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Retrospectiva - Setembro 2018

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ATUALIDADES
RETROSPECTIVA
Setembro 2018 Prof.Leandro Signori.

FATOS INTERNACIONAIS

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China retalia e anuncia que vai sobretaxar US$ 60


bilhões em produtos dos EUA

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O Ministério de Comércio de China anunciou nesta terça-feira (17) a imposição de novas tarifas às
exportações americanas no valor de US$ 60 bilhões, em represália pelas tarifas de US$ 200 bilhões que os
EUA determinaram um dia antes para as exportações chinesas.
"Apesar da decidida oposição da China e da apresentação de queixas formais, os EUA insistiram em
adotar uma postura errônea, violando as normas da Organização Mundial do Comércio", segundo
comunicado divulgado pelas autoridades chinesas, que já tinham ameaçado impor esta medida se
Washington adotasse novas tarifas.
Segundo a agência EFE, a China irá impor sobretaxas de entre 5% e 10% a 4 mil tipos de produtos.
A imposição mútua de tarifas agrava a guerra comercial entre as duas principais economias mundiais,
iniciada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusar a China de manter um excessivo
superávit comercial com EUA e pressionar para reduzi-lo de forma acelerada.
A China também anunciou que apresentou na Organização Mundial do Comércio (OMC) uma queixa
contra as tarifas de importação anunciadas pelos Estados Unidos.

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EUA ameaçam sobretaxas adicionais


Na véspera, os Estados Unidos anunciaram a cobrança de novas tarifas para importação de produtos chineses em uma nova rodada da
guerra comercial envolvendo os dois países.
A Casa Branca informou que EUA vão impor sobretaxa de 10% sobre cerca de US$ 200 bilhões em importações da China. A cobrança de
tarifas para importação terá início em 24 de setembro, e a taxa aumentará para 25% no fim de 2018. Trump ameaçou ainda com tarifas
adicionais sobre mais US$ 267 bilhões se a China retaliar.
Trump considera que o déficit comercial dos EUA no comércio com a China, de US$ 376 bilhões anuais, é inaceitável e tem que ser
redimensionado.
O presidente dos EUA alertou na segunda-feira que se a China adotar medidas retaliatórias contra as indústrias ou os agricultores
norte-americanos "vamos buscar imediatamente a fase três, que trata-se de tarifas sobre aproximadamente US$ 267 bilhões em
importações adicionais".
A escalada das tarifas de Trump sobre a China ocorre após negociações entre as duas maiores economias do mundo para resolver
diferenças comerciais não produzirem resultados. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, convidou na semana passada
altos funcionários chineses para uma nova rodada de negociações, mas até agora nada foi marcado.
Esse conflito parece, até o momento, ter pouco efeito na primeira economia mundial, embora as medidas de represália sejam sentidas
em algumas regiões e setores de atividade.
O Tesouro americano advertiu em várias ocasiões que a maior ameaça para o crescimento econômico americano era uma guerra
comercial. A Câmara de Comércio dos EUA na China (AmCham China) criticou as novas tarifas e afirmou que as empresas americanas
que operam no gigante asiático serão prejudicadas.

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Escalada da tensão comercial


O governo dos Estados Unidos tem adotado uma série de medidas conta produtos chineses e de outras
economias. Até então, a administração Trump tinha anunciado tarifas sobre US$ 50 bilhões de
importações da China. Desse montante, US$ 34 bilhões estavam sobretaxados desde julho. Os outros US$
16 bilhões começaram a ser sobretaxados em agosto.
As ações dos EUA tentam pressionar a China a fazer mudanças radicais na sua política comercial, na
transferência de tecnologia e em subsídios industriais para o setor de alta tecnologia.
O governo chinês tem adotado represálias ao movimento dos EUA. Em agosto, Pequim também adotou
tarifas de 25% para US$ 16 bilhões de produtos americanos. Desde agosto, as tarifas de importação
adotadas mutuamente por Estados Unidos e China já alcançavam US$ 100 bilhões de dólares.

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África do Sul entra em recessão pela 1ª vez desde 2009 e


rand cai

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A África do Sul entrou em recessão no segundo trimestre pela primeira vez desde 2009, em um golpe para os esforços do
presidente Cyril Ramaphosa de reanimar a economia após uma década de estagnação.
A agência de estatísticas da África do Sul informou que a economia contraiu 0,7 por cento no segundo trimestre, diante de
declínios nos setores de agricultura, transportes e varejo.
O rand ampliou as perdas contra o dólar para mais de 2 por cento e os títulos do governo caíram após a divulgação dos dados.
Analistas esperavam que a economia cresceria 0,6 por cento no período.
“Estamos em recessão. Divulgamos contração no primeiro trimestre...e agora no segundo trimestre com queda de 0,7 por
cento”, disse o estatístico-geral da África do Sul Risenga Maluleke.
A agência informou que a produção agrícola caiu 29,2 por cento no segundo trimestre, enquanto transportes, comunicação e
armazenamento contraíram 4,9 por cento. Por outro lado, o setor de mineração cresceu 4,9 por cento e o financeiro teve
expansão de 1,9 por cento.
Além disso, a agência disse que a contração econômica no primeiro trimestre foi mais profunda do que o registrado inicialmente,
a 2,6 por cento.
Analistas disseram que os dados devem fazer com que seja mais difícil para que o banco central da África do Sul eleve a taxa de
juros em suas próximas reuniões.
“O cenário de crescimento no primeiro semestre de 2018 é feio e mostra nessa economia que existe fraqueza generalizada nos
setores primário e terciário”, disse o economista sênior do BNP Paribas Jeffrey Schultz.

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Trump e Rouhani trocam insultos na Assembleia-Geral


da ONU

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente iraniano, Hassan Rouhani, trocaram provocações na
Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira (25), com Trump prometendo mais sanções
contra Teerã e Rouhani sugerindo que seu equivalente norte-americano sofre de "fraqueza intelectual".
Trump utilizou seu pronunciamento anual nas Nações Unidas para atacar a "ditadura corrupta" do Irã, elogiar o
"bicho-papão" do ano passado, a Coreia do Norte, e para deixar uma mensagem desafiadora de que irá rejeitar o
globalismo e proteger os interesses da América do Norte.
Mas a maior parte do seu pronunciamento de 35 minutos foi direcionado ao Irã, que é acusado pelos Estados Unidos
de ter ambições nucleares e de fomentar a instabilidade no Oriente Médio através de seu apoio a grupos militantes na
Síria, no Líbano e no Iêmen.
"Os líderes do Irã semeiam caos, morte e destruição", disse Trump no discurso. "Eles não respeitam seus vizinhos ou
fronteiras ou os direitos soberanos de outras nações".
Rouhani, que se dirigiu aos líderes mundiais depois do presidente dos EUA, criticou a decisão de Trump de se retirar do
acordo nuclear de 2015 com o Irã, disse que não tinha "necessidade alguma para uma oportunidade de foto" com
Trump e sugeriu que a retirada do presidente norte-americano de instituições globais seria um desvio de caráter.
"Confrontar o multilateralismo não é sinal de força. É na verdade um sintoma de fraqueza intelectual - entrega uma
falta de habilidade para entender um mundo complexo e interconectado", disse.

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O pronunciamento de Trump foi recebido com silêncio dos líderes mundiais ainda não confortáveis com
as visões isolacionistas que enfraqueceram as relações dos Estados Unidos com aliados tradicionais pelo
mundo.
Seu discurso, embora feito de maneira discreta, foi ainda assim uma reafirmação de sua política "América
Primeiro". Trump abalou a ordem mundial ao retirar os EUA do acordo nuclear com o Irã e do acordo do
Clima de Paris, ameaçando ainda punir os países da Otan que não pagassem mais por sua defesa comum.
"Nós nunca iremos entregar a soberania da América a uma burocracia global que não é eleita e não é
responsável", disse Trump no mesmo linguajar que é popular entre sua base política. "A América é
governada por americanos. Rejeitamos a ideologia do globalismo, e abraçamos a doutrina do
patriotismo".
Além de se dirigir ao Irã, Trump também criticou a China por suas práticas comerciais, mas não fez
menções à interferência russa na guerra da Síria ou sobre a suspeita de intervenção nas eleições norte-
americanas.

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Visão alternativa de Macron


Ao oferecer uma visão alternativa quando foi sua vez no púlpito, o presidente francês, Emmanuel Macron,
disse aos delegados da ONU que a lei da sobrevivência do mais forte, o protecionismo e o isolacionismo
apenas levariam ao aumento das tensões. Defendendo o multilateralismo e a ação coletiva, Macron
alertou que o nacionalismo levaria ao fracasso e que se países pararem de defender princípios básicos, as
guerras globais poderiam voltar. "Eu não aceito a erosão do multilateralismo e não aceito a nossa história
se desdobrando", disse Macron à assembleia, por vezes levantando seu tom de voz. "Nossas crianças
estão assistindo." Macron, citando o exemplo do Irã, disse que essa tendência ao unilateralismo levaria
diretamente a conflitos.
Trump, que começa seus comícios políticos se gabando de seu histórico econômico em menos de dois
anos de governo, usou a mesma retórica diante do público de líderes mundiais e diplomatas, dizendo a
eles que conseguiu mais do que qualquer outro presidente norte-americano no passado. A armação
provocou risos e murmúrios do público, o que surpreendeu o mandatário norte-americano. "Eu não
esperava essa reação, mas tudo bem", disse

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Primeira-ministra da Nova Zelândia leva bebê para


Assembleia da ONU

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A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, assistiu à cúpula na Assembleia Geral da


Organização das Nações Unidas ao lado de sua filha de 3 meses, protagonizando uma imagem raramente
vista naquela câmara. Jacinda, que deu à luz no mês de junho, chegou à reunião com a menina e pôde ser
vista brincando com ela enquanto esperava sua vez de discursar.
Seu marido, Clarke Gayford, também estava presente e cuidou da criança enquanto que a primeira-
ministra falava para outros líderes internacionais, que hoje lembraram o centenário do nascimento de
Nelson Mandela com uma cúpula sobre a paz.
Ardern, de 38 anos, tornou-se este ano na segunda líder mundial a dar à luz durante o exercício do cargo,
depois da paquistanesa Benazir Bhutto, em 1990.
A premiê neozelandesa voltou a trabalhar em agosto, após seis semanas de licença-maternidade e, como
está amamentando, viajou para Nova York acompanhada de sua filha.
A trabalhista Jacinda Ardern assumiu o cargo em outubro do ano passado, depois de fechar um acordo de
governo com os Verdes e um partido nacionalista após as eleições de setembro que encerraram nove
anos de governo conservador.

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Brasil, Alemanha, Japão e Índia pedem reforma do Conselho


de Segurança

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Os representantes do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e Japão) reiteraram nesta quarta-feira (26/9) a defesa
pela ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) durante reunião em
Nova York (Estados Unidos). Em declaração conjunta, de dez itens, os chanceleres destacaram que o
órgão, no formato em que está, com apenas cinco membros permanentes e dez rotativos, não reflete o
século 21.
“A reforma do Conselho de Segurança é essencial para enfrentar os desafios complexos de hoje. Como
aspirantes a novos membros permanentes de um conselho reformado, os ministros reiteraram seu
compromisso de trabalhar para fortalecer o funcionamento da ONU e da ordem multilateral global, bem
como seu apoio às respectivas candidaturas”, afirma a declaração conjunta.
Participaram da reunião os ministros das Relações Exteriores Sushma Swaraj (Índia), Aloysio Nunes
Ferreira (Brasil), Heiko Maas (Alemanha) e Taro Kono (Japão). O comunicado acrescenta ainda: “[Há] a
necessidade de salvaguardar a legitimidade e a credibilidade desse órgão da ONU que trata da paz e
segurança internacionais.”
O Conselho de Segurança reúne cinco integrantes com poder de veto no órgão: Rússia, Reino Unido,
França, Estados Unidos e China. Há, ainda, dez membros não permanentes, sem poder de vetos, e que
atuam de forma rotativa.

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Reforma
A ampliação do conselho é uma demanda do Brasil desde o ex-presidente Itamar Franco, passando pelos seus sucessores
Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Todos
No entanto, a discussão envolve uma série de divergência no próprio órgão: os países que mantêm assentos permanentes
questionam a necessidade de reformas por rusgas bilaterais. Chineses resistem à entrada dos japoneses, enquanto norte-
americanos não apreciam o ingresso dos alemães. No passado, França e Reino Unido apoiaram o pleito do G4 de ampliação.
Funções
O Conselho de Segurança é vinculado à ONU e responsável pela paz e segurança internacionais. É o único órgão das Nações
Unidas que tem poder decisório. Isso, na prática, significa que todos os membros devem aceitar e cumprir as decisões do
Conselho.
As questões abordadas pelo conselho vão desde a criação, continuação e encerramento das missões de Paz às investigações
de situações que podem se transformar em conflito internacional.
Também pode vir a recomendar métodos de diálogo entre os países, elaborar planos de regulamentação de armamentos e
ampliação de sanções econômicas e outras medidas para impedir ou deter alguma agressão.
Por fim, depende dos cinco membros permanentes (Rússia, Reino Unido, França, Estados Unidos e China) aceitar o ingresso
de novos membros na ONU e recomendar para a Assembleia Geral a eleição de um novo secretário-geral.

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Hassan Rohani, presidente do Irã, responsabiliza separatistas


árabes por atentado que deixou mortos em parada militar

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O presidente iraniano, Hassan Rohani, acusou os separatistas árabes neste domingo (23), sem citá-los
diretamente, de estarem por trás do atentado que deixou pelo menos 29 mortos em uma parada militar no
sábado (22) em Ahvaz, sudoeste do Irã.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado de Ahvaz, mas parece que as
autoridades iranianas não estão levando a declaração a sério.
"Não temos nenhuma dúvida sobre a identidade daqueles que fizeram isso, sobre seu grupo e sua afiliação",
declarou Rohani à televisão estatal antes de partir para Nova York, onde participará da Assembleia Geral da ONU.
Durante a guerra entre Irã e Iraque (1980-1988), "aqueles que causaram esta catástrofe [de sábado] (...) apoiaram
os agressores e cometeram crimes", acrescentou Rohani.
"Quando [o ditador iraquiano] Saddam [Hussein] estava vivo, eles eram seus mercenários. Depois, mudaram de
ramo, e um dos países do sul do Golfo Pérsico se encarregou de apoiá-los", acrescentou o presidente iraniano,
sem dar nomes.
"Todos esses pequenos países mercenários que vemos na região estão apoiados pelos Estados Unidos. São
estimulados pelos americanos."
O Ministério iraniano das Relações Exteriores anunciou, no sábado, que convocou três diplomatas europeus,
representantes de Dinamarca, Reino Unido e Holanda, após o atentado ocorrido durante um desfile militar em
Ahvaz.

