Você está na página 1de 104

NR 10 – Segurança em

instalações e serviços em
eletricidade
2
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

CONTEÚDO

1. Objetivo E Campo De Aplicação ................................................................................................................................. 3


2. Introdução À Eletricidade........................................................................................................................................... 3
3. Manutenção Em Instalações Geradoras ..................................................................................................................... 6
4. Riscos Em Instalações E Serviços Com Eletricidade .................................................................................................. 10
5. Técnicas De Análise De Riscos .................................................................................................................................. 17
6. Medidas De Controle Dos Riscos .............................................................................................................................. 20
7. Normas Técnicas Brasileiras Nbr Da Abnt ................................................................................................................ 33
8. Regulamentações Do Mte ........................................................................................................................................ 36
9. Equipamentos De Proteção Coletiva (Epc) ............................................................................................................... 50
10. Equipamentos De Proteção Individual (Epi) ............................................................................................................. 52
11. Rotina De Trabalho - Procedimentos ....................................................................................................................... 54
12. Documentação De Instalação Elétrica ...................................................................................................................... 64
13. Riscos adicionais ...................................................................................................................................................... 67
14. Proteção e combate e incêndio ............................................................................................................................... 74
15. Acidente de origem elétrica ..................................................................................................................................... 83
16. Primeiros Socorros ................................................................................................................................................... 84
17. Responsabilidades.................................................................................................................................................... 96
18. Glossário .................................................................................................................................................................. 98
Anexo I ........................................................................................................................................................................... 100
Anexo Ii .......................................................................................................................................................................... 101
Referência Bibliográfica ................................................................................................................................................. 103

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 2
3
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

NÊUTRONS
1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO
São partículas atômicas, ou seja, fazem parte da
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os composição dos átomos, possuem elétrica nula.
requisitos e condições mínimas objetivando a
CORRENTE ELÉTRICA
implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde É o fluxo ordenado de elétrons que chamamos de
dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, corrente elétrica. A corrente elétrica só existe se houver
interajam em instalações elétricas e serviços com diferença de potencial (Tensão).
eletricidade.
TENSÃO

É a força que impulsiona os elétrons livres nos fios, sua


unidade de medida é o volt (V).

RESISTÊNCIA

A resistência oferece oposição à passagem de corrente


elétrica. Quando a corrente elétrica tem dificuldades de
percorrer um material, chamamos esta dificuldade de
Resistência (R).
Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão,
distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, CONDUTORES
construção, montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados Um condutor elétrico é considerado um material que
nas suas proximidades, observando-se as normas faz com que as partículas eletrizadas se movimentem
técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos facilmente. Um exemplo de um bom condutor elétrico
competentes e, na ausência ou omissão destas, as são os metais, pois eles são compostos por uma camada
normas internacionais cabíveis. externa de átomos, denominados elétrons livres.

CORRENTE DE FUGA
2. INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE É o termo utilizado para indicar o fluxo de corrente
CONCEITOS BÁSICOS DA ELETRICIDADE: anormal ou indesejada em um circuito elétrico devido a
uma fuga, seja por isolação mal feita, eletrodomésticos
PRÓTONS defeituosos ou fios desencapados.

O próton é uma partícula subatômica com carga elétrica SOBRECARGA


positiva está dentro do núcleo atômico de átomos. O
número de prótons no núcleo atómico é a determinação Ocorre quando a intensidade de corrente ultrapassa o
do número atómico de um elemento, tal como indicado valor da intensidade nominal do circuito.
na tabela periódica. CURTO CIRCUITO
ELÉTRONS É a conexão de baixa resistência entre os pólos de um
Os elétrons são partículas de carga negativa que ficam dispositivo elétrico ou eletrônico, geralmente acidental
girando ao redor do núcleo atômico, fazem parte da e capaz de causar a passagem de um excesso de
constituição do átomo. corrente, que pode provocar danos ao circuito.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 3
4
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

2.1 GERAÇÃO Onde:

A energia elétrica que chega em nossas casas, comércios n = é o número de rotações por minuto
e indústrias são geradas, principalmente, em usinas
hidrelétricas. f = frequência em Hertz (Hz)

Segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) p = quantidade de pólos do motor


cerca de 60% da energia produzida em nosso país é A classificação das usinas quanto à capacidade de
gerada em usinas hidrelétricas. Em segundo lugar, com produção é a seguinte:
aproximadamente 23% da produção, vem as usinas
termelétricas utilizando combustível fóssil, biomassa e
nuclear. A parcela restante da energia produzida vem de Tipo de Usina Potência
outras fontes presentes na nossa matriz energética tais Hidrelétrica Instalada (MW)
como a eólica e a solar.
Micro Central P ≤ 0,1
Uma usina hidrelétrica é composta por, reservatório,
barragem, casa de força, vertedouro e subestação
elevadora. Mini Central 0,1 < P ≤ 1

O processo de geração em uma usina hidrelétrica


Pequena Central 1 < P ≤ 30
funciona da seguinte maneira: a água represada na
barragem desce pelo conduto forçado e passa pela
turbina transformando energia potencial em energia Média Central 30 < P ≤ 100
mecânica. A turbina, por sua vez, transforma a energia
mecânica em energia elétrica. Grande Central P > 100
Em geral, energia elétrica é produzida por geradores
síncronos, mais de 90 % de toda a potência é gerada por
elas.
IMPACTO AMBIENTAL E SOCIAL
No gerador, o conjunto, turbina gerador gira a
O represamento da água diminui acentuadamente a
velocidades relativamente baixas, de 50 a 300 rpm,
oxigenação da água, prejudicando a fauna aquática da
quando comparadas às turbinas a vapor. O eixo da
região. Com a inundação da região da represa, ocorre o
turbina está diretamente ligado ao eixo do rotor do
desaparecimento da vegetação nativa da área alagada,
gerador.
isso impõe a necessidade de um reflorestamento
criterioso, considerando a reposição de espécies nativas
da região. Os Impactos sociais também não devem ser
desconsiderados, visto que as populações que habitam
as regiões onde a usina será implantada, pertencem em
geral, a famílias de agricultores, pescadores e tribos
indígenas.

Contudo, a instalação de uma usina gera novos


empregos e fontes de renda, proporcionando
Nesses casos, o número de par de pólos dos geradores
desenvolvimento à região.
é relativamente grande:

n = 120f/p

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 4
5
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

2.2 TRANSMISSÃO Onde por exemplo, são consideradas as forças


mecânicas a que condutores e estruturas estarão
Após a geração a energia elétrica passa por subestações sujeitas.
elevadoras que farão a elevação dos valores de tensão
para níveis de transmissão, na transmissão os valores de FATORES AMBIENTAIS E SOCIAIS
tensão podem variar de 138 Kv a 765 Kv, incluindo neste
intervalo valores padronizados como 230 kv, 345 Kv e Linhas de transmissão geralmente compreendem
500 kv. projetos de grande extensão, por isso, questões como:
o uso da terra, área de servidão, população existente na
Com estruturas robustas e grandiosas, é fácil identificar região e o impacto visual causado devem ser analisados.
as linhas de transmissão (LT) no horizonte. São muito
vistas ao se fazer viagens por rodovias, pois geralmente FATORES ECONÔMICOS
se localizam fora do perímetro urbano, conectando a Todo o projeto deve atender a todos os requisitos
geração aos grandes centros de consumo. citados anteriormente a um mínimo custo possível.

Além de todos esses fatores, existem outros que devem


ser igualmente considerados, pois afetam de maneira
significativa o fluxo de potência das linhas de
transmissão.

Esses fatores podem ser as características intrínsecas


das linhas, como por exemplo, a resistência elétrica,
indutância, condutância e capacitância, pois são
variáveis que afetam diretamente o transporte de
energia pela linha.
Os elevados potenciais de transmissão se justificam
para evitar as perdas por aquecimento, possibilitando a Outras características não intrínsecas às linhas de
transmissão de energia com o emprego de condutores transmissão, como por exemplo, as derivadas da
com menor bitola nas imensas extensões, ao longo das natureza da carga, também interferem no fluxo de
quais a energia será transportada, interligando os potência da rede devido à significativa demanda de
geradores aos centros consumidores. energia reativa solicitada. Contudo, o parâmetro da
linha que tem maior influência nas perdas ativas é a
Nos projetos de linhas de transmissão, uma série de
resistência eléctrica.
fatores são levados em conta.
2.3 DISTRIBUIÇÃO
FATORES ELÉTRICOS
Os Sistemas Elétricos de Potência (SEP) têm as funções
As características elétricas da linha de transmissão
de Gerador, Transportador e Distribuidor do produto
levam à determinação do tipo de condutor, a área e o
energia elétrica.
número de condutores por fase, são determinadas
também nessa fase a capacidade térmica do cabo, de O sistema de distribuição brasileiro é regulado por um
forma que o condutor não poderá exceder o limite de conjunto de regras dispostas em Resoluções da Aneel e
temperatura em condições de emergência quando pode no documento intitulado Procedimentos de
estar temporariamente sobrecarregado, bem como Distribuição – PRODIST com vistas a subsidiar os
quantidade e capacidade dos isoladores. acessantes do sistema de distribuição, a saber,
consumidores e produtores de energia, distribuidoras
FATORES MECÂNICOS
de energia e agentes importadores e exportadores de
energia, disciplinando formas, condições,

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 5
6
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

responsabilidades e penalidades relativas à conexão, 3. MANUTENÇÃO EM INSTALAÇÕES


planejamento da expansão, operação e medição da GERADORAS
energia elétrica e estabelecendo critérios e indicadores
de qualidade [10]. As manutenções em instalações geradoras são
atividades de intervenções realizadas para restabelecer
ou manter as condições adequadas de funcionamento.
Essas atividades são realizadas nas salas de máquinas,
salas de comando, junto a painéis elétricos, energizados
ou não, próximo a barramentos elétricos e instalações
de serviços auxiliares, que são compostas por:

▪ Transformadores de serviços auxiliares;

▪ Transformadores de aterramento;

▪ Banco de baterias;

