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Curso Superior de Tecnologia em

Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Sistemas Operacionais
Professor:
Felipe Schneider Costa
felipe.costa@ifsc.edu.br

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Agenda

• IoT nos diferentes cenários da matriz de produção


• IoT em casas inteligentes
• IoT em cidades inteligentes
• Atividade

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IoT nos diferentes cenários da matriz de produção

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Figura 2: Camadas Cloud, Fog e Edge

Fonte: IoT and Predictive Analytics: Fog and Edge Computing for Industries versus Cloud (19.1.2018) - LeanBI

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IoT em uma perspectiva de casas inteligentes

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• O termo “casa inteligente” (smart house): permitem tornar o ambiente
residencial mais cômodo.

• Simples processos de automação já existentes há algum tempo dão a uma


casa o status de “inteligente”:
✓automação de portões, sistemas de alarme, sistemas de controle de
temperatura e controle de iluminação.

• O termo “domótica” é proveniente da união da palavra latina domus (que


significa casa) e do sufixo grego tica (que significa automático, que funciona,
por si só).

• Domótica: o conjunto de sistemas capazes de automatizar uma residência,


aportando serviços de bem-estar, segurança, controle de energia e
comunicação, integrados por uma infraestrutura de redes internas ou
externas, cabeadas ou sem fio, que tornam o ambiente inteligente.

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Nos anos 1990, com o desenvolvimento da microeletrônica e o barateamento
dos sistemas microcontrolados, diversos controladores domóticos puderam
ser desenvolvidos.

• A partir de 1998, com o estabelecimento da internet, o conceito de smart


houses ou “casas inteligentes” foi efetivamente estabelecido, com diferentes
dispositivos interconectados em rede.

• Etimologicamente, o termo “inteligente” refere-se à habilidade de raciocínio


ou à capacidade de compreender e aprender.

• Contudo, em nosso contexto, na maioria dos casos, limitamos a definição à


capacidade de compreensão de comandos conhecidos e de desenvolvimento
de rotinas preestabelecidas.

• Atualmente, uma casa é denominada “inteligente” se estiver equipada com


dispositivos/equipamentos conectados entre si ou em rede (ou seja, se
contiver “produtos inteligentes”).

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Uma pesquisa da Intel Security (2016) ouviu 9 mil pessoas em nove países:
✓75% dos entrevistados esperavam ter benefícios diretos morando em
uma casa inteligente;
✓55% esperavam ter redução das contas de gás e eletricidade.
✓os dispositivos mais citados foram:
▪ iluminação inteligente (73%),
▪ eletrodomésticos e eletroeletrônicos de cozinha (62%) e
▪ termômetros e/ou sistemas de aquecimento e caldeira (60%).
✓preocupação das pessoas com a segurança:
▪ 92% dos entrevistados demonstraram preocupação com o acesso
indevido aos dados pessoais.
▪ preferência por dispositivos confiáveis de reconhecimento biométrico.

• Exemplos de subáreas de atuação em uma casa inteligente são:


✓segurança,
✓controle térmico,
✓iluminação,
✓eletrodomésticos,
✓irrigação,
✓entretenimento e
✓gerenciamento de energia.
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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes

Figura 3: Exemplo de ambiente residencial inteligente.


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IoT em uma perspectiva de casas inteligentes:
Segurança

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
Figura 6
• Segurança envolve tanto a segurança
do ambiente quanto a dos moradores.
• Dispositivos de controle de acesso,
monitoramento de presença,
identificar pessoas e movimentação,
detectar produtos químicos (como
gases ou fumaça), entre outros.
• Nesse cenário, alguns dos principais
dispositivos ou sistemas são:
a. Fechaduras inteligentes (códigos,
biometria etc.).
b. Câmeras interligadas em rede.
c. Simuladores de presença.

Figura 5

Figura 4

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Nesse cenário, alguns dos principais
dispositivos ou sistemas são (cont.):
d. Sistemas de comando por voz,
movimentos etc.
e. Sistemas de detecção de gases.