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Os embaixadores dinamarquês e holandês e o encarregado de negócios britânico foram


cúmplices "dos fortes protestos do Irã contra o fato de seus respectivos países abrigarem
alguns membros do grupo terrorista que cometeu o ataque terrorista", afirmou um porta-
voz do Ministério das Relações Exteriores, citado pela agência Irna.
"Não é aceitável que a União Europeia não inclua em sua lista negra os membros desses
grupos terroristas, enquanto não cometerem um crime em solo europeu", lamentou a
diplomacia iraniana.
Cometido com um fuzil AK-47, o ataque de sábado foi reivindicado pelo EI, que disse
responder às intervenções do Irã na região. A ofensiva deixou 29 mortos e 57 feridos e foi
uma das mais letais lançadas em quase oito anos.

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Acusação do Irã de que EUA estão por trás de atentado


aumenta tensão regional

Acusações por autoridades iranianas de que um ou mais países aliados aos Estados Unidos estariam por trás
de um ataque terrorista neste sábado (22) em Ahvaz aumentaram a tensão entre Teerã e Washington às
vésperas da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O presidente do Irã, Hasan Rowhani, disse neste domingo (23) que um país aliado aos EUA no golfo Pérsico
seria responsável pelo atentado a uma parada militar na cidade de Ahvaz, que matou 25 pessoas e feriu ao
menos 60.
O Ministério das Relações Exteriores do país convocou diplomatas de países como Reino Unido, Dinamarca e
Holanda para explicações, acusando-os de dar abrigo a separatistas árabes que reivindicaram a autoria do
ataque.
Apesar de Rowhani não ter especificado a que país se referia, acredita-se que ele estivesse falando da Arábia
Saudita, dos Emirados Árabes Unidos ou de Bahrein, todos aliados próximos dos EUA. "Esses pequenos países
mercenários que vemos na região são apoiados pelos EUA. São os americanos que os instigam e dão a eles os
meios necessários para cometer esses crimes", disse o presidente antes de partir para o evento da ONU em
Nova York.
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No sábado, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, já havia acusado países árabes do golfo, apoiados
pelos Estados Unidos, de estarem por trás do ataque.
"Esse crime é uma continuação dos planos de Estados da região, que são marionetes dos EUA. O objetivo
deles é criar insegurança em nosso querido país", disse Khamenei, sem dizer quais seriam as nações
envolvidas.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, também havia culpado no sábado
países da região e "mestres americanos" pelo ataque.
As tensões entre Irã e Estados Unidos já vinham aumentando nos últimos meses, em especial depois que
o governo de Donald Trump abandonou o acordo nuclear com o país.
O atentado deste sábado, em que militantes disfarçados de soldados abriram fogo durante uma parada
militar anual, foi o maior no país em quase uma década. Mulheres e crianças fugiram dos tiros enquanto
soldados da Guarda Revolucionária Islâmica, unidade militar de elite do país, eram atingidos.
Ao menos oito membros da guarda morreram e a unidade promete neste domingo vingar o ataque.
"Considerando que temos pleno conhecimento dos centros de mobilização dos líderes terroristas
criminosos, eles enfrentarão uma vingança mortal e inesquecível no futuro próximo", disse a guarda em
comunicado.

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Um grupo separatista árabe, que afirma que a minoria étnica é discriminada pelo governo,
dominado pelos persas, reivindicou a autoria do ataque.
Os EUA vêm impondo novamente sanções ao Irã desde que os americanos abandonaram o
acordo nuclear com o país, em maio. Washington também vem pressionando para que o Irã
abandone o apoio ao que consideram atividades desestabilizadoras na região.
O governo dos EUA criticou o ataque de sábado, dizendo que "condena todos os atos de
terrorismo e a perda de vidas inocentes".
Mas a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, refutou as acusações de Rowhani.
"[Rowhani] enfrenta o povo iraniano protestando, cada grama de dinheiro que entra no Irã
vai para os militares. Ele vem oprimindo seu povo há muito tempo e precisa olhar para sua
própria base para saber de onde isso [terrorismo] está vindo", disse ela à rede de TV CNN.

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EUA cortam recursos a programa da ONU para a


Palestina

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O Departamento de Estado dos EUA anunciou nesta terça-feira (31) que decidiu cortar todos os recursos
que concede à Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), o que impactará os
serviços oferecidos a milhões de pessoas.
"Os Estados Unidos já não dedicarão mais fundos para a operação irremediavelmente defeituosa", armou
em comunicado a porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert. Heather explicou
que o governo "analisou minuciosamente o tema e determinou que os EUA não farão contribuições
adicionais à UNRWA", embora tenha armado que o país está "profundamente preocupado" com o
impacto que a medida terá sobre "os palestinos inocentes, especialmente os estudantes".
Os EUA eram o maior doador da UNRWA, cujo financiamento é feito, de forma quase exclusiva, por
contribuições voluntárias dos estados-membros das Nações Unidas. O governo do presidente americano,
Donald Trump, tinha questionado o sistema de financiamento da UNRWA ao considerar que Washington
assumia um "peso desproporcional" e, ao não ter visto mudanças "suficientes" em seu funcionamento,
decidiu hoje cancelar suas contribuições, detalhou Heather. Nesse sentido, a porta-voz armou que os EUA
deixarão de ajudar a UNRWA devido ao "fracasso" da agência, seus membros e seus doadores
internacionais em reformá-la.

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Cortes na contribuição
Em janeiro, os EUA já tinham cortado boa parte das contribuições financeiras à UNRWA e neste ano só
repassou US$ 65 milhões dos mais de US$ 360 milhões previstos, o que acarretou em graves problemas
econômicos à agência para manter os serviços que oferece, como cuidados de saúde, serviços sociais, de
educação e ajuda de emergência aos mais de 4 milhões de refugiados palestinos que vivem na Faixa de
Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria.
A decisão anunciada hoje faz com que esses US$ 65 milhões sejam a última doação do governo de Trump
à UNRWA. Os EUA fornecem tradicionalmente cerca de um terço do orçamento da UNRWA, que em 2017
chegou a US$ 1,1 bilhão, um número que contrasta com os quase US$ 4 bilhões em ajuda militar anual
que Washington destina a Israel. A relação entre o governo de Trump e as autoridades palestinas se
deteriorou desde que o presidente americano reconheceu Jerusalém como capital de Israel, em dezembro
do ano passado, já que a cidade é reivindicada pela Palestina como sede administrativa e religiosa do seu
futuro Estado

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Itália adota decreto contra imigração que restringe


proteção humanitária

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O Conselho de Ministros da Itália aprovou nesta segunda-feira, 24, um decreto sobre a segurança pública
que endurece as medidas contra a imigração, informou o ministro do Interior, Matteo Salvini, líder da Liga.
O decreto - apelidado de "Decreto Salvini" - tem 42 pontos e foi aprovado por unanimidade pelo
conselho, disse Salvini. A iniciativa restringe as normas para concessão de proteção humanitária e
aumenta as possibilidades de revogar a condição de refugiado e até a cidadania italiana.
"É um passo para que a Itália seja mais segura. Para combater com forças os mafiosos e os traficantes de
pessoas, para reduzir os custos de uma imigração exagerada, para expulsar os delinquentes e os que
pedem asilo sem merecer, para retirar a cidadania dos terroristas e para dar mais poder às forças da
ordem", anunciou Salvini no Facebook.
A iniciativa acaba com a chamada "proteção humanitária", uma das três formas de tutela garantidas a
estrangeiros na Itália, ao lado do refúgio e da proteção subsidiária, sendo estas últimas regulamentadas
por tratados internacionais.
No entanto, segundo Salvini, o país continuará permitindo a entrada por motivos humanitários em seis
situações: vítimas de "grave exploração", motivos de saúde, violência doméstica e calamidade, pessoas
em busca de tratamento médico ou que tenham realizado "atos de particular valor cívico".

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Retrospectiva - Setembro 2018

O decreto também prevê a suspensão de pedidos de refúgio e a expulsão imediata de deslocados internacionais condenados em
primeira instância por violência sexual, lesão grave ou ultraje a autoridade pública, ou de migrantes que representem "perigo
social".
Além disso, pessoas consideradas "perigosas para o Estado", como aquelas sentenciadas por terrorismo, poderão perder a
cidadania italiana, embora a Corte Constitucional já tenha classificado este como um "direito inviolável". Salvini ainda pretende
reduzir os gastos anuais do governo com acolhimento em € 1,5 bilhão.
A medida também aumenta o período máximo de reclusão de migrantes em centros de repatriação de 45 para 90 dias, dificulta
o aluguel de furgões e aumenta as penas para quem ocupa "abusivamente" edifícios e terrenos, uma ação voltada sobretudo a
coibir acampamentos ciganos.
O decreto segue agora para o gabinete do presidente Sergio Mattarella, a quem cabe sancioná-lo. Após essa etapa, o texto passa
a valer imediatamente, mas o Parlamento terá 60 dias para aprová-lo ou revogá-lo.
Uma das tarefas de Mattarella é avaliar a constitucionalidade do decreto, e os jornais italianos questionam se a expulsão de
solicitantes de refúgio condenados em primeira instância pode ser bloqueada pela Corte Constitucional, já que ainda haveria a
possibilidade de absolvição em tribunais superiores.
"Não é um decreto blindado", disse Salvini, cujo governo é aliado do Movimento 5 Estrelas - do primeiro-ministro Giuseppe
Conte - e, por isso, goza de ampla maioria no Congresso. "Nós trabalhamos respeitando os princípios da Constituição", garantiu
por sua vez o chefe de governo.
Desde o início do ano, a Itália já recebeu 21.024 deslocados internacionais que chegaram ao país pelo Mar Mediterrâneo, o que
representa uma queda de quase 80% em relação ao mesmo período de 2017.

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Por ampla maioria, cantão suíço vota na proibição da


burca em espaços públicos

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Mais de dois terços dos habitantes do cantão suíço de Saint-Gall votaram, neste domingo
(23), na proibição da burca no espaço público, regulamentação já em vigor desde julho de
2016 no vizinho Tessin.
A burca é um dos tipos de véus islâmicos. Tradicional das tribos pashtuns no Afeganistão, ele
cobre completamente a cabeça e o corpo da mulher muçulmana e tem apenas uma rede
sobre os olhos para permitir certa visão do mundo exterior.
A burca virou, aos olhos do mundo ocidental, símbolo do regime talibã no Afeganistão, que
tornou o uso obrigatório.
Todos os eleitores da confederação serão convocados para se manifestar sobre essa questão,
em nível nacional, provavelmente no ano que vem.

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Deputados aprovam emendas propostas por Putin na


reforma da previdência russa

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A Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia, aprovou nesta quarta-feira (26) as emendas ao projeto de lei
que reforma o sistema de previdência, propostas pelo presidente Vladimir Putin, em particular para
aumentar em cinco anos, e não em oito, a idade de aposentadoria para as mulheres.
As emendas presidenciais foram aprovadas por unanimidade pelo plenário do Legislativo, que examina
nesta quarta em segunda leitura a reforma da previdência, responsável por provocar inúmeros protestos
em todo o país.
"Nesta matéria chegamos a um consenso: todos apoiamos as alterações do presidente", disse o
presidente da Duma, Vyacheslav Volodin.
O projeto inicial apresentado pelo governo, aprovado em primeira leitura apenas com os votos do partido
governista Rússia Unida, contemplava elevar a idade de aposentadoria de 60 para 65 anos (homens) e 55
para 63 anos (mulheres).
Putin, para suavizar a reforma, propôs aumentar a idade de aposentadoria em cinco anos para homens e
mulheres. ==116ed7==

Após aprovar as modificações sugeridas pelo presidente, os legisladores começaram a votar uma a uma
um total de 72 emendas apresentadas por representantes de diversos grupos parlamentares.

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Greve geral na Argentina contra governo Macri paralisa


transportes e serviços

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A quarta greve geral contra a política econômica do governo de Mauricio Macri, convocada pela principal central sindical
da Argentina, paralisou transportes e serviços nesta terça-feira (25) no país.
A greve foi convocada no momento em que Macri está em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU e se reunir
com investidores para tentar transmitir confiança.
Pelo menos 15 milhões de pessoas foram afetadas pela paralisação, que prejudicou o funcionamento de ônibus, metrô e trens.
Desde o final da tarde de ontem, as seis linhas do metrô de Buenos Aires estavam completamente paralisadas, aderindo a greve
e não funcionarão novamente até amanhã.
Geralmente lotadas por engarrafamentos, as ruas de Buenos Aires tiveram um pequeno tráfego e, no centro da cidade, as
buzinas e os ruídos do motor foram substituídos pelo silêncio, informou a Reuters. Na região de Rosário, onde está localizado o
maior polo agro-exportador da Argentina, os embarques de grãos e derivados foram interrompidos pelo protesto dos
trabalhadores.
Nos aeroportos, empresas como Aerolíneas Argentinas e Latam anunciaram o cancelamento de todos seus voos domésticos, por
isso sugeriram aos clientes que reprogramem suas viagens. Não houve transporte de caminhões, bancos, comércios, escolas,
universidades e repartições públicas foram fechadas.
No Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte do Rio, foram cancelados 12 voos. De acordo com o RioGaleão, voos das
companhias áreas Gol, Aerolineas Argentinas e Latam, que fariam o trajeto entre Rio e a capital Buenos Aires foram afetados.
Em São Paulo (aeroporto de Guarulhos), quatro voos da Aerolineas que partiriam da capital argentina também foram
cancelados. A aérea também desmarcou quatro partidas de Guarulhos para Buenos Aires nesta terça-feira.

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Nos hospitais públicos do país, funcionaram apenas os serviços mínimos para emergências. Os serviços de coleta de lixo e
postos de combustível também foram afetados pela paralisação.
O dia foi com pouca atividade nos mercados financeiros já que os bancários também se comprometeram com a greve.
A renúncia do presidente do banco central, Luis Caputo, anunciada nesta terça-feira também afeta os mercados. O dólar foi
negociado em alta de mais de 3%, ao redor de 38 pesos.
A paralisação, promovida pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), tinha como objetivo protestar contra os ajustes do
governo em meio à crise que afeta o país pela desvalorização abrupta do peso argentino registrada desde o final de abril, a
alta inflação (que deve superar 40% em 2018), e a queda da atividade econômica. Os líderes sindicais exigem reposição
salarial e também rejeitam o acordo com o FMI.
As greves anteriores de 24 horas promovidas contra o atual governo por parte da CGT aconteceram em abril e dezembro de
2017 e no final do último mês de junho.
O presidente argentino reiterou que este não é "um momento oportuno" para fazer uma nova greve, que segundo as
estimativas terá um custo econômico de aproximadamente 31,6 bilhões de pesos argentinos (US$ 847,16 milhões),
equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto.
A expectativa é que até sexta-feira haja o anúncio de um novo acordo financeiro com o FMI. Em entrevista para a
Bloomberg TV na segunda-feira (24), Macri disse que o país estava perto de atingir um acordo final com o FMI, e que havia
"chance zero" de que a Argentina daria default em sua dívida externa no próximo ano.

