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UNIVERSIDADE SANTA MARCELINA SP

CURSA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO-


SENSU) “ROCK: TEORIA, HISTÓRIA E PRÁTICA”

DIOGO DOMICIANO DA COSTA

Historia do Rock – Rock Progressivo: Análise do Gênero

Dublin / Irlanda
2021
DIOGO DOMICIANO DA COSTA

Historia do Rock – Rock Progressivo : Análise do Gênero

Trabalho para disciplina “História do Rock”


apresentado ao Departamento de Áreas Acadêmicas
da Faculdade Santa Marcelina, Campus São Paulo,
Perdizes.

Orientador: Prof. Silvio Moreira

Dublin / Irlanda
2021
Dedico este trabalho aos meus pais e minha
esposa, com admiração e gratidão por seu apoio,
carinho e presença ao longo do período de
elaboração deste trabalho.
O prazer mais nobre é a
Alegria do entendimento

(Da Vinci, LEONARDO, 1505)


RESUMO

Este trabalho consiste em realizar uma pesquisa da análise do rock progressivo e suas
correlações. O Rock progressivo (também abreviado por prog rock ou prog) é um gênero do
rock que surgiu no fim da década de 1960, na Inglaterra. Tornou-se muito popular na década
de 1970 e ainda hoje possui muitos adeptos. O estilo flerta com alguns conceitos tradicionais
de música clássica promovendo alterações radicais na música clássica e no jazz fusion, em
contraste com o rock norte-americano, historicamente influenciado pelo rhythm and blues e
pela música country. Ao longo dos anos apareceram muitos subgéneros deste estilo.
Praticamente todos os países desenvolveram músicos ou agrupamentos musicais voltados a
esse gênero. Um breve relato dos principais álbuns do estilo rock progressivo e um mapa das
influencias e descendências é apresentado nos seus detalhes.

Palavras-chave: Rock, Rock Progressivo, Bandas, Pink Floyd, The Dark Side of the Moon.
ABSTRACT

This work consists of conducting a research on the analysis of progressive rock and its
correlations. Progressive Rock (also abbreviated as prog rock or prog) is a rock genre that
emerged in the late 1960s in England. It became very popular in the 1970s and still has many
adherents today. The style flirts with some traditional concepts of classical music promoting
radical changes in classical music and jazz fusion, in contrast to North American rock,
historically influenced by rhythm and blues and country music. Over the years many
subgenres of this style have appeared. Practically all countries have developed musicians or
musical groups aimed at this genre. A brief account of the main progressive rock albums and
a map of influences and descent is presented in their details.

Keywords: Rock, Progressive Rock, Bands, Pink Floyd, The Dark Side of the Moon.
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SUMÁRIO

1 - HISTÓRIA E CONCEPÇÃO DO ROCK PROGRESSIVO...........................................8

1.1 CARACTERÍSTICAS DO ROCK PROGRESSIVO:...............................................................8


1.2 ÁLBUM THE DARK SIDE OF THE MOON – PINK FLOYD.............................................9
1.1.1 Abbey Road Studios e organologiado rock progressivo de The Dark Side of the
Moon.................................................................................................................................10
1.1.1.1 Alan Parsons.....................................................................................................11

2 – OUTROS PRICIPAIS ALBUNS DO ROCK PROGRESSIVO...................................13


3. CONCLUSÃO......................................................................................................................18
REFERÊNCIAS......................................................................................................................19
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1 - HISTÓRIA E CONCEPÇÃO DO ROCK PROGRESSIVO.

