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Desenho Técnico

Prof. Fábio Brongar Milech


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Unidade 1

Introdução ao Desenho
Técnico
Seção 1.3 e 1.4 – Utilização de instrumentos /
Margem, legenda e caligrafia técnica
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Função dos instrumentos no Desenho Técnico
• O objetivo principal dos instrumentos de desenho é auxiliar na apresentação dos
desenhos, tornando-os mais precisos e limpos.

• Instrumentos básicos utilizados:


• Lapiseira ou lápis;
• Borracha;
• Régua;
• Esquadros 45 e 60°;
• Compasso;
• Transferidor;
Instrumentos - Lapiseira
• Cada lapiseira é projetada para usar um tamanho específico de grafite.

• Os tamanhos de grafite mais comuns são de 0,3 mm, 0,5 mm, 0,7 mm e 0,9 mm.

• O melhor tamanho para uso geral é 0,5 mm, enquanto o grafite de 0,7 mm pode ser usado para
fazer traços mais grossos.

• Uma vantagem importante da lapiseira em relação ao lápis é o fato de que não precisa ser
apontada.

• Vale a pena investir em uma lapiseira de qualidade?


Instrumentos - Lapiseira
• Os grafites mais duros produzem linhas fracas, porém nítidas e menos sujeitas a borrões.

• Os grafites mais macios produzem linhas escuras, que tendem a borrar com facilidade.

• Os grafites de dureza média (3H, 2H, H, F, HB, B) são satisfatórios para uso geral; o grafite mais
usado, de longe, é o HB.
Instrumentos - Lapiseira
Instrumentos - Lapiseira
• Para simplificar o trabalho pode-se usar a lapiseira com 0,5 mm (espessura média) e dureza HB (média) e
com diferentes pressões no traçado e reforço fazer as diferenciações nos traçados (tonalidades e
espessuras).
Instrumentos - Borracha
• Devem ser, de preferencia:
• Macias;
• Flexíveis;
• Boa qualidade;

• Evitar:
• Borrachas coloridas;
• Limpar os resíduos da borracha com as mãos;
Instrumentos - Régua
• Deve ser/ter, de preferencia:
• Translucida;
• Graduação bem definida;
• Boa qualidade;

• Evitar:
• Réguas de propaganda;
• Correr a régua sobre linhas recém confeccionadas;
Instrumentos - Esquadros
• Deve ser/ter, de preferencia:
• Translucido; 60°
45°
• Não possuir graduação;
• Boa qualidade;

• Evitar:
• Correr os esquadros sobre linhas recém
reforçadas;
Instrumentos - Esquadros
Utilização dos Esquadros (retas paralelas)
• Para traçar uma reta paralela a uma reta dada usando dois esquadros, alinhe a hipotenusa de um
dos triângulos com a reta.

• Em seguida, coloque a hipotenusa do segundo esquadro em contato com um dos catetos do


primeiro esquadro e faça o primeiro esquadro deslizar ao longo do segundo, mantido fixo, até a
posição desejada para a reta paralela.
Utilização dos Esquadros (retas perpendiculares)
• Isso pode ser feito por dois métodos diferentes. No primeiro método, um cateto de um dos
esquadros é alinhado com a reta dada, enquanto um segundo esquadro é usado como base.

• Fazendo o primeiro esquadro deslizar ao longo do segundo, o outro cateto do primeiro esquadro
pode ser usado para traçar a reta perpendicular.
Utilização dos Esquadros (retas perpendiculares)
• No segundo método, faz-se o primeiro esquadro girar de 90°, em vez de deslizar, antes de traçar
a reta perpendicular.
Instrumentos - Compasso
• São instrumentos para criação de circunferências,
arcos ou apenas para transportar medidas.

• Necessitam firmeza na hora da execução do traçado.

• Tipos de compasso:
• Comum;
• Articulado;
• Balaústre;
• Misto;
Instrumentos - Compasso
Formatos de papel (padronizados)
• A escolha do formato ou dimensão da folha de papel a ser usada, é da responsabilidade do
desenhista ou projetista.

• As folhas de menor dimensão são mais fáceis de manusear, mas obrigam à utilização de escalas
de redução para a representação das peças, o que prejudica a sua interpretação e compreensão.

• Por outro lado, selecionando formatos maiores, o problema da clareza fica solucionado, mas,
quanto maior é o formato, maior é o custo de impressão e reprodução dos desenhos, aliado à já
referida dificuldade no manuseio.

• Os formatos de papel e sua orientação encontram-se regulamentados nas normas internacionais


ISO 5457:1980 e ISO 216:1975 e ainda na norma brasileira NBR 10068.
Formatos de papel (Série A)
• Estes formatos têm por base o tamanho A0, cuja área é de 1 m2.

• O lado maior de cada formato é igual ao lado menor do formato seguinte.

• O lado maior do formato seguinte é o dobro do lado menor do formato anterior.