Figura 8
f. Sistemas de detecção de
incêndio.
Figura 7

Figura 9

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IoT em uma perspectiva de casas inteligentes:
Controle Térmico do Ambiente

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• A temperatura de um ambiente pode ser controlada por meio de dispositivos
como ares-condicionados inteligentes, os quais se baseiam em termostatos que
podem ser configurados a distância.

• Outros tipos de controle


de temperatura: controle
automático de persianas,
de ventiladores, saídas de
exaustão e controle
térmico de pisos.

Figura 10: Sistemas HVAC (Heating, Ventilation, Air Conditioning) podem ser acionados e receber
parâmetros de temperatura por meio de dispositivos conectados à internet.
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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
c. Sistemas inteligentes de aquecimento de piso

Figura 12: Sistemas de Aquecimento de Piso

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IoT em uma perspectiva de casas inteligentes:
Iluminação

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Controle da iluminação:
✓ inclui controle de iluminação interna (quartos, salas etc.) ou externa (jardim,
garagem etc.), controle de modo local (no mesmo ambiente) ou de modo
remoto e aplicações inteligentes de segurança.
✓a iluminação pode ser controlada de diferentes formas: pela intensidade de
luz exterior, pelo deslocamento de pessoas, pelo controle ativo mediante
dispositivos móveis ou pela programação de dispositivos específicos.
✓lâmpadas com comunicação Bluetooth já são relativamente comuns, e podem
ser controladas facilmente via dispositivos móveis (smartphones e celulares).

Figura 12: Sistemas de controle de iluminação inteligente interativa.

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Controle da iluminação:
✓ Conjuntos de sensores também podem ser utilizados para controlar
diferentes fontes de luz.
✓Em especial, um ambiente com janelas e diversas luminárias pode ter a
intensidade luminosa controlada conforme a posição dessas luminárias.
✓Ou seja, durante o dia as luminárias mais próximas das janelas emitem
menos intensidade luminosa do que aquelas mais distantes.
✓A área comum de um condomínio também pode ter inúmeras fontes de
iluminação e estas, conter circuitos de supervisão.

Figura 13: Sistemas de iluminação inteligente autônoma.


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IoT em uma perspectiva de casas inteligentes:
Eletrodomésticos

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• O segundo tema mais lembrado pelos consumidores quando entrevistados sobre
casas inteligentes foram os eletrodomésticos automatizados.
• Na maioria dos casos, esses aparelhos ainda refletem apenas pequenas
intervenções, como a inserção de temporizadores ou de dispositivos de
programação e temporização.
• Entretanto, com a concepção de IoT, muitos eletrodomésticos estão recebendo a
possibilidade de serem controlados de forma remota via internet, e não mais
apenas de dentro da residência.
a. Máquinas de café automatizadas
b. Máquinas de lavar inteligentes

Figura 14: Máquinas inteligentes.

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
c. Refrigeradores inteligentes
▪ Ainda mais tecnológicos, alguns refrigeradores podem utilizar
dispositivos de leitura de código de barras para identificar os produtos
dentro de si e, assim, avisar quando um deles acabar, proporcionando um
inventário a qualquer hora.

Figura 15: Refrigeradores inteligentes.

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IoT em uma perspectiva de casas inteligentes:
Outros

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Irrigação (vasos, floreiras e jardins): diversos sensores climáticos (temperatura,
vento, umidade, chuva, entre outros) podem ser utilizados para automatizar o
simples trabalho periódico de regar plantas em vasos ou irrigar a grama.
✓Esse processo pode inclusive automatizar a periodicidade da rega em função
da questão sazonal, além de monitorar o abastecimento de reservatórios e
disponibilizar essas informações para consulta via internet.

Figura 16: Sistema de monitoramento de ambiente e rega inteligente.