Rock progressivo é um estilo musical que surgiu no final da década de 60, no Reino
Unido, e ficou muito conhecido a partir da década de 70. O Estilo recebeu influencia direta da
musica clássica, e do Jazz Fusion. Deste estilo surgiu o Rock sinfônico, Space rock, e Metal
progressivo. O estilo também foi influenciado pelo rock Psicodélico e ao mesmo tempo
ramificado dele, e pela banda The Beatles, em sua fase final. A banda mais famosa no rock
progressivo é a banda inglesa Pink Floyd.
O Rock Progressivo surgiu de forma avassaladora nos anos no final dos anos 70,
porém na mesma década perdeu força para o Punk Rock. Ainda hoje as bandas do estilo são
muito bem conceituadas. No reino unido, Pink Floyd foi uma efervescência, o álbum The
Dark side of the Moon foi um dos mais vendidos na Inglaterra, em todos os tempos. Estima-se
que 8 em cada 10 casas do Reino Unido tem um disco ou CD do Pink Floyd!
A banda Renaissance, e a banda Queen, são dois exemplos de bandas que passaram a
tocar rock progressivo após o inicio da carreira. Nos anos 70 surgiu a banda Kansas, uma das
pioneiras do rock progressivo nos EUA.
No Brasil, a banda Os Mutantes se destaca, por inovar bastante o rock progressivo,
misturando outros estilos. A banda é conceituada no exterior, já tendo feio shows no Reino
unido e outros países da Europa. ( INFOESCOLA, 2021).

1.1 Características do rock progressivo:

Musicas com composições longas, com musicas complexas e harmoniosas,


lembrando a musica Erudita Algumas musicas, chamadas Épicas, atingem mais de 20
minutos, como é o caso da musica "Echoes" com 23 minutos e meio, "Shine on you Crazy
Diamond" e "Atom Hearth Mother" com 23:41 minutos, ambas do Pink Floyd e Thick as a
Brick do Jethro Tull.
As letras abordam temas épicos, assim como ficção cientifica, guerra, ódio, entre
outros. A banda Pink Floyd focou muitas musicas na guerra, um dos álbuns da banda gerou
um filme, The Wall.
Álbuns conceituais, onde o tema é trabalhado aos poucos durante o álbum, ate chegar
no desfecho. O maior exemplo de álbum conceitual é The Wall, que se tornou filme. No
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filme, as cenas são baseadas nas músicas. Uso de instrumentos eletrônicos, e também flauta,
Violoncelo, trompete, entre outros.

Origens:
Rock · pop · música progressiva · protoprog · rock psicodélico · acid rock · jazz ·
folk · clássica · Cena Canterbury

Contexto cultural:

Fim dos anos 1960 e início dos anos 1970.

Instrumentos típicos:

Teclado, sintetizador, violão, guitarra, bateria, vocal, baixo, flauta.

Formas derivadas:

New age, Rock Psicodélico

Subgêneros:

Rock sinfônico, space rock, rock neoprogressivo, R.I.O., indo-prog, post rock, rock
sinfônico italiano, Krautrock, Zeuhl.

Gêneros de fusão:

Metal progressivo · avant-prog.

Formas regionais:

Inglaterra, Itália, França, Alemanha e outras partes da Europa e do mundo

Outros tópicos:

Música ambiente, Art rock, New prog, Album-oriented rock

1.2 Álbum The Dark Side of The Moon – Pink Floyd.

O álbum, tido um dos principais álbum de Rock progressivo de todos os tempos, foi
gravado no Abbey Road Studios, em Londres, em diferentes sessões entre maio de 1972 e
10

janeiro de 1973 ( SFIRSE, 2021). Produzido por Pink Floyd no Abbey Road Studios; Mixado
por Pink Floyd e Chris Thomas, desenvolvido por Alan Parsons.

Figura 1 - The Dark Side of the Moon, capa

As faixas do album:
1: Speak to Me 2: Breathe
3: On The Run
4: Time
5: The Great Gig in the Sky 6: Money
7: Us and Them
8: Any Colour You Like
9: Brain Damage
10: Eclipse