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Crise na Argentina
Pouco mais de dois anos depois de encerrar a disputa com os chamados “fundos abutres”, a Argentina se
viu diante de um novo impasse financeiro. Com sua moeda despencando, o país subiu a taxa de juros ao
maior patamar do mundo, consumiu boa parte de suas reservas em dólares, buscou ajuda do Fundo
Monetário Internacional (FMI) e tentava buscar a confiança de investidores para evitar uma nova corrida
cambial.
O custo desse acúmulo de problemas acaba pesando diretamente no bolso dos argentinos. A expectativa
é de disparada de inflação, superando as projeções iniciais. Além disso, o crescimento da economia do
país neste ano deve ser menor que o previsto. O ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, admitiu que "a
Argentina terá mais inflação e menos crescimento num curto prazo".
Em junho, o governo argentino assinou um acordo com o FMI de US$ 50 bilhões. A primeira parcela, de
US$ 15 bilhões, foi liberada logo após a assinatura, enquanto os outros US$ 35 bilhões estavam previstos
para ser liberados ao longo dos três anos de duração previstos para o acordo.

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Conselho da ONU aprova resolução histórica sobre a


Venezuela

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O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta quinta-feira, uma resolução
histórica sobre a Venezuela, na qual pede que o governo do presidente Nicolás Maduro "aceite a ajuda
humanitária" para solucionar os problemas de "escassez" de alimentos e medicamentos. É a primeira vez
em sua história que o Conselho da ONU adota uma resolução sobre o país sul-americano.
O texto, proposto por vários países latino-americanos, como Argentina, Peru, Chile e Colômbia, além do
Canadá, foi aprovado por 23 dos 47 Estados representados no Conselho, incluindo o Brasil. Dezessete
nações se abstiveram e sete votaram contra, entre elas, China, Cuba e a própria Venezuela.
A resolução pede a Caracas que "aceite ajuda humanitária com o objetivo de remediar a escassez de
alimentos, medicamentos e recursos médicos", que vem provocando um "aumento da desnutrição, em
particular de crianças, e a aparição de doenças que haviam sido erradicadas ou controladas
anteriormente na América do Sul". O Conselho pressiona o governo venezuelano "a cooperar" com o Alto
Comissariado de Direitos Humanos da ONU, dirigido desde setembro pela ex-presidente do Chile Michelle
Bachelet, a quem foi pedido que apresente um "informe completo" sobre a situação na Venezuela na 41ª
sessão do Conselho, em junho de 2019.

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"Estamos profundamente preocupado com as graves violações de direitos humanos, que se


produzem no contexto de uma crise política, econômica, social e humanitária", armou o Alto
Comissariado em relatório publicado em junho. Maduro não autoriza a entrada do escritório
de Direitos Humanos da ONU no país desde 2013. Bachelet, espera negociar com Caracas
para conseguir acesso.
Em um dos discursos mais longos da Assembleia Geral da ONU, Maduro armou, na quarta-
feira, que a crise humanitária na Venezuela foi "fabricada" para justificar uma intervenção no
país. "Usam uma crise humanitária para justificar as sanções contra a Venezuela. Fabricaram
uma crise migratória. Que caia sobre seu próprio peso", armou durante seu discurso, que
durou 50 minutos e foi interrompido por aplausos dos participantes em, pelo menos, quatro
ocasiões.

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Brasil e mais 13 países rejeitam qualquer intervenção


militar na Venezuela

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Onze dos 14 Governos que fazem parte do Grupo de Lima expressaram sua “preocupação e repúdio diante de qualquer
ação e declaração que signifiquem uma intervenção militar na Venezuela”, de acordo com um comunicado conjunto
assinado pela Argentina, Brasil, Costa Rica, Chile, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia. A
Colômbia, apesar de ser um dos membros, não aderiu ao pronunciamento. O Grupo de Lima, criado em 2017 para
colaborar com a resolução da crise venezuelana, também é formado pelo Canadá e a Guiana.
O comunicado responde à colocação expressada na sexta-feira pelo secretário geral da Organização dos Estados
Americanos (OEA), Luis Almagro, durante uma entrevista coletiva em Cúcuta (Colômbia). “Acho que não devemos descartar
nenhuma opção”, afirmou após ser consultado sobre uma potencial “intervenção militar” para derrubar o regime de
Nicolás Maduro. O Executivo venezuelano só demorou algumas horas em responder a Almagro, a quem denunciará à
Organização das Nações Unidas (ONU) e outras instâncias internacionais por, supostamente, promover uma ação armada
no país sul-americano. A vice-presidenta Delcy Rodríguez afirmou no Twitter que querem ser revividos os “piores
expedientes” das ingerências militares “imperialistas” na América Latina: “(A) estabilidade está seriamente ameaçada pela
demencial ação de quem usurpa de maneira desviada e abusiva a secretaria geral da OEA”.
Como argumento para justificar seu posicionamento, Almagro se referiu às “violações de direitos humanos e crimes de lesa
humanidade” cometidos pelo Governo venezuelano. A opção de uma intervenção militar foi considerada recentemente - no
final de julho - pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma possível saída à crise política. O comunicado
dos 11 governos latinoamericanos reafirma “seu compromisso para contribuir à restauração da democracia na Venezuela e
à superação da grave crise política, econômica, social e humanitária que o país atravessa, através de uma saída pacífica e
negociada”. Também se opõe a ações e expressões relativas “ao exercício da violência, à ameaça e ao uso da força na
Venezuela”.

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Essa é a primeira vez em que o Grupo de Lima e Almagro discordam publicamente sobre a Venezuela: no geral, o
secretário geral da OEA apoia os gestos e os pedidos da organização. Em janeiro, por exemplo, Almagro aderiu ao
pedido de repúdio às eleições presidenciais convocadas pela Assembleia Nacional Constituinte.
Em março do ano passado, Tareck El Aissami, à época vice-presidente venezuelano, também ameaçou processar
Almagro por “infâmia” e “agressão”. O secretário da OEA lembrou nesse momento das supostas ligações do
político com o tráfico de drogas. A ação não teve sucesso. Almagro é incômodo para o governismo. Seu poder se
limita ao âmbito diplomático e denúncias públicas. “Urge que o regime liberte o deputado Juan Requesens, não
mais presos políticos na Venezuela, não mais ditadura na Venezuela, não mais repressão na Venezuela”, pediu no
sábado no Twitter.
O repúdio da OEA ao sucessor de Hugo Chávez cresceu após os protestos antigovernamentais entre abril e julho
de 2017. A repressão causou mais de 120 mortes, centenas de feridos e presos. Naquela época, Almagro
aumentou a pressão internacional para condenar o Governo da Venezuela. Mas há anos o regime denuncia planos
conspiratórios para depor o líder chavista e gerar uma crise na Venezuela. Os Estados Unidos, a Colômbia e outros
países, a oposição e a imprensa são acusados pelos problemas. Jorge Rodríguez, ministro da Comunicação e
Informação, chegou a ordenar a instalação de câmeras na fronteiriça ponte internacional Simón Bolívar para
“desmontar as mentiras” divulgadas sobre o êxodo maciço na Venezuela. Em uma tentativa de mostrar uma
imagem diferente da crise, Maduro também elaborou um plano para “repatriar” centenas de venezuelanos.

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Doze governos formaram o Grupo de Lima em agosto de 2017 com a finalidade de isolar Maduro, ao final
de uma reunião em que assinaram a Declaração de Lima para “condenar a ruptura da ordem democrática
na Venezuela”, respaldar a Assembleia Nacional democraticamente eleita, e também condenar a violação
sistemática dos direitos humanos, a violência e a repressão no país.
O grupo fez numerosos pedidos para o restabelecimento da ordem democrática, promover a libertação
de presos políticos, realização de eleições livres, e pediu a Maduro que autorize a entrada de ajuda
humanitária. Entre os membros do Grupo de Lima, a Colômbia, Chile e Peru são os quem receberam o
maior número de imigrantes venezuelanos que fogem da crise humanitária. Nas duas últimas semanas,
entretanto, Maduro enviou a Lima um avião de matrícula venezuelana para trazer de volta a Caracas 89
compatriotas que não queriam continuar no Peru. Até o final de agosto, mais de 414.000 venezuelanos
entraram no país, de acordo com números da Superintendência de Migrações.
O Grupo de Lima surgiu “como uma instância multilateral diante da ineficiência de outro órgão
multilateral, a OEA, no caso da Venezuela”, diz o internacionalista Óscar Vidarte. “Entretanto”, diz, “uma
coisa é a OEA e os dilemas do poder dentro da organização que impedem que se tome decisões sobre o
caso venezuelano, e outro é o papel do secretário geral, que tomou uma posição crítica e direta contra o
regime de Maduro. O problema é que acaba deslegitimando o papel de conciliador e mediador que lhe
cabe”, finaliza.

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Paraguai anuncia que sua embaixada em Israel voltará de


Jerusalém a Tel Aviv

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O ministro de Relações Exteriores do Paraguai anunciou nesta quarta-feira (5) que o país mudará sua embaixada em Israel de
Jerusalém de volta a Tel Aviv, revertendo a decisão do ex-presidente Horacio Cartes em maio deste ano. Desde 15 de agosto, o
Paraguai está sob o governo do novo presidente Mario Abdo Benítez.
Em reação, o Ministério de Relações Exteriores de Israel convocou seu embaixador no Paraguai para consultas e disse que fechará sua
embaixada no país latino-americano.
A Autoridade Palestina, por sua vez, anunciou que abrirá "imediatamente" uma embaixada no Paraguai, segundo o ministro das
Relações Exteriores palestino, Riyad al Maliki, citado pela agência oficial Wafa.
Após os Estados Unidos e a Guatemala, o Paraguai transferiu em maio sua representação diplomática de Tel Aviv para Jerusalém. A
transferência foi considerada controversa já que havia um consenso internacional para manter as embaixadas fora de Jerusalém, como
consequência da disputa sobre o status da Cidade Sagrada e o conflito israelense-palestino.
No conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de Jerusalém, cidade que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e
muçulmanos, é uma das questões mais polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz.
Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como
capital de seu futuro Estado.
O comunicado divulgado pelo governo israelense informa que "o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu instruiu o Ministério de
Assuntos Exteriores para que feche a embaixada israelense no Paraguai".
O Ministério de Relações Exteriores palestino considerou o anúncio do Paraguai "uma conquista diplomática palestina", dizendo que o
ministro Riyad al-Maliki foi quem pressionou o novo presidente paraguaio a voltar com a embaixada de seu país a Tel Aviv.

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EUA e Guatemala
Em dezembro do ano passado o presidente americano Donald Trump reconheceu Jerusalém como capital
de Israel, provocando críticas da comunidade internacional, principalmente entre líderes árabes.
A inauguração da embaixada americana em Jerusalém, em maio desse ano, foi marcada por um dia de
violentos confrontos na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza.
As forças israelenses mataram mais de 60 palestinos que protestavam próximos à cerca da fronteira. Nos
confrontos, grupos de palestinos tentaram avançar contra a barreira que fica na fronteira com Israel e
lançaram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros e bombas de gás lacrimogêneo.
Dois dias depois, a Guatemala abriu sua embaixada em Jerusalém.

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Vaticano e China selam acordo histórico para o degelo


diplomático

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Foram anos de rumores, saídas em falso e curtos-circuitos. Mas finalmente a China e o Vaticano assinaram um acordo
histórico que torna definitivamente mais próximo o degelo das relações diplomáticas, rompidas desde 1951,
quando Mao Tsé-tung expulsou o núncio apostólico e os missionários católicos da República Popular. O primeiro passo
tem caráter religioso e consiste no reconhecimento por parte do Vaticano de 7 dos 60 bispos nomeados pelo regime
chinês durante as últimas décadas, e que a Santa Sé se recusava a legitimar. Chega assim ao fim uma etapa em que
duas Igrejas paralelas conviviam: a oficial (controlada da Associação Católica Patriótica) e a clandestina (pelo Vaticano).
Pequim considerou até hoje uma ingerência que as nomeações viessem de Roma, e não reconhecia a autoridade do
Papa como chefe da Igreja Católica. A Santa Sé, por sua vez, não aceitava que esses bispos fossem impostos pelo
regime comunista, algo que não acontece em nenhum outro país.
As duas Igrejas passarão agora a ser uma só, e a última palavra sobre os bispos, supõe-se, será do Pontífice.
Entretanto, a decisão será tomada conjuntamente, seguindo propostas de Pequim, informaram algumas fontes. O
acordo, cujo conteúdo não foi publicado, é provisório e será periodicamente revisado e aperfeiçoado (fala-se em dois
anos com primeira experiência), informou a Santa Sé em nota oficial. Assinaram o documento o subsecretário para as
Relações Internacionais do Vaticano, Antoine Camilleri, e o vice-chanceler chinês, Wang Chao. Com a habitual
prudência, o porta-voz do Papa, Greg Burke, especificou o objetivo do acordo: “Este não o final de um processo. É o
começo. Isto surgiu através do diálogo, da escuta paciente por ambos os lados, mesmo quando se vinha de posições
muito diferentes. O objetivo não é político, e sim pastoral. Permitirá aos fiéis terem bispos em comunhão com Roma,
mas ao mesmo tempo reconhecidos pela autoridade chinesa”.

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A concessão da Santa Sé, pouco habituada a oferecer tanto terreno nas negociações com outros Estados, foi notável e
altamente criticada por vários setores da Igreja —especialmente algum dos bispos que durante anos viveram na
clandestinidade e perseguidos pelo regime, como Joseph Zen, ex-arcebispo de Hong Kong. O secretário de Estado do
Vaticano, Pietro Parolin, rebateu as críticas nesta sexta-feira defendendo a pertinência de um passo deste tipo. O acordo,
supostamente, agora obrigará alguns desses prelados a entregarem seu cargo aos escolhidos pela China. Em troca, o regime
reconhecerá o Pontífice como chefe único da Igreja Católica, e haverá uma só instituição no país, como explicou Parolin em
uma mensagem por vídeo. “Pela primeira vez, hoje, todos os bispos na China estão em comunhão com o Santo Padre, com
o Papa, com o Sucessor de Pedro [...]. É necessário unidade, confiança, e é necessário termos bons Bispos que sejam
reconhecidos pelo Papa, pelo Sucessor de Pedro e pelas legítimas autoridades civis de seu País. E o Acordo vai nessa linha.”
O acordo com a segunda maior economia do mundo —que, segundo o comunicado, “cria as condições para uma
colaboração mais ampla em nível bilateral”— coincide com a chegada do Papa à Lituânia, dando início a uma viagem pelos
países bálticos. Um momento pouco propício para um anúncio desse porte, que ofusca o resto da sua agenda e deixa a
visita em segundo plano. Um elemento a mais que leva a pensar no nível de imposições da China nesta longa negociação,
que também encontra neste avanço um elemento de pressão a mais em sua guerra comercial contra os EUA.
O Vaticano, entretanto, tinha muito interesse em virar a página de um período de distanciamento em relação ao país onde
o protestantismo e o catolicismo mais crescem, e onde poderia ter um enorme reservatório de fiéis e vocações
eclesiásticas. Pouco a pouco, o gigante asiático avança na ocupação da hegemonia cultural e política à qual os EUA vêm
renunciando pelas mãos de seu presidente, Donald Trump.

