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Resumo do Thyago Lewin

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ SIMBOLISMO⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

⠀⠀⠀CONTEXTO ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

» Avanço da tecnologia e científico, capitalismo e matéria prima


» A abolição da escravatura não assegurou o direito de igualdade e
civilidade aos negros, no Brasil.
» Guerra de Canudos e Revolta da Armada refletiam o descontentamento
com as condições sociais vigentes.
» O império foi substituído pela república que favorecia diretamente o
sudeste do Brasil, com a política do café-com-leite.
» Na Europa, os negros livres estavam na miséria, juntamente a eles
estavam a massa de imigrantes.
» A industrialização ainda em estado fetal, e a nação tipicamente rural e
analfabeta que enfrentava os horrores das pestes e epidemias como a
febre amarela, dizimando milhares de pessoas.
» O Simbolismo surgiu paralelamente ao Realismo, Naturalismo e
Parnasianismo.
» Teve início na França, no final do século XIX, com a obra As Flores do Mal,
de Charles Baudelaire, em 1857.
» Essa escola surgiu em um momento em que a Europa passava por um
período de grande tensão, juntamente com as evoluções que o mundo
vivenciava. E essas evoluções e revoluções foram refletidas também na
literatura, gerando essas ramificações de escolas literárias
contemporâneas.
» Assim, em meio aos Realistas e Naturalistas, surgem os Simbolistas,
totalmente avessos a essas duas escolas e também ao Parnasianismo.
Em suma, eles buscavam resgatar os valores românticos já esquecidos,
trabalhando bastante a questão da individualidade, em oposição ao
Realismo e Naturalismo, que trabalhavam a coletividade.
Resumo do Thyago Lewin

⠀⠀⠀ CARACTERÍSTICAS⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

» Retomada de alguns ideais do Romantismo, bom com de oposição ao


Parnasianismo, Naturalismo, correntes literárias apreciadas pela elite
social. Apesar disso, conserva algumas peculiaridades parnasianas, com
a estrutura dos versos, o vasto uso do soneto, e vai mais além. Há a
constante busca de uma linguagem mais RICA, repleta de novas palavras,
com o emprego de novos ritmos que associam de forma harmoniosa a
poesia à música, explorando muito o uso da sinestesia, das aliterações,
ecos e assonância.
» O poeta simbolista não quer somente cantar e evocar suas emoções. Ele
quer trazê-las de forma mais palpável para o texto, para que possam ser
sentidas em sua plenitude. Por isso, o uso da sinestesia, isto é, a
associação de impressões sensoriais distintas, é amplo. Há também uma
forte ligação com as cores, ressaltando as sensações que provocam no
espírito humano. A cor branca é sempre a mais presente e já sugere,
entre outras coisas, a pureza, ou opaco, indica a presença de neblina ou
nuvens e tornando as imagens poéticas mais obscuras.
» obscuridade, aliás, é uma forte característica simbolista: a realidade é
revelada de uma forma imprecisa e vaga. Não há a preocupação de
nomear os objetos, e sim evocá-los, superá-los. É o emprego do símbolo
que preserva o domínio da instituição sobre a razão, bem como a
extração das forças espirituais e místicas que regem o universo,
contrária ao Científico, ao Positivismo e ao materialismo naturalista e
parnasiano. É o culto ao sonho, ao desconhecido, à fantasia e à
imaginação, numa busca pela essência do ser humano, com todos os
seus mistérios, seus dualismos (espírito e matéria) e seu destino frente
à vida e à morte.
» A poesia, então, ganhava o tom subjetivista que a aproximava muito do
movimento romântico, disposto a explorar e sentir tudo o que há entre a
lama e a carne, entre o céu e a terra. O poeta se entrega muitas vezes ao
seu inconsciente e ao subconsciente para estar mais próximo dos
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segredos que ligam o homem a Deus. Esse caminho, por vezes alucinado,
leva ao isolamento, à solidão, à loucura e à alienação, evidenciando um
clima mais pessimista, mórbido e algumas vezes satânico. Rompendo
com a linearidade do texto, dando voz ao fluxo da consciência e
trabalhando de forma mais desarticulada a palavra e seu significado, o
Simbolismo antecipa características que seriam marcantes do
Modernismo.
» No Brasil, o movimento simbolista não alcançou o êxito na Europa, devido
ao forte predomínio das tendências parnasianas em nossa literatura.
Entre os poetas simbolistas, destacam-se as obras de Cruz e Sousa,
autor de nossa primeira obra simbolista, Missal e Broquéis e Alphonsus
de Guimaraens, o mais místico de nossos poetas.
» Visão intuitiva da realidade / exposição do sensorial;
» Busca do interior, do inconsciente, da individualidade;
» Subjetividade, egocentrismo;
» Temas envolvendo a espiritualidade e o misticismo;
» Presença de sonhos e sexualidade;
» Fascínio pela cor branca;
» Letras maiúsculas enfatizando alguns termos;
» Musicalidade, demarcada pela presença de rimas, assonâncias e
aliterações.