▪ Retificadores;
A fase de distribuição é constituída pelo conjunto de
linhas, alimentadores, ramais de serviços e estações ▪ Geradores de emergência, dentre outros.
abaixadoras, que se destinam a atender o consumidor
Os riscos na fase de geração de energia elétrica são
final. Nas proximidades dos centros de consumo, a
similares e comuns a todos os sistemas de produção de
energia elétrica que chega da etapa de transmissão é
energia e estão presentes em diversas atividades,
tratada em subestações, onde tem a sua qualidade
destacando:
controlada e os valores de tensão rebaixados para
níveis de distribuição. Depois disso, a energia é ▪ Instalação e manutenção de equipamentos e
novamente transportada por meio de cabos elétricos máquinas; (turbinas, geradores,
em redes aéreas ou subterrâneas, através de postes, transformadores, disjuntores, capacitores,
torres e dutos subterrâneos, chegando finalmente, aos chaves, sistemas de medição entre outros.)
transformadores de distribuição, que farão um novo
rebaixamento de tensão, para os níveis padronizados de ▪ Manutenção das instalações industriais da
127V, 220V e 380V, tensões estas que serão entregues geração;
aos clientes industriais, comerciais, de serviços e
▪ Operação de painéis de controle de controle
residenciais, em níveis que variam de acordo com a
elétrico;
capacidade de consumo instalada de cada cliente.
▪ Acompanhamento e supervisão de processos;
Conforme a definição dada pela NR 10 por meio do MTE,
a baixa tensão é delimitada em dois intervalos, sendo ▪ Transformação e elevação da energia elétrica;
um intervalo de corrente alternada e outro de corrente
contínua. No caso da corrente alternada, é estabelecido ▪ Processos de medição de energia elétrica.
que a baixa tensão fica compreendida em valores
Como já foi citado anteriormente, as usinas hidrelétricas
superiores ou iguais a 50VCA ou inferiores ou iguais a
atuam de uma forma expressiva no cenário energético
1000VCA. No caso da corrente contínua, os valores são
nacional, no entanto, existem várias outras formas de se
superiores ou iguais a 120VCC e inferiores ou iguais a
obter energia, aproximadamente 23% da produção de
1500VCC, sendo esses valores de tensão entre fases ou
energia elétrica brasileira é oriunda das usinas
entre fase e terra.
termelétricas utilizando combustível fóssil, biomassa e

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 6
7
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

nuclear, tendo em vista, que a Usina Nuclear é um tipo servidão e a área ao longo da extensão da linha de
de Termelétrica. domínio. As inspeções são realizadas periodicamente
por terra, helicóptero ou drone.
É importante compreender, que cada tipo de geração,
submete o trabalhador a riscos ambientais associados à 3.1 MANUTENÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
natureza da fonte utilizada, sendo que esses riscos
Na manutenção de linhas transmissão são realizadas as
podem ser de natureza:
atividades de:
▪ Física;
▪ Substituição e manutenção de isoladores
▪ Química; (dispositivo constituído por uma série de
“discos”, que irão isolar a energia elétrica da
▪ Biológica; estrutura);
▪ Ergonômica; ▪ Substituição de elementos pára-raios;
▪ Mecânico/Acidentes. ▪ Substituição e manutenção de elementos das
No objetivo de controlar riscos e prevenir acidentes, torres e estruturas;
desde 1978, várias NRs (Normas Regulamentadoras) ▪ Manutenção dos elementos sinalizadores dos
foram publicadas pelo MTb (Ministério do Trabalho), o cabos;
então, MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
▪ Limpeza da faixa de servidão, dentre outros;
Cada NR trata de maneira detalhada e específica os
riscos inerentes a cada ambiente de trabalho. Por isso, ▪ Limpeza de isoladores;
em qualquer área, é de extrema importância a adoção
▪ Desmatamento e limpeza da faixa de servidão.
de todo o aparato informacional disponibilizado pela
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou CONSTRUÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
pelo MTE relativo às normas técnicas e à segurança.
Já a construção de linhas de transmissão compreendem
No que se refere às atividades características de as seguintes atividades:
geração, os trabalhos se encerram nos sistemas de
medição da energia, onde ocorre a interface com a ▪ Desenvolvimento em campo de estudos de
etapa transmissão de energia elétrica. viabilidade, relatórios de impacto do meio
ambiente e projetos;
ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO SETOR DE
TRANSMISSÃO ▪ Desmatamento e desflorestamento;

A fase de transmissão é constituída, dentre outros ▪ Escavações e construções civis;


componentes, por condutores que transportam
▪ Montagem das estruturas metálicas;
elevados potenciais de energia da geração à distribuição
em elevadas tensões, que vão de 138kV a 765kV. No ▪ Distribuição e posicionamento de bobinas em
Brasil e em alguns outros países, a energia é transmitida campo;
em corrente alternada na frequência de 60Hz .
▪ Lançamento de cabos (condutores elétricos);
INSPEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
▪ Instalação de acessórios (isoladores, pára-raio);
No processo de inspeção das linhas de transmissão são
verificados o estado das estruturas e de seus elementos, ▪ Tensionamento e fixação de cabos além de
a altura dos cabos elétricos, condições da faixa de ensaios e testes elétricos.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 7
8
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

É conveniente entender que o trabalho e as ▪ Médios clientes abastecidos pelo sistema de


características das equipes de construção são distintas distribuição primário, compreendendo o
dos trabalhos e características das equipes de intervalo de 11,9 a 34,5Kv;
manutenção e operação, visto que as atividades de
construção são realizadas com circuitos desligados. ▪ Clientes residenciais, comerciais e industriais
Todavia, nos casos em que essas operações sejam até a potência de 75 kVA (os clientes são
destinadas à ampliação ou à substituição de linhas abastecidos pelo sistema de distribuição
secundário, nos potenciais de 127, 220 e 380
existentes, há a possibilidade de essas atividades
ocorrerem em zonas de risco ou zonas controladas [2]. Volts);
Por isso, é extremamente importante a adoção de O setor de distribuição de energia elétrica possui muitas
procedimentos e medidas adequadas de segurança, etapas de trabalho, dentre as quais estão as seguintes:
atendendo aos itens da NR10, que dizem o seguinte:
▪ Recebimento e medição de energia elétrica nas
10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona subestações;
controlada devem ser realizados mediante
procedimentos específicos respeitando as distâncias ▪ Rebaixamento ao potencial de distribuição de
previstas no Anexo II; energia;

10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em ▪ Construção de redes de distribuição;


suas proximidades devem ser suspensos de imediato na
▪ Construção de estruturas e obras civis;
iminência de ocorrência que possa colocar os
trabalhadores em perigo; ▪ Montagens de subestações de distribuição;
10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem ▪ Montagem de transformadores e acessórios em
implementadas, ou para a entrada em operações de estruturas nas redes de distribuição;
novas instalações ou equipamentos elétricos, devem ser
previamente elaboradas análises de risco, ▪ Rebaixamento ao potencial de distribuição da
desenvolvidas com circuitos desenergizados, e energia elétrica;
respectivos procedimentos de trabalho;
▪ Construção de redes de distribuição;
10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em
▪ Manutenção de redes de distribuição
instalações elétricas energizadas com alta tensão, que
subterrânea;
exerçam suas atividades dentro dos limites
estabelecidos como zonas controladas e de risco, ▪ Poda de árvores dentre outros;
conforme Anexo II, devem atender ao disposto no item
10.8 no que se refere a qualificação, habilitação, 3.3 MANUTENÇÃO COM A LINHA DESENERGIZADA
capacitação e autorização do trabalhador; “LINHA MORTA”

10.2.1 Em todas as intervenções em instalações Todas as atividades envolvendo manutenção no setor


elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de devem priorizar os trabalhos com circuitos
controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, desenergizados, obedecendo aos procedimentos e às
mediante técnicas de análise de risco, de forma a medidas de segurança adequadas. Somente serão
garantir a segurança e à saúde no trabalho; consideradas desenergizadas as instalações elétricas
liberadas para trabalho mediante os procedimentos
3.2 MANUTENÇÃO EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO apropriados, obedecidos os seguintes passos:

Distribuição é o segmento do setor elétrico que ▪ Seccionamento;


compreende os potenciais após a transmissão:

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 8
9
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Impedimento de reenergização; corrente, para o caso de acidente com o eletricista. Esse


procedimento é utilizado para, em caso de acidente,
▪ Constatação da ausência de tensão; possibilitar o resgate do eletricista.
▪ Instalação de aterramento temporário com
Na história do setor elétrico, a compreensão dos
equipotencialização dos condutores dos trabalhos executados em linha viva está associado às
circuitos; atividades realizadas na rede de alta tensão energizada,
▪ Proteção dos elementos energizados existentes utilizando os seguintes métodos: ao potencial, ao
na zona controlada; contato, e à distância. Estas atividades devem ser
realizadas por profissionais capacitados
▪ Instalação da sinalização de impedimento de especificamente em curso de linha viva, mediante a
reenergização. adoção de procedimentos e metodologias que
garantam a segurança dos trabalhadores. Nesta
A maior parte da manutenção é feita pela equipe de
condição de trabalho as atividades devem ser realizadas
linha morta, devido a sua agilidade e custo. As equipes
por meio dos métodos a seguir:
de linha-viva são empregadas nas situações em que um
desligamento impactaria muitos clientes, ou quando os MÉTODO AO CONTATO
clientes a jusante são tipo VIP, e não podem ser
desligados, como por exemplo, hospitais, clínicas e O método ao contato consiste na realização de tarefas
laboratórios. Os desligamentos são avisados aos em que o eletricista entra em contato direto com o
consumidores por meio de cartas ou email com 15 dias condutor energizado protegido através da utilização de
de antecedência. O tempo de desligamento possui uma cestos aéreos, andaimes, escadas e plataformas
tolerância de 29 minutos. Portanto, um desligamento só isoladas, além de coberturas isolantes, estando
é considerado em atraso se este for encerrado a partir equipado com luvas e mangas de borracha. A aplicação
de meia hora depois do horário programado [13]. desse método está baseada no princípio da dupla
proteção, ou seja, se houver falha de uma proteção o
3.4 MANUTENÇÃO COM A LINHA ENERGIZADA “LINHA eletricista poderá contar com uma segunda..
VIVA”
MÉTODO AO POTENCIAL
Esse item chama a atenção na norma devido às
É o método onde o trabalhador fica em contato direto
condições preliminares de segurança. Lembra que
com a tensão da rede, no mesmo potencial. Nesse
sempre que aplicável, a instalação a ser verificada deve
método é necessário o emprego de medidas de
ser desenergizada e, nesse ponto, há que se chamar a
segurança que garantam o mesmo potencial elétrico no
atenção de todos, pois essa conduta é sempre possível,
corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado um
mas nem sempre conveniente. O custo da parada de
conjunto de vestimentas condutivas (roupas, capuzes,
produção pode ser muito alto, o desconforto causado
luvas e botas), ligadas através de cabo condutor elétrico
pelo desligamento efetivo da energia pode ser grande,
e cinto à rede objeto da atividade.
mas nada é maior que a garantia à vida dos profissionais
que estão envolvidos nos trabalhos em redes elétricas. MÉTODO À DISTÂNCIA
Não se prevê que haja trabalho em partes energizadas
sem as devidas considerações de segurança regidas pela Já este método, é aquele em que o trabalhador interage
NR 10 [11]. com a parte energizada a uma distância segura, através
do emprego de procedimentos, estruturas,
Um ponto de atenção para serviços em linha-viva é a equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes
necessidade de bloqueio do religador da rede em apropriados.
manutenção. O bloqueio é uma configuração do
religador que o deixa sensível a qualquer distúrbio de

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 9
10
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

4. RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS três minutos, ocorrerão sérios danos cerebrais podendo
COM ELETRICIDADE levar até à morte.