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Há na China 12 milhões de católicos oficiais e 40 milhões de cristãos, embora alguns especialistas


calculem que a cifra real poderia ultrapassar os 88 milhões de militantes do Partido Comunista da China.
Esse país, segundo as estimativas do professor Yang Fenggang, da Universidade Purdue em Indiana (EUA),
poderia ter até 2030 a maior população cristã da terra, com 247 milhões de crentes. Entretanto,
atualmente há mais de 30 bispos clandestinos, escolhidos pelo Vaticano, mas carentes do
reconhecimento do Governo. Alguns estão inclusive encarcerados, como o bispo de Mindong, Vincent
Guo Xijin. O problema se dá em ambas as direções, porque o Governo chinês também nomeou outros
sete bispos que o Vaticano considerava ilegítimos e que foram excomungados pela Santa Sé.
A operação foi muito complicada. Desde o pontificado de Bento XVI houve gestos contínuos nessa direção
que permitiam intuir alguns avanços. De fato, Francisco rompeu em 2014 com décadas de frieza ao enviar
um telegrama de saudações na sua passagem pelo espaço aéreo chinês a caminho da Coreia do Sul. A
partir daí, o Papa argentino fez dessa uma prioridade de seu Pontificado. Em maio deste ano, a China deu
de presente ao Vaticano duas obras do pintor Zhang Yang e pôs em marcha a chamada “diplomacia da
arte”, que implicou também os seus museus. Pequim, por sua vez, havia emitido sinais contraditórios. O
presidente Xi Jinping expressou em várias ocasiões sua desconfiança sobre ideologias procedentes do
estrangeiro, e durante seus primeiros cinco anos de mandato endureceu fortemente o controle sobre a
sociedade civil, as minorias étnicas e as religiões.

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O outro grande entrave para o avanço definitivo é Taiwan, que a China considera parte inalienável de seu
território e com a qual não está disposta que seus sócios mantenham relações diplomáticas. Esse deveria
ser o segundo grande passo para a normalização definitiva dos vínculos. A Santa Sé é um dos poucos
países que reconhecem diplomaticamente a ilha como um Estado. Aliás, Taiwan é um ponto estratégico
para o Vaticano na Ásia: embora apenas 300.000 pessoas (1,55% de sua população) pratiquem o
catolicismo, sua presença é visível através de universidades como a Fu-jen e a Wenzao. O vice-presidente
Chen Chien-jen é um de seus fiéis. Mas fontes vaticanas já informaram em outras ocasiões que esse seria
um problema menor se houvesse como superar a questão dos bispos.
A operação chinesa é crucial para a Igreja em um continente onde, depois da África, mais crescem os fiéis
e as vocações cristãs. Antigos redutos importantes, como a América, retrocederam com o tempo, e o
catolicismo (uma das cinco religiões que Pequim reconhece oficialmente, junto com o protestantismo, o
islamismo, o budismo e o taoísmo) perde terreno frente a correntes como as evangélicas. Mas, além
disso, o acordo do Vaticano com a segunda maior potência econômica do mundo é uma peça
fundamental na disputa entre os EUA e a China e no avanço do país asiático para ocupar o espaço
hegemônico que Trump começou a abandonar com o protecionismo norte-americano.

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Retrospectiva - Setembro 2018

Após matar 64 nas Filipinas, tufão chega a Hong Kong,


Macau e sul da China

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O tufão Mangkhut atingiu o sul da China neste domingo (16), matando duas pessoas após passar pelas Filipinas
com fortes ventos e chuvas, que deixaram pelo menos 64 mortos e dezenas de desaparecidos.
Mais de 2,4 milhões de pessoas tiveram que deixar a província de Guangdong, no sul da China, para fugir do
tufão. Quase 50 mil barcos de pesca foram chamados de volta ao porto, informou a mídia estatal.
Segundo especialistas citados pela emissora RTHK, de Hong Kong, o Mangkhut deve ser o mais forte tufão a
atingir a cidade em décadas. Em Guangdong, a tempestade matou duas pessoas e provocou tempestades de até 3
metros (10 pés), informou a emissora estatal CCTV.
Quinze pessoas ficaram feridas em Macau. O Observatório de Hong Kong alertou as pessoas para ficarem longe
do ponto de referência do porto de Vitória, atingido por fortes tempestades.
Na manhã deste domingo o tufão atingiu ventos de 190 km/h. Centenas de voos foram cancelados na região e
todos os serviços de trem foram suspensos.
O maior tufão a atingir as Filipinas neste ano chegou à costa antes do amanhecer do sábado (15) na província de
Cagayan, na ponta nordeste da ilha de Luzon, uma região de planícies de arroz e províncias montanhosas com
histórico de deslizamentos.
Os ventos chegaram a 250 km/h e as chuvas fortes provocaram deslizamentos de terra e destruíram muitas casas.

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Retrospectiva - Setembro 2018

Terremotos e tsunami mataram quase 400 pessoas na Indonésia

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O número de mortos deixados pela série de terremotos e pelo tsunami que atingiram a ilha indonésia de Sulawesi subiu para
384 em balanço divulgado pelas autoridades neste sábado (29). O número de vítimas pode subir.
O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio), Sutopo Purwo Nugroho, afirmou ainda que
dados provisórios indicam que 540 pessoas ficaram feridas e 29 estão desaparecidas.
Tremores
Na sexta-feira (28), uma série de terremotos abalou a ilha indonésia de Sulawesi. Um deles, de magnitude 7,5, levou à formação
de um tsunami com ondas até 2 metros.
A BNPB confirmou a formação do tsunami depois que vários vídeos foram divulgados nas redes sociais.
Milhares de casas desmoronaram, além de hospitais, hotéis e comércios. Houve corte de energia. A cidade costeira de Palu foi a
mais afetada, seguida de Donggala.
Técnicos de telecomunicações e transporte aéreo chegaram neste sábado ao aeroporto nacional de Palu, que permanece
fechado para voos comerciais.
A principal cidade que dá acesso a Palu está bloqueada por um deslizamento de terra.
Resgates
Fortes tremores secundários continuam a ser sentidos na ilha. Os resgates continuam, mas estão prejudicados pelo corte de
energia.
Aviões militares decolaram de Jacarta neste sábado levando alimentos e medicamentos para a região de Palu.

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Tragédia em Lombok
Uma série de terremotos em julho e agosto matou quase 500 pessoas e deixou cerca de 1,5 mil feridos
na ilha turística de Lombok, a centenas de quilômetros a sudoeste de Sulawesi. Milhares de habitantes
ficaram desalojados.
Anel de Fogo do Pacífico
A Indonésia está em uma das regiões mais propensas a tremores e atividade vulcânica do mundo: o
Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 7 mil tremores atingem essa área por ano, em sua maioria de
magnitude moderada.
A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico,
abrangendo toda a costa do continente americano, além de Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e
ilhas do Pacífico Sul.
Em 2004, um tremor de magnitude 9,1, perto da costa noroeste da ilha de Sumatra, gerou um tsunami
que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico.

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Passagem do furacão Florence deixa 32 mortos e inundações


ainda ameaçam cidades dos EUA

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Enchentes ameaçavam comunidades dos Estados norte-americanos da Carolina do Sul e do Norte, nesta terça-
feira (18) à medida que a tempestade Florence continua a afetar o nordeste do país com fortes chuvas e tornados,
após deixar ao menos 32 mortos.
O nível da água já atingiu telhados de casas, transformou estradas em rios, deixou milhares de pessoas isoladas, e
continuava a subir nesta terça-feira, de acordo com o Serviço Nacional Meteorológico dos EUA (NWS).
Ao menos 32 pessoas foram mortas pela passagem do Florence, incluindo 25 no Estado da Carolina do Norte e
seis na Carolina do Sul. Uma das vítimas morreu quando ao menos 16 tornados foram provocados pelo Florence
na segunda-feira na Virgínia, onde dezenas de edificações também foram destruídas, segundo o NWS.
Entre os mortos, está um bebê de 1 ano que caiu dos braços de sua mãe enquanto os dois tentavam escapar de
seu carro durante uma enchente.
O furacão perdeu força e já se transformou em depressão tropical. Na segunda (17), estava no extremo oeste do
estado da Virgínia, com ventos sustentados de 50 quilômetros por hora.
Florence avança rapidamente em direção ao nordeste e levará intensas chuvas ao estado de Nova York e à região
da Nova Inglaterra. O olho da tempestade Florence, que chegou a ser um furacão de categoria 4 na escala de
intensidade Saffir-Simpson, tocou o solo na sexta-feira, já rebaixado à categoria 1.

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Suprema Corte da Índia decide descriminalizar a


homossexualidade no país

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Em uma decisão histórica, a Suprema Corte da Índia descriminalizou nesta quinta-feira (6) a homossexualidade no país. A discriminação
por causa da orientação sexual passa a ser uma violação dos direitos fundamentais.
A decisão unânime revogou uma sentença de 2013 que validava o artigo 377 do Código Penal indiano, uma lei da era colonial que
punia "relações carnais contra a ordem da natureza" e criminalizava com penas de 10 anos de prisão as relações entre pessoas do
mesmo sexo. Esse artigo tem 157 anos.
A decisão da Suprema Corte não pode ser contestada e representa uma grande vitória para a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays,
Bissexuais e Transexuais) no país. Um grupo que acompanhava a sessão do lado de fora do prédio festejou o veredito.
Decisão unânime
A Suprema Corte ouviu em julho argumentos de vários representantes da comunidade LGBT, inclusive diversas personalidades, que
fizeram um apelo pela invalidação da lei.
Os cinco juízes que compõem o Supremo indiano, liderado pelo juiz Dipak Misra, declararam suas sentenças individualmente e
concordaram de maneira unânime em anular o artigo 377.
Artigo 377
O artigo 377, que foi colocado em prática pelos britânicos em 1861, quando a Índia ainda era colônia do Reino Unido, determinava
prisão para "qualquer pessoa que voluntariamente tenha relações carnais contra a ordem da natureza".
Em 2009, o Tribunal Superior de Nova Délhi considerou que o artigo 377 violava vários artigos da Constituição ao criminalizar os atos
sexuais consentidos entre adultos. Porém, em 2013, a Corte Suprema voltou a validá-lo.

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FATOS NACIONAIS

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Governo arrecada 6,82 bilhões de reais em leilão do pré-sal

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Na quinta rodada do leilão, ANP oferece quatro áreas de exploração de petróleo e gás na camada pré-sal. Petrobras
arremata bloco na Bacia de Campos, e outros três são vencidos por consórcios internacionais. A Agência Nacional do
Petróleo (ANP) leiloou nesta sexta-feira (28/09) quatro áreas de exploração de petróleo e gás na camada pré-sal. Todas
foram arrematadas, resultando em 6,82 bilhões de reais em bônus de assinatura à União. Os investimentos para as áreas
são previstos em 1 bilhão de reais.
A quinta rodada do leilão do pré-sal foi realizada num hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em frente ao local, alguns
poucos manifestantes protestaram contras as vendas, entre eles indígenas. Aproximadamente 20 policiais fizeram a
segurança e evitaram o fechamento da avenida.
Ao todo, 12 das principais petroleiras do mundo participaram do leilão das quatro áreas de exploração. Os blocos levam os
nomes de Saturno, Titã e Pau Brasil, na Bacia de Santos, e Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. Cada um dos
três primeiros blocos ofertados recebeu apenas duas propostas, todas feitas por consórcios.
A primeira área a ser oferecida foi o bloco de Saturno, arrematado pelo consórcio dividido de forma equitativa por Shell
(Reino Unido) e Chevron (EUA). A ANP pedia um percentual mínimo de participação na produção de óleo de 17,54%, e o
consórcio ofereceu 70,2%. O consórcio formado pela ExxonMobil (EUA) e a QPI (Catar) foi derrotado com sua proposta de
40,49% da produção.
O consórcio entre a ExxonMobil (64%) e a QPI (36%), no entanto, saiu vencedor no leilão do bloco Titã ao oferecer à União
uma participação de 23,49% sobre a produção de petróleo. O lance mínimo era de 9,53%. Nesse bloco, a oferta da Shell e
da colombiana Ecopetrol saiu derrotada.

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A Petrobras fez oferta apenas pelos blocos Pau Brasil, no qual foi superada, e pelo bloco de
Sudoeste de Tartaruga Verde, onde foi a única licitante.
O consórcio BP Energy (Reino Unido, 50%), CNOOC Petroleum (China, 30%) e Ecopetrol
(Colômbia, 20%) ofereceu um excedente de 63,79% pelo bloco Pau Brasil - um ágio de 157%
sobre o percentual mínimo exigido.
No caso do bloco de Sudoeste de Tartaruga Verde, a Petrobras exerceu seu direito de
preferência, mas acabou sendo a única empresa a apresentar proposta. A estatal ofereceu à
União o percentual mínimo de 10,01% sobre a produção de óleo.
O direito de preferência sobre o bloco significava que, caso não arrematasse, a Petrobras
poderia se consorciar com a vencedora em 30%, algo que pode ter afastado o interesse das
demais companhias.
No leilão, a empresa ou consórcio vencedor é aquele que oferece o maior percentual de
óleo-lucro, que equivale ao volume de petróleo reservado à União após descontados os
gastos de exploração e produção.

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Comitê de Política Monetária mantém taxa básica de juros em


6,5% ao ano

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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira (19) manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano.
A decisão já era esperada pelo mercado financeiro. Fixado desde março deste ano, este é o menor patamar da Selic desde o início do regime de
metas para a inflação, em 1999.
A expectativa dos analistas é que a taxa não seja alterada até o fim deste ano e, em 2019, seja elevada gradualmente até alcançar 8% ao ano.
No comunicado sobre a decisão, o Copom informou que o cenário econômico atual "prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente".
Diferentemente dos comunicados anteriores, o texto indica a possibilidade de elevação dos juros caso haja a possibilidade de aumento da inflação
"no horizonte relevante para a política monetária".
O Comitê ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo "da evolução da atividade econômica, do balanço de
riscos e das projeções e expectativas de inflação".
Riscos
Entre a avaliação de agosto e a desta quarta-feira, o Copom ponderou que “se elevaram” os riscos de a inflação subir caso não sejam feitas
reformas estruturais na economia e pela deterioração do cenário externo para as economias emergentes.
“O Comitê enfatiza que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da
inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”, diz o comunicado.
O BC avaliou que o cenário externo "permanece desafiador” por causa da política de normalização dos juros nos Estados Unidos e das guerras
comerciais entre países.
“Os principais riscos seguem associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas e a incertezas referentes ao comércio
global”, afirma.

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Taxa Selic e inflação


A Selic é a taxa básica de juros da economia e serve como referência para todas as demais taxas cobradas das famílias e empresas.
A cada 45 dias, o Copom se reúne para calibrar o patamar da taxa Selic buscando o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN).
Quando a inflação está alta ou indica que vai ficar acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a
subir, encarecendo o crédito (financiamentos, empréstimos, cartão de crédito), freando o consumo e reduzindo o dinheiro em circulação na
economia. Com isso, a inflação cai.
O Copom reduz os juros quando avalia que as perspectivas para a inflação estão em linha com as metas determinadas pelo CMN.
A taxa é mantida quando o Copom identifica o cenário vigente como positivo, mas identifica possíveis riscos para o cumprimento da meta de
inflação no futuro, que exigem cautela.
Inflação
A meta central de inflação para 2018 é de 4,5%. Como há a "margem de tolerância", a meta será considerada formalmente cumprida caso fique
entre 3% e 6%.
Tanto o mercado financeiro quanto o BC avaliam que o comportamento da inflação ao longo de 2018 indica que o índice encerrará o ano
ligeiramente abaixo da meta central.
Diante desse cenário e levando em consideração que as decisões do Copom demoram cerca de seis meses para causarem pleno efeito na economia,
a definição da Selic já começa a levar em consideração as perspectivas para 2019.
Para o ano que vem, a meta de inflação é de 4,25%, podendo variar entre 2,75% e 5,75%.
No último relatório Focus, pesquisa semanal do BC, os analistas financeiros estimaram uma inflação de 4,11% em 2019.