• Para cada um dos formatos, a razão dos lados é que é a mesma razão usada
para os caracteres na escrita normalizada (que será vista adiante).
Formatos de papel (Série A)
Formatos de papel (Série A – Casos Excepcionais)
• Em casos excepcionais, quando é necessário um formato especial de folha,
podem ser usados os formatos indicados na Tabela abaixo, em que o
comprimento é o fator multiplicativo indicado na primeira coluna, multiplicado
pelo menor comprimento da folha original (Ex. A3 × 3 = 891mm = 3 × 297mm).

Formatos alongados da série A.


Dobras folha padrão (NBR 13142)
• As cópias dos desenhos maiores que A4, devem ser dobradas e colocadas em
pastas. Após dobrada, a folha de desenho deve ter as dimensões do formato A4,
com a legenda no canto inferior direito, perfeitamente visível.
Margens / Molduras (NBR 10068)
• A área de trabalho numa folha de desenho é delimitada pela moldura, que basicamente é um
retângulo a traço contínuo grosso, de espessura mínima de 0,5 mm (ISO 5457).

• A posição da moldura na folha de desenho é definida pelas dimensões das margens.

• As margens são os espaços compreendidos entre a moldura e os limites da folha de desenho,


sendo zonas interditadas, nas quais não é permitido desenhar.

• As dimensões das margens são normalizadas. Apesar de a norma NP 718:1968, que estabelece as
margens a usar nos desenhos, ainda estar em vigor, foi elaborada numa época em que os
desenhos eram realizados em prancheta com o papel esticado, estando desatualizada.
Margens / Molduras (NBR 10068)
• Atualmente, os desenhos são criados utilizando sistemas de CAD e a sua impressão realizada
recorrendo-se a impressoras e plotters, onde a norma ISO 5457 estabelece margens mais
adequadas para a utilização dos referidos equipamentos.

• De acordo com esta norma, as margens mínimas a serem consideradas dependem do formato do
papel, sendo: A0 e A1: Mínimo 20 mm. A2, A3 e A4: Mínimo 10 mm.

• Na maioria dos casos, estes valores são suficientes para que a impressora “agarre” a folha, mas
para alguns dispositivos de impressão estes valores podem ser reduzidos para 10 mm, nos
formatos A0 e A1, e 7 mm nos formatos A4 e A3.

• A margem para furação deve ter um mínimo de 20 mm e localizar-se na margem à esquerda da


legenda.
Margens / Molduras (NBR 10068)
Legendas (NBR 10068 e NBR 10582)
• Também de acordo com a norma ISO 5457, a legenda deve localizar-
se no canto inferior direito da folha de desenho, dentro da área de
trabalho, para as folhas deitadas (tipo X - formato paisagem) e em pé
(tipo Y - formato retrato).

Posição da legenda na folha deitada (Tipo X).


Posição da legenda na folha em pé (Tipo Y).
Legendas
• As legendas mostram as informações necessárias para identificar o desenho.

• Resultam da necessidade de apresentar um conjunto de informações relevantes


para o desenho, de forma condensada e sistematizada.

• As informações a se constar na legenda são de responsabilidade da empresa, do


próprio projetista ou da instituição acadêmica.

• Não existe uma regra para o conteúdo da legenda, porém, alguns itens são ditos
obrigatórios por motivos óbvios, seguem:
Legendas
• Título do desenho.

• Nome ou emblema da empresa, repartição, instituição, universidade, etc.

• Número e/ou código de classificação dos desenhos e indicação de substituição.

• Escala.

• Data.

• Projetista ou desenhista responsável.


Legendas
• Assinatura dos responsáveis pela execução, verificação e aprovação.

• Unidades em que serão expressas as medidas.

• Descrição dos componentes:


a) quantidade;
b) denominação;
c) peça;
d) material, normas, dimensões.
Legendas (padrão disciplina)
Caligrafia Técnica (escrita normalizada - ISO 3098 - NBR 8402)

• Toda a informação inscrita num desenho, sejam algarismos ou outros caracteres, deve
ser apresentada em escrita normalizada.

• Isto é válido, quer para a realização de um esboço a mão livre, quer para a realização
de um desenho num sistema de CAD.

• Com a utilização de CAD, o projetista ou desenhista tem a sua vida facilitada, porque
todos os programas contêm estilos de texto normalizados, os quais podem ser
facilmente selecionados.

• A utilização de escrita normalizada tem como objetivos básicos a uniformidade, a


legibilidade e a reprodução de desenhos sem perda de qualidade.
Caligrafia Técnica (escrita normalizada - ISO 3098 - NBR 8402)

• A altura da letra maiúscula (h) é a dimensão de referência em relação à


qual são definidas todas as outras dimensões dos caracteres.

• A gama de alturas normalizadas h é a seguinte: 2,5-3,5-5-7-10-14-20


mm.

• Note-se que esta gama corresponde a uma progressão geométrica de


razão que é a mesma razão usada nos formatos de papel série A.
Caligrafia Técnica (escrita normalizada - ISO 3098 - NBR 8402)
Caligrafia Técnica (escrita normalizada - ISO 3098 - NBR 8402)
Caligrafia Técnica (escrita normalizada - ISO 3098 - NBR 8402)
Exercícios - *Utilize letra maiúscula com h = 10mm
Exercícios

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