1.1.1 Abbey Road Studios e organologiado rock progressivo de The Dark Side of the Moon

Abbey Road Studios é o estúdio de gravação mais famoso do mundo e um ícone da


música global. Originalmente uma casa de nove quartos construída em 1829, foi comprada
pela Gramophone Company em 1928, que passou a construir o primeiro estúdio de gravação
do mundo construído para esse fim. O endereço St John’s Wood foi escolhido por seu grande
jardim e localização ideal - perto o suficiente dos espaços de atuação da época, mas longe do
barulho e das vibrações do tráfego e dos trens.
Embora inicialmente fosse um local para gravações clássicas, o repertório dos
estúdios logo incluiu jazz e grandes bandas também, bem como os primeiros discos de rock &
roll britânico dos anos 1950, incluindo o primeiro single de Sir Cliff Richard, Move It. Abbey
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Road é, obviamente, sinônimo do trabalho lendário dos Beatles, que trabalhou com o produtor
da EMI Sir George Martin e gravou 190 de suas 210 canções nos estúdios. Mas a história
incomparável de Abbey Road abrange desde experimentos selvagens do Pink Floyd até
gravações icônicas de Shirley Bassey, Aretha Franklin, The Hollies e muitos mais. ( ABBEY
ROADS, 2021).

Figura 2 - Abbey Roads Studios, UK.

1.1.1.1 Alan Parsons

Parsons esteve envolvido com a produção de vários álbuns, incluindo Abbey Road
dos Beatles (1969) e Let It Be (1970), The Dark Side of the Moon do Pink Floyd (1973) e o
álbum de estreia homônimo de Ambrosia em 1975. seu próprio grupo, The Alan Parsons
Project, bem como suas gravações solo subsequentes, também tiveram sucesso comercial. Ele
foi indicado para 13 prêmios Grammy, com sua primeira vitória ocorrendo em 2019 como
Melhor Álbum de Áudio Imersivo por Eye in the Sky (edição de 35º aniversário). (PARSONS,
2019.)
Em outubro de 1967, aos 18 anos, Parsons foi trabalhar como engenheiro assistente
no Abbey Road Studios, onde ganhou seu primeiro crédito no LP Abbey Road. Ele se tornou
um frequentador assíduo lá, desenvolvendo projetos como Wings “Wild Life e Red Rose
Speedway”, cinco álbuns dos Hollies e The Dark Side of the Moon do Pink Floyd, pelo qual
recebeu sua primeira indicação ao Grammy. Ele era conhecido por fazer mais do que
normalmente seria considerado o escopo das funções de um engenheiro de gravação.
Parsons se considerava um diretor de gravação, comparando sua contribuição para as
gravações ao que Stanley Kubrick contribuiu para o filme. Isso é aparente em seu trabalho
com "Year of the Cat" de Al Stewart, onde Parsons adicionou a parte do saxofone e
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transformou o conceito folk original na balada influenciada pelo jazz que colocou Stewart nas
paradas.
Também produziu três álbuns da Pilot, uma banda de pop rock escocesa, cujos
sucessos incluíram "January" e "Magic". Ele também mixou o álbum de estreia da banda
americana Ambrosia e produziu seu segundo álbum, Somewhere I've Never Traveled. Parsons
foi nomeado para um prêmio Grammy por ambos os álbuns. Em 1975, ele recusou o convite
do Pink Floyd para trabalhar no álbum seguinte de Dark Side, Wish You Were Here, e em vez
disso iniciou o Projeto Alan Parsons com o produtor, compositor e ocasional cantor Eric
Woolfson, que ele conheceu em Abbey Road. O Projeto consistia em um grupo giratório de
músicos de estúdio e vocalistas, principalmente os membros do Pilot e (no primeiro álbum) os
membros do Ambrosia. Ao contrário da maioria dos grupos de rock, o Projeto Alan Parsons
nunca se apresentou ao vivo durante seu apogeu, embora tenha lançado vários videoclipes.
Sua única apresentação ao vivo durante sua encarnação original foi em 1990. Lançou dez
álbuns, o último em 1987. O Projeto terminou em 1990 após a separação de Parsons e
Woolfson, com o 11º álbum pretendido do Projeto lançado naquele ano como um álbum solo
de Woolfson. Parsons continuou a lançar trabalhos em seu próprio nome e em colaboração
com outros músicos. Parsons e sua banda viajavam regularmente por muitas partes do mundo.
Embora seja um talentoso vocalista, tecladista, baixista, guitarrista e flautista,
Parsons cantou apenas partes infrequentes e incidentais em seus álbuns, como os vocais de
fundo em "Time". Embora seu toque no teclado fosse muito audível nos álbuns do Projeto
Alan Parsons, muito poucas gravações apresentam sua flauta. Ele brevemente voltou a dirigir
o Abbey Road Studios em sua totalidade. Parsons também continuou com seu trabalho
seletivo de produção para outras bandas.
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Figura 3 - Sala de gravação Everest – Abby Roads, UK - Estúdio


