nó inicial I e nó final
J), e as propriedades da seção, no caso, o módulo de elasticidade do material E, e a área A, e o
momento de inércia I.
Por fim, é interessante observar que, analogamente ao que foi discutido para a treliça
plana, a partir da Tabela 2.1 e da Tabela 2.2 se pode “reconstruir”, sem nenhuma ambiguidade,
o modelo estrutural representado na Figura 2.1. Na verdade, como todas as informações do
modelo estrutural estão contidos nestas tabelas, pode-se proceder à análise estrutural do modelo,
pelo Método da Rigidez Direta, apenas consultando-as, sem ser necessário visualizar a imagem
do modelo.
Conforme discutido anteriormente, cada nó de um pórtico plano possui três gdl (duas
translações nas direções xg e y g , e uma rotação em torno do eixo z g ). Assim, como a estrutura
em questão possui quatro nós, ela possui doze gdl. Da mesma forma que é útil numerar as barras,
e os nós da estrutura, também é apropriado numerar os gdl da estrutura, conforme ilustra a
Figura 2.2. Nesta figura, as setas mostradas nos nós representam tanto os deslocamentos nodais
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D1, D2 ,K, D8 , quanto as forças nodais P1 , P2 ,K, P8 . Estes deslocamentos e forças nodais
Figura 3.2 – Graus de liberdade do modelo estrutural, indicando os deslocamentos e forças nodais da
estrutura.
Para numeração dos gdl, utiliza-se a seguinte regra de numeração: percorre-se toda a lista
de nós, do nó inicial até o nó final, e para cada nó percorrem-se todos os graus de liberdade (na
sequência D x , D y , R z ), numerando-se primeiramente os graus de liberdade livres, e pulando-se
os graus de liberdade restringidos. Após numerar todos os gdl livres, repete-se o procedimento
numerando-se todos os gdl restringidos. Com base nesta regra, obtém-se a numeração dos gdl da
estrutura mostrados na Figura 3.2.
Os deslocamentos nodais D1 , D2 ,K, D12 , e as forças nodais P1 , P2 ,K , P12 , podem ser
agrupadas nos seguintes vetores
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D1 P1
D P
{D} = 2 {P} = 2
(2.1)
M M
D12 P12
onde {D} é o vetor de deslocamentos nodais e {P} é o vetor de forças nodais da estrutura.
A Figura 3.3 mostra, para uma barra arbitrária de pórtico plano, os seus seis gdl, ou seja,
os possíveis deslocamentos nodais d1g , d 2g ,K , d 6g , assim como as respectivas forças nodais
p1g , p2g ,K , p6g , que podem ocorrer nas extremidades da barra. Estes deslocamentos e forças
possuem a mesma orientação das forças e deslocamentos nodais da estrutura.
Figura 3.3 – Graus de liberdade de uma barra arbitrária de pórtico plano em relação ao sistema global de
coordenadas.
Os gdl da barra são numerados de acordo com a seguinte ordem: primeiro numera-se os
gdl do nó I e depois do nó J, considerando a sequência D x , D y , R z .
d1g p1g
g g
d 2 p2
g g
d p
{d } = 3
g
{p } = 3
g
g g (2.2)
d 4 p4
g g
d5 p5
d g pg
6 6
onde {d g } é o vetor de deslocamentos nodais da barra e {p g } é o vetor de forças da barra,
ambos em relação ao sistema global de coordenadas. Estes vetores são também simplesmente
chamados de vetor de deslocamentos globais da barra, e vetor de forças globais da barra,
respectivamente.
Cabe destacar que embora os seis deslocamentos nodais possam assumir valores
independentes entre si, as forças nodais p1g , p2g ,K , p6g precisam respeitar o equilíbrio, e,
portanto, não são independentes entre si.
A Figura 3.4 mostra uma vista explodida da estrutura, com os gdl de todas as barras em
relação ao sistema global de coordenadas.
Figura 3.4 – Vista explodida da estrutura com os graus de liberdade de todas as barras em relação ao
sistema global de coordenadas.
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Figura 3.5 – Graus de liberdade de uma barra arbitrária de pórtico plano em relação ao sistema local de
coordenadas.
Os gdl da barra em relação ao sistema local são numerados de forma análoga ao gdl
referentes ao sistema global, de acordo com a seguinte sequência: primeiro numera-se os gdl do
nó I e depois do nó J, considerando a sequência D x , D y , R z .
d1l p1l
l l
d 2 p2
l l
d p
{d } = 3
l
{p } = 3
l
l l (2.3)
d 4 p4
l l
d5 p5
d l pl
6 6
onde {d l } é o vetor de deslocamentos nodais da barra e {p l } é o vetor de forças da barra, ambos
em relação ao sistema local de coordenadas.
Cabe destacar que embora os seis deslocamentos nodais d1l , d 2l ,K , d 6l possam assumir
valores independentes entre si, as forças nodais p1l , p2l ,K , p6l precisam respeitar equilíbrio, e
portanto não são independentes entre si.
Sejam N ( x l ) , Q ( x l ) e M ( x l ) funções correspondentes, respectivamente, às variações
do esforço normal, esforço cortante e momento fletor ao longo do eixo da barra, de acordo com a
convenção de sinais mostrado na Figura 3.6, a qual mostra um diagrama de corpo livre,
correspondente a um segmento de comprimento infinitesimal dx l de uma barra. Na figura são
indicados os sentidos positivos dos esforços internos que atuam nas duas seções (separadas por
dx l ). Observa-se que o sentido positivo para o esforço cortante adotado na figura, é tal que o
esforço cortante é positivo para cima do lado esquerdo e positivo para baixo do lado direito.
Ressalta-se que esta convenção difere da usualmente adotada em livros didáticos, onde uma
força para cima do lado esquerdo da seção corresponde a um esforço cortante positivo.
Entretanto, a convenção adotada aqui é mais consistente com a convenção de tensões adotadas
na Teoria da Elasticidade, e é mais facilmente extendida para o caso de pórticos espaciais.
Figura 3.6 – Convenção de sinais para esforços internos, indicando esforços positivos.
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Para que o equilíbrio seja atendido nas extremidades das barras, têm-se que
p1l = − N (0) p4l = N ( L )
p2l = −Q (0) p5l = Q ( L )
(2.4)
p3l = − M (0) p6l = M ( L )
Observa-se que com a convenção adotada, todas as forças locais do nó I correspondem a
esforços internos negativos e todas as forças locais do nó J correspondem a esforços internos
positivos. Pode-se dizer que as Eqs. (2.4) apresentam uma interpretação física para as forças
nodais referentes ao sistema local de coordenadas.
A Figura 3.7 mostra uma vista explodida da estrutura, com os gdl de todas as barras em
relação aos respectivos sistemas locais de coordenadas.
Figura 3.7 – Vista explodida da estrutura com graus de liberdade das barras em relação ao sistema local
de coordenadas.
Analogamente ao que foi exposto para a barra de treliça plana, para estabelecer a relação
entre os vetores de forças e deslocamentos da barra de pórtico plano referentes ao sistema local
de coordenadas, desenha-se a barra na posição horizontal, mostrando os gdl referentes a este
sistema local (Figura 3.8).
Posteriormente, considera-se que a barra esta sujeita aos seis deslocamentos possíveis nas
extremidades d1l , d 2l ,K , d 6l , conforme indica a Figura 3.9.
Figura 3.8 – Barra de pórtico plano, desenhada com o seu eixo local x l alinhado com a direção
horizontal.
Figura 3.9 – Barra de pórtico plano, na configuração indeformada e deformada, sujeita aos seis
deslocamentos nodais.
deslocamento nodal atuando separadamente (casos 1, 2,..., 6), conforme indica a Figura 3.10. De
acordo com este princípio, os resultados (deslocamentos, esforços, deformações, e tensões)
referentes ao caso original (campo com os seis deslocamentos atuando simultaneamente) são
iguais à soma dos respectivos resultados de cada caso tratado separadamente.