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Entretenimento: jogos
✓ Três dispositivos (acessórios) de consoles de videogame os maiores responsáveis pela
evolução na área:
▪ Controle para o Wii (Nintendo, 2006):
o emissão de luz infravermelha (IR) e uma câmera para captura de IR.
o também possuía um acelerômetro, que captava a aceleração do controle nos três
eixos (vertical, lateral e profundidade).
o a câmera encontrava as fontes de infravermelho e enviava as coordenadas dos
pontos para o console.
o Com isso, calculava-se a orientação do controle com relação ao chão e a direção para
a qual o jogador estava apontando na tela.
▪ PlayStation Move (Sony, 2007):
o câmera (PlayStation Eye) utilizava algoritmos de reconhecimento de faces e objetos.
o rastreia luz do controle que, utilizada como referência e conjuntamente a um
acelerômetro, transmite a posição espacial e os movimentos para o console.
▪ Kinect (Microsoft, 2010) é um dispositivo sensor de movimento) para o seu console
Xbox.
o Composto por um emissor de pontos IR (para mapeamento de ambiente), câmera
(para reconhecimento facial e de movimentos) e microfone (para comandos de voz).
o O Kinect projeta uma grade de pequenos pontinhos infravermelhos pelo espaço à
sua frente e captura os reflexos desses pontos quando eles rebatem nos objetos,
calculando quanto tempo cada ponto emitido leva para ser refletido de volta ao
aparelho.
o Com essa informação, é possível identificar a movimentação de uma pessoa e, por
exemplo, estimar a força empregada em um movimento, como um soco ou uma
raquetada.

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Esses dispositivos vieram para revolucionar o ramo de jogos, e com a
revolução da internet e a explosão da conectividade, já são vistos
como dispositivos que podem também ser controlados e agregados à
interatividade nos jogos em rede, via internet.

Figura 17: Sistemas interativos e inteligentes de entretenimento.

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Entretenimento: smart TV e streamming de vídeo
✓As televisões também estão se tornando “inteligentes”:possuem sistema operacional
(SO) e aplicativos (jogos, internet, leitura de dispositivos USB, ...).
✓Por ter um SO e poder se conectar a periféricos de computador, como teclado e mouse,
a Smart TV também é chamada de TV híbrida, justamente por se confundir com um
computador.
✓Outra característica importante é a interatividade com os canais.
✓O usuário pode atuar diretamente na programação, gravando programas ou realizando
a compra de filmes ou jogos esportivos (pay-per-view).
✓O acesso a conteúdo multimídia (vídeo ou áudio) por parte das smart TVs, quando
obtido diretamente da internet, ocorre por “fluxo” ou “streaming”, ou seja, não há
armazenamento do conteúdo em disco, apenas de forma temporária para sua exibição
(em cache).
✓Isso é importante, pois torna viável o acesso a conteúdo protegido por direitos
autorais, mas sem que haja violação desses direitos, o que não ocorreria em caso de
salvamento dos dados (download).

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IoT em uma perspectiva de casas
inteligentes
• Gerenciamento de energia
✓Fazer com que a residência se torne sustentável do ponto de vista da energia que
consome.
✓Quando falamos de sustentabilidade, diversas vertentes aparecem para colaborar com
o gerenciamento de energia.
✓Por exemplo, quando citamos a subárea de iluminação, falamos da possibilidade de
inserção de sensores que monitorem a luminosidade do ambiente em função da
localização de pontos de iluminação em relação a uma janela com entrada de luz
durante o dia.

Figura 18: Sistemas inteligentes


de controle de energia.

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IoT em uma perspectiva de cidades inteligentes

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
• A terminologia “cidades inteligentes” já foi e ainda é associada a diversos contextos que
não necessariamente são pertinentes à aplicação crescente de tecnologias de ponta, mas
sim ao aspecto econômico ou sustentável que pode estar relacionado a uma mudança de
hábitos.