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Constituição 30 anos: relator diz que texto aprovado criou bases


para a superação de crises

O presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, recebe emendas


populares para o texto da Constituição — Foto: Agência Senado

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Trinta anos após a promulgação da atual Constituição, o relator da Assembleia Nacional Constituinte, o
então deputado pelo PMDB Bernardo Cabral, hoje com 86 anos, afirmou ao G1 que o Brasil só conseguiu
superar crises políticas nas últimas décadas em razão da segurança jurídica proporcionada pelo texto
constitucional.
Instalada em 1º de fevereiro de 1987, a Constituinte levou 20 meses para entregar a nova Constituição.
Nesse período, Cabral foi relator da Comissão de Sistematização, responsável por agrupar as propostas de
todas as subcomissões e comissões temáticas e elaborar o texto que seria submetido ao plenário.
Na etapa seguinte, a de votação no plenário, Cabral continuou a desempenhar a função de relator.
O trabalho foi resultado da atuação de 559 parlamentares titulares (72 senadores e 487 deputados
federais), com intensa participação da sociedade civil, que apresentou emendas populares sobre os mais
variados temas.
A Constituição foi aprovada em 22 de setembro de 1988 e promulgada em 5 de outubro daquele ano.
Para Cabral, o texto resultante do trabalho da Assembleia Nacional Constituinte deu as condições para
que o país suportasse as crises políticas posteriores.

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Ele cita como exemplo o impeachment do ex-presidente da República Fernando Collor, em 1992.
“Quando o [Fernando] Collor caiu, que já era sob os efeitos da nossa Constituição, normalmente o Itamar [Franco] assumiu como
vice-presidente e não se instalou nenhuma crise política. E já houve crises em que o poder militar no passado teria tomado conta
do país”, diz.
Cabral relembra o episódio envolvendo o então vice-presidente da República, Pedro Aleixo, que, em 1969, durante a ditadura, foi
impedido pelo alto comando militar de tomar posse quando o presidente Costa e Silva adoeceu e morreu. No lugar dele,
assumiu uma junta militar provisória.
“No passado, em uma crise política, o presidente da República ficou doente e quem tinha que assumir era o vice-presidente, que
era o Pedro Aleixo. E os ministros militares não permitiram isso. Formaram uma junta militar, e o Pedro Aleixo foi impedido como
vice-presidente de assumir”, observa.
Deputado cassado pela ditadura em 1968, Bernardo Cabral foi eleito pelo PMDB do Amazonas deputado constituinte em 1986 e,
depois, senador. Também foi ministro da Justiça no governo Collor.
Para ele, a Constituição de 1988, conhecida como "Constituição Cidadã", especialmente por ter garantido liberdade de expressão
e uma série de direitos sociais, não pode ser vista apenas como o fruto do trabalho de alguns líderes políticos da época.
“A maior alegria, sem dúvida, foi o dia 5 de outubro, com a promulgação. Alegria porque foi uma consagração para o povo. Digo
sempre que a Constituinte não foi A ou B ou C. Quem conquistou isso foi o povo, com as emendas populares, que foram
enormes. Muitas foram admitidas.”

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Por outro lado, ele lamenta o parlamentarismo ter sido retirado do texto final e substituído pelo presidencialismo como sistema de
governo para o Brasil.
“Nós tínhamos aprovado na comissão a emenda do parlamentarismo como sistema de governo. Quando foi para o plenário, que
defendia o sistema presidencialista, derrubaram. E derrubaram de maneira terrível. Dizem que cederam e concederam vários favores e
tal”, afirma, sem entrar em detalhes.
Na visão do ex-deputado, “no sistema parlamentarista, os acordos são fechados com o partido. No presidencialista, são fechados com
os parlamentares”.
“Então, não teria aquele troca-troca, toma-lá-dá-cá que tem hoje”, justifica.
Diante da rejeição do parlamentarismo pelo plenário da Constituinte, Cabral defendeu que fosse retirada da Constituição a
possibilidade de o presidente da República editar medidas provisórias, que entram em vigor imediatamente e só depois têm que ser
aprovadas pelo Congresso.
“Eu disse: vocês vão dar para o futuro presidente um poder que nenhum ditador do Brasil teve. Não me ouviram. Não retiraram e ficou
como você já sabe”, observa.
Desde 1988, os presidentes que passaram pelo Palácio do Planalto editaram centenas de medidas provisórias, que são alvo constante
de críticas por parte de parlamentares por entenderam que o Executivo legisla no lugar do Congresso.
Ao comparar o Brasil de 1988 e o de 2018, o relator da Constituinte diz acreditar que houve um amadurecimento do eleitorado e
atribui isso ao acesso aos meios de comunicação e, em especial, às redes sociais.
“Primeiro, a pessoa votava até de escárnio num animal, como voto de protesto. Hoje, o voto de protesto significa o seguinte: eu não
confio em nenhum dos candidatos. Essa é a diferença. Ou seja, para chegar a essa conclusão, o eleitor começou a amadurecer”, diz.

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Dias Toffoli deve buscar ‘pacificação’ do STF e


interlocução com Poderes

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O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que tomou posse nesta
quinta-feira, 13, deve ter sua gestão norteada pela pacificação interna entre os integrantes da Corte e a
busca por diminuir a tensão entre o Judiciário e os demais Poderes, sobretudo o Legislativo, acentuada
nos dois anos em que a ministra Cármen Lúcia comandou o STF. A avaliação é feita por ex-presidentes da
Corte e advogados que costumam atuar na tribuna do Supremo.
No âmbito interno, antes mesmo de assumir a presidência da Corte, Dias Toffoli fez gestos para apaziguar
o ambiente entre seus pares, como jantares com os colegas em sua casa em Brasília e o convite ao
ministro Luís Roberto Barroso, que teve uma dura discussão pública com Gilmar Mendes, um dos mais
próximos do novo presidente do Supremo, para fazer a saudação na sua cerimônia de posse.
Na briga com Gilmar, ponto máximo da tensão no plenário do Supremo, em março deste ano, Barroso
disse que ele “envergonha”, “desonra” e “desmoraliza” o tribunal e é “uma pessoa horrível”, “mistura de
mal com o atraso e pitadas de psicopatia”. Gilmar Mendes rebateu e recomendou ao colega “fechar seu
escritório de advocacia”.
“Nunca vi o Supremo com uma tensão tão grande”, diz o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro,
conhecido como Kakay, um dos mais atuantes na Corte.

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Em seu discurso de posse, Toffoli falou em “convivência harmoniosa de diferentes opiniões”. “Precisamos
nos conectar cada vez mais com o outro. Afetividade. Sensibilidade. Empatia. Voluntariado. Gentileza e
cordialidade com o próximo. Amor. Viralizar a ideia do mais profundo respeito ao outro, da pluralidade e
da convivência harmoniosa de diferentes opiniões, identidades, formas de viver e conviver uns com os
outros”, declarou.
Presidente do STF entre abril e novembro de 2012, Carlos Ayres Britto classifica Toffoli como um ministro
“de bom convívio, com equilíbrio emocional, ágil no pensar e articulado ao expor ideias” e diz ser
“natural” que o presidente busque pacificar a Corte. “É papel natural do presidente exercer uma liderança
no sentido de aparar arestas e buscar a unidade da corte, não do ponto de vista técnico, mas criando um
ambiente favorável ao diálogo e à assimilação de dissensos”, afirma.
Para Sepúlveda Pertence, que presidiu o STF entre 1995 e 1997, Dias Toffoli “é um homem extremamente
simpático e sociável”. “Creio que sua gestão será de harmonia e conciliação. O espírito conciliador e
amigável do Toffoli tende a ampliar o diálogo e reduzir esses momentos de exaltação”, pondera Pertence,
um dos juristas mais citados por ministros do STF em sessões no plenário.
Já Carlos Velloso, presidente do Supremo entre 1999 e 2001, afirma que “a soberania do STF é a grandeza
do colegiado”. “Acho que com o Toffoli, um bom gestor e negociador habilidoso, que sabe conversar, o
Supremo terá restaurada sua grandeza, a grandeza do seu colegiado”, diz.

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Classificado como “bom gestor” e “negociador” por ex-presidentes da corte, colegas e advogados, Toffoli negociou com o
presidente Michel Temer, antes mesmo de tomar posse no Supremo, o aumento de 16,38% nos salários do Judiciário
federal, em troca do fim do auxílio-moradia à magistratura. Também pregou que ele e os presidentes dos demais Poderes
mantenham encontros periódicos.
“A harmonia e o respeito mútuo entre os Poderes da República são mandamentos constitucionais. Não somos mais nem
menos que os outros Poderes. Com eles e ao lado deles, harmoniosamente, servimos à nação brasileira. Por isso, nós,
juízes, precisamos ter prudência”, disse o presidente do STF em seu discurso de posse.
Sobre a relação entre Dias Toffoli e os chefes de Executivo e Legislativo, que tende a ser mais estreita do que era com o STF
sob Cármen Lúcia, Carlos Velloso entende que não se trata de “nada pessoal” e “engrandece a instituição”. “Deve existir
harmonia entre os Poderes. O grande papel do Supremo é justamente trabalhar para fortalecer essa harmonia, daí vem seu
papel de poder moderador”, avalia.
Para Ayres Britto, no entanto, não são necessárias reuniões e “olho no olho” entre os chefes dos Poderes para que a
independência e a harmonia deles, previstas na Constituição, sejam alcançadas.
“Independência e harmonia significam que cabe a cada poder agir no seu quadrado normativo, então, se você fizer isso com
independência, você está promovendo a harmonia. Harmonia não é conversa, sentar-se à mesa, olho no olho, não é uma
coisa física, não. A harmonia resulta da não invasão da competência alheia. Não tem nada a ver com reuniões, encontros
físicos. Eventualmente sim, em uma solenidade, ou para discutir um orçamento”, diz o ex-ministro.

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Em meio a avaliações de que, com Executivo e Legislativo enfraquecidos e desmoralizados, o STF ocupou
o “vácuo de liderança” e assumiu posição central entre os Poderes, o advogado Alberto Zacharias Toron,
outro que costuma atuar no STF, entende que “Toffoli faz muito bem, porque o Supremo tem avançado
com as suas decisões na esfera de competência dos outros Poderes”.
Advogado do presidente Michel Temer em processos no Supremo, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira diz
esperar que a gestão do novo presidente reduza o “protagonismo” da Corte. “Entendo que os ministros
devam ter uma postura mais comedida, voltada para o exercício das funções, sem preocupação com
mídia ou com opinião pública, lembrando sempre que juiz fala nos autos”.
Carlos Ayres Britto discorda, por avaliar que “em um país democrático e civilizado, não se pode impedir a
imprensa de falar primeiro sobre as coisas e o Judiciário de falar por último, esse protagonismo é natural
de quem fala por último”.

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Passado petista não constrange, diz ex-presidente do STF


Aos 50 anos, Dias Toffoli é o ministro mais jovem a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal. Formado em Direito pela
Faculdade do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo, em 1990, Toffoli foi indicado ao STF pelo ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em 17 de setembro de 2009, dezesseis dias depois da morte do ministro Carlos Alberto Menezes Direito. Sua
nomeação foi aprovada pelo Senado com 58 votos a favor, 9 contrários e 3 abstenções.
Naquele momento, Toffoli era havia dois anos Advogado-Geral da União (AGU) no governo Lula e já havia passado, entre 2003 e
2005, pela subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil do petista, então comandada pelo ex-ministro José Dirceu.
A ligação do ministro com o PT vinha de 1993, quando ele foi consultor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT), central
sindical ligada ao partido. Em 1994, Toffoli assessorou o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) quando o petista era
deputado estadual em São Paulo. Entre 1995 e 2000, foi assessor da liderança do PT na Câmara dos Deputados e, em 2001,
nomeado pela ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, então no PT, chefe de gabinete da Secretaria de Implementação das
Subprefeituras de São Paulo.
Dias Toffoli ainda atuou como advogado eleitoral nas campanhas de Lula em 1998, 2002 e 2006.
Como presidente do Supremo e, portanto, responsável pela pauta de julgamentos, caberá a ele pautar ou não as ações que
questionam a possibilidade de réus condenados em segunda instância serem presos para cumprir pena. Sentenciado pelo
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 12 anos e 1 mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, o ex-presidente está preso há mais de cinco meses em Curitiba. Lula conta com uma mudança no entendimento do STF
para deixar a cadeia.

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Carlos Velloso, que foi indicado ao STF por Fernando Collor em 1990 e votou pela condenação do ex-presidente no julgamento em que
ele foi absolvido do crime de corrupção, em 1994, avalia que o passado petista de Toffoli “está superado”. “Quando um ministro chega
ao Supremo, ele deixa de lado essas coisas, ideologias, querências, ele sabe que os olhos da nação estarão postos nele e ele tem
sempre que enriquecer a sua biografia”.
Já o advogado Alberto Toron diz que Toffoli é “absolutamente independente” e cita exemplos de outros ministros indicados pelo PT
cujos votos foram para condenar réus petistas. “Temos inúmeros ministros indicados pelo PT, Joaquim Barbosa, Ayres Britto e Cármen
Lúcia, que votaram contra deputados e ministros do PT no mensalão. E o próprio habeas corpus do presidente Lula”, enumera o jurista.
No julgamento do mensalão, em 2012, Dias Toffoli entendeu que não havia provas contra José Dirceu, que, no entanto, acabou
condenado pela maioria dos ministros. Por outro lado, ele votou por condenar o ex-presidente petista e ex-deputado federal José
Genoíno e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Sai Toffoli, entra Cármen na 2ª Turma
Como o presidente do STF não integra nenhuma das duas turmas do Supremo, a posse de Dias Toffoli marca o fim do trio formado por
ele, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski na Segunda Turma do Supremo. Maioria no colegiado formado por cinco ministros, os três
têm posição contrária às prisões de réus após condenação em segunda instância e são críticos do que Gilmar classifica como
“alongadas prisões” preventivas da Lava Jato.
Com esse entendimento, os três determinaram a soltura de uma lista pluripartidária de investigados, que tem o petista José Dirceu, o
ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu e o ex-diretor de Engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e
apontado como operador de propinas do PSDB.
Cármen Lúcia, substituta de Toffoli no colegiado, tem um histórico de votações mais alinhado ao relator da Lava Jato no Supremo,
ministro Edson Fachin, que colecionou derrotas na Turma ao se posicionar contra a soltura de investigados na operação.