RISCOS DE ORIGEM ELÉTRICA: A fibrilação ventricular ocorrerá se houver intensidades


de correntes da ordem de 50 mA circulando pelo
▪ Choque elétrico; coração. Fibrilação ventricular é a contração desritmada
do coração, que impossibilita a circulação efetiva do
▪ Campo elétrico;
sangue pelo organismo, resultando na falta de oxigênio
▪ Campo eletromagnético; nos tecidos do corpo incluindo o cérebro.

CHOQUE ELÉTRICO O coração raramente se recupera espontaneamente da


fibrilação ventricular e provoca morte súbita na
Os choques elétricos ocorrem sempre que uma ausência de uma intervenção ativa, demandando nesse
determinada corrente elétrica percorre o corpo de uma caso a imediata ressuscitação cardiopulmonar e
pessoa ou animal. Dependendo da situação, um choque desfibrilação. A ressuscitação cardiopulmonar
pode causar desde pequenos formigamentos até a proporciona algum tempo extra à vítima, mas a
morte! Quando há uma diferença de potencial grande o desfibrilação é essencial para a sobrevivência em caso
suficiente para vencer a resistência elétrica do corpo, de fibrilação ventricular, tendo em vista, que raramente
ocorre um fluxo de corrente elétrica por ele. No ocorre uma reversão espontânea. A desfibrilação
entanto, devemos perceber que até certo ponto, a precoce é o único tratamento para parada
severidade dos danos causados pelo choque são mais cardiorrespiratória em fibrilação ventricular, sendo que
relacionados à corrente elétrica do que à tensão, por o tempo ideal para a aplicação do primeiro choque
isso devem ser levados em conta a intensidade e o compreende os primeiros 3 a 5 minutos.
caminho da corrente pelo corpo.
Além da ocorrência dos efeitos citados anteriormente,
EFEITOS podem ocorrer também queimaduras tanto superficiais,
como é o caso da pele por exemplo, como profundas,
Em termos de riscos fatais, o choque elétrico, de um
em órgãos internos. Tensões acima de 600 volts podem
modo geral, pode ser analisado sob dois aspectos, o
romper a pele humana, reduzindo drasticamente a
primeiro é o caso das correntes de choques de baixa
resistência do corpo permitindo que mais corrente flua
intensidade, sendo o efeito mais grave a considerar a
pelo organismo causando maiores danos aos órgãos
fibrilação ventricular, o segundo caso, é o caso de
internos.
correntes de choques em alta intensidade, provenientes
de acidentes de alta tensão, sendo o efeito térmico o Em choques de alta tensão a resistência do corpo possui
mais grave. reduzida relevância, pois os danos referentes às
queimaduras são mais significantes para a morte do
O choque elétrico pode ocasionar contrações violentas
indivíduo, caso haja, do que própria a fibrilação
dos músculos, fibrilação ventricular, lesões térmicas,
ventricular. Por último, o choque elétrico poderá causar
não térmicas e morte. A morte por asfixia, por exemplo,
simples contrações musculares, que, muito embora não
advém do fato de o diafragma, músculo que participa
provoquem de uma forma direta lesões, sejam elas
ativamente da respiração, se contrair tetanicamente, ou
fatais ou não, poderão originá-las de forma indireta. Isso
seja, uma série de impulsos elétricos “bombardeiam” o
acontece da seguinte forma: quando estimulada pelo
músculo em rápida sucessão, causando assim, a parada
choque, uma pessoa ou animal pode,
da respiração, devido à contração muscular contínua.
involuntariamente, colidir contra alguma superfície,
Em casos como esses, se não houver o cessar imediato
sofrendo, assim, alguma contusão, ou ainda, poderá vir
da corrente pelo corpo da vítima e não for aplicada a
a sofrer uma queda no nível ou de nível, neste último
respiração artificial em um intervalo de tempo inferior a
caso quando a vítima estiver em um local elevado. Boa

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 10
11
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

parte dos acidentes com eletricidade causam lesões no caso em que a corrente do choque percorre o trajeto
provenientes de batidas e quedas. mão esquerda - pés, a saber I(REF).

4.1 FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE 𝐼 (𝑅𝐸𝐹)


I(h) = 𝐹.𝐶.𝐶
Analisaremos, a seguir, os seguintes fatores que
determinam a gravidade do choque elétrico: CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE ELÉTRICA

▪ O percurso da corrente elétrica no corpo; A intensidade da corrente é um fator determinante na


gravidade da lesão por choque elétrico. No entanto,
▪ Característica da corrente elétrica; para a Correntes Contínuas (CC) e altas frequências, as
▪ Resistência elétrica do corpo humano. intensidades da corrente deverão ser mais elevadas
para ocasionar as sensações do choque elétrico, a
PERCURSO DA CORRENTE ELÉTRICA fibrilação ventricular e a morte. Em freqüências muito
altas, grande parte da corrente elétrica viaja na
O percurso da corrente no corpo, tem grande influência
superfície do corpo. A tabela abaixo mostra a relação
na gravidade do choque elétrico. O pior choque elétrico
entre correntes de fibrilação em relação à frequência:
acontece quando a corrente elétrica entra por uma
extremidade do corpo humano e sai por outra. Isso
Frequência (Hz) Corrente de Fibrilação (mA)
pode ser mais agravante quando a corrente elétrica
transcorre pelo coração e/ou cérebro, pois nesses
casos, com apenas pequenos valores de corrente 0 150
percorrendo esses caminhos, o choque pode resultar
em morte. 60 50

Alguns possíveis percursos da corrente elétrica no corpo


300 250
humano são representados na figura a seguir, ilustrando
tanto casos de choque elétrico via tensão de toque,
quanto a tensão de passo, sempre destacando a figura 1000 750
do coração.

Na primeira situação identificamos o trajeto cabeça/pé,


no segundo, o trajeto mão/pé, no terceiro o trajeto No caso da corrente elétrica, especificamente a de
mão/mão, no quarto o trajeto cabeça/mão e por último 60Hz, frequência utilizada nos nossos sistemas de
o trajeto pé/pé. fornecimento de energia, há um perigo ainda maior,
uma vez que a mesma se situa no intervalo de
frequências (40 -150Hz) que possui maior poder de
interferência na contratilidade miocárdica.

Devido às diferenças fisiológicas existentes entre


homem e mulher, ocorrem também as diferenças em
relação à percepção do choque. Vamos conferir na
tabela:

Por meio do parâmetro Fator de Corrente no Coração


(F.C.C), é possível mensurar o quanto de corrente deve
passar em cada um desses trajetos, I(h), de modo que
representem o mesmo perigo de fibrilação ventricular

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 11
12
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Considerando que um contato foi feito em um ponto do


circuito elétrico que apresenta uma diferença de
potencial de 120 volts, teremos as seguintes correntes:

▪ Quando Seca: I = 120 = 1,2mA.

100.000

▪ Quando Molhada: I = 120 V = 120 mA.

RESISTÊNCIA ELÉTRICA DO CORPO HUMANO 1.000

A intensidade da corrente que circulará pelo corpo da 4.2 CAUSAS DETERMINANTES DE CHOQUES
vítima dependerá, em muito, da resistência elétrica que
o corpo oferece à passagem da corrente, e também de Veremos a seguir os meios através das quais são criadas
qualquer outro sistema adicional entre a vítima e o condições para que uma pessoa venha sofrer um
potencial de terra. A resistência que o corpo humano choque elétrico.
oferece à passagem da corrente é quase que 4.2.1 CONTATO COM UM CONDUTOR NU ENERGIZADO
exclusivamente devido à camada externa da pele, que é
composta de duas partes: epiderme e derme. Uma das causas mais comuns desses acidentes é o
contato com condutores aéreos ou subterrâneos
A epiderme é a parte externa da pele, com constituição energizados. Normalmente o que ocorre é o seguinte,
seca e escamosa, deste modo, é má condutora. Apesar equipamentos, tais como guindastes, veículos
disso, a sua resistência elétrica varia de acordo com o basculantes ou mesmo escavadeiras, ao tocarem nos
percentual de umidade. A resistência da pele varia entre condutores energizados, tornam-se parte do circuito,
1.000 a 100.000 ohms. Quando a pele se encontra mais adquirindo o mesmo potencial da rede.
úmida, a resistência elétrica do corpo é baixa. Cortes e
machucados também oferecem uma reduzida Uma pessoa em um potencial diferente, e desprovida de
resistência à passagem da corrente, pelo mesmo isolação adequada, ao tocar a superfície energizada
motivo, ambientes que contenham muita umidade pela rede, estabelece um caminho entre um potencial e
fazem com que a pele tenha o seu valor de resistência outro, provocando, assim, o choque elétrico, que às
reduzido. É importante compreender que para as vezes pode ser fatal.
mesmas condições da pele, o aumento da tensão
4.2.2 FALHA NA ISOLAÇÃO ELÉTRICA
elétrica aplicada no corpo diminui a resistência do
mesmo, aumentando consequentemente a corrente Os condutores, quer sejam empregados isoladamente,
que flui por ele. como nas instalações elétricas, quer sejam partes de
equipamentos, são usualmente recobertos por uma
A pele seca oferece maior resistência à passagem da
película isolante. No entanto, a deterioração por
corrente, no entanto é relativamente difícil de ser
agentes agressivos, o envelhecimento natural ou
encontrada durante a execução do trabalho, devido ao
forçado, ou mesmo o uso inadequado do cabo podem
suor. A resistência elétrica oferecida pela parte interna
comprometer a eficácia das películas como isolante
do corpo, constituída pelo sangue, músculos e demais
elétrico. Veremos, a seguir, os vários meios pelos quais
tecidos, é bem baixa em comparação à da pele seca,
o isolamento elétrico pode ser comprometido.
medindo em média 300 ohms vindo a apresentar em
alguns casos o valor máximo de 500 ohms. CALOR E TEMPERATURA ELEVADA
As diferenças das resistências elétricas relacionadas à Por não ser um condutor ideal, a circulação de corrente
pele seca ou à pele molhada, podem ser grandes. em um condutor gera calor provocando o aumento de