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2 – OUTROS PRICIPAIS ALBUNS DO ROCK PROGRESSIVO

Figura 4 - In the Court of the Crimson King, Album.

King Crimson é um grupo musical inglês formado pelo guitarrista Robert Fripp e
pelo baterista Michael Giles em 1968. O estilo musical da banda é categorizado como rock
progressivo, sua sonoridade carrega vários estilos, como jazz, música erudita, new wave,
heavy metal, folk e música eletrônica. Formado no final da década de 60, o grupo foi pioneiro
no surgimento e desenvolvimento da primeira fase do rock progressivo, um gênero que
evoluiu a partir do rock psicodélico e que misturava consigo elementos de outros gêneros
musicais como o jazz e música erudita.
O nome King Crimson (Rei Carmesim, ou Rei Escarlate) foi ideia do letrista Peter
Sinfield. Uma parte considerável da história do King Crimson consiste nas várias mudanças
que foram ocorrendo na banda ao longo dos anos, sendo Robert Fripp o único elemento
permanente do grupo, embora ele diga que não se considera o líder, e que para ele o King
Crimson é “uma forma de fazer coisas”, e a consistência musical que tem persistido ao longo
da história da banda, apesar da rotação dos seus membros, demonstra bem este ponto de vista.
Apesar de ser considerada uma banda de rock progressivo seminal (um gênero
caracterizado por longas seções instrumentais e estruturas musicais complexas), muitas vezes
se distanciaram do gênero, influenciando várias outras gerações de bandas de rock
progressivo, psicodélico e também músicos alternativos de metal, hardcore e
experimental/noise.
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Figura 5 Pink Floyd Album capa: Atom Heart Mother.

Atom Heart Mother é o quinto álbum de estúdio da banda inglesa de rock Pink


Floyd. Foi lançada pela Harvest e pela EMI Records a 2 de Outubro de 1970 no Reino Unido,
e pela Harvest e Capitol a 10 de Outubro de 1970 nos Estados Unidos. Foi gravado
nos estúdios de Abbey Road, em Londres, e foi o primeiro álbum da banda a chegar ao
primeiro lugar nas tabelas de vendas do Reino Unido, (PINK FLOYD, 2012) enquanto que
nos EUA apenas alcançou a 55ª posição, acabando, no entanto, por receber o disco de ouro da
RIAA neste país. (BILLBOARD, 2012).
Em 1994, foi comercializado uma versão em CD no Reino Unido e EUA, e, de novo,
em 2011. Ron Geesin, que já tinha trabalhado com Roger Waters, teve um papel destacado na
elaboração do álbum, recebendo o raro direito de ver o seu nome creditado em uma das
músicas.
Foi o primeiro álbum do Pink Floyd a ser especialmente produzido em som
quadrifónico de quatro canais, e no convencional estéreo de dois canais. A versão
quadrifónica foi comercializada em LP num formato matriz compatível com os gira-
discos estéreos tradicionais. No Reino Unido também foi lançada uma versão quadrifónica em
quatro canais no formato "Quad-8", uma variante em estéreo dos quatro canais nos cartuchos
de oito faixas.
A capa do álbum foi desenhada pela Hipgnosis, e foi a primeira onde não consta o
nome do grupo nem sequer fotografias dos seus membros. Esta mudança continuaria a ser um
padrão das capas da banda na década de 1970 e seguintes.
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Embora tenha tido sucesso comercial aquando do seu lançamento, o grupo, em


particular Waters e David Gilmour, mostraram o seu desagrado sobre o álbum mais
recentemente. ( GUITAR WORLD, 2012). Apesar disso, manteve-se um trabalho
suficientemente popular para Gilmour tocar a faixa que dá nome ao álbum, com Geesin, em
2008.