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Cinco pautas polêmicas no STF


Prisões após segunda instância
Duas ações diretas de inconstitucionalidade questionam a possibilidade de réus condenados em segunda instância serem presos para
cumprir pena. Embora o STF já tenha decidido três vezes que pode haver detenção após condenação em segundo grau, em 2009, 2016 e
2018, Toffoli pode incluir a votação das chamadas ADIs, ambas relatadas pelo ministro Marco Aurélio Mello, na pauta do STF.
Na última vez em que o plenário do Supremo analisou a questão, em abril deste ano, quando foi julgado um habeas corpus preventivo da
defesa de Lula contra a prisão dele, o placar foi de 6 votos a 5. A ministra Rosa Weber, contudo, ressaltou que é contrária às prisões após
segunda instância, mas que votaria por negar o pedido do petista pelo “princípio da colegialidade”, isto é, sua posição seguiria a
jurisprudência do STF.
Auxílio-moradia
Em reunião com Dias Toffoli e o ministro do STF Luiz Fux, em agosto, o presidente Michel Temer acatou a sugestão para incluir no Orçamento
de 2019 um reajuste de 16,38% nos salários do Judiciário federal.
Em troca, Toffoli e Fux se comprometeram a acabar com o pagamento do auxílio-moradia à magistratura, que, em média, tem o valor de 4,7
mil mensais. O pagamento do benefício, que é contestado em ações que tramitam no próprio STF, só é feito graças a uma liminar concedida
por Fux.
Descriminalização do aborto
Em agosto de 2018, o STF promoveu audiências públicas para discutir a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. Os
debates foram convocados como preparação para o julgamento de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), a de
número 442, em que o PSOL questiona os artigos do Código Penal que criminalizam o aborto. Caberá a Dias Toffoli colocar em pauta o
julgamento.

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Descriminalização da maconha
O julgamento do Recurso Extraordinário 635659, que discute a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, foi
iniciado e suspenso em setembro de 2015. Votaram até agora o relator, Gilmar Mendes, e os ministros Luís Roberto Barroso e
Edson Fachin.
Mendes votou pela inconstitucionalidade do artigo da Lei de Drogas que define o porte de drogas para uso pessoal, enquanto
Barroso e Fachin se posicionaram somente pela descriminalização do porte de maconha para consumo próprio. O ministro Teori
Zavascki pediu vista no julgamento. Ele morreu em um acidente aéreo em janeiro de 2017 e cabe a seu substituto na Corte,
Alexandre de Moraes, votar em seu lugar. Se Moraes liberar o voto nos próximos dois anos, Dias Toffoli poderá colocar a análise
do tema em pauta.
Doação de sangue por homens homossexuais
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5543, que questiona normas do Ministério da Saúde e da Anvisa que restringem a
doação de sangue por homens homossexuais, começou a ser analisada no plenário do STF em outubro de 2017 e teve o
julgamento suspenso por um pedido de vista de Gilmar Mendes.
Votaram até o momento o relator, Edson Fachin, e os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, todos no sentido de
que as normais são inconstitucionais por imporem “tratamento não igualitário injustificável”. Alexandre de Moraes seguiu
parcialmente o voto de Fachin, por entender que as doações de sangue por homens homossexuais podem ocorrer se o material
passar por teste imunológico. Caso Gilmar finalize seu voto nos próximos dois anos, Dias Toffoli poderá incluir o assunto
novamente na pauta do plenário do STF.

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STF mantém cancelamento de 3,4 milhões de títulos de


eleitores no país

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O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o cancelamento de 3,4 milhões de títulos de eleitores que não
compareceram para renovação de seus registros, quando ocorreria o cadastro biométrico obrigatório. No Rio Grande
do Sul, foram 167 mil cancelamentos. Confira aqui a situação na sua cidade.
Por 7 votos a 2, os ministros negaram o pedido encaminhado pelo PSB, com apoio do PCdoB e PT. Os partidos queriam
reverter a medida sob o argumento de que ela impede o direito ao voto e traz prejuízos especialmente aos eleitores
mais pobres. Para efeito de comparação, a diferença entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no segundo turno
de 2014 foi de 3.459.963 votos.
Relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso justificou que o registro biométrico faz parte do processo de revisão
eleitoral, garantindo a segurança do pleito e evitando fraudes. Revelou ser inicialmente “simpático” à causa, já que
tratava de garantia ampla ao voto, mas ponderou que a ação foi encaminhada tardiamente.
— Todo procedimento de revisão eleitoral é realizado com fiscalização de partidos políticos. É injustificável que
somente a poucos dias das eleições tenha se decidido questionar a revisão — pontuou.
Ao acompanhar o voto do relator, o ministro Edson Fachin disse que voltar atrás na decisão da Justiça eleitoral
significaria “adiar as eleições”. A tese foi acompanhada pela maioria. O decano da Corte, Celso de Mello, se declarou
impedido de votar por “motivo de foro íntimo”. Mesma decisão tomou a ministra Rosa Weber, por ser presidente
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Responsáveis pelos votos divergentes, os ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski argumentaram que a Justiça
eleitoral teria condições de identificar os eleitores que não fizeram o cadastro biométrico, por isso o cancelamento de títulos
deveria ser revisto.
— Nós vamos colocar em primeiro plano, em detrimento da Constituição, estas sanções drásticas? Sem mesmo ter havido uma
notificação pessoal daqueles que deveriam ter comparecido para a identificação? — criticou Marco Aurélio.
O ministro também citou o fato de a biometria ainda não ser obrigatória em todo o país. A universalidade do registro biométrico
só está prevista para as eleições de 2022. Segundo dados do TSE, aproximadamente 3,4 milhões de eleitores tiveram os títulos
cancelados por não realizarem o registro. O tribunal informou que, caso os títulos fossem retomados, seriam necessários
aproximadamente 15 dias para operacionalizar o registro nas urnas eletrônicas. Por isso, o advogado do PSB, Daniel Sarmento,
propôs uma medida alternativa, que os títulos fossem retomados somente no segundo turno das eleições. A tese, no entanto,
também não foi aceita.
Os advogados que apoiam a causa argumentaram que as sanções impostas pela Justiça eleitoral atingem os mais pobres, que
têm dificuldades para comparecer nos processos de revisão de registro. Citaram que, entre os 3,4 milhões de cancelamentos, 1,5
milhão seriam no Nordeste, somando 4% do eleitorado da região.
Os argumentos foram rebatidos pela advogada-geral da União, Grace Mendonça, que defendeu a necessidade de manter o
controle do alistamento de eleitores e a segurança jurídica. Argumentos semelhantes foram encaminhados pelo Ministério
Público Eleitoral.

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STF rejeita denúncia de racismo contra Bolsonaro

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, 3 votos a 2, nesta terça-feira (11), a denúncia contra o deputado e
candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) pelo crime de racismo, determinando o arquivamento do caso.
Bolsonaro havia sido denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) em abril, após declarações apontadas como
racistas numa palestra no Clube Hebraica, no Rio de janeiro.
Na ocasião, o deputado disse, entre outras frases destacadas pela PGR, que ao visitar um quilombo constatou que “o
afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles servem mais”.
O julgamento, iniciado em 28 de agosto, foi retomado hoje com o voto do ministro Alexandre de Moraes, último a votar no caso.
Ele afirmou que “por mais grosseiras, por mais vulgares, por mais desrespeitosas, as declarações foram dadas no contexto de
crítica política a políticas governamentais”. Por esse motivo, Bolsonaro estaria coberto pela liberdade de expressão e pela
imunidade parlamentar.
Ele entendeu que as falas de Bolsonaro “não caracterizaram, por pior que tenham sido, a incitação à violência física e psicológica,
ou apoio a violência física e psicológica a negros, a quilombolas, a estrangeiros”.
Alexandre de Moraes seguiu o voto do relator, ministro Marco Aurélio Mello. Do mesmo modo, o ministro Luiz Fux considerou
que as falas de Bolsonaro se inseriram no contexto da liberdade de expressão, rejeitando a denúncia.
Em agosto, os ministros Luís Roberto Barroso e Rosa Weber votaram pelo recebimento de parte da denúncia. Eles consideraram
que Bolsonaro deveria se tornar réu e responder a ação penal pelos crimes de discriminação e incitação ao crime, devido a falas
em relação aos quilombolas e aos gays.

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Denúncia
A denúncia foi oferecida ao STF pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em 13 de abril, em decorrência de uma
palestra proferida no ano passado por Bolsonaro no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro.
Ela acusou o deputado de racismo e manifestações discriminatórias contra quilombolas, índios, refugiados, mulheres e
lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs). Para a PGR, o discurso proferido pelo deputado transcendeu a
ofensa a determinados grupos e atacou toda a sociedade, por incitar a discriminação a grupos vulneráveis, o que é vedado
por lei.
Na ocasião, o deputado disse, entre outras frases destacadas pela PGR, que ao visitar um quilombo constatou que “o
afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles servem mais”.
Em outros trechos de seu discurso, Bolsonaro disse, por exemplo, que “nós não podemos abrir as portas do Brasil para todo
mundo”, o que na visão da PGR discrimina estrangeiros. As frases “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu
dei uma fraquejada e veio uma mulher” e “Nós, o povo, a sociedade brasileira, não gostamos de homossexual”, incitaram
ódio contra mulheres e homossexuais, sustentou Raquel Dodge.
“Em sua fala, estão presentes todos os elementos do discurso de ódio racial, sendo prática que exterioriza preconceito e
induz a discriminação”, afirmou o vice-procurador-geral da República Luciano Mariz Maia em sustentação oral no primeiro
dia de julgamento.

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Defesa
Também em sustentação oral na Primeira Turma, o advogado Antônio Pitombo, que defende Bolsonaro,
afirmou que a denúncia apresentada pela PGR contra o deputado é inepta e contrária à liberdade de
expressão, garantida pela Constituição.
“Não é que o discurso é bonito, não é que todos nós devemos aderir positivamente ao discurso, não é
este o ponto, o que não se pode eliminar é o direito de expressão de opinião, goste-se ou não”, afirmou o
advogado.
O defensor argumentou ainda que o discurso de Bolsonaro foi feito no contexto de sua atividade
parlamentar, e que, “ainda que o vocabulário seja horrível, ainda que os adjetivos não sejam pertinentes,
toda a crítica do discurso é voltada a políticas públicas, àquilo que ele vê como errado no Estado
brasileiro”.
Mesmo com a rejeição da denúncia, Bolsonaro é réu em duas ações penais no STF, nas quais é acusado de
injúria e de incitação ao estupro, devido a declarações feitas em relação à deputada Maria do Rosário (PT-
RS).

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Veja, em detalhes, como foi o ataque a Bolsonaro em Juiz de


Fora (MG)

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A movimentada Rua Halfeld, no centro de Juiz de Fora, estava ainda mais cheia por causa da passeata feita pelo candidato à
Presidência Jair Bolsonaro (PSL). Uma confusão tomou conta do local onde ele estava: o capitão da reserva levou uma facada na
barriga. O autor, detido pelos apoiadores de Bolsonaro e pela polícia, foi identificado como Adelio Bispo de Oliveira, natural de
Montes Claros (MG), que tinha em sua página no Facebook diversas críticas ao militar e ao presidente Michel Temer.
O ataque preocupou familiares, amigos e militantes fiéis, em uma cirurgia que durou cerca de três horas.
Também afetou diretamente o futuro do país, afinal, ele lidera todas as pesquisas eleitorais para o Palácio do Planalto. E deixou a
pergunta: como isso vai influenciar a corrida até as urnas? A repercussão veio imediatamente entre os concorrentes, o mundo
político e a sociedade civil. “A democracia não comporta esse tipo de situação”, declarou Cláudio Lamachia, presidente da Ordem
dos Advogados do Brasil.
Golpe no meio da campanha
Às 15h40, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu entrada na Santa Casa da Misericórdia, em Juiz de Fora (MG), com
um sangramento no abdômen. Quinze minutos antes e a 1,2km dali, o capitão reformado havia sido golpeado por uma faca
manuseada por Adelio Bispo de Oliveira, 40 anos. O suspeito, preso em flagrante, se aproveitou da aglomeração, no centro da
cidade mineira, e avançou com um golpe acima da cintura do político, que estava apoiado nos ombros de um correligionário. O
ataque é o mais grave desferido contra um presidenciável, pelo menos desde a redemocratização, em 1985. A arma do crime
feriu os intestinos grosso e delgado, além de uma veia, o que provocou hemorragia interna, contida duas horas depois no
hospital, em uma cirurgia. Até o fechamento desta edição, às 23h30, na Unidade de Terapia Intensiva, o deputado federal havia
recuperado a consciência, apresentava quadro estável, respirava normalmente e não corria riscos imediatos.

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As imagens gravadas por celulares, e de vários ângulos da cena, mostram que, no momento do ataque, por volta das 15h25 —
noticiado em primeira mão pelo site do Correio —, Bolsonaro contrai o abdômen em sinal de dor. O golpe é rápido, sem chances de
defesa. Os 10 policiais federais que acompanhavam o político não conseguiram fazer muito. Um dos relatos dão conta de que um dos
agentes chegou a tocar o braço do suspeito, sem conseguir interferir na ação. Bolsonaro participava de caminhada em Juiz de Fora, um
município de 500 mil habitantes, depois de três atos de campanha, incluindo uma carreata e um almoço com empresários. O local do
ataque é uma encruzilhada de ruas estreitas. Dali, Bolsonaro participaria de um ato religioso. Ao perceberem a gravidade do ferimento,
as pessoas mais próximas o levaram até um carro. O percurso até a Santa Casa foi de menos de 15 minutos, por causa do trânsito.
Desde a chegada ao hospital, populares e curiosos fizeram vigília em busca de informações. Bolsonaro é o líder nas pesquisas, e o
atentado influenciou a agenda e a estratégia de adversários, que ainda na noite de ontem cancelaram compromissos de campanha e
pediram alterações nos programas gravados com ataques ao capitão reformado. Suspeito do crime, Adelio não tem filiação partidária,
mas chegou a integrar as fileiras do PSol entre 2007 e 2014. Nas redes sociais, nas fotos em que aparece, ataca políticos, incluindo o
próprio Bolsonaro. Em nota, a direção-regional do PSol condenou o ataque. “Nosso partido tem denunciado a escalada de violência e
intolerância que contaminou o ambiente político nos últimos anos, por isso não podemos de nos calar diante deste fato grave. Em
março, uma caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi atingido por tiros, em Laranjeiras (PR).
Durante a cirurgia, Bolsonaro recebeu quatro bolsas de sangue. Quando a hemorragia foi estancada, a pressão arterial voltou ao
normal, o que o levou a reagir de forma positiva. O médico responsável pela cirurgia, Cícero Rena, disse que, por causa das lesões, o
político não pode ser transferido. Uma equipe do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, chegaria de madrugada a Juiz de Fora. Mas o
político só deve deixar a Santa Casa em sete ou 10 dias. Além da repercussão interna, o ataque recebeu a atenção dos principais jornais
do mundo. A um mês das eleições, a facada contra Bolsonaro mexe na corrida eleitoral. Às cenas dos próximos capítulos.