Figura 3.10 – Decomposição dos deslocamentos nodais de acordo com o princípio da superposição dos
efeitos.
disciplina Teoria das Estruturas. Estas forças podem ser obtidas com base na teoria de Viga de
Bernoulli, a qual considera que as seções permanecem planas e perpendiculares ao eixo da barra
após a deformação. Com base nestas hipóteses, esta teoria despreza as deformações cisalhantes
associadas ao esforço cortante
Desta forma, a Figura 3.11 mostra as forças que atuam nas extremidades da barra
associadas a cada um dos seis deslocamentos nodais impostos, com base na Teoria de Viga de
Bernoulli.
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Figura 3.11 – Forças atuantes nas extremidades da barra, associadas a cada um dos seis deslocamentos
nodais impostos.
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Com base no princípio da superposição dos efeitos, as forças que atuam no caso original
é igual ao somatório das forças que atuam em cada um dos seis casos mostrados na Figura 3.11
p1l = p1l (1) + p1l (2) + p1l (3) + p1l (4) + p1l (5) + p1l (6)
p2l = p2l (1) + p2l (2) + p2l (3) + p2l (4) + p2l (5) + p2l (5)
p3l = p3l (1) + p3l (2) + p3l (3) + p3l (4) + p3l (5) + p3l (6)
p4l = p4l (1) + p4l (2) + p4l (3) + p4l (4) + p4l (5) + p4l (6) (2.5)
p5l = p5l (1) + p5l (2) + p5l (3) + p5l (4) + p5l (5) + p5l (6)
p6l = p6l (1) + p6l (2) + p6l (3) + p6l (4) + p6l (5) + p6l (6)
Substituindo os valores das forças associadas a cada caso mostradas na Figura 3.11, tem-
se
EA l EA l
p1l = d1 + 0d 2l + 0d 3l − d 4 + 0d 5l + 0d 6l
L L
12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
p2l = 0d1l + 3 d 2l + 2 d 3l + 0d 4l − 3 d5l + 2 d 6l
L L L L
6 EI 4 EI l 6 EI 2 EI l
p3l = 0d1l + 2 d 2l + d 3 + 0d 4l − 2 d 5l + d6
L L L L
EA l EA l (2.6)
p4l = − d1 + 0d 2l + 0d 3l + d 4 + 0d 5l + 0d 6l
L L
12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
p5l = 0d1l − 3 d 2l − 2 d 3l + 0d 4l + 3 d 5l − 2 d 6l
L L L L
6 EI 2 EI l 6 EI 4 EI l
p6l = 0d1l + 2 d 2l + d 3 + 0d 4l − 2 d5l + d6
L L L L
Reescrevendo a Eq. (1.15) na forma matricial, chega-se a
EA EA
L 0 0 − 0 0
L
p1l 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI l
0 − d1
l L3 L2 L3 L2 l
2
p
6 EI 4 EI 6 EI 2 EI 2
d
l 0 0 − 2 l
p3 L2 L L L d3
l= d l (2.7)
p4 − EA 0 0
EA
0 0 4
l L L d 5l
p5 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
l 0 − 3 − 0 − 2 d l
p6 L L2 L3 L 6
0 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI
0 − 2
L2 L L L
ou seja,
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{p l } = [k l ]{d l }
(2.8)
onde
EA EA
L 0 0 − 0 0
L
0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
0 −
L3 L2 L3 L2
6 EI 4 EI 6 EI 2 EI
0 0 − 2
[k ] = L2 L L L
EA EA (2.9)
− 0 0 0 0
L L
12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
0 − 3 − 0 − 2
L L2 L3 L
0 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI
0 − 2
L2 L L L
é a matriz de rigidez da barra de pórtico plano, em relação ao sistema local de coordenadas,
obtida de acordo com a teoria de Viga de Bernoulli. Pode-se observar que esta matriz é
simétrica, ou seja
[k l ]T = [k l ]
kil, j = k lj ,i (2.10)
A propriedade de simetria desta matriz pode ser demonstrada a partir do Princípio dos
Trabalhos Virtuais.
É interessante observar também que todos os elementos da diagonal desta matriz são
positivos. Qual a justificativa para isto?
Para responder esta pergunta, deve-se recorrer à interpretação física de cada componente
da matriz de rigidez da barra. Analogamente ao que foi discutido para a barra de treliça plana na
l
seção 2.6, têm-se que: a componente ki , j corresponde a força pil ( j ) que surge no gdl local i da
barra devido a um deslocamento unitário imposto no gdl local j da barra (caso j) enquanto todos
os demais deslocamentos locais são mantidos nulos.
12 EI
l
Por exemplo, a componente k2,2 = corresponde à força que surge no gdl 2 devido a
L3
um deslocamento unitário imposto neste mesmo gdl 2, com todos os demais deslocamentos
nodais mantidos nulos (ver Figura 3.11, caso 2). Deve-se notar que o deslocamento do gdl 2 e a
força correspondente têm o mesmo sentido. De forma mais geral, tem-se que para se aplicar um
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Figura 3.12 – Determinação dos esforços internos em uma seção S da barra, pelo lado esquerdo e pelo
lado direito.
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Esta figura indica uma barra seccionada em um seção S, em uma posição arbitrária x l , e
os respectivos diagramas de corpo livre obtidos considerando-se cada lado da barra após o
seccionamento da mesma. Nos diagramas de corpo livre (primeiro o lado direito e depois o lado
esquerdo) estão indicados as forças nodais atuantes em uma das extremidades da barra e os
esforços internos que devem “surgir” na seção a fim de restaurar a condição de equilíbrio. A
utilização de diagramas de corpo livre é baseada na idéia de que se um corpo está em equilíbrio
qualquer parte deste corpo também deve estar equilibrada.
Os esforços internos na seção S, na inexistência de cargas aplicadas ao longo desta barra,
podem ser obtidos por equilíbrio (pelo lado direito ou esquerdo da seção) a partir das forças
referentes ao sistema local de coordenadas. Assim, pelo lado esquerdo, tem-se que
N ( x l ) = − p1l = cte
Q ( x l ) = − p2l = cte
(2.11)
M (x ) =
l
p2l x l − p3l
e pelo lado direito, tem-se
N ( x l ) = p4l = cte
Q ( x l ) = p5l = cte
(2.12)
M (x ) =
l
p5l ( L − x )+
l
p6l
Observa-se portanto, que na ausência de cargas aplicadas ao longo das barras o esforço
normal e o esforço cortante são constantes, e o momento fletor varia linearmente.
Verifica-se aqui outra justificativa para a utilização do sistema local de coordenadas no
Método da Rigidez Direta, já que os esforços internos, por definição, são esforços referentes a
este sistema de coordenadas (orientado de acordo com o eixo da barra).
A transformação entre vetores referentes aos sistemas local e global de coordenadas para
a barra de pórtico plano se dá de forma análoga ao apresentado para a barra de treliça plana,
utilizando-se uma matriz de rotação. Entranto, existe uma diferença devida a introdução das
componentes de deslocamento rotacional e forças momento nos vetores de deslocamentos e
forças, respectivamente. Todavia, deslocamentos rotacionais e forças momento em torno do eixo
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z não sofrem qualquer alteração, quando o sistema de referência é girado em torno deste mesmo
eixo.