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 12
13
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

sua temperatura. Este elevação, ao longo do tempo, radiação solar provocam a ruptura de polímeros, tais
pode causar a ruptura de alguns polímeros, material dos como o cloreto de vinila e a borracha sintética ou
quais que são feitos alguns isolantes, dos condutores natural, a partir dos quais o cloreto de hidrogênio é
elétricos. produzido. Esta substância causa, então, reação e
ruptura adicionais, desta forma, as propriedades físicas
Por isso a isolação deve ser constituída de material com e elétricas do isolamento ficam comprometidas.
suficiente rigidez dielétrica, e com a capacidade de
suportar temperaturas de operação sem a degradação PRODUTOS QUÍMICOS
de suas propriedades. Usualmente os cabos são de
cobre, principalmente em instalações industriais e Os materiais normalmente utilizados como isolantes
residenciais de baixa tensão, por serem mais adequados elétricos degradam-se na presença de substância como
à execução das conexões aos terminais de ácidos, lubrificantes e sais.
equipamentos, que geralmente são de cobre. O contato DESGASTE MECÂNICO
bimetálico cobre-alumínio resultaria na presença de
pilhas eletrolíticas, que favoreceriam a corrosão. As grandes causas de danos mecânicos ao isolamento
elétrico são a abrasão, o corte, a flexão e torção do
UMIDADE recobrimento dos condutores. O corte do isolamento
Alguns materiais isolantes que revestem condutores dá-se quando o condutor é puxado através de uma
absorvem umidade, como é o caso do nylon. Isso faz superfície cortante. A abrasão tanto pode ser devida a
puxada de condutores por sobre superfícies abrasivas,
com que a resistência isolante do material diminua.
Outro problema relacionado a condutores em por orifícios por demais pequenos, bem quanto à sua
ambientes úmidos está associado à existência de pontos colocação em superfícies vibrantes, as quais consomem
de emenda, nesses locais os cuidados devem ser o isolamento do condutor. As linhas de pipas com cerol
redobrados, pois em muitos casos, não há como (material cortante é expressamente proibido) também
agridem o isolamento dos condutores em casos de
garantir a eficiência da isolação feita em uma
determinada emenda. Pontas de cabo também linhas aéreas.
merecem a devida atenção, se não forem devidamente FATORES BIOLÓGICOS
protegidas, permitem a entrada de água ou outros
elementos que podem comprometer a eficácia da Roedores e insetos podem respectivamente roer ou
isolação. comer os materiais orgânicos de que são constituídos os
isolamentos elétricos, comprometendo a isolação dos
OXIDAÇÃO condutores. Outra forma de degradação das
Esta pode ser atribuída à presença de oxigênio, ozônio características do isolamento elétrico é devido à
ou outros oxidantes na atmosfera. O ozônio torna-se presença de fungos, que se desenvolvem graças à
umidade.
especialmente um problema em ambientes fechados,
nos quais operam motores e geradores, pois estes ALTAS TENSÕES
produzem, em seu funcionamento, arcos elétricos, que
por sua vez geram o ozônio. O ozônio é um agente Altas tensões podem dar origem a arcos elétricos ou
altamente oxidante e reage com a camada isolante dos efeitos corona, os quais provocam buracos na isolação
condutores, promovendo a degradação do material. ou promovem a degradação química do material
isolante reduzindo, assim, a resistência elétrica do
RADIAÇÃO isolamento.
As radiações ultravioletas têm a capacidade de degradar
as propriedades do isolamento, especialmente as de
polímeros. Os processos fotoquímicos iniciados pela

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 13
14
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

PRESSÃO ▪ Queimaduras por vapor metálico;

O vácuo pode causar o desprendimento de voláteis dos QUEIMADURAS POR ARCO VOLTAICO
isolantes orgânicos, causando vazios internos que levam
O arco elétrico caracteriza-se pelo fluxo de corrente
à variação nas suas dimensões, perda de peso e,
consequentemente, redução de sua resistência. elétrica através da atmosfera ionizada, geralmente é
produzido quando ocorre a conexão ou desconexão de
4.3 ARCO ELÉTRICO, QUEIMADURAS, QUEDAS E dispositivos elétricos bem como em casos de curto-
DEMAIS RISCOS circuitos, podendo provocar queimaduras de segundo e
terceiro grau.
Ao penetrar o organismo, a corrente elétrica atravessa
o revestimento cutâneo. Por isso em muitos casos Possui energia térmica suficiente para queimar roupas
podem ser observadas lesões térmicas em vítimas de e provocar incêndios, emitindo vapores de material
acidente com choque elétrico. ionizado e raios ultravioletas, podendo causar
queimaduras fatais a até 1,5m de distância e
Como o corpo humano oferece uma certa resistência queimaduras importantes a até 3,0 m de distância do
elétrica, a circulação de corrente nesse meio resistivo local do arco elétrico.
provoca a dissipação de energia em forma de calor, o
conhecido Efeito Joule, tal fenômeno provoca
alterações estruturais nos tecidos conhecidos como
“marcas de corrente”. Quanto maior a resistência da
pele, tanto mais grave é a queimadura local, quanto
menor a resistência maior os efeitos sistêmicos.

As queimaduras, são mais intensas nos pontos de


entrada e saída da corrente devido aos seguintes
fatores:

▪ Maior densidade de corrente;

▪ Alto valor de resistência da epiderme em


relação aos tecidos internos; As características das queimaduras provocadas pela
eletricidade diferem daquelas causadas por efeitos
▪ Resistência da interface de contato. químicos, térmicos e biológicos. Em relação às
queimaduras por efeito térmico, aquelas causadas pela
É importante destacar que não há a necessidade de
eletricidade são geralmente menos dolorosas, pois a
contato direto da pessoa com partes energizadas. A
passagem da corrente poderá destruir as terminações
passagem da corrente poderá ocorrer devido a uma
nervosas. Não significa, porém que sejam menos
descarga elétrica por ruptura dielétrica do ar entre o
perigosas, pois a energia térmica incidente tende a
indivíduo e as partes eletricamente carregadas.
progredir em profundidade na medida em que o tempo
A eletricidade pode produzir queimaduras por diversas passa, difundindo-se para o interior da pele, elevando
formas, resultando na seguinte classificação: a temperatura em uma dada profundidade, mesmo
depois de desfeitos o contato elétrico ou a descarga.
▪ Queimaduras por arco voltaico; Queimaduras de segundo e terceiro graus podem
▪ Queimaduras por contato; causar restrições físicas ao ser humano. O seu
tratamento requer auxílio clínico em hospitais
▪ Queimaduras por radiação (em arcos especializados, uma probabilidade real de morte está
produzidos por curtos-circuitos); sempre presente.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 14
15
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Energia Incidente A distância de trabalho D refere-se a distância da cabeça


e tronco ao ponto do arco elétrico e não à distância das
De acordo com a IEEE 1584, a proteção contra arco mãos, normalmente mais próximas ao arco. A cabeça e
elétrico é sempre baseada no nível de energia incidente
o tronco possuem maior área e uma vez afetadas são as
que atinge a face ou o tronco de um trabalhador a uma que levam as lesões mais graves [3].
determinada distância, e não na energia incidente que
atinge suas mãos ou braços. O nível do dano depende OUTROS RISCOS ENVOLVENDO O ARCO ELÉTRICO
da porcentagem da pele do corpo de uma pessoa que
Outros riscos a que ficam expostos o pessoal envolvido
sofre uma queimadura [2].
com a falta e o decorrente arco elétrico, são:
A energia normalizada é determinada por:
▪ Risco de choque devido ao toque nos
condutores energizados;

Gases em expansão produzidos pelo arco podem


Onde: causar:

En = Energia incidente normalizada (J/cm²); ▪ A projeção de material sólido;

K1 = -0,555 (barramento encapsulado) ou -0,792 ▪ Ondas de pressão que podem tirar o equilíbrio
(barramento aberto); de uma pessoa;

K2 = 0 (não aterrados ou aterrados com alta resistência) ▪ Ondas de som que podem provocar problemas
ou -0,113 (sistemas aterrados); de audição;

Ia = corrente de curto-circuito limitada por arco elétrico ▪ Luminosidade excessiva causada pelo plasma
calculada (kA); no arco elétrico que pode causar cegueira
temporária ou permanente;
G = distância entre os condutores (mm).
▪ Plasma do arco elétrico (com temperaturas da
A energia incidente é determinada por: ordem de 19000 Graus) que pode causar fogo e
queimaduras em seres humanos;

▪ Metal vaporizado que pode se depositar em


superfícies e condensar em materiais frios.
Onde:
Por isso é de extrema importância a utilização de todos
E = energia incidente por unidade de área (J/cm2) os EPIs e EPCs necessários para a execução da tarefa.

Cf = fator calculado, sendo 1,0 para tensões superiores


a 1 kV, e 1,5 para tensões inferiores a 1 kV

En = energia padrão incidente por unidade de área


(J/cm2)

t = tempo de duração do arco elétrico (s)

D = distância do local possível do arco e a pessoa


considerada (mm)

x = expoente que correlacionado com a distância,

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 15
16
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Campo elétrico é a região de influência que uma carga


elétrica cria no espaço ao seu redor, já o campo
eletromagnético é gerado pelo movimento da carga,
como é o caso do fluxo de corrente elétrica, e as suas
unidades são: Ampére por metro, Gauss e Tesla.

