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METALOGRAFIA UTILIZANDO MICROSCOPIA ÓTICA

1) MICROSCOPIA ÓTICA NA MICROESTRUTURA DO MATERIAL;

Dentre as diversas técnicas de observação da microestrutura dos aços e ferros


fundidos, a mais comum é a microscopia óptica. Neste caso, emprega-se luz visível, que
incide sobre a amostra e é refletida até o observador. A resolução que pode ser obtida em
uma imagem depende do comprimento de onda da radiação empregada. Para a luz visível
de cor verde, isto resulta em uma resolução de 220 a 250 nm, que corresponde a um
aumento máximo da ordem de 1.400 vezes. Embora existam microscópios ópticos
capazes de fornecer aumentos superiores a este valor, tais aumentos são chamados
magnificação inútil, ou “vazios”, por não fornecerem informação adicional àquela obtida
com o aumento máximo de cerca de 1400X (MANNHEIMER, 2002).
O microscópio óptico tem numerosas aplicações na metalografia. A aplicação mais
importante é a determinação das fases estruturais presentes e a constituição do material
(modo e maneira da distribuição das fases, composições e características). Estas
observações são de prática importância porque a estrutura e a constituição têm uma forte
influência no comportamento do material. Nestes estudos, a superfície de um material
corretamente preparado é examinada antes ou depois do ataque, ou em ambas as
condições.

Questões:

1) Cite a principal aplicação da microscopia ótica na metalografia.

A aplicação mais importante é a determinação das fases estruturais presentes e a


constituição do material.

2) Em relação a microscopia ótica, marque a afirmação falsa:


a) Para a luz visível de cor verde, isto resulta em uma resolução de 220 a 250nm,
que corresponde a um aumento máximo da ordem de 2.400 vezes.
b) A superfície de um material corretamente preparado é examinada antes ou depois
do ataque, ou em ambas as condições.
c) Emprega-se luz visível, que incide sobre a amostra e é refletida até o observador.
d) A estrutura e a constituição têm uma forte influência no comportamento do
material.
2) DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS.

A figura acima apresenta o esquema do sistema de ataque térmico sob vácuo


acoplado a platina a quente, pra realizar a metalografia utilizando microscopia óptica.
Para submeter as investigações sob a superfície de amostras que estejam livres de gases
adsorvidos é justificada a necessidade da manutenção de alto vácuo no ambiente das
amostras. As observações das aparências metalográficas são feitas utilizando microscopia
óptica com luz polarizada, combinando as limitações desta técnica como, poder de
resolução, profundidade de campo, etc.
O ajuste do foco nas amostras é um problema usual desta técnica, devido ao fato da
ocorrência durante o aquecimento ou resfriamento, de variações no coeficiente de
dilatação entre as fases presentes, porém com a praticidade no processo de focagem
oferecido pelo microscópio óptico esta situação pode ser contornada passo a passo
durante as investigações a altas temperaturas.
O sistema de aquecimento, que alimenta a câmara de trabalho (amostra), exige uma
fonte de potência programável, ou seja, deseja-se estabelecer ciclos térmicos de
aquecimento e resfriamento controláveis, permitindo desta forma, a reprodutividade dos
ciclos impostos em conjunto com as aparências metalográficas a altas temperaturas. As
imagens são registradas obedecendo as mesmas rotas utilizadas em microscopia óptica,
como câmera fotográfica, câmera de vídeo e analisador de imagem com os passos de
captura de imagem a altas temperaturas e software de medidas.
Questões:

1) Em relação aos equipamentos necessários para a microscopia ótica, assinale V


(verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes afirmativas:
( V ) As imagens são registradas obedecendo as mesmas rotas utilizadas em
microscopia óptica.
( F ) Para observar as aparências metalográficas utiliza-se a microscopia óptica com
luz natural.
( V ) A câmara de trabalho (amostra) é alimentada pelo sistema de aquecimento.
( F ) O ajuste de foco é um problema que não pode ser resolvido ou solucionado.

2) Cite todos os equipamentos necessários para a microscopia ótica.


Câmera de trabalho (amostra); Bomba Turbomolecular; Câmera de vídeo; Interface
gráfica; Transcodificador de sinal de vídeo; Vídeo cassete; Monitor de vídeo; Fonte de
potência programável; Câmera fotográfica; Microscópio óptico com luz polarizada;
Analisador e processador de imagem.