Assim, deve-se transformar apenas os deslocamentos translacionais e as forças
propriamente ditas. Analogamente ao que foi considerado para as transformações de
deslocamentos da barra de treliça (ver Eqs. (1.37) e (1.38)), tem-se que
d1l = cos θ d1g + senθ d 2g
d 2l = −senθ d1g + cos θ d 2g
d 3l = d 3g
d 4l = cos θ d 4g + senθ d 5g (2.13)
d 5l = −senθ d 4g + cos θ d 5g
d 6l = d 6g
Reescrevendo estas equações na forma matricial, chega-se a
d1l g
l cos θ senθ 0 0 0 0 d1
d 2 −senθ 0 d 2
g
cos θ 0 0 0
l
d 3 0 0 1 0 0 0 d 3g
l=
d 4 0 0 0 cos θ senθ 0 d 4g (2.14)
l 0 0 0 −senθ cos θ 0 d l
d5 5
d l 0 0 0 0 0 1 l
6 d6
ou seja,
{d l } = [R ]{d g }
(2.15)
onde,
cos θ senθ 0 0 0 0
−senθ cos θ 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0
[R ] =
0 0 0 cos θ senθ 0 (2.16)
0 0 0 −senθ cos θ 0
0 0 0 0 0 1
é a matriz de rotação da barra de pórtico plano. Pode-se verificar facilmente que esta matriz
também é ortogonal. Ou seja
[ R ][ R ]T = [ R ]T [ R ] = [ I ]
(2.17)
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Da mesma forma que apresentado para o caso de treliça plana, na seção 2.8, tem-se que
{p g } = [ k g ]{d g }
(2.20)
onde
[ k g ] = [ R ]T [ k l ][ R ]
(2.21)
é a matriz de rigidez da barra de pórtico plano em relação ao sistema global de coordenadas.
Conforme exposto anteriormente, para a treliça plana, a Figura 3.2 mostra os gdl da
estrutura, e a Figura 3.4 mostra uma vista explodida com os gdl de todas as barras em relação ao
sistema global de coordenadas.
Como os deslocamentos nodais da barra em relação ao sistema global devem ser iguais
aos respectivos deslocamentos nodais da estrutura, tem-se para a barra a que
d ag1 = D8
d ag 2 = D9
d ag 3 = D1
d ag 4 = D2 (2.22)
d ag 5 = D3
d ag 6 = D4
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D1
D
2
D3
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 D4
d ag1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 D5
g
d a 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 D6
g =
0 D7 (2.23)
da 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
g 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 D8
d a 4
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 D9
D10
D11
D
12
que de forma mais compacta, pode ser expressa como
{d ag } = [H a ]{D}
(2.24)
onde
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
[H a ] = (2.25)
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
é a matriz de incidência cinemática da barra a.
Extendendo este procedimento para obtenção das matrizes de incidência cinemática para
as outras barras do pórtico plano em estudo, ou procedendo de modo análogo ao que foi
apresentado para as barras de treliça plana, para obtenção das matrizes a partir da inspeção direta
da numeração dos gdl da estrutura, obtém-se
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0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
[ Hb ] = (2.26)
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
[Hc ] = (2.27)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
De uma forma geral, a matriz de incidência cinemática de um elemento (ou barra) el
qualquer transforma o vetor de deslocamentos {D} da estrutura no vetor de deslocamentos
globais {d elg } deste elemento el
P1 = pag3
P2 = pag4 + pbg1
P3 = pag5 + pbg2
P4 = pag6 + pbg3
P5 = pbg4 + pcg1
P6 = pbg5 + pcg2
P7 = pbg6 + pcg3 (2.29)
P8 = pag1
P9 = pag2
P10 = pcg4
P11 = pcg5
P12 = pcg6
As equações acima podem ser escritas na seguinte forma matricial
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0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0
pag1 g
0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 pb1
g g
0 0 0 0 0 0 pa 2 0 0 0 1 0 0 pb 2
0 0 0 0 0 0 pag3 0 0 0 0 1 0 pbg3
{P} = + +
0 0 0 0 0 0 pag4 0 0 0 0 0 1 pbg4
1 0 0 0 0 0 p g 0 0 0 0 0 0 p g
0 a5 b5
1 0 0 0 0 g 0 0 0 0 0 0 g
pa 6 pb 6
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
g
0 0 0 0 0 0 pc1
g
1 0 0 0 0 0 pc 2
0 1 0 0 0 0 pcg3
0
0 1 0 0 0 pcg4
0 0 0 0 0 0 p g (2.30)
0 c5
0 0 0 0 0 g
pc 6
0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 1
Que de forma mais compacta, pode ser expressa como
{P} = [G a ]{pag } + [Gb ]{pbg } + [G c ]{pcg }
(2.31)
onde
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0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
[G a ] = [G b ] =
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0
[G c ] =
0 0 1 0 0 0
0 0 0 0 0 0 (2.32)
0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 1
são as matrizes de incidência estática das barras.
Para escrever a Eq. (2.31) na forma de somatório, pode-se redefinir a etiqueta de
“numeração” das barras como a ≡ 1 , b ≡ 2 , c ≡ 3 . Assim,
nel
{P} = ∑ [Gel ]{pelg } (2.33)
el =1
onde el representa um elemento genérico e nel é o número de elementos da estrutura (neste caso,
ne = 5 ).
Observa-se, também no caso de barras de pórticos planos, que as matrizes de incidência
estática são iguais às transpostas das matrizes de incidência cinemática. Ou seja,
[G el ] = [H el ]T
(2.34)
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a equação acima consiste em uma equação de equilíbrio, que permite relacionar os vetores de
forças globais dos elementos com o vetor de forças da estrutura.
Para a determinação dos valores desconhecidos das forças e deslocamentos nodais utiliza-
se o mesmo procedimento apresentado na seção 2.12 para o problema da treliça plana, sendo este
um procedimento completamente geral, válido para qualquer tipo de estrutura, havendo apenas
uma diferença nas dimensões das submatrizes e subvetores utilizadas no processo de partição,
em função do número de gdl livres e totais da estrutura em questão.
Para o pórtico plano em estudo, a Eq. (1.91) , deve-se recordar que os gdl de 1 a 7
referem-se a gdl com deslocamentos livres (desconhecidos) e forças impostas (conhecidas). Já os
gdl de 8 a 12 referem-se a gdl com deslocamentos prescritos (conhecidos) e forças
correspondentes a reações de apoio (desconhecidas). Com isso, pode-se particionar o sistema
acima, da seguinte maneira
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e
D1 P1
D P
{D L } = 2 {PL } = 2
M M
D7 P7
D8 P8 (2.41)
D P
9 9
{D R } = {PR } =
M M
D12 P12
As etapas de análise de pórticos planos submetidos apenas a cargas nodais, pelo Método
da Rigidez Direta, são as mesmas etapas apresentadas na seção 2.13 para o caso de treliça plana.
As únicas diferenças correspondem a obtenção das matrizes de rigidez e de rotação da barra, o
que deve ser feito de acordo com as Eqs. (2.9) e (2.16), respectivamente. Após a determinação
do vetor de forças em relação ao sistema local de coordenadas, os esforços internos nas barras
podem ser obtidos através das Eqs. (2.11) ou (2.12).
