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AS REVOLTAS ÁRABES E A BÍBLIA

Canal Folha Assembleiana 15:52 Comentario  Artigos

Jesus is Lord and Savior will return ...

Senhor Jesus  está  voltando … 

AS REVOLTAS ÁRABES E A BÍBLIA


Por Luciano Rogério

O ano de 2011 iniciou com revoltas no mundo árabe


(conglomerado de nações de origem árabe) cadenciada e
progressiva. Tudo começou na África. A Tunísia
desencadeou essas revoltas. Em janeiro, o povo se
mobilizou e depôs o presidente Zine El Abidine Ben
Ali. Logo depois houve manifesto no Egito que
derrubou o ditador Hosni Mubarak. Já em fevereiro,
estourou outra revolta na Líbia. Os revoltosos querem a
renúncia do ditador MuammarGaddafi, considerado o
pior déspota das nações árabes. Essas revoltas estão
inflamando outras, na Jordânia, no Bahrein, no
Marrocos, na Argélia e na Síria. Mas afinal quem são os
árabes?

A origem dos povos árabes

Os árabes são descendentes de Ismael, primeiro filho de


Abraão com uma serva chamada Agar, que era egípcia.
Isto aconteceu quando ele tinha 86 anos (Gn. 16.16). De
acordo com a Bíblia, a promessa espiritual foi designada
para o segundo filho do patriarca, Isaque e seus
descendentes (Gn. 21.12). A prole de Ismael recebeu
outras promessas.

Quando a esposa de Abraão, Sara, teve seu filho,


iniciou-se um conflito entre ela e a escrava Agar, por
causa dos filhos (Gn. 21. 8,9). Abraão decidiu então
despedir a serva e o filho (Gn. 21. 14-21). A egípcia sai
errante. Em determinada situação, pensava que o filho
Ismael morreria de sede (Gn. 21. 15,16 ). Neste
momento Agar recebe uma promessa da parte de
Deus: ... levante o moço e pega-lhe pela mão, porque
dele farei uma grande nação (Gn. 21.18). Ismael teve
doze filhos que se tornarão príncipes (Gn. 25. 12-16).
Os ismaelitas são uma mistura de semitas com egípcios
(Gn. 21.21). Ismael teve uma filha também, Maalate,
que se casou com Esaú filho de Isaque (Gn. 28.9). Com
isso foi genro do próprio tio.

Outra coisa importante que a Bíblia vaticinou sobre


Ismael e sua descendência foi registrada nas páginas do
Livro Sagrado – E ele será homem bravo; e a sua mão
será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e
habitará diante da face de todos os seus irmãos (Gn.
16.12). Portanto essa hostilidade dos árabes para com
todos, inclusive para com seus parentes (povos irmãos),
Deus já havia antecipado.

A religião dos árabes

A Arqueologia juntamente com a Antropologia a partir


de pesquisas recentes descobriu que os primeiros seres
humanos eram monoteístas (crença num só deus).
Depois aconteceu um fenômeno chamado degeneração,
que foi a transição do monoteísmo para animismo
(crença que tudo tem alma, plantas, pedras, animais,
etc). Logo após o animismo veio o estagio totemismo
(crença que animais, objetos, seres vivos exerce
proteção sobre um grupo, tribo, família, etc). Por fim
esse processo religioso termina com o politeísmo
(crença em vários deuses). As tribos árabes vivenciaram
esse processo religioso, retomando ao monoteísmo por
meio Maomé.

Os antigos árabes eram politeístas. Cada tribo árabe


tinha seu deus. Os sabeus adoravam o deus-lua chamado
IIuncu. Os mineanos idolatravam Wadd. Já os
catabanianos prestavam adoração ao deus Amm. Os
habitantes de Quedar cultuavam a água. Dentro do
Panteão arábico, existia um deus supremo, Alá. Eles
acreditavam e temiam um demônio chamado Jinn. Com
o passar dos séculos, essas crenças animitistas e
politeísta ficaram ultrapassadas e defasadas.

Em 610 d.C surge AbulKassim, que futuramente se


chamaria Mohamed (Maomé). Que em árabe significa
louvado, dizendo ter recebido revelações no monte Hira.
O cenário político e religioso se encontravam em total
decadência, propício para esponjar “novas idéias”. O
contexto social se encontrava em péssimas situações,
com fortes lutas entre as tribos.

Maomé inicia uma pregação que havia somente um deus


e seu nome é Alá, divindade que já era cultuada entre as
tribos beduínas do norte da Arábia. No principio não
teve muito sucesso no quesito adeptos. Depois usou a
força para aumentar seus seguidores. Mohamed se
tornou um ditador criando um estado/religioso
fundamentado em seis princípios: (1) não ter ídolos; (2)
não adulterar; (3) não matar; (4) não roubar; (5) não
difamar; (6) não desobedecer ao profeta. A partir de
então começa a expansão do islamismo por meio de
missionários enviados a Abissínia, Grécia e Persa (atual
Irã) exigindo que seguissem o Islã. Não aceitaram e
foram invadidos por Maomé.

Outro fator importante que ajudou a consolidação e a


expansão do maometismo durante os primeiros mil anos
foi os impérios, Otomano, Mogul e o Persa, que usaram
a espada para conquistar seguidores.

Varias tribos da África e Oriente Médio, após a


decadência das religiões de seus ancestrais aderiram ao
Alcorão, porque esse não condenava suas práticas como
escravatura e poligamia.

Com aspecto de universalismo maometismo sofreu


algumas facções, características das religiões que
almejam a universalidade, acabam se dividindo.

