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EREM DEOLINDA AMARAL

ALUNO: RAFAEL SANTOS DA SILVA SOUZA

TURMA: 2° ANO “B"

SOCIOLOGIA BRASILEIRA

LAJEDO-PE,2021
Desde sua consolidação, nos anos 1930, até os dias de hoje, uma Sociologia feita no Brasil
sofreu influência de teses e teorias desenvolvidas em outros países. A sociedade brasileira foi
analisada com base nas relações sociais, promoção e ideológicas relacionadas com outras
sociedades, em especial com as sociedades capitalistas do Ocidente Em razão das feições
particulares que uma sociedade brasileira ganhou em cinco anos de história, seus intérpretes
procuraram analisaram os fatores que a distinto das sociedades demais contemporâneas.

INTERPRETAÇÕES SOBRE A INFORMAÇÃO DO BRASIL


No final do século XIX e início do XX, diversos estudiosos buscaram analisar as
particularidades do Brasil. Eles investigaram como a nação teria se formado, auaís seriam
como bases dessa formação social, em que medida o passado colonial e escravista teria
influenciado essa formação e quais seriam as características de formação da identidade social
brasileira.

Em 1933 Gilberto Freyre publicou Casa-grande e senzala. livro que o sociólogo e crítico
Antônio Candido (1918-) considera ser uma ponte entre as interpretações embasadas em
fatores naturais, como o meio e a raça, e a contribuição sociológica desenvolvida a partir dos
anos de 1940.

Segundo Gilberto Freyre, uma família patriarcal foi a base sobre a qual a mestiçagem
se relacionada no Brasil. Presente sobretudo no latifúndio monocultor do Nordeste brasileiro,
uma família patriarcal constituiria, assim, uma forma social ideal para que uma raça "branca",
colonizadora, se relacionasse com as demais "raças".

Outro autor importante desse período foi Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) que
publicou o livro Raízes do Brasil em 1936, três anos depois de Casa-grande & senzala e com
escrita completamente diversa de Freyre. De estilo mais conciso, uma obra aborda as
dificuldades de implantação do liberalismo trad conal anterior da formação histórica da
sociedade brasileira.

A geração de 1930
A Sociologia de Sérgio Buarque examina, com base na sociedade brasileira, a ligação
estreita entre o que é público e o que é privado e seus limites. A ausência de delimitações
entre essas duas esferas da vida social pode ser observada ainda hoje, e a prática do
favorecimento se disseminou em paralelo com a modernização da sociedade brasileira,
sobretudo no que se refere à burocracia estatal.

Caio Prado Júnior, por sua vez, deveria caracterizar em que medida a formação do
Brasil estaria atrelada ao contexto de expansão do mercado europeu processo de colonização
da sociedade brasileira. Para esse autor, a colonização do Brasil e suas consequências
históricas devem ser pensadas a partir da ideia de que o Brasil se integrou a uma dinâmica
maior, diretamente relacionada à expansão maritima e comercial europeia.

A escravidão e a questão racial


A referência clássica clássica autores, ainda que com críticas e avanços, é uma obra de
Florestan Fernandes (ver Capitulo 4 e Perfil a seguir). Esse autor foi responsável pela formação
de um conjunto de pesquisadores que desenvolveram seu trabalho na Sociologia brasileira,
particularmente Octavio landi e Fernando Henrique Cardoso. Além das implicações da
escravidão e da questão racial. sua obra aborda temas como a metodologia sociológica, o
subdesenvolvimento, as classes sociais e a questão indígena, tornando-se. assim, uma das
centrais para a Sociologia brasileira contemporânea.

Para Fernandes, a escravidão no Brasil tomou formas distintas e se conectada reta e


indiretamente com os ciclos econômicos do período colonial (como vimos atualmente muitos
historiadores defendem que há atividades econômicas voltadas para o abastecimento interno,
de modo que a economia da colónia não era apenas exportadora e "de ciclos”).

Subdesenvolvimento e dependência econômica


No Brasil dos anos 1930, o Estado moderno substituiu o Estado oligárquico e uma
indústria nacional começou a se desenvolver. Esse período da história brasileira é central, pois
foi em consequência desse momento a questão a questão do subdesenvolvimento e da
dependência econômica do país começou a ser discutida nos anos 1950 e 1960. Esse debate,
além de ser atual, tem relação direta com o posicionamento do Brasil diante de outras
economias do mundo. O lugar do Brasil pode ser pensado com base na divisão internacional
do trabalho, isto é, em como foi e ainda é construída a economia nacional, que produtos e
ramos da indústria foram desenvolvidos na produção nacional, se são produtos estratégicos ou
materiais- primas e como essa produção dentro do país na economia mundial.

Precarização do trabalho no Brasil contemporânea


Nas últimas décadas ocorreram grandes mudanças na economia mundial sobretudo
com as reestruturações produtivas iniciadas no Japão nas décadas de 1950 e 1960 e nas
décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos e na Europa ocidental (ver Capitulo 7). Como
consequência desse processo de produção mundial, que teve por base a substituição intensa
de trabalho por novas tecnologias de produção, principalmente robótica e microeletrônica,
foram percebidas no Brasil desde a década de 1990 até os dias de hoje. A incorporação dessa
base tecnológica foi impulsionada pelo avanço do neoliberalismo nos governos Fernando
Collor (1990 a 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002). que promoveram a
abertura econômica, a privatização de empresas estatais e a desregulamentação de leis de
proteção ao trabalhador. Essas medidas tiveram como consequências o aumento do
desemprego formal e. em razão disso, o aumento do trabalho informal, reduções salariais
relevantes a precarização do trabalho e o enfraquecimento político da classe trabalhadora

A superexploração do trabalho ocorre pela extensão da jornada, seja pela aceleração


no ritmo da produção, com imposição de metas e acumulo de funções. Em termos da saúde
do trabalhador, Graça Drucker demonstração um aumento no número de acidentes de
trabalho na última década e também da incidência de doenças mentais relacionadas à
violência nos ambientes de trabalho. Estas últimas derivam da pressão exercida sobre os
trabalhadores em razão de uma ideologia de metas produtivas a serem atingidas a qualquer
preço. Segundo a autora, em 2001 foram registrados 340,3 mil acidentes de trânsito no Brasil;
já em 2009, o número de sinistros sobe para 723,5 mil, um aumento de 126% em nove anos.

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