❖ https://docs.google.com/presentation/d/1BvPYvlc
9he0exBIK1XpgMb8jTTldjGPN/edit#slide=id.p20
❖ https://beduka.com/blog/materias/literatura/resu
mo-do-
simbolismo/#:~:text=O%20Simbolismo%20%C3%A
9%20uma%20est%C3%A9tica,e%20ao%20positivis

Sites:
mo%20da%20%C3%A9poca.&text=Ao%20contr%C
3%A1rio%20dos%20parnasianos%20que,efeitos%2
0sonoros%2C%20com%20certa%20musicalidade.
❖ https://www.stoodi.com.br/resumos/literatura/si
mbolismo/
❖ https://www.youtube.com/watch?v=CgtTN5kNhZE
❖ https://www.youtube.com/watch?v=Tt99uuF1-Bk
❖ https://www.youtube.com/watch?v=rVjVUTXHoc
Q
❖ https://www.youtube.com/watch?v=zxamGxY0zv
Q
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⠀⠀⠀ SIMBOLISMO EM PORTUGAL E NO BRASIL⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

» Tanto em Portugal quanto no Brasil, o simbolismo não teve tanta


relevância quanto na França.
» Em Portugal essa escola teve início com a obra Oaristos, de Eugênio de
Castro, em 1890.
» Outros importantes simbolistas portugueses foram Camilo Pessanha,
Antônio Nobre e Augusto Gil.
» Já no Brasil, o marco inicial é a publicação das obras Missal (prosa) e
Broquéis (poesia),ambas de Cruz e Sousa, o maior representante desse
movimento em nosso país, em 1893.
» Outros nomes do Simbolismo brasileiro são Alphonsus de Guimaraens e
Augusto dos Anjos, estando este último já numa transição para o
Modernismo.

⠀⠀⠀ AUTORES BRASILEIROS⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

➢ CRUZ E SOUSA

» A poesia dele mantém a estrutura formal típica do Parnasianismo (uso


de soneto, rimas ricas, etc.;), mas em um tom mais musical, ritmo, com
uma variedade de efeito sonoro, uma riqueza de vocabulário, e um
precioso jogo de correspondência (sinestesia) e contraste (antítese).
Transparece a preocupação social, onde a dor do homem negro (fruto de
suas próprias experiências de preconceito) funde-se à dor universal
humana, conferindo à sua obra um filósofo que reflete a angústia, o tédio.
A solução é sempre a fuga, a preferência pela mística, a busca pelo
mundo espiritual que o consola.
Resumo do Thyago Lewin

» É o eterno conflito entre o real dentro do universo humano, os mistérios


de Deus e do homem, da vida e da morte que convivem com o amor, o
misticismo, e os desejos. O resultado é sempre o sofrido do ser, muitas
vezes personificado pela dor do preconceito (o que leva aos ideais
abolicionistas dentre de obras). Em constante com a cor negra, está o
uso de um vasto vocabulário relacionado à cor branca: neve, espuma….
Isso reflete sua obsessão, tipicamente simbolista, pela imprecisão, pelo
vago, a pureza e o mistério.
» Sua obra ainda é vastamente tomada pela sensualidade, pela busca da
autoafirmação e pela subjetividade (indica no uso constante da primeira
pessoa), pelo culto à noite, pela busca do símbolo do mistério da
existência, através de uma imagem obscura, sugerida e distorcida.
» É considerado por muitos como um dos maiores poetas simbolistas do
mundo, com uma qualidade literária muito próxima a dos melhores
poetas simbolistas franceses, com Mallarmé.
» Poema em prosa
» Sensualidade espiritualizada
» Obsessão pela cor branca e pelos brilhos
» Culto da noite
» Combinação de elementos simbolistas e parnasianos
» Influência de Baudelaire e de Antera de Quental
» Poesia filosófica, tensão meditativa

• Características:

o Representante mundial do Simbolismo;


o Fascínio pela cor branca, talvez pelo fato de ser negro, filho de escravos
e ter sofrido preconceito racial;
o Temas espirituais;
o Retratação da dor e do sofrimento;
o Exposição da condição do negro na época;
o Erotismo.
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➢ ALPHONSUS DE GUIMARAENS

» A obra dele é toda marcada por uma profunda suavidade e lirismo, com
uma linguagem simples e um ritmo bem musical, cheio de alterações e
sinestesia. Por ter uma formação mais clássica e uma influência de
cunho medieval, há o emprego constante das redondinhas além dos
versos alexandrinos e decassílabos, com grande êxito. A presença da
amada pedida, Constança, está sempre presente, retrata aos moldes
medievais uma divindade intocável, perfeita livre de qualquer toque de
erotismo e somente possível através da morte. Por várias vezes ela é
confundida com a imagem pura de Virgem Maria, de quem o poeta é
profundamente devoto. Sua obra, aliás, é considerada a mais mística de
nossa literatura. A morte é outro fator importante dentro de sua obra, o
que o aproxima muito dos poetas românticos. Há a receptividade, a
simpatia e o desejo pela morte, já que ela é o único caminho para se
chegar à amada. Ela é o destino último, insuperável, em contraste com
a miséria do mundo real. cria-se assim um ciclo de misticismo, amor
idealizado e obsessão da morte, onde a melancolia é sempre um fator
marcante aliada aos sonhos e às amargas pessoais do poetas, muitas
vezes refletidas pelos traumas do passado.

• Características:

o Temas melancólicos, envolvendo a dor da perda, devido à morte de sua


noiva;
o Presença de traços de paisagens;
o Religiosidade;
o Idealização do amor.

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