0.0 0.0 1 1 0 int int 0.0 0.0 0.0 int nó 1 int := 0 (representa o sinal ?
cujo valor é arbitrário)
tabNos :=
4.0 3.0 0 0 0 10.0 0.0 0.0 int int int nó 2
8.0 3.0 0 0 0 0.0 −20.0 −10.0 int int int nó 3
8.0 0.0 1 1 1 int int int 0.0 −0.005 0.0
nó 4
noI noJ E A I
1 2 30 × 106 0.045 3.375× 10− 4
barra a
tabBarras:= 2 3 30 × 10 0.045 3.375× 10
6 − 4
barra b
6 −4
3 4 30 × 10 0.06 4.5× 10 barra c
2.a. Barra a
el := a el = 1
xI := tabNos noI , 1 xI = 0
yI := tabNos noI , 2 yI = 0
xJ := tabNos noJ , 1 xJ = 4
yJ := tabNos noJ , 2 yJ = 3
∆ x := x J − x I ∆x = 4
∆ y := y J − y I ∆y = 3
2 2
L := ∆x + ∆y L = 5
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∆x
cosθ := cosθ = 0.8
L
∆y
senθ := senθ = 0.6
L
E ⋅A −E⋅A
L 0 0
L
0 0
0 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I
0 −
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E⋅I 4 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 2 ⋅E⋅I
−
0 2 L
0
2 L
kal := L L
−E⋅A E⋅A
L 0 0
L
0 0
0 − 12 ⋅E⋅I −
6 ⋅E⋅I
0
12 ⋅E⋅I
−
6 ⋅E⋅I
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E⋅I 2 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 4 ⋅E⋅I
0 0 −
2 L 2 L
L L
270 0 0 −270 0 0
0 0.972 2.43 0 −0.972 2.43
0 2.43 8.1 0 −2.43 4.05 3
kal = 10
−270 0 0 270 0 0
0 −0.972 −2.43 0 0.972 −2.43
0 2.43 4.05 0 −2.43 8.1
E⋅A −E⋅A
L 0 0
L
0 0
0 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I
0 −
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E⋅I 4 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 2 ⋅E⋅I
0 0 −
2 L 2 L
kbl :=
L L
−E⋅A E⋅A
L 0 0
L
0 0
0 − 12 ⋅E⋅I −
6 ⋅E⋅I
0
12 ⋅E⋅I
−
6 ⋅E⋅I
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E⋅I 2 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 4 ⋅E⋅I
0 0 −
2 L 2 L
L L
337.5 0 0 −337.5 0 0
0 1.8984 3.7969 0 −1.8984 3.7969
0 3.7969 10.125 0 −3.7969 5.0625 3
kbl = 10
−337.5 0 0 337.5 0 0
0 −1.8984 −3.7969 0 1.8984 −3.7969
0 3.7969 5.0625 0 −3.7969 10.125
cosθ senθ 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
−senθ cosθ 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Rb := Rb =
0 0 0 cosθ senθ 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 −senθ cosθ 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
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337.5 0 0 −337.5 0 0
0 1.8984 3.7969 0 −1.8984 3.7969
0 3.7969 10.125 0 −3.7969 5.0625 3
kbg := RbT ⋅kbl ⋅Rb kbg = 10
−337.5 0 0 337.5 0 0
0 −1.8984 −3.7969 0 1.8984 −3.7969
0 3.7969 5.0625 0 −3.7969 10.125
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Hb :=
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
2.c. Barra c
el := c el = 3
xI := tabNosnoI , 1 xI = 8
yI := tabNos noI , 2 yI = 3
xJ := tabNosnoJ , 1 xJ = 8
yJ := tabNos noJ , 2 yJ = 0
∆x := xJ − xI ∆x = 0
∆y := yJ − yI ∆y = −3
2 2
L := ∆x + ∆y L=3
∆x
cosθ := cosθ = 0
L
∆y
senθ := senθ = −1
L
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E⋅A −E⋅A
L 0 0
L
0 0
0 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I
0 −
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E⋅I 4 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 2 ⋅E⋅I
0 0 −
2 L 2 L
kcl :=
L L
−E⋅A E⋅A
L 0 0
L
0 0
0 − 12 ⋅E⋅I −
6 ⋅E⋅I
0
12 ⋅E⋅I
−
6 ⋅E⋅I
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E⋅I 2 ⋅E⋅I 6 ⋅E⋅I 4 ⋅E⋅I
0 0 −
2 L 2 L
L L
600 0 0 −600 0 0
0 6 9 0 −6 9
0 9 18 0 −9 9 3
kcl = 10
−600 0 0 600 0 0
0 −6 −9 0 6 −9
0 9 9 0 −9 18
cosθ senθ 0 0 0 0 0 −1 0 0 0 0
−senθ cosθ 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Rc := Rc =
0 0 0 cosθ senθ 0 0 0 0 0 −1 0
0 0 0 −senθ cosθ 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
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6 0 9 −6 0 9
0 600 0 0 −600 0
9 0 18 −9 0 9 3
kcg := RcT ⋅kcl ⋅Rc kcg = 10
−6 0 −9 6 0 −9
0 −600 0 0 600 0
9 0 9 −9 0 18
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Hc :=
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
tabNos 1 , 8
0
tabNos 2 , 6 10
tabNos 2 , 7 0
P L := tabNos 2 , 8 PL =
0
tabNos 3 , 6 0
−20
tabNos 3 , 7
tabNos 3 , 8 −10
tabNos 1 , 9 0
tabNos 1 , 10 0
DR := tabNos 4 , 9 DR =
0
tabNos 4 , 10 −5 × 10− 3
tabNos 4 , 11 0
−0.146 0.194 0 0 0
−17.315 −12.913 0
0 0
−12.913 −9.782 0 0 0
KLR := submatrixK
( , 1 , 7 , 8 , 12)
KLR = −0.146 0.194 0 0
4
0 ⋅10
0 0 −0.6 0 0.9
0 0 0 −60 0
0 0 −0.9 0 0.9
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 98
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17.315 12.913 0 0 0
12.913 9.782 0 0 0
4
KRR := submatrixK
( , 8 , 12 , 8 , 12) KRR = 0 0 0.6 0 −0.9 ⋅10
0 0 0 60 0
0 0 −0.9 0 1.8
−5.9812
−3.4706
PR := KRL⋅DL + KRR⋅DR PR = −4.0188
23.4706
12.2353
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 99
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−1.244 × 10− 3
1
2.751 × 10− 3
1 -1.244·10-3
−3.625 × 10− 3 2 2.751·10-3
3 -3.625·10-3
DL = −2.416 × 10− 4
4 -2.416·10-4
2.739 × 10− 3 5 2.739·10-3
−3
−5.039 × 10 (
D := stack DL , DR ) D = 6 -5.039·10-3
−3 7 -1.379·10-3
−1.379 × 10
8 0
0 9 0
10 0
0
0 11 -5·10-3
DR =
12 0
−5 × 10− 3
0
0 1
10
1 0
0 2 10
PL =
0 3 0
0 4 0
−20 5 0
−10 (
P := stack PL , PR ) P = 6 -20
7 -10
−5.981
−3.471 8 -5.981
9 -3.471
PR = −4.019
23.471 10 -4.019
11 23.471
12.235
12 12.235
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 100
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0
0
−3
−1.244 × 10
dag := Ha ⋅D dag = −3
2.751 × 10
−3
−3.625 × 10
−2.416 × 10− 4
11.a.2. Vetor de deslocamentos nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas:
0
0
−3
−1.244 × 10
dal := Ra ⋅dag dal = −5
2.543 × 10
−3
−4.551 × 10
−2.416 × 10− 4
−6.867
0.812
2.998 × 10− 15
pal := kal ⋅dal pal =
6.867
−0.812
4.061
−5.981
−3.471
2.998 × 10− 15
pag := RaT ⋅pal pag =
5.981
3.471
4.061
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11.b. Barra b:
2.751 × 10− 3
−3.625 × 10− 3
−2.416 × 10− 4
dbg := Hb ⋅D dbg =
2.739 × 10− 3
−3
−5.039 × 10
−3
−1.379 × 10
11.b.2. Vetor de deslocamentos nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas:
2.751 × 10− 3
−3.625 × 10− 3
−2.416 × 10− 4
dbl := Rb ⋅dbg dbl =
2.739 × 10− 3
−3
−5.039 × 10
−3
−1.379 × 10
4.019
−3.471
−4.061
pbl := kbl ⋅dbl pbl =
−4.019
3.471
−9.821
4.019
−3.471
−4.061
pbg := RbT ⋅pbl pbg =
−4.019
3.471
−9.821
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 102
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11.c. Barra c:
2.739 × 10− 3
−3
−5.039 × 10
−3
dcg := Hc ⋅D dcg = −1.379 × 10
0
−3
−5 × 10
0
11.c.2. Vetor de deslocamentos nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas:
5.039 × 10− 3
−3
2.739 × 10
−3
dcl := Rc ⋅dcg dcl = −1.379 × 10
−3
5 × 10
0
0
23.471
4.019
−0.179
pcl := kcl ⋅dcl pcl =
−23.471
−4.019
12.235
4.019
−23.471
−0.179
pcg := RcT ⋅pcl pcg =
−4.019
23.471
12.235
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 103
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
12. Determinação opcional do vetor de forças da estrutura, a partir das forças globais das
barras, para verificação do equilíbrio dos nós
1 1 1
1 2.998·10-15 1 0 1 1.221·10-15
2 10 2 10 2 10
3 1.465·10-14 3 0 3 -4.796·10-14
4 1.776·10-15 4 0 4 1.776·10-15
5 1.776·10-15 5 0 5 -1.243·10-14
P2 = 6 -20 P = 6 -20 K ⋅D = 6 -20
7 -10 7 -10 7 -10
8 -5.981 8 -5.981 8 -5.981
9 -3.471 9 -3.471 9 -3.471
10 -4.019 10 -4.019 10 -4.019
11 23.471 11 23.471 11 23.471
12 12.235 12 12.235 12 12.235
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 104
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-4,02
-23,47
6 ,8
7
Figura 3.13 – Diagrama de esforço normal do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
3,47
-4,02
-0
,81
Figura 3.14 – Diagrama de esforço cortante do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 105
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-9,82
4, 0
4,06
6
12,24
Figura 3.15 – Diagrama de esforço cortante do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
Figura 3.16 – Configurações indeformada e deformada do pórtico plano sujeito a cargas nodais e
distribuídas.