Os Campos Eletromagnéticos existem em estado


natural no corpo humano e em outros seres vivos, tendo
o campo geomagnético a que todos estão expostos uma
intensidade superior à da esmagadora maioria das
fontes artificiais. Contudo, a partir de certo nível de
intensidade, os campos eletromagnéticos de origem
artificial são capazes de afetar alguns processos
QUEIMADURAS POR CONTATO fisiológicos do corpo humano, efeitos que levam a
comunidade internacional a instituir limites protectores
Quando a lesão térmica decorre do choque devido ao da saúde pública.
contato com uma superfície condutora energizada, as
queimaduras resultantes podem ser locais e profundas A produção, transmissão e utilização da energia elétrica
atingindo até a parte óssea, deixando às vezes, apenas está associada a geração de campos elétricos e
uma pequena “mancha branca na pele”. Em caso de magnéticos (CEM). De um modo geral a eletricidade é
óbito, o exame necropsial deve considerar essa fornecida em corrente alternada, no caso do Brasil,
evidência, visto que possibilita a determinação mais como já foi estudado anteriormente, a energia opera na
exata do percurso da corrente pelo corpo da vítima. frequência de 60 Hertz (Hz). Essa frequência coloca os
campos gerados pela produção, transmissão e
RISCOS DE QUEDA distribuição de energia eléctrica no intervalo da
extra baixa frequência (EBF) que vai de 3Hz a 3 kHz. O
As quedas constituem uma das principais causas de
ser humano encontra-se frequentemente exposto a
acidentes no setor elétrico, ocorrem em conseqüência
este tipo de campo, campos eletromagnéticos de extra
de choques elétricos, de utilização inadequada de
baixa frequência, quer no contacto diário com
equipamentos de elevação (escadas, cestas,
equipamentos elétricos domésticos e profissionais,
plataformas), falta ou uso inadequado de EPI, falta de
quer através das linhas de distribuição e transporte de
treinamento dos trabalhadores, falta de delimitação e
energia elétrica.
de sinalização do canteiro do serviço e ataque de
insetos. CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS DE EBF E A SAÚDE
4.4 CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS Estes campos têm um carácter não-ionizante, pelo que
não são susceptíveis de degradar as células. No entanto,
a partir de certos níveis de intensidade, são capazes de
afetar determinados processos fisiológicos do corpo
humano, denominados efeitos agudos.

No objetivo de resguardar a saúde e a segurança de


trabalhadores e do público em geral, a regulamentação
brasileira adotou os valores limite de campo elétrico e
indução magnética recomendados pela ACGIH,
Conferência de Higienistas Industriais do Governo
Americano, como podemos ver na tabela a seguir:

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 16
17
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Valores limites de campo elétrico e indução magnética.

Valores Limite para 60 Hz E(kV/m) B(µT)

Ocupacional 25 1000

Público em Geral 5 ---

Sendo que para o público em geral, o campo elétrico é


estabelecido para os limites das faixas de segurança de
Os trabalhadores que interagem com Sistema Elétrico
linhas de transmissão.
de Potência estão expostos ao campo eletromagnético
Não há a definição de valor limite para a indução gerado pela rede, quando executam serviços em linhas
magnética para o público em geral, no entanto a de transmissão e subestações de distribuição de energia
Comissão Internacional de Proteção à Radiação Não elétrica, nas quais se empregam elevados níveis de
Ionizante, define em 100 microTeslas o valor limite para tensão e corrente. Quando o trabalhador fica exposto
a indução magnética do público em geral. ao campo seu corpo sofre uma indução, estabelecendo
um diferencial de potencial entre o trabalhador e outros
Valores típicos de induções magnéticas geradas por objetos inerentes às atividades. Cuidados especiais
linhas de transmissão em função da distância são dados devem ser tomados por pessoas que possuem em seu
na figura a seguir, que considera três fontes comuns de corpo aparelhos eletrônicos, tais como marca passo,
campos magnéticos na freqüência industrial, são eles, aparelhos auditivos, dentre outros, pois seu
dispositivos elétricos, transmissão e distribuição. As funcionamento pode ser comprometido na presença de
bandas representam variações dentro de fontes campos magnéticos intensos.
individuais de cada grupo. Os campos destas linhas
variam com as curvas de carga do sistema e flutuam
com a hora do dia e o período do ano. Note-se que 5. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS
poucas pessoas moram perto de linhas de transmissão
de alta tensão, que são as mais visíveis e atraem maior A utilização da Análise de Riscos, em atividades
atenção. Fica-se exposto muito mais tempo a indução industriais ou não, tem como objetivo minimizar o
geradas por linhas de distribuição, que alimentam casas potencial de ocorrência de acidentes, utilizando
e empresas comerciais e industriais, com valores de técnicas de prevenção e/ou de proteção. De modo
campos maiores devido à proximidade. Outra fonte de geral, a noção de risco está relacionada a uma expressão
indução magnética é a fiação das casas ou prédios. As quantitativa que costuma ser expressa através do
induções magnéticas geradas dependem tanto da resultado entre a relação de probabilidade de
intensidade da corrente como da distribuição da fiação. eventos/falhas vezes a magnitude das conseqüências
sobre o tempo, vamos analisar todos os riscos que
devem ser considerados.

5.1 RISCOS NO TRANSPORTE E COM EQUIPAMENTOS

Não podem e não devem ser desconsiderados os riscos


de acidentes envolvendo o transporte de trabalhadores
e a utilização de equipamentos.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 17
18
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

VEÍCULOS A CAMINHO DOS LOCAIS DE TRABALHO EM 5.4 RISCOS OCUPACIONAIS


CAMPO
Riscos ocupacionais, são os riscos associados às
É comum o deslocamento diário dos trabalhadores até condições ou agentes existentes nos ambientes de
os locais de execução dos serviços. Esses deslocamentos trabalho, de forma a serem capazes de causar danos à
expõem os trabalhadores aos riscos característicos das saúde do empregado.
vias de transporte.
Nessa tabela, nós podemos ver a classificação dos
VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS PARA ELEVAÇÃO DE principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo
CARGAS E CESTAS AÉREAS com a sua natureza e a padronização das cores
correspondentes.
Nos serviços de construção e manutenção de redes
elétricas, às vezes se torna necessário o uso de cestas
aéreas, plataformas além da possibilidade de elevação
de cargas, em algumas dessas situações é inevitável que
os veículos aproximem de estruturas tais como postes e
torres. Nestas operações podem acontecer acidentes
graves, de forma que cuidados como, manutenção
preventiva e corretiva do equipamento, o correto
posicionamento do veículo, bem como a perícia e a
prudência do trabalhador são fundamentais.

5.2 RISCO DE ATAQUE DE INSETOS

Na execução de serviços em torres, postes, subestações,


leitura de medidores, serviços de poda de árvores bem
como a realização da várias outras atividades podem
culminar em ataques, como por exemplo, os de abelhas
e formigas.

É importante também atentar para áreas internas, visto


que vários animais podem vir a se esconder ou abrigar
nesses lugares.

5.3 RISCOS DE ATAQUE DE ANIMAIS 5.5 RISCOS FÍSICOS


PEÇONHENTO/DOMÉSTICO
RUÍDO
Ocorre, na maioria das vezes em atividades externas de
Presentes em vários locais, como por exemplo, em
construção, supervisão e manutenção de redes
usinas de geração de energia elétrica, decorrente do
elétricas.
funcionamento de turbinas e geradores e também, em
O trabalhador deve estar sempre atento à possibilidade linhas de transmissão e subestações, devido ao efeito
de picadas de animais peçonhentos como, por exemplo, corona. É necessário o laudo técnico específico para sua
cobras venenosas, aranhas, escorpiões, além da caracterização.
possibilidade de mordidas de cães.
RADIAÇÃO SOLAR

Os trabalhos em instalações elétricas ou serviços com


eletricidade quando realizados em áreas abertas podem

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 18
19
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

também expor os trabalhadores à radiação solar. Como PSICOSSOCIAIS


conseqüências podem ocorrer queimaduras, lesões os
olhos e até câncer de pele. Elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das
atividades associadas à constante convivência com o
CALOR risco de vida devido à presença do risco elétrico e
também do risco de queda (neste caso, sobretudo para
Presente nas atividades desempenhadas em espaços atividades em linhas de transmissão, executadas em
confinados, como por exemplo: subestações, câmaras grandes alturas).
subterrâneas, usinas (devido deficiência de circulação
de ar e temperaturas elevadas. 5.7 AMBIENTAIS

5.6 RISCOS ERGONÔMICOS Conforme teoria, risco ambiental compreende os riscos


físicos, químicos e biológicos; analisando dessa
Risco ergonômico é todo fator que possa interferir nas perspectiva, essa categorização ficaria inadequada, para
características psicofisiológicas do trabalhador, a compreensão correta, deve-se separar os riscos
causando desconforto ou afetando sua saúde.
provenientes de causas naturais tais como: raios, chuva,
Adequar a empresa ergonomicamente significa colocar terremotos, ciclones, ventanias, inundações, dentre
cada trabalhador num posto de trabalho compatível outros.
com suas condições físicas e mentais, diminuindo a 5.8 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR)
fadiga e fornecendo-lhe ferramentas adequadas que lhe
permitirão realizar tarefas com o menor custo ao Trata-se de um método simplificado, uma tabela de fácil
organismo, reduzindo ao máximo os acidentes de compreensão, é utilizada para identificar previamente
trabalho. fontes de riscos, conseqüências e medidas corretivas
simples.
Os riscos ergonômicos são significados nas atividades do
setor elétrico relacionados aos fatores: Permite reconhecer os riscos envolvidos em cada passo
da tarefa, e ainda propicia a condição para conviver com
BIOMECÂNICOS
eles em segurança ou evitá-los.
Posturas inadequadas de trabalho provocadas por É elaborado por meio de -estudos, questionamentos,
exigência de ângulos e posições inadequados dos levantamentos, detalhamentos, análise crítica e
membros superiores e inferiores para realização das autocrítica, culminando no estabelecimento de
tarefas, principalmente em alturas, sobre postes e precauções necessárias à execução do serviço, de forma
apoios inadequados, levando a intensas solicitações
que o trabalhador tenha sempre o maior controle
musculares, levantamento e transporte de carga, etc. possível das circunstâncias, por maiores que forem os
ORGANIZAÇÕES riscos.