• Em alguns casos, uma cidade pode receber essa designação por apresentar, por exemplo,
boas soluções de engenharia para o transporte público; outra, por ter proposto soluções
ambientais e reduzido a sua taxa de emissão de poluentes; uma terceira, por estratégias de
reciclagem coletiva de lixo.

• Embora todas essas abordagens possam efetivamente estar amparadas por redes de
sensores que monitoram diferentes cenários e permitem que centrais possam atuar sobre
alguma situação, elas não se referem diretamente à conectividade ou ao nível de
digitalização de informações que a cidade possui.

• O conceito de cidades inteligentes (smart cities) deve agregar a capacidade de


conectividade que a cidade permite que seus cidadãos tenham, à habilidade que essa
cidade tem de monitorar as variáveis de ambiente e/ou interatividade, de modo a se
promoverem decisões sobre as diferentes circunstâncias de forma sustentável, humana e
social.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
• Uma pesquisa realizada pela Juniper Research (Basingstoke, Reino Unido),
divulgada pelo Internet of Things Institute (IoTI) em maio de 2016, elencou as
cinco cidades mais inteligentes do mundo, usando como critério de
classificação um conjunto de parâmetros que incluíam:
✓adoção de tecnologias de smart grid (iluminação inteligente),
✓uso de tecnologia de informação para melhorar o tráfego,
✓pontos de acesso wi-fi,
✓penetração de smartphones,
✓nível de sensoriamento para aplicações de sustentabilidade e,
✓panorama de aplicativos.

• Sendo que os mais importantes para o ranqueamento das cidades foram


transporte e energia.

• Transporte: técnicas para redução de taxas de congestionamento, semáforos


dinâmicos, uso de sensores rodoviários, estacionamentos inteligentes e sistemas
de informação inteligentes para o usuário do transporte público.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
• Energia: sistemas de smart grid com informações de consumo, monitoramento
e supervisão do sistema para manutenção e sistemas de energia renovável.
✓Nesse panorama, a com maior pontuação na pesquisa foi Singapura, seguida
de Barcelona (Espanha), Londres (Reino Unido), São Francisco (Estados
Unidos) e Oslo (Noruega).
✓Todas apresentaram grande nível de sensoriamento, principalmente no
trânsito, e têm proposto soluções para a redução e monitoramento do tráfego
e de informações para o condutor.
✓Em Singapura, o nível de sensoriamento é tal que é possível detectar se as
pessoas estão fumando em zonas não autorizadas ou jogando lixo pelas
janelas de grandes prédios.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
• Uma situação comum nas cidades inteligentes é o acesso aberto a um grande
conjunto das informações coletadas.

• A população pode consultá-las, abrindo-se a possibilidade de desenvolvimento


de aplicativos que proporcionem ainda mais inserção de inteligência nessas
cidades, sempre com atenção à privacidade dos cidadãos.

• Para se ter uma ideia da quantidade de dispositivos conectados em rede, a


empresa de consultoria Gartner, de Stamford nos Estados Unidos realizou uma
pesquisa na qual estimou que, em 2016, havia 1,6 bilhão de dispositivos com
conexão de internet, o que representava um aumento de 39% sobre o que fora
previsto em 2015.

• Destes, 518 milhões de dispositivos inteligentes, como lâmpadas e


fechaduras, encorpavam os dispositivos de IoT em prédios comerciais.

• O conceito de cidade inteligente possui quatro principais eixos de atuação:


✓transportes e mobilidade,
✓segurança,
✓conectividade do cidadão,
✓ meio ambiente.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
Gestão de trânsito e mobilidade:
• Neste eixo estão contempladas todas as aplicações e ferramentas que permitam
gerar interação inteligente entre pessoas, veículos e lugares relacionados ao
transporte (terminais, estações, rodovias, cruzamentos, pontes etc.).