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Com planos de voltar, venezuelanos deixam Roraima levando


comida e remédios em repatriação de Maduro

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"Eu vou agora, mas irei voltar assim que possível", disse Marisol Lopez, 38, pouco antes de embarcar em
ônibus com destino a Venezuela. Há 9 meses em Boa Vista, ela aderiu ao programa de "Volta à Pátria" de
Nicolás Maduro, e, junto com outros 116 imigrantes, deixou o Brasil na manhã desta quinta-feira (27).
Levando comida e remédios, itens escassos no país, Marisol viajou à cidade natal de Barcelona, estado
Anzoátegui, na costa Leste do país, para cuidar de uma filha que está doente.
"O dinheiro que tinha usei para comprar comida e remédios que levo agora para casa", explicou a
venezuelana, que trabalha fazendo bicos como empregada doméstica e mora de aluguel.
Ela viajou com uma filha de oito anos e deixou outros dois em Boa Vista. No embarque, já fazia planos
para a volta.
"Minha meta é morar no Brasil junto com meus seis filhos, porque na Venezuela não há como viver".
Dois ônibus fretados por empresários venezuelanos saíram da frente da Rodoviária Internacional da
capital às 9h40 (hora local) levando os imigrantes.
Os veículos seguem até Pacaraima, na fronteira, e de lá os venezuelanos embarcam em outros ônibus
oferecidos pelo governo Maduro.

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O governo de Roraima, que há uma semana fez um acordo em Caracas para ajudar nas repatriações, não
participou desta ação.
"Não somos do governo venezuelano e nem brasileiro. Somos empresários e cristãos que fretamos os
ônibus para ajudar os imigrantes que estão aqui, em um país estranho, vivendo na rua e querendo voltar
a Venezuela. Para ir só é preciso apresentar a cédula de identidade venezuelana", disse Eric Gana, que
coordenou a ida dos imigrantes.
Ele disse que a partir da fronteira, a 215 KM de Boa Vista, os venezuelanos são levados pelo programa
"Volta à Pátria", plano criado por Maduro para apoiar venezuelanos que queiram voltar à terra natal. Na
quarta (26) outro ônibus levou 35 imigrantes de volta ao país.
"Já se foram mais de 2 mil venezuelanos por esse programa só aqui em Roraima", afirmou Eric, se
referindo a repatriações já feitas em Boa Vista e em Pacaraima. Entre as ações, segundo ele, está a ida
de 1,2 mil venezuelanos expulsos de Pacaraima após protesto de moradores em 18 de agosto.
Desempregado, um ex-trabalhador da empresa venezuelana PDVSA de 43 anos também decidiu voltar
para casa. Ele levou pacotes de arroz, açúcar e pães para dividir com os três filhos que vai encontrar em
Puerto La Cruz.

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"Aqui não consegui trabalho, e nem um lugar para morar, estava na rua", disse, afirmando que não faz planos de voltar para
o Brasil. "Aqui tem comida, mas não emprego".
Andres Perez, 61, saiu do abrigo para refugiados Jardim Floresta (um dos 10 que existem em Roraima) para pegar o ônibus e
voltar temporariamente a Venezuela. A ideia dele é regressar ao Brasil assim que possível.
"Quero ir visitar minha mãe que está com câncer e voltar em no máximo 15 dias. Estou recomeçando a vida no Brasil. Já
tenho filhos e netos aqui", disse Perez, que está há mais de 1 ano em Roraima.
Por dia, ao menos 500 venezuelanos cruzam legalmente a fronteira do Brasil em fuga, principalmente, da escassez de
comida e remédios vivida no regime de Maduro.
Desde 2015, Roraima recebe um número crescente de venezuelanos. Em três anos e meio já são mais de 75 mil pedidos de
refúgio ou residência temporária só no estado.
Com a chegada de milhares de venezuelanos, 10 abrigos públicos foram abertos em Boa Vista e na fronteira com
capacidade para 5 mil pessoas, e o governo federal tem ofertados voos de para levar refugiados a outros estados do país.
Apesar disso, ainda é comum ver venezuelanos vivendo em acampamentos precários e improvisados pelas ruas de Boa
Vista.
"Eu não volto, porque na Venezuela a situação é muito pior que aqui", disparou Abraham Precilla, 32, ao ver venezuelanos
embarcarem nos ônibus com destino ao país natal. "O que quero é ter um emprego e trazer minha família para cá".

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Protesto de brasileiros após morte de pintor exige expulsão


de venezuelanos e fechamento da fronteira em Roraima

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Brasileiros fizeram uma manifestação neste sábado (8) em Boa Vista após a morte do pintor Manoel
Siqueira de Souza, 35, na quinta (6). No ato, eles percorreram ruas do bairro Jardim Floresta, na zona
Oeste, exigiram a expulsão de venezuelanos de Roraima, o fechamento da fronteira, e punição ao crime.
O protesto, segundo a Polícia Militar, reuniu ao menos 100 pessoas. A passeata começou às 17h10 (18h10
de Brasília) e terminou no início da noite. O ato foi logo após o enterro de Manoel de Souza que morreu
esfaqueado. O suspeito é o venezuelano Jose Antonio Gonzalez, 19, linchado até a morte por um grupo
de brasileiro pouco depois do crime.
Por volta das 17h30, os manifestantes foram até o abrigo Jardim Floresta. A Avenida Carlos Pereira de
Melo, que fica em frente ao local, ficou bloqueada e dezenas de homens do Exército e Força Nacional
fizeram uma barreira humana na entrada do abrigo.
No ato, os manifestantes também passaram perto do acampamento onde vivia o venezuelano José
Antonio Gonzalez. O local, no entanto, foi esvaziado horas antes, segundo a Operação Acolhida, que cuida
das ações relacionadas aos refugiados. Os imigrantes foram levados a locais seguros por medida de
segurança e no intuito de se evitar conflito. Mesmo assim, brasileiros ameaçaram atear fogo ao local.

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Com cartazes reivindicando o bloqueio da fronteira Brasil - Venezuela, no Norte de Roraima, e justiça pelo homicídio, os
manifestantes exigiram também o fechamento do abrigo Jardim Floresta e cobraram a saída de refugiados do local. Eles
xingaram os venezuelanos de "bandidos" e "assassinos".
A passeata foi até a Avenida Venezuela, a algumas quadras do abrigo, e depois retornou ao ponto inicial, uma casa no bairro
Jardim Floresta. Lá, os manifestantes fizeram uma oração e depois se dispersaram por volta das 18h30.
Clima tenso
Desde as mortes do brasileiro e do venezuelano o clima ficou tenso nas imediações do abrigo Jardim Floresta e no
acampamento improvisado onde o estrangeiro vivia. Imigrantes relataram que o local foi alvejado por tiros na madrugada
deste sábado. Pela manhã, cerca de 100 imigrantes que viviam na região e no abrigo foram repatriados a
Venezuela relatando medo e tensão.
A confusão que resultou nas mortes aconteceu três semanas depois de acampamentos de imigrantes terem sido atacados e
queimados em Pacaraima e 1,2 mil venezuelanos deixarem o país. A violência foi uma represália a um assalto: um
comerciante disse que foi roubado e agredido em seu comércio por venezuelanos.
Em razão do que aconteceu em Pacaraima, o processo de interiorização de imigrantes, que consiste em transferi-los de
Roraima a outros estados, foi acelerado, e o presidente Michel Temer assinou um decreto para Garantia da Lei e da Ordem
(GLO). A Força Nacional também foi enviada para atuar em Boa Vista e Pacaraima.
A medida, válida até 12 de setembro, deu poder de polícia às Forças Armadas e militares poderão agir em casos de novos
conflitos nas cidades que ficam dentro de uma faixa de 150 KM entre as fronteiras com a Venezuela e Guiana.

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Mais de 200 venezuelanos são levados de Roraima para Brasília, São


Paulo e Rio Grande do Sul

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Mais 204 venezuelanos foram interiorizados na manhã desta quarta-feira (5). Desta vez os imigrantes foram levados para
São Paulo, Brasília e Esteio, município do Rio Grande do Sul. Eles foram levados em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB)
que decolou do Aeroporto Internacional de Boa Vista Atlas Brasil Cantanhede às 8h17 (9h17 de Brasília).
A Casa Civil da presidência, que coordena o processo, informou que quatro venezuelanos foram levados para Brasília, 75
para São Paulo e 125 para a cidade de Esteio, no Rio Grande do Sul.
O grupo que vai para o Sul do país é o primeiro que será recebido nos 47 apartamentos do abrigo de Esteio alugados e
pagos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O município recebeu do R$ 530 mil do Governo Federal para prestar
assistência aos imigrantes por seis meses.
A primeira parada do Boeing 767 será em Brasília. Depois, a aeronave segue para Guarulhos, em São Paulo, e, por fim, o Rio
Grande do Sul. Com este voo, o Governo Federal interiorizou 408 pessoas só na primeira semana de setembro.
Este foi o 10º voo do processo. O número de pessoas levadas de Roraima para outros estados chega 1.507. Na terça-feira
(4) outros 204 seguiram rumo a Manaus e Cuiabá. O transporte de imigrantes de Roraima para o restante do país começou
em abril.
A interiorização conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), da Agência da ONU para as Migrações (OIM),
do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Para aderir à interiorização, o Acnur identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as
vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes. Eles têm que estar documentados e vacinados.

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Brasil tem pequena melhora no IDH, mas segue estagnado no


79°lugar em ranking global

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O Brasil ficou estagnado no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) nesta sexta-feira (14). É o terceiro ano seguido que o país mantém a 79ª posição no levantamento, que
analisou 189 países. A situação é pior quando se fala, exclusivamente, de desigualdade: o Brasil cai 17 posições (veja detalhes mais
abaixo).
Medido anualmente pelo Pnud, o IDH vai de 0 a 1 - quanto maior, mais desenvolvido o país - e tem como base indicadores de saúde,
educação e renda. Neste ano, o Brasil alcançou o IDH de 0,759, com uma pequena melhora em relação ao ano passado, de 0,001.
Na classificação da ONU, o Brasil segue no grupo dos que têm “alto” desenvolvimento humano. A escala classifica os países analisados
com IDH “muito alto”, “alto”, “médio” e “baixo”.
Expectativa de vida, escolaridade e renda
A melhora no IDH brasileiro é percebida nos índices de saúde e renda. Já os números que dizem respeito à educação se mantiveram os
mesmos. Desde 2015, o país está parado no levantamento que mede a expectativa dos anos de escolaridade dos cidadãos (15,4). A
média de anos de estudo do brasileiro também é a mesma de 2016 (7,8).
A “média de anos de estudo” representa o tempo de educação que pessoas de 25 anos ou mais têm no país – isto é, um indicador que é
mais impactado pelas gerações anteriores. Já os “anos esperados de escolaridade” indicam a expectativa de estudo de uma criança que
ingressa hoje no sistema de ensino. Ou seja, o brasileiro que se matricula atualmente numa escola deverá estudar, em média, 15,4 anos.
Outro item analisado para o levantamento do IDH é a esperança de vida ao nascer. A expectativa de vida dos brasileiros passou de 75,5
anos, em 2016, para 75,7.
A renda nacional bruta (RNB), dimensionada em dólares, teve um salto de US$ 13.730 para US$ 13.755. O número, porém, ainda não
alcançou o valor de 2015, quando a RNB era de US$ 14.350.

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Desigualdades
O Pnud também avaliou, em 151 países, o IDH “ajustado às desigualdades”. Este índice mede a perda do desenvolvimento
humano devido à distribuição desigual dos ganhos do IDH.
O Pnud estabelece um índice separado para três dimensões de desigualdade nos países. No caso do Brasil, o pior índice fica
com a má distribuição de renda (0,471), seguida da desigualdade na educação (0,535) e na expectativa de vida (0,765).
Os cinco primeiros países com desenvolvimento humano classificado como "muito alto" também perdem posições no IDH
quando são avaliadas as desigualdades - Noruega (-1), Suíça (-2), Austrália (-4), Irlanda (-7) e Alemanha (-2).
América do Sul e Brics
O Brasil tem o 5º melhor IDH entre os países da América do Sul, atrás de Chile (0,843), Argentina (0,825), Uruguai (0,804) e
Venezuela (0,761).
Se comparado aos países que fazem parte do Mercosul, o Brasil só fica na frente do Paraguai (0,702), na 110º posição do
ranking mundial.
Na comparação com os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil tem um IDH menor que o da
Rússia (0,816), que está na 49º lugar no ranking.
A China vem atrás (IDH 0,502, excluída Hong Kong) na 86ª posição, seguida pela África do Sul (0,618), em 113º lugar e, por
fim, Índia (0,427), na 130ª colocação.

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Gênero
O Pnud faz dois levantamentos para avaliar as disparidades e desigualdades entre homem e mulher.
Apesar de as mulheres terem mais anos esperados de escolaridade (15,9 frente a 14,9 dos homens) e maior média de
anos de estudo (8 anos contra 7,7 nos homens), a renda nacional bruta per capita da mulher é 42,7% menor que a do
homem. Em dólares, este valor equivale a US$ 10.073 contra US$ 17.566 para os homens.
No Índice de Desenvolvimento de Gênero, os países são divididos em grupos de 1 a 5 - sendo este último o de maior
desenvolvimento. Como as mulheres têm números mais altos em quase todos os indicadores, o Brasil é avaliado na
melhor categoria, a do grupo 1.
Porém, o Índice de Desigualdade de Gênero, calculado em 160 países e focado na situação da mulher no país, mostra
o Brasil na 94ª posição. O índice, neste caso, é de 0,407 numa escala de 0 a 1 - ao contrário do IDH, porém, o país está
melhor posicionado quanto mais próximo do zero.
Outro indicador do Pnud mostra que uma mulher brasileira gasta em média 4,3 vezes mais do seu tempo em trabalhos
domésticos e de cuidados do que os homens. Cerca de 13,3% do tempo delas é dedicado a esta atividade não
remunerada, enquanto os homens gastam cerca de 3,1% do tempo deles.
Essa comparação é maior do que em países vizinhos, como o Chile (onde as mulheres gastam 2,2 vezes mais do seu
tempo nessas tarefas do que os homens), Argentina (2,5), Uruguai (2,4) e Paraguai (3,4).

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STF decide que pais não podem educar filhos em casa,


sem matricular em escola

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O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quarta-feira que não é permitido no Brasil o “homeschooling” –
ou seja, a prática de educar alunos em casa, sem a frequência na escola. A maioria dos ministros concordou que a
Constituição Federal não proíbe a prática. No entanto, como não há lei regulamentando o ensino domiciliar, não
haveria como instituir essa alternativa no país. O caso tem repercussão geral. Portanto, a decisão da Corte deverá
ser seguida por juízes de todo o país.
Sete dos onze ministros formaram a maioria: Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Edson Fachin, Marco Aurélio
Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. Fachin chegou a propor o prazo de um ano para o Congresso
Nacional regulamentar a prática, mas ninguém concordou com a medida.
Apenas Luiz Fux e Ricardo Lewandowski declararam que o “homeschooling” é inconstitucional – ou seja, mesmo
que fosse aprovada uma lei no Congresso, a prática seria ilegal. Apenas o relator, Luís Roberto Barroso, votou a
favor do ensino domiciliar. Para ele, os pais têm o direito de escolher o tipo de educação que consideram melhor
para os filhos – especialmente diante de indícios de que a qualidade da educação ofertada nas escolas é
deficiente.
Foi de Alexandre de Moraes o voto seguido pela maioria. Para ele, como não há regulamentação do Congresso,
não haveria como fiscalizar o rendimento e a frequência dos alunos instruídos em casa. Moraes disse que não é
tarefa do Judiciário estipular regras para fiscalizar o “homeschooling”, como queria Barroso. Logo, o ensino
domiciliar não poderia ser considerado legítimo no Brasil.