Pressão psicológica para atendimento a emergências ou


a situações com períodos de tempo rigidamente
estabelecidos, realização rotineira de horas extras,
trabalho por produção, pressão da população com falta
do fornecimento de energia elétrica.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 19
20
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Exemplo de APR: ▪ Exemplo de Check-list:

6. MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS


6.1 DESENERGIZAÇÃO
CHECKLIST
Conforme determinação da NR 10 no item
O objetivo deste documento é criar o hábito de verificar
10.5.1, desenergização é o conjunto de ações
os itens de segurança antes de iniciar as atividades,
coordenadas, seqüenciadas, destinadas a garantir a
auxiliando na detecção, na prevenção dos riscos de
efetiva ausência se tensão no circuito, trecho ou ponto
acidente característicos de cada ambiente, contribui no
de trabalho, durante todo o tempo de intervenção e sob
planejamento das tarefas, enfocando sempre os
controle dos trabalhadores envolvidos. Somente serão
aspectos de segurança.
consideradas desenergizados as instalações elétricas
Esse formulário pode ser vinculado no verso de uma liberadas para trabalho, mediante os procedimentos
“ordem de serviço” por exemplo, com o seguinte aviso. apropriados e obedecida à seqüência a seguir:
“A Equipe somente deverá iniciar cada atividade, após
SECCIONAMENTO
realizar a identificação de todos os riscos, medidas de
controle e após concluir o respectivo planejamento da É o ato de promover a descontinuidade elétrica total,
atividade” sendo considerado nesse passo o afastamento
adequado entre um circuito ou dispositivo e outro, é
obtido mediante o acionamento de um dispositivo
apropriado para este fim (chave seccionadora,
interruptor, disjuntor), pode ser acionado automática
ou manualmente, bem como por meio de ferramentas
adequadas adotando procedimentos específicos.

IMPEDIMENTO DE REENERGIZAÇÃO

É o estabelecimento de condições que impeçam a


reenergização do circuito ou equipamento sob

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 20
21
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

manutenção, esse impedimento é feito de modo que medidores testados e adequados ao nível de tensão,
qualquer pessoa possa reconhecer o bloqueio, essa podendo ser realizada por contato ou por aproximação
etapa assegura ao trabalhador que realizará as e de acordo com procedimentos específicos.
atividades o controle do seccionamento. Na prática
ocorre a aplicação de travamentos mecânicos, INSTALAÇÃO DE ATERRAMENTO TEMPORÁRIO COM
utilizando de fechaduras, cadeados e dispositivos EQUIPOTENCIALIZAÇÃO DOS CONDUTORES DOS
auxiliares de travamento, em outros casos são utilizados CIRCUITOS
sistemas informatizados com funções de proteção Constatada a inexistência de tensão, um condutor do
equivalentes ao citados anteriormente. conjunto de aterramento temporário deverá ser ligado
Os dispositivos de bloqueio servem para impedir o à haste conectado à terra e ao neutro do sistema
religamento mecânico e elétrico de máquinas, quando houver, e às demais partes condutoras
equipamentos ou painéis elétricos. Sistemas de estruturais acessíveis. Na seqüência, deverão ser
conectadas as garras de aterramento aos condutores
travamento dos dispositivos de seccionamento, devem
ser utilizados a fim de garantir o efetivo impedimento fase, previamente desligados, obtendo-se assim uma
de reenergização involuntária ou acidental do circuito equalização de potencial entre todas as partes
ou equipamento enquanto ocorre a execução da condutoras no ponto de trabalho. Além de todos esses
atividade que originou o seccionamento. detalhes, é importante estar atento a pelo menos mais
duas coisas:
Atividades de manutenção que envolvam mais de uma
equipe trabalhando simultaneamente, trazem consigo ▪ O controle da quantidade de aterramentos
o risco de energização indevida do circuito ou temporários implantados de forma que seja
equipamento sob manutenção. Práticas como, por garantida a retirada de todas as unidades antes
exemplo, pegar carona em bloqueio de outra equipe ou da reenergização.
trabalhador podem expor todo o grupo que executa a ▪ O trabalho deve ser realizado entre dois pontos
manutenção a esse grave risco. Por isso condutas iguais devidamente aterrados, salvo em casos onde
ou semelhantes a essas são expressamente proibidas. não se faça necessário.
A eliminação do risco de energização indevida é obtida PROTEÇÃO DOS ELEMENTOS ENERGIZADOS
pelo emprego de tantos bloqueios quantos forem EXISTENTES NA ZONA CONTROLADA
necessários para execução da atividade. Dessa forma,
há a garantia de que o circuito somente será energizado Todos os elementos energizados, situados na zona
quando o último empregado concluir seu serviço e controlada, para que não possam ser acidentalmente
destravar o bloqueio. Lembrando que após a conclusão tocados, deverão receber isolação conveniente
dos serviços, o procedimento de reenergização deve ser (mantas, calhas, capuz de material isolante, etc).
metodicamente respeitado.
Define-se zona controlada como o entorno de parte
A desenergização de circuito ou mesmo de todos os condutora energizada, não segregada, acessível, de
circuitos numa instalação de ser sempre programada e dimensões estabelecidas de acordo com o nível de
amplamente divulgada para que a interrupção da tensão disposto no anexo II da NR- 10, cuja aproximação
energia elétrica reduza os transtornos e a possibilidade só é permitida a profissionais autorizados.
de acidentes. A reenergização deverá ser autorização
INSTALAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE IMPEDIMENTO DE
mediante a divulgação a todos os envolvidos.
REENERGIZAÇÃO
CONSTATAÇÃO DA AUSÊNCIA DE TENSÃO
Deverá ser adotada sinalização adequada de segurança,
É a verificação da efetiva ausência de tensão nos destinada à advertência e à identificação da razão de
condutores do circuito elétrico. Deve ser feita com desenergização e informações do responsável.
esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 21
22
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Os cartões, avisos ou etiquetas de sinalização do Mediante ligação à terra de um dos condutores vivos do
travamento ou bloqueio devem ser claros e sistema, geralmente o centro do enrolamento no lado
adequadamente fixados. No caso de método BT (Baixa Tensão) de um transformador ligado em
alternativo, procedimentos específicos deverão estrela.
assegurar a comunicação da condição impeditiva de
energização a todos os possíveis usuários do sistema. PROTEÇÃO

Somente após a conclusão dos serviços e verificação de Ligação à terra das massas e dos elementos condutores
estranhos à instalação.
quaisquer anormalidades, o trabalhador providenciará
a retirada de ferramentas, equipamentos e utensílios e TEMPORÁRIO
por fim do dispositivo individual de travamento e
etiqueta correspondente. O responsável pelos serviços, É uma ligação elétrica de baixa impedância realizada
após inspeção geral e certificação da retirada de todos entre a rede elétrica sob manutenção e o terra.
os travamentos, cartões e bloqueios, remoção dos
ESQUEMA DE ATERRAMENTO
conjuntos de aterramento, adotará os procedimentos
de liberação das instalações para operação. A ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas )
possui uma norma que rege o campo de instalações
Os serviços a serem executados em instalações elétricas
elétricas em baixa tensão. Essa norma é a NBR 5410, a
desligadas, mas com possibilidade de energização, por
qual, como todas as demais normas da ABNT, possui
qualquer meio ou razão, devem atender ao que
subseções. As subseções : 6.3.3.1.1, 6.3.3.1.2, e
estabelece o dispositivo no item 10.6 da NR-10, que se
6.3.3.1.3 referem-se aos possíveis sistemas de
refere à segurança em instalações elétricas energizadas.
aterramento que podem ser feitos na indústria.
6.2 ATERRAMENTO FUNCIONAL (TN / TT / IT); DE
São eles os esquemas TN / TT / IT, cabendo as seguintes
PROTEÇÃO E TEMPORÁRIO.
observações sobre as ilustrações e símbolos utilizados:
DEFINIÇÃO
A. as figuras na sequência, que ilustram os esquemas de
A escolha do esquema de aterramento determina as aterramento, devem ser interpretadas de forma
medidas a serem tomadas para proteção das pessoas genérica. Elas utilizam como exemplo sistemas
contra os riscos de contatos indiretos. trifásicos. As massas indicadas não simbolizam um
único, mas sim qualquer número de equipamentos
Sua presença é elemento essencial nos sistemas elétricos. Além disso, as figuras não devem ser vistas
elétricos e apresenta singular importância para o bom com conotação espacial restrita. Deve-se notar, neste
desempenho do sistema aterrado e, principalmente, particular, que como uma mesma instalação pode
para segurança de seres vivos, visto que influencia eventualmente abranger mais de uma edificação, as
inclusive na energia incidente em casos de arcos massas devem necessariamente compartilhar o mesmo
elétricos. Sua função principal é dispersar a corrente de eletrodo de aterramento, se pertencentes a uma
falta para a terra sem causar diferenças de potenciais ou mesma edificação, mas podem, em princípio, estar
tensões induzidas perigosas para seres vivos ou que ligadas a eletrodos de aterramento distintos, se situadas
possam danificar equipamentos localizados nas em diferentes edificações, com cada grupo de massas
proximidades, se necessário, vários esquemas de associado ao eletrodo de aterramento da edificação
aterramento podem coexistir em uma instalação. respectiva. Nas figuras são utilizados os seguintes
O aterramento pode ser: símbolos:

FUNCIONAL B. Na classificação dos esquemas de aterramento é


utilizada a seguinte simbologia:

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 22
23
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Primeira letra – Situação da alimentação em relação a ESQUEMA TN-C


terra:
No qual as funções de neutro e de proteção são
T= um ponto da alimentação diretamente aterrado; combinadas em um único condutor, na totalidade do
esquema. figura abaixo:
I= isolação de todas as partes vivas em relação à terra
ou aterramento de um ponto através de impedância;

Segunda letra – Situação das massas da instalação


elétrica em relação à terra:

T= massas diretamente aterradas, independentes do


aterramento da alimentação.

N= massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado


(em corrente alternada, o ponto aterrado é
normalmente o ponto neutro); ESQUEMA TN-C-S

outras letras (eventuais) – Disposição do condutor Em parte do qual as funções de neutro e de proteção
neutro e do condutor de proteção: são combinadas em um único condutor;

S= função de neutro e de proteção asseguradas por


condutores distintos;

C= função de neutro e de proteção combinadas em um


único condutor (condutor PEN).