• Os principais exemplos de aplicação utilizam os mais diferentes tipos de


sensoriamento, sistemas de comunicação, tecnologia inteligente de tomada de
decisão e atuadores.

• Exemplos:
✓controle de tráfego e semáforos inteligentes;
✓controle de velocidade (sensoriamento distribuído, radares);
✓sistema de informação de tráfego (acidentes, obstruções etc.);
✓sistema de comunicação entre veículos (radar, Lidar, VLC – comunicação por
luz visível – entre semáforos e veículos etc.);
✓controle de vagas de estacionamento disponíveis;
✓sistema de gerenciamento informativo de transporte público.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
Segurança:
• Neste eixo são encontrados principalmente sensores de monitoramento de
movimento e/ou de geolocalização, utilizados, entre outras coisas, para o
rastreio de veículos e cargas (tracking).

• Também são encontrados sistemas de câmeras que monitoram a circulação dos


cidadãos e auxiliam o controle de furtos e vandalismo.

• Entretanto, ainda são elementos de segurança nas cidades inteligentes todos os


sensores de monitoramento das estruturas físicas da cidade, como sensores de
vibração de arranha-céus, sensores de vibração e flambagem de pontes e
viadutos, sistemas de monitoramento de abaulamento de túneis etc., os quais
podem ser identificados como pertencentes ao eixo de transportes
(monitoramento de infraestrutura) ou de construções inteligentes.

• Exemplos:
✓rede de câmeras interligadas (monitoramento de pedestres, de assaltos e
furtos, vandalismo etc.);
✓monitoramento de transporte de valores, rastreio de veículos etc.;
✓monitoramento inteligente de estruturas (arranha-céus, pontes, viadutos,
dutos de gás, galerias, rios canalizados etc.).

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
Conectividade do cidadão:
• Toda a infraestrutura de aplicativos (de nuvem) utilizados pelos cidadãos para as
mais diferentes interações.
• Em paralelo à infraestrutura de acesso à rede, inúmeras ferramentas e
aplicações auxiliam o cidadão nas mais diversas ações, como:
✓rede de conectividade (internet) para o cidadão;
✓serviços de gestão/governança inteligente;
✓serviços de informação climática;
✓serviços de informação personalizada (jornal personalizado);
✓serviços de controle de saúde (e-health).

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
Meio ambiente:
• Diferentes sensores são utilizados para monitorar o grau de urbanização de uma
cidade e as consequências da presença do homem no meio ambiente.
• Foca-se especialmente no monitoramento da poluição do ar, dos rios e do solo,
mas há diversos outros tipos de controle.
• Exemplos:
✓controle de poluição (ar, rios, riachos, mananciais, solo);
✓controle distribuído de variáveis ambientais, como umidade relativa do ar e
temperatura (clima);
✓controle de contaminação por usinas a carvão ou nucleares;
✓gestão de depósitos sanitários (lixões);
✓gestão de saneamento.

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IoT em uma perspectiva de cidades inteligentes:
Inmótica

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
• A inmótica está para as construções verticais (edifícios) de fins comerciais e
industriais, assim como a domótica está para as edificações residenciais.
• Ou seja, ambas tratam de adição de conforto por meio de monitoramento,
controle e automação de dispositivos, mas uma com foco no meio residencial e
outra, no meio profissional.
• De maneira análoga à domótica, a inmótica também se refere essencialmente à
automação, à gestão de energia eficiente e ao monitoramento de sensores em si.
• Historicamente, podemos dividir a evolução das construções inteligentes em três
momentos:
✓dos edifícios automatizados (de 1980 a 2000),
✓dos edifícios inteligentes (de 2000 a 2015) e
✓das construções cognitivas (após 2015).
• Basicamente, percebemos essa evolução como a evolução de uma época em que
o cotidiano de um edifício era:
1. automatizado com base em processos de identificação,
2. inserção de sensores,
3. construções que se adaptam ao perfil de cada usuário, avaliando e
controlando ocupação, perfil, preferências de conforto, gestão de energia
otimizada etc.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes