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Figura 4.1 – Modelo estrutural, com dimensões da seção, do pórtico a ser analisado.
Figura 4.2 – Tipos de cargas distribuídas uniformes aplicadas em uma barra de pórtico, com referência a
diferentes sistemas de coordenadas.
l l
Na figura, (qx , qy ) são as componentes de cargas distribuídas em relação ao sistem local
g g
de coordenadas da barra, ou simplesmente, cargas distribuídas locais; (qx , qy ) são as
( qxp , qyp ) têm a mesma orientação do sistema global de coordenadas, mas são cargas por unidade
Qxl = qxl L
Q yl = qly L (3.1)
Qxg = qxg L
Q yg = q yg L (3.2)
Qxp = qxp∆gy
Qyp = qyp∆gx (3.3)
Dividindo ambos os lados da equação acima por L, e considerando as Eqs. (3.1) e (3.2),
chega-se a
l =
q y −senθ cos θ q yg (3.6)
ou, de forma mais compacta, tem-se
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 109
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{q l } = [r ]{q g }
(3.7)
onde
cos θ senθ
[r ] =
−senθ cos θ (3.8)
(qxg , qyg ) . Para isto, iguala-se as suas resultantes (pois elas possuem as mesmas direções)
Q xp = Qxg
Q yp = Q yg (3.11)
qxp ∆ gy = qxg L
qyp ∆ gx = qyg L (3.12)
qxg = qxpsenθ
q yg = q yp cos θ (3.14)
qxg senθ 0 qx
p
g=
q y 0 cos θ q yp (3.15)
é uma matriz de “escala” distinta nas duas direções (não homogênea), para o carregamento e que
depende da inclinação da barra.
Substituindo a Eq. (3.16) na Eq. (3.7), obtém-se a relação entre as cargas distribuídas
{q l } = [r ][e ]{q p }
= [ t ]{q p } (3.18)
onde
é uma matriz de transformação que corresponde a uma escala seguida de uma rotação.
Desenvolvendo a Eq. (3.16) ou simplesmente substituindo-se as Eqs. (3.14) nas
Eqs. (3.5), chega-se a seguinte forma expandida para a transformação entre as componentes
p p l l
projetadas ( qx , qy ) e locais (qx , qy )
g g
Conclui-se, assim, que tanto as componentes de cargas distribuídas globais (qx , qy )
p p
quanto as componentes projetadas ( qx , qy ) podem ser transformadas em componentes locais
(qxl , qly ) . Assim, basta que se considere este último tipo de carregametno na análise da estrutura
Para consideração dos efeitos de cargas aplicadas ao longo das barras no Método da
Rigidez Direta é útil considerar o problema simples mostrado na Figura 4.3, o qual consiste em
uma barra biengastada (ou seja, com deslocamentos nulos na extremidade) submetida a cargas
distribuídas nas direções x l e y l . São indicadas também as reações de apoio prl 1, prl 2 ,L, prl 6
associadas às cargas distruídas.
As reações de apoio da viga biengastada mostrada na figura podem ser obtidas por um
método apropriado para análise de estruturas hiperestáticas, tal como o Método das Forças. Estas
reações podem ser armazenadas em um único vetor, e os respectivos valores são
qxl L
2
qly L
pr1
l
l 2
pr 2 ql L2
l y
p
{plr } = rl 3 = 12
l
pr 4 qx L (3.21)
l 2
pr 5 l
pl qy L
r6
2
l 2
qy L
− 12
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 112
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4.4. Consideração das cargas aplicadas ao longo das barras na relação entre os
vetores de forças e deslocamentos da barra referentes ao sistema local
A Figura 4.4 mostra uma barra de pórtico plano sujeita a dois tipos de ações, quais sejam:
a) deslocamentos impostos nas extremidades, ou seja, nos nós da barra; b) cargas uniformemente
distribuídas aplicadas ao longo da barra. A figura mostra as configurações indeformada (reta) e
deformada da barra, sendo a deformação apresentada devida tanto aos deslocamentos impostos
nos nós, quanto às cargas distribuídas.
Os deslocamentos indicados nas extremidades da barra podem ser interpretados como
sendo os deslocamentos impostos pelo restante da estrutura nos nós desta barra.
Figura 4.4 – Barra de pórtico plano sujeita a deslocamentos impostos nas extremidades e cargas
uniformemente distribuídas.
Pelo Princípio da Superposição dos efeitos pode-se separar as ações em dois casos
destintos, conforme ilustra a Figura 4.5. O Caso original corresponde à barra sujeita tanto aos
deslocamentos impostos nas extremidades quanto às cargas distribuídas. O Caso 1 corresponde
apenas aos deslocamentos impostos nos nós da barra (sem cargas distribuídas). O Caso 2
corresponde apenas às cargas distruídas aplicadas ao longo da barra (com deslocamentos nodais
nulos). Para todos os casos são mostradas as respectivas configurações deformadas da barra. De
acodo com o Princípio da Superposição dos Efeitos os deslocamentos correspondente ao Caso
original (em verde) são iguais à soma dos deslocamentos referentes ao Caso 1 (em vermelho)
com os deslocamentos referentes ao Caso 2 (em azul).
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 113
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Figura 4.5 – Decomposição das ações de acordo com o princípio da superposição dos efeitos.
Deve-se observar que o Caso 1 da Figura 4.5 corresponde ao caso de uma barra de
pórtico plano sujeita a deslocamentos impostos na extremidade, conforme mostrado na Figura
3.9, seção 3.6. Já o Caso 2 da Figura 4.5 corresponde justamente ao caso de uma barra
biengastada sujeita a cargas uniformemente distribuídas mostrada na Figura 4.3, seção 4.3.
Assim, com base no princípio da superposição dos efeitos, tem-se que
{pl } = {pl (1) } + {pl (2) }
(3.22)
onde
{pl (1) } = [k l ]{dl }
(3.23)
são as forças correspondentes ao caso 1, e
{pl (2) } = {plr }
(3.24)
são as forças correspondentes ao caso 2.
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 114
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{pleq } = −{plr }
(3.27)
é o chamado vetor de cargas nodais equivalentes às cargas aplicadas ao longo da barra, o qual,
por definição, é igual ao vetor de reações de engastamento perfeito com sinal trocado. Ressalta-
se que o vetor {plr } depende do tipo de carregamento aplicado ao longo da barra, podendo este
ser de diversos tipos, tais como, cargas uniformemente distribuídas, cargas trapezoidais, cargas
pontuais, etc.