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— O Brasil é um país muito grande, muito diverso. Sem uma legislação especifica que estabeleça a fiscalização da frequência, receio
que vamos ter grandes problemas de evasão escolar. Brasil já tem uma das maiores taxas de evasão escolar. Sem uma
regulamentação congressual detalhada, com avaliações pedagógicas e de socialização, teremos evasão escolar travestida de ensino
domiciliar — alertou Moraes.
Rosa Weber votou no mesmo sentido, acrescentando que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) determina o ensino
presencial e estipula que, se a criança apresentar faltas em taxa superior a 50%, o estabelecimento educacional precisa comunicar a
Justiça.
Fux e Lewandowski disseram que o ensino domiciliar é inconstitucional. Fux lembrou que a Constituição Federal determina o acesso
e a permanência na escola, bem como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a LDB. O ministro explicou que a instituição
regular de ensino dá ao aluno a “experimentação” necessária para a vida social, construção da tolerância e pode ainda ser um fator
de proteção da criança que sofre negligência ou violência em casa.
Fux criticou ainda a posição de famílias que, por crenças religiosas, prega a educação domiciliar. Para ele, tal modalidade de ensino
em certas circunstâncias é, na verdade, “uma superproteção nociva à criança”. Ele disse que o ambiente escolar, com seu programa
pedagógico formulado, não afronta em nada a liberdade de crença das crianças.
Segundo Lewandowski, se o STF autorizasse a educação domiciliar, problemas sociais poderiam se agravar:
— Legitimar essa prática poderia estimular o trabalho infantil e escamotear outras graves mazelas que acometem menores.
Em seu voto, dado na semana passada, quando começou o julgamento Barroso sugeriu que crianças e adolescentes submetidos à
educação domiciliar sejam cadastradas nas secretarias de educação municipais e fariam provas periódicas. Se o aprendizado estiver
prejudicado, os pais seriam notificados. Em caso de não haver melhora, o aluno seria obrigado a frequentar uma escola regular.

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Barroso enfatizou que, em todo o mundo, especialmente nos países desenvolvidos, a população praticante da educação
doméstica tem aumentado de maneira significativa. No Reino Unido, são 100 mil alunos nessa condição. Nos Estados Unidos,
são 1,8 milhão. Embora não haja previsão legal, a experiência é compartilhada por ao menos 3.201 famílias no Brasil, segundo
mapeamento feito em 2016 pela Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned).
Assunto começou a ser debatido em 2015
O tema chegou ao STF em maio de 2015, na forma de um recurso apresentado por uma família gaúcha do município de
Canela empenhada em tirar a filha, Valentina, da escola formal e instituir o ensino em casa. Antes de chegar ao STF, a família
iniciou a guerra para tirar a filha da escola formal em 2012, quando ela tinha 11 anos, em recurso à Secretaria de Educação
municipal.
A menina frequentava uma escola municipal que oferecia ensino multisseriado, o que obrigava crianças pequenas a
conviverem em sala de aula com adolescentes. Os pais consideraram a situação inapropriada, porque os alunos mais velhos
tinham “sexualidade bem mais avançada”, segundo argumentaram no processo.
A família ainda argumentou que tinha discordâncias religiosas em relação ao conteúdo lecionado. “Por princípio religioso, a
impetrante discorda de algumas imposições pedagógicas do ensino regular, como, por exemplo, a questão atinente ao
evolucionismo e à Teoria de Charles Darwin. Com efeito a impetrante é cristã (criacionista) e não aceita viável ou crível que os
homens tenham evoluído de um macaco, como insiste a Teoria Evolucionista”, argumentam os pais.
A família também alegou que tinha condições financeiras de custear o estudo em casa, com a contratação de professores para
todas as disciplinas. Com o recurso negado pela Secretaria de Educação, a família recorreu à Justiça, que também negou o
pedido.

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Número de adeptos cresceu 136% em dois anos


De 2014 a 2016, o número de adeptos do “homeschooling”, prática regulamentada em vários países, cresceu
136%. Apesar do salto, o modelo de substituir a escola pelo ensino em casa, ministrado pelos próprios pais ou
professores contratados, ainda é controverso do ponto de vista jurídico.
Segundo a Aned, existem ao menos 18 famílias com problemas na Justiça por manterem os filhos longe da
escola. A legislação prevê o crime de abandono intelectual, com detenção de 15 dias a um mês, para pais que
não matriculam os filhos para a escola. Portanto, é comum que a prática seja escondida pelas famílias.
Na pesquisa feita pela Aned, as principais motivações declaradas pelos pais foram dar uma educação mais
qualificada fora da escola (32%) e problemas relacionados aos princípios de fé da família (25%). Violência,
bullying e doutrinação são outras razões apontadas. São Paulo tem o maior número de adeptos do
homeschooling (583 famílias), seguido de Minas Gerais (380), Rio Grande do Sul (363), Santa Catarina (336) e
Bahia (325).
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) condenou a prática. A pasta recomenda que as famílias sigam o
parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), segundo o qual “a Constituição Federal aponta nitidamente
para a obrigatoriedade da presença do aluno na escola”. Ainda segundo o MEC, cabe ao “Poder Público a
obrigação de recensear, fazer a chamada escolar e zelar para que os pais se responsabilizem pela frequência à
escola”.

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'O Grande Circo Místico' é indicado pelo Brasil para


disputar vaga no Oscar 2019

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“O Grande Circo Místico” é o filme indicado pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar 2019. O longa de Cacá Diegues concorreu com
outras 21 obras e tenta agora um entre os cinco lugares na categoria de Melhor Filme de Língua Estrangeira da premiação.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (10), na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A divulgação do filme brasileiro escolhido para a
disputa foi feita após uma reunião da Comissão Especial de Seleção.
Ela é formada por membros indicados pela Academia Brasileira de Cinema: Lucy Barreto (presidente), Bárbara Paz, Flavio Ramos
Tambellini, Jeferson De, Hsu Chien Hsin, Katia Adler e Claudia Da Natividade.
"É bom para o próprio filme, que repercute. E também bom para o cinema de onde o filme veio, porque as pessoas começam a falar
sobre o cinema brasileiro", disse o diretor sobre a escolha, em entrevista à TV Globo.
Os indicados ao Oscar serão revelados no dia 22 de janeiro e a cerimônia de 2019 acontecerá em 24 de fevereiro.
"O Grande Circo Místico" é estrelado por Mariana Ximenes, Bruna Linzmeyer, Jesuíta Barbosa, Juliano Cazarré e Antonio Fagundes. O
filme é inspirado em um poema de Jorge de Lima e estreia em 15 de novembro. As músicas são de Chico Buarque e Edu Lobo.
Rodado em 2015, em Lisboa, o longa é uma coprodução Brasil, Portugal e França. A história é sobre cinco gerações de uma família
dona de um circo criado em 1910.
Um dos personagens centrais é Celaví (Jesuíta Barbosa), o mestre de cerimônias. A trama mostra a família Kieps, do início do
envolvimento com a arte circense, passando pela decadência e pelos dias atuais.
Além de tentar a vaga no Oscar, "O Grande Circo Místico" foi exibido no Festival de Cannes, dentro da Sessão Especial da 71ª edição, e
abriu o Festival de Gramado.

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Morre a atriz Beatriz Segall aos 92 anos

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Morreu nesta quarta-feira, 5, aos 92 anos, a atriz Beatriz Segall, conhecida por viver a icônica vilã Odete Roitman na
novela Vale Tudo, de 1988. A informação foi confirmada pela assessoria da atriz ao Estado.
Beatriz estava internada já há algumas semanas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com problemas respiratórios. O
velório será realizado na própria instituição, a partir das 19 horas, até por volta do meio-dia de quinta-feira. Em seguida, no
mesmo dia, o corpo da atriz deve ser cremado em Cotia, na Grande São Paulo.
Nem que quisesse, Beatriz Toledo Segall poderia interpretar personagens sem classe. Nascida em 1926, numa família de
classe média, o pai dirigia uma prestigiada escola no Rio e ela teve educação esmerada, segundo os padrões dos anos 1940
– piano, francês e bordado. Amava o teatro, mas quando anunciou à família que queria ser atriz, o pai quase teve uma
síncope. Meninas de boa família não subiam ao palco naquele tempo em que atrizes tiravam carteirinhas de prostituta para
exercer a profissão. Mas, nos anos 1950, quando recebeu uma bolsa para estudar francês e literatura em Paris, não
renunciou a nada.
Quando ainda estava no Brasil, ela já havia iniciado um curso de teatro com a grande Henriette Morineau. A temporada na
França foi gloriosa – prosseguiu seus estudos e começou a namorar Maurício, filho do pintor Lazar Segall. Casaram-se em
1954 e tiveram três filhos – Sérgio, Mário e Paulo. O primeiro tornou-se um importante cineasta, assinando como Sérgio
Toledo. Foi premiado em Berlim, em 1987, com Vera. Durante dez anos Beatriz permaneceu devotada à família, aos filhos.
Em 1964, o ano do golpe militar, retomou a carreira, substituindo Madame Morineau na montagem de Andorra no Oficina,
de José Celso Martinez Corrêa. Não parou mais. O marido pertencia à ALN, tendo sido preso e torturado. Beatriz teve de ser
o arrimo da família nesse período difícil.

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Brilhou em todas as mídias – no cinema estreou em 1950, com A Beleza do Diabo, de


Romain Lesage. Não filmou muito, mas participou de filmes importantes – Cléo e Daniel, À
Flor da Pele, Pixote, a Lei do Mais Fraco, Romance, Desmundo. Na TV, embora tenha
participado de novelas de grande sucesso – Dancin’ Days, Água Viva, Pai Herói, Sol de
Verão, Barriga de Aluguel, etc. – o grande papel foi como Odete Roitman, que virou
emblema de autoritarismo e corrupção em Vale Tudo, novela de Gilberto
Braga (com Aguinaldo Silva e Leonor Bassères) na Globo, em 1988, há 30 anos. Consagrada
como vilã, sua personagem inspirou o mistério que, nem depois de solucionado – Quem
matou Odete Roitman? –, deixou de inspirar humoristas e autores.
No teatro, entre muitíssimas personagens, em montagens que fizeram história – Os
Inimigos, Marta Saré, O Inimigo do Povo, A Longa Noite de Cristal, O Interrogatório,etc. –, foi
uma extraordinária intérprete de Edward Albee em Três Mulheres Altas, contracenando
com Natália Thimberg e Marisa Orth na versão de 1995. Em 2009, recebeu do então
governador José Serra a comenda da Ordem do Ipiranga.

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Mr. Catra morre em São Paulo aos 49 anos

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O cantor de funk Wagner Domingues Costa, o Mr. Catra, de 49 anos, morreu neste domingo (9), por volta das 15h20. Natural do Rio de
Janeiro, ele estava internado no hospital Hospital do Coração (HCor), na capital paulista. Catra deixou três esposas e 32 filhos.
A assessoria de imprensa do cantor disse que "com enorme pesar", comunica o falecimento de Catra, "em decorrência de um câncer
gástrico". O funkeiro emagreceu mais de 30 kg nos últimos meses.
O velório do cantor começa na madrugada desta segunda-feira (10), em Guarulhos, na Grande São Paulo. Depois, o corpo será
enterrado no Rio de Janeiro.
Ele havia declarado ser doador de órgãos, mas como faleceu por falência múltipla de órgãos, não será possível. Os médicos ainda
avaliam a possibilidade da doação apenas das córneas.
No início de 2017, o cantor foi diagnosticado com um câncer no estômago. Na ocasião, ele disse que tinha parado de beber e reduzido
o número de cigarros que fumava para realizar as sessões de quimioterapia.
Mr. Catra se formou em Direito, mas nunca exerceu a profissão. Ele começou sua trajetória na música em uma banda de rock, mas
ficou conhecido mesmo no funk.
Seu primeiro disco solo lançado por Catra foi "O bonde dos justos". Um dos principais hits do cantor é "Uh Papai Chegou".
Nos anos 2000, Catra começou a fazer paródias de algumas músicas. 'Adultério', um de seus grandes sucessos, é uma versão de
"Tédio", do Biquini Cavadão.
Há poucos meses o cantor gravou um clipe com a funkeira Valeska Popozuda. Em sua conta no Twitter, ela disse estar "arrasada" com a
morte de Catra.

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Sirius: Governo anuncia liberação de R$ 70 milhões e prevê 1ª


volta de elétrons em novembro

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O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) confirmou nesta sexta-


feira (21) a liberação de R$ 70 milhões dos R$ 200 milhões de verba suplementar para realização
de uma 1ª volta de elétrons do projeto Sirius, laboratório de luz síncroton de 4ª geração projetado
para ser o mais avançado do mundo, em Campinas (SP).
De acordo com a pasta, o valor será suficiente para a conclusão dessa etapa da obra, e o teste com
a 1ª volta de elétrons está prevista para acontecer em novembro.
Em nota, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que abriga o projeto
Sirius, explica que em novembro ocorrerá "volta de elétrons em dois dos três aceleradores que
compõem o equipamento".
"A volta no acelerador principal depende de atingirmos um vácuo similar ao que temos no espaço,
um processo supersofisticado e complexo que não será concluído até novembro", destaca o
CNPEM.
A abertura da nova fonte de luz síncrotron para pesquisadores está programada para 2019, e a
conclusão total da obra, com 13 linhas operando, para 2020.

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Pedido ao presidente
Em fevereiro, o diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncotron, Antônio José Roque da Silva,
aproveitou a visita do presidente Michel Temer ao Sirius para solicitar a verba suplementar de R$
200 milhões. O valor seria necessário para garantir a primeira volta de elétrons do equipamento,
prevista para agosto.
Em junho, sem sinal do dinheiro do governo federal, o CNPEM adiou a data da primeira volta de
elétrons para o último trimestre deste ano.
Luz síncroton
Atualmente há apenas um laboratório da 4ª geração de luz síncroton operando no mundo: o MAX-
IV, na Suécia. O Sirius foi projetado para ter o maior brilho do mundo entre as fontes com sua faixa
de energia.
Quando o Sirius estiver em atividade - substituindo a atual fonte de luz usada no Laboratório
Nacional de Luz Síncrotron -, estima-se que uma pesquisa que atualmente é feita em 10 horas nos
equipamentos mais avançados do mundo poderá ser concluída em 10 segundos.

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Gratidão.
Prof. Leandro Signori.

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