Figura 19: Evolução dos edifícios: da automatização, inserindo inteligência em rumo à cognição.
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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
• Cabe ressaltar que as principais características dos edifícios inteligentes (que
estão dentro do conceito atual de inmótica) são:
✓desenvolvimento de aplicações com interface de fácil utilização para
promover aceitação por parte do usuário;
✓desenvolvimento de dispositivos que, de forma flexível, permitam
adaptações;
✓gestão independente ou modular das diferentes áreas de um edifício.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
• Tantos sistemas de controle e automação inevitavelmente podem gerar a coleta
de muitas informações e dados.
• Por sua vez, a conexão entre todos os elementos ou “coisas” permite criar um
rico banco de dados.
• Uma vez que os dados das muitas “coisas” (sensores e dispositivos inteligentes)
inerentes a uma edificação possam ser acessados por meio de plataformas de
monitoramento e geração de relatórios, essas “coisas” tornam-se partes
importantes de uma poderosa ferramenta para tomada de decisões assertivas
(business intelligence).
• As informações coletadas podem ser usadas em ações preditivas, baseadas em
históricos, estatísticas ou experiências adquiridas.

Figura 20: Edifício inteligente.


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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
Edifícios cognitivos:
• Capazes de, com autonomia, integrar os diferentes dispositivos IoT e aprender o
comportamento do sistema e dos usuários para otimizar o desempenho
tecnológico do ambiente.
• Dessa forma, conseguem alcançar altos níveis de produtividade, aumentando a
eficiência ambiental e permitindo novos modelos de negócios, com o objetivo
principal de fornecer o melhor bem-estar ao usuário final.
• A coleta de dados nos edifícios cognitivos pode começar pelo deslocamento dos
seus usuários (por exemplo, de casa para um dos escritórios comerciais nesse
edifício) e acontece mediante o uso habitual plataformas de comunicação móvel,
como o smartphone pessoal.
• Exemplos das informações coletadas nesse deslocamento:
✓o horário da saída de casa,
✓a identificação do meio de transporte,
✓disponibilidade de linhas de transporte público e previsão de chegada ao
destino.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes
Edifícios cognitivos:
• Quando o usuário chega ao edifício, as primeiras ferramentas locais de interação
e coleta de dados incluem a identificação do veículo, o controle de acesso ao
estacionamento, a localização de vagas livres, além do monitoramento e
vigilância do mesmo.

• Na chegada do usuário à portaria do edifício, podem haver dispositivos de


identificação pessoal por meio do reconhecimento de códigos (de barra ou QR),
radiofrequência (tags), biometria (digitais, voz, íris etc.); ou dispositivos de
identificação pelo registro de imagens, mediante interação com um sistema de
monitoramento por câmeras, que podem, além de identificar, inclusive auxiliar
no controle do número de presentes no edifício.
• Uma vez acessada a rede sem fio, o usuário é autenticado.
• Então, ao se deslocar pelo ambiente, esse indivíduo passa a receber notificações
pessoais e sua identificação pode servir para a atualização de suas preferências
ambientais e permitir ajustes automáticos.
• Ou seja, por meio de ferramentas cognitivas, diversos ajustes podem ser
realizados com base nas preferências dos seus ocupantes.

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IoT em uma perspectiva de cidades
inteligentes

Figura 21: Edifício cognitivo.


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Atividade
1. Pesquisar um exemplo de aplicação (vídeo ou reportagem na web) e postar no
fórum criado no SIGAA juntamente com um comentário (um parágrafo) sobre o
exemplo.
✓Data entrega: 15/11/2021.

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Referências

Praticamente todo conteúdo dos slides foi retirado do livro:

Sergio Luiz Stevan Junior. Internet das Coisas -


Fundamentos e Aplicações em Arduino e NodeMCU.
São Paulo: Érica – Saraiva, 2018.

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