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MATRÍCULA: 17203021
PPRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
1 - Princípio da Legalidade, está previsto no artigo 150 da Constituição Federal de
1988, o qual proíbe que a Administração Pública exija ou aumente tributo sem lei que o
estabeleça, bem como no artigo 97 do Código Tributário Nacional.
Portanto, só a lei pode criar (ou instituir), majorar (elevar alíquotas ou ampliar a base de
cálculo), reduzir ou extinguir tributos.
Importante ressaltar que a Constituição de 1988 admite, como exceções ao princípio da
legalidade, nos termos e limites da lei, alterações, pelo Poder Executivo, das alíquotas
dos seguintes impostos da União (art. 153, § 1º): Imposto de Importação (II); Imposto
de Exportação (IE); Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI); ICMS combustíveis e CIDE combustiveis.
Dessa forma, o tributo que for criado ou majorado sem lei será será considerado
inconstitucional. Dirimindo eventuais dúvidas que possam surgir quanto a redução dos
tributos, podemos recorrer ao art. 97, II, do Código Tributário Nacional. Ele prevê
expressamente que somente a lei poderá estabelecer majoração ou redução de tributos,
ressalvadas algumas hipóteses.
2. Princípio da Isonomia
Este princípio tem previsão no art. 150, II da Cf e trata da regra que veda à União,
Estados, Distrito Federal e Municípios instituírem tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Além disso, impede qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida. Isso
independente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
A isonomia foi consagrada pelo ordenamento jurídico não apenas no sentido formal,
que é atendido com a edição de lei genérica e abstrata, aplicável a todos. Foi também no
sentido material, haja vista impor que os iguais sejam tratados igualmente, e os
desiguais desigualmente, na medida de suas desigualdades.
3. Princípio da Irretroatividade
O terceiro da lista de princípios do direito tributário tem fundamentação legal no art.
150, III, ‘a’, da CF, que diz:
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[…]
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado;”
O trecho fala sobre a vedação de uma nova lei (que houver instituído ou majorado
tributos) retroagir a fim de alcançar fatos geradores ocorridos antes do início de sua
vigência. Ou seja, a nova lei se aplicará aos fatos geradores ocorridos no futuro apenas,
jamais para aqueles ocorridos antes de sua edição.
O princípio da irretroatividade se caracteriza como um dos pilares da segurança jurídica,
entendida como a previsibilidade, estabilidade e compreensão do Direito.
4. Princípio da Anterioridade
O princípio da anterioridade impede que uma lei nova venha a ser aplicada de imediato.
Subdivide-se em dois tipos de anterioridade, sendo a clássica prevista no art. 150, III,
‘b’, da Constituição:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;”
E a anterioridade nonagesimal (ou noventena) com previsão no art. 150, III, ‘c’, do
mesmo Diploma:
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;”
A primeira determina que é vedado aos Entes Federativos cobrarem tributos no mesmo
exercício financeiro em que tenham sido editadas as respectivas leis. Já a segunda
anterioridade, estabelece que a cobrança dos tributos não poderá ser exercida antes de
transcorridos noventa dias da data da lei que os instituiu ou majorou.
5. Capacidade Contributiva
Previsto no art. 145, §1º, o qual estabelece que, sempre que possível, os impostos terão
caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade econômica do
contribuinte. Este principio busca a equidade na tributação, sendo assim contribuintes
com igual capacidade de pagar contribuirão com a mesma quantidade e contribuintes
com desigual capacidade de pagar, contribuirão com quantias distintas, surgindo, então
neste último caso, os critérios de progressividade, proporcionalidade e seletividade,
dentre outros.
A Capacidade contributiva, ainda pode ser dividida em: Capacidade Contributiva
Absoluta, que é a eleição do evento ou fato-manifestação da riqueza que enseja
necessidade de tributação e ocorra o fato gerador do tributo e Capacidade Contributiva
Relativa ou Subjetiva, onde há a identificação da capacidade inerente ao sujeito
individualmente considerado e este sujeito estará apto a contribuir na medida de sua
capacidade econômica.
Por fim, importante destacar que a finalidade desse princípio é a de evitar que exista
uma carga tributária exacerbada sobre os menos favorecidos e favorável aos mais fartos
de recursos.
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS:
1. Imunidade dos templos - Esta imunidade afasta, como na imunidade recíproca ou
dos entes tributantes, apenas e tão somente os impostos. Não vale para as taxas,
contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. Espécie
de imunidade subjetiva (ligada à entidade/pessoa jurídica religiosa) prevista no art.
150,VI, “b”, da CRFB de 1988. Nos termos da previsão constitucional, nenhum imposto
incide sobre templos de qualquer culto. Porém, de acordo com o art. 150, §4º, tal
vedação compreende somente patrimônio, renda e serviços, relacionados com as
finalidades essenciais das respectivas entidades. Está relacionada a garantia instrumental
à liberdade de crença e culto religioso prevista no art. 5º, VI, da CF, cuja finalidade é
impedir a criação de obstáculos econômicos, por meio de impostos, à realização de
cultos religiosos.