Figura 4.6 – Determinação dos esforços internos em uma seção S da barra, pelo lado esquerdo e pelo lado
direito, considerando a presença de cargas distribuídas.
De forma complementar ao que fora mostrado na Figura 3.12, para o caso sem cargas
distribuídas, a Figura 4.6 apresenta uma barra sujeita a cargas uniformemente distribuídas, e
seccionada em um seção S, e os respectivos diagramas de corpo livre obtidos considerando-se
cada lado da barra após o o seccionamento da mesma. Nos diagramas de corpo livre estão
indicados as forças nodais atuantes em uma das extremidades da barra, as cargas uniformemente
distribuídas, e os esforços internos que devem “surgir” na seção a fim de restaurar a condição de
equilíbrio.
Os esforços internos na seção S, na presença de cargas aplicadas ao longo desta barra,
podem ser obtidos por equilíbrio (pelo lado direito ou esquerdo da seção) a partir das forças
referentes ao sistema local de coordenadas. Assim, pelo lado esquerdo, tem-se que
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 116
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N ( x l ) = − p1l − q xl x l
Q ( x l ) = − p2l − q ly x l (3.28)
l2
x
M ( x l ) = p2l x l − p3l + q ly
2
e pelo lado direito, tem-se
N ( x l ) = p4l + qxl ( L − x l )
Q ( x l ) = p5l + q ly ( L − x l )
(3.29)
(L − x )
l 2
M ( x l ) = p5l ( L − x l ) + p6l + qly
2
Observa-se portanto, que na presença de cargas uniformemente distribuídas ao longo das
barras o esforço normal e o esforço cortante variam linearmente, e o momento fletor varia
quadraticamente ao longo do eixo da barra.
4.6. Consideração das cargas aplicadas ao longo das barras na relação entre os
vetores de forças e deslocamentos da barra referentes ao sistema global
{p g } = [k g ]{d g } − {peq
g
}
(3.35)
onde
[ k g ] = [ R ]T [ k l ][ R ]
(3.36)
é a matriz de rigidez da barra, já definida anteriormente, e
g
{peq } = [R]T{pleq }
(3.37)
é o vetor de cargas nodais equivalentes, ambos em relação ao sistema global de coordenadas.
Deve-se ressaltar, que conforme mostra a eq. (3.36), a matriz de rigidez da barra em relação ao
sistema de coordenadas globais também não sofre nenhuma alteração devido a presença de
cargas aplicadas ao longo das barras. Isto já era de se esperar pois em estruturas com
comportamento linear (i.e., de material linear elástico e sujeitas a pequenos deslocamentos) a
matriz de rigidez não depende do carregamento, qualquer que seja ele.
4.7. Consideração das cargas aplicadas ao longo das barras na relação entre os
vetores de forças e deslocamentos da estrutura
elementos (Eq. (3.39)) e uma relação cinemática (Eq.(3.40)), conforme discutido várias vezes
anteriormente.
Substituindo a Eq. (3.40) na Eq. (3.39), tem-se que
nel
nel
= ∑ [H el ]T [k elg ][ H el ] {D} − ∑ [H el ]T {p eq
g
el } (3.42)
el =1 el = 1
= [K ]{D} − {Peq }
onde
nel
[K ] = ∑ [H el ]T [k elg ][H el ] (3.43)
el =1
é o vetor de cargas nodais equivalentes da estrutura. Cabe agora fazer uma distinção quanto a
natureza deste vetor. Enquanto o vetor {P} é um vetor de cargas efetivamente aplicadas nos nós,
o vetor {Peq } consiste em um vetor de cargas, porém, não fisicamente aplicadas nos nós. Este
vetor consiste sim em um vetor de cargas pontuais que correspondem aos efeitos das cargas
aplicadas ao longo das barras. Daí o seu nome vetor de cargas nodais equivalentes, pois estas são
equivalentes às cargas aplicadas ao longo das barras.
Ressalta-se também que da mesma forma que as matrizes de rigidez das barras não se
alteram na presença de cargas aplicadas ao longo das barras, a matriz [K ] de rigidez da estrutura
também não sofre nenhuma alteração, desde que se considere que a estrutura apresenta um
comportamento linear (i.e., de material linear elástico, e sujeita a pequenos deslocamentos).
apresentado na seção 3.13, para levar em conta o vetor de cargas equivalentes nodais da
estrutura.
Para isto, é conveniente reescrever a eq. (3.42) de uma forma ligeiramente diferente
{P} + {Peq } = [K ]{D}
(3.45)
ou ainda
[K ]{D} = {PT }
(3.46)
onde
{PT } = {P} + {Peq }
(3.47)
é o vetor de forças “totais” da estrutura, o qual consiste na soma do vetor {P} de forças
efetivamente atuantes nos nós da estrutura e o vetor {Peq } de cargas nodais equivalentes da
estrutura.
Deve-se observar também que embora o vetor {P} possua uma parte conhecida {PL }
(correspondente às cargas aplicadas nos nós) e uma outra parte desconhecida {PR }
onde {Peq L } é a parte do vetor de cargas nodais equivalentes correspondente aos gdl livres e
Assim, como {PR } é desconhecido a priori, {PT R } também o é. Por outro lado, {Peq L } e
(
{DL } = [K LL ]−1 {PT L } − [K LR ]{DR } ) (3.50)
e
{PT R } = [K RL ]{D L } + [K RR ]{D R }
(3.51)
A partir daí, pode-se então obter {PR } a partir da Eq. (3.48)
{PL } , respectivamente
{D } {P }
{D} = L {P} = L
{D R } {PR } (3.53)
As etapas de análise pelo Método da Rigidez Direta para análise de estruturas reticuladas
sujeitas a cargas aplicadas ao longo das barras são descritas resumidamente abaixo:
L= ( ∆x ) + ( ∆y )
g 2 g 2
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 121
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∆x g
cos θ =
L
∆y g
senθ =
L
2.2. Determinação da matriz de rigidez da barra em relação ao sistema local de coordenadas,
de acordo com a Eq. (2.9)
EA EA
L 0 0 − 0 0
L
0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
0 −
L3 L2 L3 L2
6 EI 4 EI 6 EI 2 EI
0 0 − 2
[k el ] = L2 L L L
EA EA
− 0 0 0 0
L L
12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
0 − − 0 − 2
L3 L2 L3 L
0 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI
0 − 2
L2 L L L
2.3. Determinação do vetor de cargas nodais equivalentes da barra em relação ao sistema de
coordenadas locais a partir do vetor de reações de engastamento perfeito (o qual depende
do tipo de carregamento aplicado ao longo da barra), de acordo com a Eq. (3.27)
{pleqel } = −{plr el }
g
{peqel } = [R el ]T{pleqel }
4. Montagem do vetor de cargas nodais equivalentes da estrutura, de acordo com a Eq. (3.44)
nel
{Peq } = ∑ [Hel ]T {peqg el }
el=1
5. Montagem da parte conhecida {PL } do vetor de forças nodais da estrutura, a partir dos dados
de entrada
6. Montagem da parte conhecida {D R } do vetor de deslocamentos nodais da estrutura, a partir
dos dados de entrada
7. Partição da matriz de rigidez da estrutura, para solução do sistema de equações
[K ]{D} = {PT } , considerando as condições de contorno, de acordo com a seção 3.13.
[K LL ] [K LR ]
[K ] [K ] = [K ]
RL RR
9. Obtenção da parte conhecida {PT L } do vetor de forças “totais” da estrutura, de acordo com
a Eq. (3.48)
{PT L} = {PL } + {Peq L }
10. Solução do sistema de equações, para obtenção da parte livre do vetor de deslocamentos da
estrutura, de acordo com a Eq. (3.50).