3) PREPARAÇÃO DE AMOSTRA (LIXA E POLIMENTO)


No lixamento, devido ao grau de perfeição requerida no acabamento de uma amostra
metalográfica idealmente preparada, é essencial que cada etapa da preparação seja
executada cautelosamente, é um dos processos mais demorados da preparação de
amostras metalográficas. Operação que tem por objetivo eliminar riscos e marcas mais
profundas da superfície dando um acabamento a esta superfície, preparando-a para o
polimento. Existem dois processos de lixamento: manual (úmido ou seco) e automático.
O polimento é a operação pós lixamento que visa um acabamento superficial polido
isento de marcas, utiliza para este fim abrasivos como pasta de diamante ou alumina.
Antes de realizar o polimento deve-se fazer uma limpeza na superfície da amostra, de
modo a deixá-la isentam de traços abrasivos, solventes, poeiras e outros. A operação de
limpeza pode ser feita simplesmente por lavagem com água, porém, aconselha-se usar
líquidos de baixo ponto de ebulição (álcool etílico, fréon líquido, etc.) para que a secagem
seja rápida.
Questões:
1) Quais os objetivos do lixamento e do polimento?
O objetivo do lixamento é eliminar riscos e marcas mais profundas da superfície
dando um acabamento a esta superfície, preparando-a para o polimento. Já o objetivo do
polimento é dar um acabamento superficial polido isento de marcas.

2) Em relação a essas duas etapas, marque a afirmação verdadeira:


a) Para a limpeza, deve-se usar líquidos como o mercúrio e o álcool etílico.
b) Existem dois processos de lixamento: manual e automático.
c) O polimento é um dos processos mais demorados da preparação de amostras
metalográficas.
d) A operação de limpeza nunca deve ser feita apenas com água.

4) ATAQUE QUÍMICO – AÇO INOX


O ataque químico tem como objetivo revelar a microestrutura de uma amostra sob a
luz de microscópio ótico utilizando reagentes químicos (ASM, 2004). Contrastes entre os
constituintes podem ser observados devido a um método de corrosão localizada que como
consequência modifica a forma de reflexão da luz na superfície amostra. Em outras
palavras, ataques químicos criam uma superfície que refletirá a luz em diferentes
direções, estes desvios causados na luz incidente podem ser causados 10 por um desnível,
por uma deposição de camada ou pela orientação dos cristais. (COLPAERT, 2008).
A composição química, a temperatura e o tempo podem ser os mais variados e atingir
as mais diversas formas de contraste. Na mesma estrutura são criados diferentes
contrastes devido a diferentes composições químicas dos reagentes.
O ataque químico permite a identificação (visualização) dos contornos de grão e as
diferentes fases na microestrutura. Um reagente ácido é colocado em contato com a
superfície da peça por certo tempo. O reagente causará a corrosão da superfície. Os
reagentes são escolhidos em função do material e dos constituintes macroestruturais que
se deseja contrastar na análise metalográfico microscópica.
Em aços inoxidáveis o ataque químico é dificultado devido a sua propriedade
característica de resistência a corrosão. Essa dificuldade de preparar a superfície de uma
amostra de aço inoxidável, motivou o desenvolvimento de diversos tipos de reagentes
assim como métodos de ataque que possibilitassem a análise microestrutural destes
materiais. (SMALL, 2008)
Questões:
1) Como são escolhidos os reagentes usados no ataque químico?
Os reagentes são escolhidos em função do material e dos constituintes
macroestruturais que se deseja contrastar na análise metalográfico microscópica.

2) Em relação ao ataque químico, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes


afirmativas:
( F ) Devido a sua propriedade característica de resistência a corrosão, em aços
inoxidáveis o ataque químico é facilitado.
( V ) O ataque químico tem como objetivo revelar a microestrutura de uma amostra
sob a luz de microscópio ótico utilizando reagentes químicos
( F ) A variação da composição química, da temperatura e do tempo motivou o
desenvolvimento de diversos tipos de reagentes
( F ) O ataque químico não permite a identificação (visualização) dos contornos de
grão e as diferentes fases na microestrutura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] SHUSHPANOV. N.I. Structure of metals and alloys after heating in vácuo.
Metallurg.(6), 1937.

[2] PALESTIN, S.M. The study of transformation in the structure of metallic alloysat
hight temperatures. Trud.Moskvs. Inst.Mekhan.Elektrifsel’sk. Khoz. (1),1940.

[3] PALESTIN. S.M. Cinematography in the investigation of the transformationand


microstructure of metals and alloys when heated and coaled. Zav.Lab n.7,1940.

[4] COCHRANE, R.C. Microstructural characterization. Characterization of


hightemperature. The Institute of Metals. London, p.43-79, 1988.

[5] ASM. (2004). Metallography and Microstructures, Vol 9. ASM international.

[6] COLPAERT, H. (2008). Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns. São Paulo:
Blucher.

[7] SMALL, K. B. (2008). Guide to etching specialty alloys. Advanced Materials &
Processes, 32-37.

[8] MANNHEIMER, W. A. Microscopia dos Materiais – Uma Introdução. Rio de


Janeiro. Editora e-papers, 2002.

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