Chamar o King Crimson de banda é exagero. O King Crimson é composto, desde a


década de 1960, por músicos a serviço do guitarrista, compositor e nerd perfeccionista Robert
Fripp. Essa orquestra de apoio já contou com gente como Greg Lake (baixista e vocalista do
Emerson, Lake and Palmer), Bill Bruford (baterista do Yes) e Adrian Belew (guitarrista e
cantor do grupo de Frank Zappa). Fripp molda a música do King Crimson a seu gosto. A
sonoridade pode se aproximar do rock clássico (“Easy Money”, de 1973) ou se espelhar nas
dissonâncias da música erudita contemporânea (todas as partes da trilogia Larks’ Tongues in
Aspic, de 1973 e 1984). Seja como for, o Crimson é rock progressivo em estado bruto, sem
concessões. Michael Ochs Archives/Getty Images

Yes é a banda que melhor define o rock progressivo dos anos 1970. Tem as
referências clássicas do Genesis, mas sem a teatralidade excessiva; tem a grandiosidade de
Emerson, Lake and Palmer, mas a equilibra com pitadas de pop pegajoso; tem o rigor musical
do King Crimson, mas sem a sisudez. Na fase de maior sucesso, quando lançou o disco
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Fragile (1972), o Yes ficou mundialmente conhecido pela voz de timbre agudo de Jon
Anderson e pela performance exagerada do tecladista Rick Wakeman, que se apresentava
cercado de órgãos e sintetizadores. Dentre as muitas formações do Yes, a de maior sucesso
comercial veio em 1983, quando Anderson e o baixista Chris Squire receberam o reforço do
guitarrista Trevor Rabin. Naquele ano, a banda estourou no mundo inteiro com “Owner of a
Lonely Heart”, do álbum 90125, cheio de influências new wave.

Existiram dois Genesis: a banda de Peter Gabriel e a banda de Phil Collins. O


Genesis de Peter Gabriel é a quintessência do rock progressivo: músicas longas, discos
conceituais, sons que flertam com a música clássica e com a tradição dos trovadores
medievais. É dessa fase o álbum Selling England by the Pound (1973), de onde saiu “I Know
What I Like (In Your Wardrobe)”, primeiro grande sucesso comercial do grupo. Na época,
Collins já tocava bateria no Genesis. Em 1975, quando Peter Gabriel saiu para investir na
carreira solo – ele estourou com o videoclipe de “Sledgehammer”, uma animação em stop-
motion –, Phil Collins assumiu os vocais e a liderança da banda. O som do Genesis tornou-se
cada vez mais pop. De início, manteve a leseira progressiva, com camadas e mais camadas de
teclados (“Follow You, Follow Me”, de 1978). Mas não demorou para que virasse uma usina
de sucessos radiofônicos, como “That’s All” (1983) e “Invisible Touch” (1988). Astuto como
uma raposa, Collins tocou (paralelamente ao Genesis) uma carreira solo ainda mais voltada
para as massas. Quando decidiu que não precisava mais dos ex-companheiros, em 1991, a
relevância do Genesis tornou-se nula.
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Se um show de rock é um espetáculo grandioso – com luzes dançantes, projeções,