(
{DL } = [K LL ]−1 {PT L } − [K LR ]{DR } )
11. Obtenção da parte desconhecida do vetor de forças nodais totais, de acordo com a Eq. (3.51)
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12. Obtenção das reações de apoio {PR } da esrtrutura, de acordo com a Eq. (3.52)
14.4. Determinação dos esforços internos em pontos situados ao longo das barras. Para o
caso de carregamento uniformemente distribuído, utilizam-se as Eqs. (3.23) ou (3.24)
N ( x l ) = − p1l − q xl x l = p4l + q xl ( L − x l )
Q ( x l ) = − p2l − q ly x l = p5l + q ly ( L − x l )
2
xl ( L − x l )2
M (x ) =
l
p2l x l − p3l + q ly = p5l ( L − x l ) + p6l + q ly
2 2
14.5. Determinação do vetor de forças nodais em relação ao sistema global de coordenadas,
utilizando-se a matriz de rotação, de acordo com a Eq.(3.30).
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{p elg } = [R el ]T {p lel }
15. Determinação, opcional, do vetor de forças da estrutura, a partir das forças globais das
barras, para verificação dos resultados, de acordo com a Eq. (3.44)
nel
{P} = ∑ [Hel ]T {pelg }
el =1
1 2 30 × 106 0.045 3.375 × 10− 4 0.0 0.0 0.0 −1.125 0.0 −1.2 barra a
6
tabBarras := 2 3 30 × 10 0.045 3.375 × 10 − 4 barra b
0.0 0.0 0.0 −1.125 0.0 −1.2
6 −4
3 4 30 × 10 0.06 4.5 × 10 1.5 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 barra c
2.a. Barra a
2.a.1. Comprimento e orientação da barra
el := a el = 1
xI := tabNos noI , 1 xI = 0
yI := tabNos noI , 2 yI = 0
xJ := tabNos noJ , 1 xJ = 4
yJ := tabNos noJ , 2 yJ = 3
∆x := xJ − xI ∆x = 4
∆y := yJ − yI ∆y = 3
2 2
L := ∆x + ∆y L=5
∆x
cosθ := cosθ = 0.8
L
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 126
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
∆y
senθ := senθ = 0.6
L
E ⋅A − E ⋅A
L 0 0
L
0 0
0 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E ⋅I 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E ⋅I
0 −
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E ⋅I 4 ⋅E ⋅I 6 ⋅E⋅I 2 ⋅E ⋅I
−
0 2 L
0
2 L
kal :=
L L
− E ⋅A E ⋅A
L 0 0
L
0 0
0 − 12 ⋅E⋅I −
6 ⋅E ⋅I
0
12 ⋅E⋅I
−
6 ⋅E ⋅I
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E ⋅I 2 ⋅E ⋅I 6 ⋅E⋅I 4 ⋅E ⋅I
0 0 −
2 L 2 L
L L
tabBarrasel , 6 0
ql1 := ql1 =
tabBarrasel , 7 0
tabBarrasel , 8 0
qg := qg =
tabBarrasel , 9 −1.125
tabBarrasel , 10 0
qp := qp =
tabBarrasel , 11 −1.2
senθ 0 0.6 0
e := e =
0 cosθ 0 0.8
0.48 0.48
t := r ⋅e t =
−0.36 0.64
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 127
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
−0.675
q l2 := r ⋅qg ql2 =
−0.9
−0.576
ql3 := t ⋅qp ql3 =
−0.768
ql := ql1 + ql2 + ql3 −1.251
ql =
−1.668
Montagem do vetor de cargas nodais equivalentes
q xl := q l qxl = −1.251
1
q yl := q l qyl = − 1.668
2
q ⋅L
xl 2
q ⋅L
yl 2
−3.127
2
L
qyl⋅ 12 −4.17
peqal := −3.475
peqal =
q ⋅L
xl 2 −3.127
−4.17
L
qyl⋅ 3.475
2
2
−qyl⋅ L
12
2.a.6. Vetor de cargas equivalentes nodais da barra em relação ao sistema global de coordenadas
0
−5.2125
T
−3.475
peqag := Ra ⋅peqal peqag =
0
−5.2125
3.475
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ha :=
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
2.b. Barra b
el := b el = 2
xI := tabNos noI , 1 xI = 4
yI := tabNos noI , 2 yI = 3
xJ := tabNos noJ , 1 xJ = 8
yJ := tabNos noJ , 2 yJ = 3
∆x := xJ − xI ∆x = 4
∆y := yJ − yI ∆y = 0
2 2
L := ∆x + ∆y L=4
∆x
cosθ := cosθ = 1
L
∆y
senθ := senθ = 0
L
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 129
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
E ⋅A − E ⋅A
L 0 0
L
0 0
0 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E ⋅I 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E ⋅I
0 −
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E ⋅I 4 ⋅E ⋅I 6 ⋅E ⋅I 2 ⋅E ⋅I
−
0 2 L
0
2 L
kbl :=
L L
− E ⋅A E ⋅A
L 0 0
L
0 0
0 − 12 ⋅E⋅I −
6 ⋅E ⋅I
0
12 ⋅E⋅I
−
6 ⋅E ⋅I
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E ⋅I 2 ⋅E ⋅I 6 ⋅E ⋅I 4 ⋅E ⋅I
0 0 −
2 L 2 L
L L
tabBarrasel , 6 0
ql1 := ql1 =
tabBarrasel , 7 0
tabBarrasel , 8 0
qg := qg =
tabBarrasel , 9 −1.125
tabBarrasel , 10 0
qp := qp =
tabBarrasel , 11 −1.2
Matrizes de transformação para as cargas
cosθ senθ 1 0
r := r =
− senθ cosθ 0 1
senθ 0 0 0
e := e =
0 cosθ 0 1
0 0
t := r ⋅e t =
0 1
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 130
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0
q l2 := r ⋅qg ql2 =
−1.125
0
q l3 := t ⋅q p ql3 =
−1.2
q l := ql1 + ql2 + q l3 0
ql =
− 2.325
q xl := q l qxl = 0
1
q yl := q l qyl = − 2.325
2
q ⋅L
xl 2
q ⋅L
yl 2
0
L
2
qyl⋅
−4.65
12 −3.1
peqbl :=
peqbl =
q ⋅L
xl 2 0
−4.65
qyl⋅
L
3.1
2
2
−qyl⋅ L
12
cosθ senθ 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
−senθ cosθ 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Rb := Rb =
0 0 0 cosθ senθ 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 −senθ cosθ 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
2.b.6. Vetor de cargas equivalentes nodais da barra em relação ao sistema global de coordenadas
0
−4.65
T
−3.1
peqbg := Rb ⋅peqbl peqbg =
0
−4.65
3.1
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Hb :=
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
2.c. Barra c
el := c el = 3
xI := tabNos noI , 1 xI = 8
yI := tabNos noI , 2 yI = 3
xJ := tabNos noJ , 1 xJ = 8
yJ := tabNos noJ , 2 yJ = 0
∆x := xJ − xI ∆x = 0
∆y := yJ − yI ∆y = −3
2 2
L := ∆x + ∆y L=3
∆x
cosθ := cosθ = 0
L
∆y
senθ := senθ = −1
L
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 132
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
E ⋅A − E ⋅A
L 0 0
L
0 0
0 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E ⋅I 12 ⋅E⋅I 6 ⋅E ⋅I
0 −
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E ⋅I 4 ⋅E ⋅I 6 ⋅E ⋅I 2 ⋅E ⋅I
−
0 2 L
0
2 L
kcl :=
L L
− E ⋅A E ⋅A
L 0 0
L
0 0
0 − 12 ⋅E⋅I −
6 ⋅E ⋅I
0
12 ⋅E⋅I
−
6 ⋅E ⋅I
3 2 3 2
L L L L
6 ⋅E ⋅I 2 ⋅E ⋅I 6 ⋅E ⋅I 4 ⋅E ⋅I
0 0 −
2 L 2 L
L L
tabBarrasel , 6 1.5
ql1 := ql1 =
tabBarrasel , 7 0
tabBarrasel , 8 0