ESQUEMA TN

O esquema TN possui um ponto da alimentação


diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse
ponto através de condutores de proteção. São
consideradas três variantes de esquema TN, de acordo ESQUEMA TT
com a disposição do condutor neutro e do condutor de
proteção, a saber: Possui um ponto da alimentação diretamente aterrado,
estando as massas da instalação ligadas a eletrodo(s) de
ESQUEMA TN-S aterramento eletricamente distinto(s) do eletrodo de
aterramento da alimentação, figura abaixo:
No qual o condutor neutro e o condutor de proteção são
distintos, figura abaixo;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 23
24
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

ESQUEMA IT

Todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto


da alimentação é aterrado através de impedância. As
massas da instalação são aterradas, verificando-se as
seguintes possibilidades:

Massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento


da alimentação, se existente; e

Massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento


próprio(s), seja porque não há eletrodo de aterramento
da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento
das massas é independente do eletrodo de aterramento
da alimentação.

1. O neutro pode ser ou não distribuído;

A= sem aterramento da alimentação

B= alimentação aterrada através de impedância;

B.1= massas aterradas em eletrodos separados e


independentes do eletrodo de aterramento da
alimentação;

B.2= massas coletivamente aterradas em eletrodo


independente do eletrodo de aterramento da
alimentação;

B.3= massas coletivamente aterradas no mesmo


eletrodo da alimentação.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 24
25
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

FUNÇÃO DO ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Destina-se basicamente ao curto circuitamento e


aterramento das redes, evitando riscos ao operador na
eventualidade de energizações acidentais, propiciando
rápida atuação do sistema automático de
seccionamento ou proteção. Também tem o objetivo de
promover proteção aos trabalhadores contra descargas
atmosféricas que possam interagir ao longo do circuito
em intervenção. Esse procedimento deverá ser adotado
a montante (antes) e a jusante (depois) do ponto de
intervenção do circuito de derivações se houver, salvo
quando a intervenção ocorrer no final do trecho. Deve
ser retirado ao final dos serviços.

A energização acidental pode ser causada por:

▪ Erros na manobra;
Vara ou bastão de manobras em material isolante, com
▪ Fechamento de chave seccionadora; cabeçotes de manobra;

▪ Contato acidental com outros circuitos Grampos condutores – para conexão do conjunto de
energizados, situados ao longo do circuito; aterramento com os condutores e a terra;

▪ Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que Trapézio de suspensão – para elevação do conjunto de
cruzam a rede; grampos à linha e conexão dos cabos de interligação das
fases, de material leve e bom condutor, permitindo
▪ Fontes de alimentação de terceiros (geradores); perfeita conexão elétrica e mecânica dos cabos de
interligação das fases e descida para terra;
▪ Linhas de distribuição para operação de
manutenção e instalação e colocação de Grampos – para conexão aos condutores e ao ponto de
transformador; terra;

▪ Torres e cabos de transmissão nas operações de Cabos de aterramento de cobre, extra flexível e isolado;
construção de linhas de transmissão;
Trado ou haste de aterramento – para ligação do
▪ Linhas de transmissão nas operações de conjunto de aterramento com solo deve ser
substituição de torres ou manutenção de dimensionado para propiciar baixa resistência de terra
componentes da linha; e boa área de contato com o solo.

▪ Descargas atmosféricas. Nas subestações, por ocasião da manutenção dos


componentes, se conecta os componentes do
Para cada classe de tensão existe um tipo de
aterramento temporário à malha de aterramento fixa já
aterramento temporário. O mais usado em trabalhos de
existente.
manutenção ou instalação nas linhas de distribuição é
um conjunto ou ‘kit’ padrão composto pelos seguintes 6.3 EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
elementos:
É o procedimento que consiste na interligação de
elementos específicos, visando obter a
equipotencialidade necessária para os fins desejados.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 25
26
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Todas as massas de uma instalação devem estar ligadas Seção mínima do condutor de proteção
a condutores de proteção.
Seção dos condutores Seção mínima do
Em cada edificação deve ser realizada uma de fase S (mm2) condutor de proteção
equipotencialização principal, em condições correspondente (mm2)
especificadas, e tantas equipotencializações
suplementares quantas forem necessárias. S ≤ 16 S
Todas as massas da instalação situadas em uma mesma
edificação devem estar vinculadas à 16 < S ≤ 35 16
equipotencialização principal da edificação e, dessa
forma, a um mesmo e único eletrodo de aterramento. S > 35 𝑆
Isso sem prejuízo de equipotencializações adicionais 2
que se façam necessárias, para fins de proteção contra
choque e/ou de compatibilidade eletromagnética.

Massas simultaneamente acessíveis devem estar De acordo com item 5.1.2.2.3.7, admite-se que os
vinculadas a um mesmo eletrodo de aterramento, sem seguintes elementos sejam excluídos das
prejuízo de equipotencializações adicionais que se eqüipotencializações:
façam necessárias, para fins de proteção contra
choques e/ou de compatibilidade eletromagnética. I - suportes metálicos de isoladores de linhas aéreas
fixados à edificação que estiverem fora da zona de
Massas protegidas contra choques elétricos por um alcance normal;
mesmo dispositivo, dentro das regras da proteção por
seccionamento automático da alimentação, devem II - postes de concreto armado em que à armadura não
estar vinculadas a um mesmo eletrodo de aterramento, é acessível;
sem prejuízo de equipotencializações adicionais que se III - massas que, por suas reduzidas dimensões (até
façam necessárias, para fins de proteção contra aproximadamente 50mm x 50mm) ou por sua
choques e/ou de compatibilidade eletromagnética.
disposição, não possam ser agarradas ou estabelecer
Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em contato significativo com parte do corpo humano,
toda sua extensão. desde que a ligação a um condutor de proteção seja
difícil ou pouco confiável.
NOTA: Um condutor de proteção pode ser comum a
mais de um circuito, observando o dispositivo no item 6.4 SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA
6.4.3.1.5. da NBR 5410/2004, que diz o seguinte, um ALIMENTAÇÃO
condutor de proteção pode ser comum a dois ou mais
O Instituto Brasileiro do Cobre - Procobre (2001)
circuitos, desde que esteja instalado no mesmo conduto especifica que em uma instalação, os choques elétricos
que os respectivos condutores de fase e sua seção seja podem provir de dois tipos de contatos: a) contato
dimensionada conforme a mais severa corrente de falta
direto: contato de pessoas ou animais com partes vivas
presumida e o mais longo tempo de atuação do
sob tensão; e b) contato indireto: contato de pessoas ou
dispositivo de seccionamento automático verificados
animais com uma massa que ficou sob tensão em
nesses circuitos; ou com base na maior seção de condições de falta (falha de isolamento). Os dois tipos
condutor de fase desses circuitos, conforme tabela de contato podem provocar graves conseqüências,
abaixo:
chegando até mesmo a ocasionar acidentes fatais.

Sendo assim, a proteção contra choques elétricos, de


acordo com a NBR 5410:2004 compreende duas linhas
esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 26
27
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

de defesa ou dois tipos de proteção: a) proteção básica BB4 = Pessoas imersas na água, por exemplo em
– meio destinado a impedir o contato com partes vivas banheiras e piscinas;
perigosas, tais como: isolação básica, barreira,
E os BC1, BC2, BC3 e BC4 estão respectivamente
invólucro, limitação de tensão, dentre outros; b)
proteção supletiva – meio destinado a suprir a proteção relacionados às intensidades de contatos de pessoas
contra choques elétricos quando massa ou partes com condutivos em uma classificação que vai de nulo,
condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente vivas, raro, frequente a contínuo.
tais como: isolação suplementar, equipotencialização e No caso do seccionamento automático da alimentação,
seccionamento automático da alimentação, dentre o princípio fundamental, de acordo com a NBR
outros. 5410:2004, é de que um dispositivo de proteção deve
A proteção é especificada de acordo com a condição de seccionar automaticamente a alimentação do circuito
influência externa, conforme a definição da tabela a ou equipamento por ele protegido sempre que uma
falta (entre parte viva e massa ou entre parte viva e
seguir.
condutor de proteção) no circuito ou equipamento der
Resistência elétrica do corpo humano origem a uma tensão de contato superior ao valor
pertinente da tensão e contato limite UL.
Condição de influência externa Situação
O princípio do seccionamento automático é o seguinte:
BB1, BB2 Situação 1 Um dispositivo de proteção deve seccionar
automaticamente a alimentação do circuito ou
equipamento por ele protegido sempre que uma falta
BC1, BC2, BC3 Situação 1
(entre parte viva e massa ou entre parte viva e condutor
de proteção) no circuito ou equipamento der origem a
BB3 Situação 2 uma tensão de contato superior ao valor pertinente da
tensão de contato limite nos intervalos de tensão e
BC4 Situação 2 frequência pré-definidos.