A salvação para os mulçumanos provem da submissão


(islã) a Alá e pelas obras e não por fé como cristianismo.

Sunitas e Xiitas

Há várias facções dentro do islamismo. Mas as


significativas e mais importantes são a dos sunitas e dos
xiitas. A primeira representa 90% dos mulçumanos. A
segunda corresponde aos 10% restantes. Ambas vivem
em conflitos ideológicos e políticos intermináveis e
sangrentos entre si.

SUNITAS – Esses são mais tolerantes para com a


diversidade. São mais receptivos ao ocidente. São
parceiros dos americanos, dos quais recebem ajuda.
Vários governos sunitas foram auxiliados de forma
direta pelos Estados Unidos. Os sunitas também têm
uma relação mais amistosa com Israel. Eles são os mais
ortodoxos e tradicionais. São uma espécie de ponto de
equilíbrio na região do Oriente Médio. Acreditam seguir
fielmente a linha de Maomé.

XIITAS – Esses surgiram após a morte de Mohamed.


Os xiitas (guerrilheiros) defendem que Ali, genro de
Maomé foi o legitimo herdeiro e sucessor do profeta.
Sustentam uma interpretação extremamente severa e
autoritária do Alcorão. São inimigos implacáveis dos
judeus e americanos. É essa minoria que está
protestando contra os governos sunitas no mundo árabe.
Pregam o ódio contra Israel e Estados Unidos. Segundo
eles após a morte de Maomé, Alá enviou o primeiro Imã
(guia espiritual) que foi Ali. Esses líderes espirituais
foram bem representativos no Irã, que até hoje tem sua
influencia manifestada na pessoa do presidente daquele
país, MahmoudAhmadinejad. O mesmo tem um ódio
terrível, contra judeus e americanos. Essa aliança
judeus/americanos/sunitas é responsável pelo
balanceamento na região. Quando esta coalizão se
desfizer desdobrará conseqüências sem procedentes no
Oriente Médio.
As revoltas árabes e a Bíblia

Essas revoltas árabes lideradas pelos xiitas são uma


espécie de montagem de um palco para encenação de
um grande evento bíblico que irá acontecer, envolvendo
Israel (judeus) e seus inimigos. Acontecimento
assinalado tanto no Antigo testamento como Novo
Testamento, semelhando uma sinfonia.

A harmonia das palavras de Jesus com as profecias dos


profetas é algo espantoso. Essa sintonia perfeita é
atribuída ao Espírito Santo. Espírito que inspirava os
profetas e que pertencia a essência de Cristo Jesus.
Observe isso em dois trechos bíblicos.

Atente para a primeira passagem no livro do profeta


Zacarias - Porque eu ajuntarei todas as nações para a
peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as
casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e
metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante
do povo não será extirpado da cidade (Zc. 14.2). A
segunda está registrada no Evangelho segundo Lucas
- Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos,
sabei então que é chegada a sua desolação (Lc. 21.20).
A Bíblia fala ainda de uma coalizão da Rússia (Rôs,
Meseque e Tubal) com o Irã (Persa), a Líbia (Pute), a
Etiópia (Cuxe), a Alemanha (Gômer) e a Turquia
(Togarma) (Ez. 38.2,5 6), que antecederá a descrição
acima. O próprio Deus incitará essa aliança e Ele
mesmo a destruirá pelas convulsões da natureza (Ez.
38.22) para tão somente mostrar seu poder e santidade
aos povos que saberão que Deus é o Senhor (Ez. 38.23).
Entretanto isto é só inicio da tormenta. E as revoltas
árabes atuais são sintomas que precede esses conflitos
maiores. Reportando árabes e judeus são povos irmãos
que alimentam uma hostilidade enorme. Hostilidade que
abrasará outros povos gerando um conflito mundial.

Israel já está acostumado com as investidas dos árabes.


Em junho de 1967 uma confederação de estados (14
nações), lideradas pelo ditador egípcio Gamal Abdel
Nasser, incitados pelos soviéticos (russos), tentaram
aniquilar a nação israelita do mapa. Desejo frustrado!
De forma milagrosa os judeus venceram em seis dias a
batalha, denominada Guerra dos Seis Dias.

As baixas foram surpreendentes. Israel teve uma baixa


de 700 soldados. Enquanto os árabes perderam quase 30
mil soldados. O mundo não entendeu como os judeus
ganharam aquela peleja. Atribuindo que os mesmos
receberam um auxilio oculto dos norte americano.
Porém, a verdade é outra. O próprio Deus auxiliou Israel
naquela guerra. Pois o Eterno prometeu que quando
repatriasse os filhos de Jacó a terra prometida a Abraão,
ninguém iria retira-los - E plantá-los-ei na sua terra, e
não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei,
diz o SENHOR teu Deus (Livro do profeta Amós
capitulo nove e versículo quinze).

A permissão ou a direção (ajuntarei ... Zc. 14.2) para


esses eventos (futuros) vem da rejeição de Jesus como o
Messias, pela maioria dos judeus. Esses episódios
pertencem aos tempos do fim (escatologia), desolação e
glorificação de Israel que se converterá ao Senhor Jesus
Cristo em massa (Zc. 12. 10-14). Felizmente os fiéis a
Cristo (a igreja) já não estarão mais aqui ( 1 Ts. 4. 13-
18). Serão tempos difíceis e cruéis. Por isso o evite em
Cristo Jesus - Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação
que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que
habitam na terra (Ap. 3.10).

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