qg := qg =
tabBarrasel , 9 0
tabBarrasel , 10 0
qp := qp =
tabBarrasel , 11 0
Matrizes de transformação para as cargas
cosθ senθ 0 −1
r := r =
− senθ cosθ 1 0
senθ 0 −1 0
e := e =
0 cosθ 0 0
0 0
t := r ⋅e t =
−1 0
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 133
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
0
q l2 := r ⋅qg ql2 =
0
0
q l3 := t ⋅q p ql3 =
0
q l := ql1 + ql2 + q l3 1.5
ql =
0
q xl := q l qxl = 1.5
1
q yl := q l q yl = 0
2
q ⋅L
xl 2
q ⋅L
yl 2 2.25
2
L 0
qyl⋅ 12 0
peqcl := peqcl =
q ⋅L 2.25
xl 2 0
L
qyl⋅ 0
2
2
−qyl⋅ L
12
cosθ senθ 0 0 0 0 0 −1 0 0 0 0
−senθ cosθ 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Rc := Rc =
0 0 0 cosθ senθ 0 0 0 0 0 −1 0
0 0 0 −senθ cosθ 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
T
kcg := Rc ⋅kcl ⋅Rc
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 134
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
2.c.6. Vetor de cargas equivalentes nodais da barra em relação ao sistema global de coordenadas
0
−2.25
T
0
peqcg := Rc ⋅peqcl peqcg =
0
−2.25
0
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Hc :=
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
1
1 -3.475
2 0
3 -9.863
4 0.375
T T T 5 0
Peq := Ha ⋅peqag + Hb ⋅peqbg + Hc ⋅peqcg Peq = 6 -6.9
7 3.1
8 0
9 -5.213
10 0
11 -2.25
12 0
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 135
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
tabNos 1 , 8
0
tabNos 2 , 6 10
tabNos 2 , 7 0
P L := tabNos 2 , 8
PL =
0
tabNos 3 , 6 0
−20
tabNos 3 , 7
tabNos 3 , 8 −10
6. Parte conhecida do vetor de deslocamentos nodais da estrutura
tabNos 1 , 9 0
tabNos 1 , 10 0
DR := tabNos 4 , 9 DR =
0
tabNos 4 , 10 −5 × 10− 3
tabNos 4 , 11 0
KLL := submatrixK
( , 1 , 7 , 1 , 7)
KLR := submatrixK
( , 1 , 7 , 8 , 12)
KRL := submatrixK
( , 8 , 12 , 1 , 7)
KRR := submatrixK
( , 8 , 12 , 8 , 12)
0
−5.213
(
PeqR := submatrix Peq , 8 , 12 , 1 , 1 ) PeqR = 0
−2.25
0
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 136
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
2.3105
3.1344
PTR := K RL⋅DL + K RR ⋅DR PTR = −12.3105
33.6281
25.6252
12. Obtenção das reações de apoio (parte desconhecida do vetor de forças nodais)
2.3105
8.3469
PR := PTR − PeqR
PR = −12.3105
35.8781
25.6252
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 137
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
−2.815 × 10− 3
1
4.475 × 10− 3
1 -2.815·10-3
−5.989 × 10− 3 2 4.475·10-3
DL = 2.856 × 10− 4
3 -5.989·10-3
4 2.856·10-4
4.438 × 10− 3 5 4.438·10-3
−3
−5.056 × 10 (
D := stack DL , DR ) D = 6 -5.056·10-3
−3 7 -1.591·10-3
−1.591 × 10
8 0
0 9 0
10 0
0
DR =
0 11 -5·10-3
12 0
− 5 × 10− 3
0
0 1
10
1 0
0 2 10
PL =
0 3 0
0 4 0
−20 5 0
−10 (
P := stack PL , PR ) P = 6 -20
7 -10
2.31
8.347 8 2.31
9 8.347
PR = −12.31
35.878 10 -12.31
11 35.878
25.625
12 25.625
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 138
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
0
0
−3
−2.815 × 10
dag := Ha ⋅D dag = −3
4.475 × 10
−3
−5.989 × 10
2.856 × 10− 4
15.a.2. Vetor de deslocamentos nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas:
0
0
−3
−2.815 × 10
dal := Ra ⋅dag dal = −5
−1.381 × 10
−3
−7.476 × 10
2.856 × 10− 4
6.857
5.291
−2.665 × 10− 15
pal := kal ⋅dal − peqal pal =
−0.602
3.049
5.606
2.31
8.347
−2.665 × 10− 15
T
pag := Ra ⋅pal pag =
−2.31
2.078
5.606
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 139
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
15.b. Barra b:
4.475 × 10− 3
−5.989 × 10− 3
2.856 × 10− 4
dbg := Hb ⋅D dbg =
4.438 × 10− 3
−3
−5.056 × 10
−3
−1.591 × 10
15.b.2. Vetor de deslocamentos nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas:
4.475 × 10− 3
−5.989 × 10− 3
2.856 × 10− 4
dbl := Rb ⋅dbg dbl =
4.438 × 10− 3
−3
−5.056 × 10
−3
−1.591 × 10
12.31
−2.078
−5.606
pbl := kbl ⋅dbl − peqbl pbl =
−12.31
11.378
−21.306
12.31
−2.078
T
−5.606
pbg := Rb ⋅pbl pbg =
−12.31
11.378
−21.306
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 140
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
15.c. Barra c:
4.438 × 10− 3
−3
−5.056 × 10
−3
dcg := Hc ⋅D dcg = −1.591 × 10
0
−3
−5 × 10
0
15.c.2. Vetor de deslocamentos nodais da barra em relação ao sistema local de coordenadas:
5.056 × 10− 3
−3
4.438 × 10
−3
dcl := Rc ⋅dcg dcl = −1.591 × 10
−3
5 × 10
0
0
31.3781
12.3105
11.3063
pcl := kcl ⋅dcl − peqcl pcl =
−35.8781
−12.3105
25.6252
12.31
−31.378
T
11.306
pcg := Rc ⋅pcl pcg =
−12.31
35.878
25.625
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 141
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
12. Determinação opcional do vetor de forças da estrutura, a partir das forças globais das
barras, para verificação do equilíbrio dos nós
T T T
P2 := Ha ⋅pag + Hb ⋅pbg + Hc ⋅pcg
1 1 1
1 -2.665·10-15 1 0 1 0
2 10 2 10 2 10
3 7.15·10-14 3 0 3 5.684·10-14
4 0 4 0 4 3.109·10-15
5 3.677·10-13 5 0 5 3.57·10-13
P2 = 6 -20 P = 6 -20 K ⋅D − Peq = 6 -20
7 -10 7 -10 7 -10
8 2.31 8 2.31 8 2.31
9 8.347 9 8.347 9 8.347
10 -12.31 10 -12.31 10 -12.31
11 35.878 11 35.878 11 35.878
12 25.625 12 25.625 12 25.625
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 142
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
-12,31
-35,94
-6
,86
Figura 4.7 – Diagrama de esforço normal do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
11,38
3 ,0
5
-12,31
-5
,2 9
Figura 4.8 – Diagrama de esforço cortante do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 143
Grupo de Instrumentação e Computação Aplicada à Engenharia - NiCAE/FEC/ITEC/UFPA
-21,31
-11,31
5,61
8,
37
25,63
Figura 4.9 – Diagrama de esforço cortante do pórtico plano sujeito a cargas nodais e distribuídas.
Figura 4.10 – Configurações indeformada e deformada do pórtico plano sujeito a cargas nodais e
distribuídas.
Análise Matricial de Estruturas – Notas de Aula – Prof. Remo Magalhães de Souza 144
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