bonecos gigantes e outras atrações visuais –, a culpa é do Pink Floyd. A banda londrina
nasceu como representante da vertente psicodélica do rock: artistas que tentavam reproduzir
sonoramente as sensações provocadas pelo LSD e outras drogas alucinógenas, gente como os
californianos Grateful Dead e Jefferson Airplane. A cabeça do Pink Floyd inicial era Syd
Barrett, sujeito tão descontrolado e louco, que precisou ser afastado pelos companheiros de
banda quando não tinha mais condições de tocar, por influencia das drogas e alucinógenos.
Em 1968, apenas um ano depois dos primeiros lançamentos da banda com os compactos
“Arnold Layne” e “See Emily Play” (duas ótimas composições de Barrett) e o álbum The
Piper at the Gates of Dawn. O baixista Roger Waters, amigo de infância de Barrett, tocou a
transição e liderou o Floyd. Antes mesmo de demitir o colega, pediu ajuda para o guitarrista
David Gilmour, com quem passaria a dividir a superbanda. Foi quando o Pink Floyd domou a
lisérgica para investir em temas longos e hipnóticos, mais ao estilo do rock progressivo.
Ainda mergulhados na música experimental, os ingleses arriscavam um número pop aqui ou
ali. Dois bons exemplos são as composições “Summer of 68” e “If” – ambas do álbum Atom
Heart Mother, de 1970, cuja faixa de abertura é um medley de quase 24 minutos. Um ano
mais tarde, Waters e banda filmariam um extenso “show” no anfiteatro de Pompeia –ruínas de
uma cidade romana engolida pelas cinzas do Vesúvio. O ponto de inflexão do Floyd foi o
disco The Dark Side of The Moon, de 1973. Nele, a banda deixa de lado os excessos e aposta
em canções de apelo pop, mas sem descer do pedestal. A obra chegou ao topo da parada
americana e elevou o Pink Floyd ao status de supergrupo. Aí emergiu o Floyd dos
megaconcertos, com bonecos infláveis e uma miríade de recursos de apoio visuais. Essa
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abordagem multiplataforma chegou ao pico com The Wall, em 1979, álbum duplo conceitual
em que Roger Waters expõe suas neuroses – do trauma da morte do pai na guerra à fobia de
tocar ao vivo. O disco virou filme, dirigido por Alan Parker (de O Expresso da Meia-Noite),
em 1982. The Final Cut, de 1983, marcou a ruptura definitiva entre Waters e Gilmour. O
guitarrista levou a melhor na pendenga judicial e ficou com o direito de uso da marca Pink
Floyd – tocou a banda com competência até 1994.

3. CONCLUSÃO

O Rock Progressivo é um estilo musical que ainda está em destaque em algumas cenas
musicais, e desde o seu surgimento, vem ganhando adeptos que perlongam por décadas. Um
estilo que consolidou na Inglaterra, na segunda metade dos anos 60, buscando uma fusão da
música pop e do rock com outros gêneros de harmonia mais complexa, tendo suas
composições uma mistura de música clássica, jazz e até folclore celta, explorando ao máximo
a revolução tecnológica que ocorria nos estúdios de gravação e teclados eletrônicos como o
sintetizador.
Na sua essência, o som progressivo extrapolava o formato canção em músicas com
longuíssimos trechos instrumentais, muitas vez compondo os chamados “álbuns conceituais”,
discos que contavam uma história ou possuíam alguma ligação temática entre suas faixas.
Tudo isso já estava presente no rock psicodélico de Sgt. Pepper’s (1967), obra-prima dos
Beatles com suas ousadas experiências com orquestras sinfônicas, toques indianos e
influências de compositores da vanguarda eletrônica como Stockhausen.
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REFERÊNCIAS

ABBEY ROADS, website, disponível em https://www.abbeyroad.com/about-us : Acessado


em Julho, 2021.

GUITAR WORLD, presents Pink Floyd. [S.l.: s.n.] Consultado em 5 de Setembro de 2012.

INFOSCOLA, Rock Progressivo. Disponível em: https://www.infoescola.com/musica/rock-


progressivo/ . Acesso em 15 Junho 2021.

MASON, NICK (2004). Inside Out: A Personal History of Pink Floyd New ed. [S.l.]:
Widenfeld & Nicolson. pp. 135–138.

PINK FLOYD – UK Chart History». Official Charts Company. Consultado em 30 de Julho de


2012.

PARSONS, Alan Grammy.com. 15 February 2019.

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