Valores da tensão de contato limite


BB4 Situação 3
Natureza da Situação Situação Situação
Corrente 01 02 03

Onde:
(15-1000) Hz 50V 25V 12V
BB1 = Circunstâncias nas quais a pele está seca
(nenhuma umidade, inclusive suor);
C.C 120V 60V 30V
BB2 = Passagem da corrente elétrica de uma mão à
outra ou de uma mão a um pé, com a pele úmida de
suor, sendo a superfície de contato significativa;
Cabe salientar que estas medidas de proteção
BB3 = Passagem da corrente elétrica entre as duas mãos requerem a coordenação entre o esquema de
e os dois pés, estando as pessoas com os pés molhados aterramento adotado e as características dos
ao ponto de se poder desprezar a resistência da pele e condutores e dispositivos de proteção.
dos pés;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 27
28
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

O seccionamento automático é de importância em


relação a:

▪ Proteção de contatos diretos e indiretos de


pessoas e animais;

▪ Proteção do sistema com altas temperaturas e


arcos elétricos;

▪ Quando as correntes ultrapassarem os valores


estabelecidos para o circuito;

▪ Proteção contra correntes de curto-circuito;


É oportuno ressaltar que o dispositivo não protegerá
▪ Proteção contra sobre tensões.
contra os riscos de choque uma pessoa que tocar
6.5 DISPOSITIVOS A CORRENTE DE FUGA simultaneamente dois condutores vivos, pois neste caso
as correntes permanecem equilibradas, ou seja, sem
DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO OPERADO POR CORRENTE fuga. Esses dispositivos oferecem não somente uma
proteção contra os riscos do choque elétrico, mas
O IDR (Interruptor Diferencial Residual) é um dispositivo
também contra os riscos de incêndios causados por
de proteção utilizado em instalações eléctricas e
falhas de isolamento dos condutores.
permite desligar um circuito a jusante sempre que for
detectada uma corrente de fuga superior ao valor Usualmente, os dispositivos fabricados têm capacidade
nominal. A corrente de fuga é avaliada pela soma de interromper o fornecimento de energia elétrica a
algébrica dos valores instantâneos das correntes nos equipamentos ou a circuitos elétricos que operem com
condutores monitorados. correntes até 160A. A sensibilidade exigida do
dispositivo, para detectar correntes de fuga, dependerá
Numa instalação sem defeitos, a somatória das
das características do circuito em será instalado (relés
correntes no primário do transformador de corrente é
de sobrecorrente de fase e neutro, relés de alta
nula. Em caso de uma fuga de corrente para terra a
impedância, etc.).
somatória das correntes no primário do transformador
de corrente passa a ser diferente de zero, induzindo, A tabela abaixo apresenta a sensibilidade de vários
desta forma, uma tensão no secundário que está dispositivos de proteção para diversas capacidades de
alimentando o disparador que acionará o interruptor. interrupção de corrente.

Os DDR (Disjuntor Diferencial Residual) atuam na Valores das correntes de fuga detectados pelos vários
proteção dos circuitos elétricos em caso de falhas de tipos de dispositivo de proteção.
isolação e também por sobrecargas, enquanto o
Interruptor Diferencial Residual atua somente na
proteção de circuitos com falha de isolação. Ambos são
dispositivos seccionamento mecânico destinados a
provocar a abertura dos próprios contatos quando
ocorrer uma falha de isolação em um tempo de até 300
milissegundos.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 28
29
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

O valor requerido da resistência de terra nos sistemas se encontram dentro das especificações de operação.
de aterramento elétrico, a fim de que tais dispositivos
operem, é bem pequeno. Uma vez que o produto da
resistência de terra de proteção pela intensidade de
corrente, que faz o diferencial atuar, terá de ser inferior
à tensão limite convencional definida (25V ou 50V).

A figura a seguir apresenta a curva característica de


dispositivo DDR com sensibilidade para 30 mA. As
curvas “a” e “b” limitam as faixas de correntes perigosas
para o ser humano. Temos, então, a formação de três
regiões:

A limitação do emprego de tais dispositivos reside no


fato de que não podem ser empregados para proteger
circuitos ou equipamentos elétricos , que apresentem,
sob condições normais de operação, correntes de fuga
com valor superior aquele de operação do dispositivo,
como ocorre com equipamentos, tais como,
aquecedores elétricos(chuveiros, torneiras de água
quente e etc).
Região I – os valores de corrente de fuga versus tempo
de circulação pelo corpo não têm influência no ritmo 6.6 EXTRA BAIXA TENSÃO: SELV, PELV E FELV
cardíaco e no sistema nervoso;
SELV
Região II – A intensidade de corrente é insuportável,
inconveniente, passando de 50 mA aproximadamente; A extrabaixa tensão de segurança, denominada pela
NBR 5410 de SELV (do inglês, Separated Extra-Low
Região III – Pode causar a fibrilação ventricular, levando Voltage) é considerada pela norma como medida de
em alguns casos à morte. Observamos, portanto, que a proteção contra contatos diretos e contra contatos
curva característica do dispositivo fica situada indiretos, envolvendo prescrições relativas à
totalmente fora da Região III, que é a região perigosa, e alimentação e a instalação dos circuitos. É
que a atuação é extremamente rápida, menor do que eletricamente separado do terra e de outros sistemas
30 mS. de tal modo que a ocorrência de uma única falta não
resulta em risco de choque elétrico.
A faixa hachurada existente entre 15 e 30 mA, identifica
a faixa de corrente em que o dispositivo deverá operar. PELV
Os dispositivos também apresentam em sua construção A sigla PELV (do inglês, Protective Extra-Low Voltage),
um elemento que permite que os mesmos sejam não é eletricamente separado do terra mas preenche,
testados de tal modo que podem certificar-nos de que de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV.

A característica principal do PELV é limitar a tensão dos


circuitos alimentados a valores que não possam, mesmo

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 29
30
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

em caso de falha, ser superiores à tensão de contato 6.8 BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS


limite, estabelecidos na tabela C.2 da NBR 5410,
Bloqueio é a ação destinada a garantir, por meio de
evitando assim riscos para a vida humana no caso de
recursos mecânicos, que um dispositivo de manobra
contatos diretos ou indiretos.
permaneça fixo em uma determinada posição. O
Os circuitos SELV e PELV devem ser alimentados por objetivo dessa conduta é impedir uma ação não
fontes que proporcionem uma completa separação autorizada no dispositivo de seccionamento, em geral
galvânica entre eles e os circuitos a tensão mais elevada utilizam-se cadeados.
ou por fontes autônomas.
Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o
FELV acionamento ou religamento de dispositivos de
manobra (chaves, interruptores). É importante que tais
Quando, por razões funcionais, for usada extrabaixa dispositivos possuam recurso para possibilidade de mais
tensão, mas não for possível ou necessário respeitar de um dispositivo bloqueio, ou seja, a inserção de mais
quaisquer das condições impostas a SELV e a PELV, a de um cadeado, para casos, por exemplo, de trabalhos
extrabaixa tensão não pode ser considerada de simultâneos de mais de uma equipe de manutenção.
segurança. A NBR 5410 utiliza o termo extrabaixa tensão
funcional denominada de FELV (do inglês, Functional Toda ação de bloqueio deverá ser acompanhada de
Extra-Low Voltage). etiqueta de sinalização, com o nome do profissional
responsável, data, setor de trabalho e meio de
A FELV não se constitui por si só em uma medida de comunicação.
proteção, devendo ser complementada por outras
medidas. As empresas devem possuir procedimentos
padronizados do sistema de bloqueio, documentado e
6.7 BARREIRAS E INVÓLUCROS de conhecimento de todos os trabalhadores, além de
A barreira é um dispositivo que impede todo e qualquer etiquetas, formulários e ordens documentais próprias.
contato com as partes vivas. As barreiras não devem ser Cuidado especial deve ser dado ao termo “Bloqueio”,
removíveis sem o uso de chaves ou ferramentas ou, que no SEP (Sistema Elétrico de Potência) também
alternativamente, sem que as partes protegidas sejam
consiste na ação de bloqueio dos religadores
previamente desligadas. A Barreira, associada a “regra automáticos do circuito.
do dedo”, visa impedir que as partes energizadas sejam
acessadas pelos dedos, o que equivale dizer que as Bloqueio do religamento automático, sistema
barreiras não devem apresentar aberturas que normalmente aplicado aos circuitos do SEP – Sistema
permitam a inserção de corpo sólido com diâmetro elétrico de Potência, que impede o religamento
superior a 12 mm. automático de um circuito da rede elétrica na
ocorrência de uma irregularidade. Esse procedimento
As barreiras terão que ser robustas, fixadas de forma de bloquear o religamento automático é utilizado para
segura e tenham durabilidade, tendo como fator de trabalhos em linhas vivas e ao potencial, de tal forma a
referência o ambiente em que está inserindo. que o sistema não se reenergize automaticamente no
Os invólucros são dispositivos ou componentes caso de ocorrência de uma falta (contato entre fases ou
envoltórios de separação das partes energizadas com o entre fase e terra).
ambiente, destinado a impedir qualquer contato com Os religadores são equipamentos instalados na rede de
partes internas energizadas (quadros, caixas, gabinetes, distribuição destinados a proteger o trecho de rede a
painéis...)
jusante, atuam quando há algum problema relacionado
a acidentes ou disfunções na rede de natureza
momentânea, possuem a capacidade de restabelecer a

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 30
31
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

continuidade de fornecimento sem o recurso do


operador, e “tentam” religar automaticamente tantas
vezes quanto estiverem programados, essa
característica de operação quando não considerada
pode colocar em risco a vida dos trabalhadores.

Quando se trabalha em linha viva, é obrigatório a


programação para o não religamento do equipamento,
pois se eventualmente houver algum acidente, contato
ou uma descarga indesejada o circuito se desliga através
da abertura do equipamento de proteção,
desenergizando-o e não re-ligando-o automaticamente.
Essa ação é também denominada “bloqueio” do sistema
de religamento automático e possui um procedimento
especial para sua execução.

6.9 OBSTÁCULOS E ANTEPAROS

São elementos que impedem o contato acidental, mas


não impedem o contato por ação deliberada, como
obstáculos e anteparos são utilizadas correntes, fitas,
cordões, cones, dentre outros, tal medida é aplicável
somente em locais onde o acesso é restrito a pessoas
advertidas, ou seja, pessoas informadas ou com 6.10 ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS
conhecimento suficiente para evitar os perigos da
São elementos construídos com materiais
eletricidade.
dielétricos/isolantes (não condutores de eletricidade)
Os obstáculos devem impedir: que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes
da estrutura que estão energizadas, para que os
▪ Uma aproximação física não intencional das serviços possam ser executados, com efetivo controle
partes energizadas; dos riscos pelo trabalhador.
▪ Contatos não intencionais com partes O isolamento deve ser compatível com os níveis de
energizadas durante atuações sobre o tensão do serviço.
equipamento, estando o equipamento em
serviço normal. Esses dispositivos devem ser bem acondicionados de
modo a evitar o acúmulo de sujeira e umidade, que
Os obstáculos podem ser removíveis sem auxílio de comprometam a isolação e possam torná-la condutivos.
ferramenta ou chave, mas devem ser fixados de forma Também devem ser inspecionados a cada uso e serem
a impedir qualquer remoção involuntária. submetidos a testes elétricos anualmente.
As distâncias mínimas a serem observadas nas Exemplo:
passagens destinadas à operação e/ou manutenção são
aquelas indicadas na tabela abaixo e ilustradas na ▪ Coberturas circular isolante (em geral são de
figura. polietileno, polipropileno e polidracon);

Em circunstâncias particulares, pode ser desejável a ▪ Mantas ou lençol de isolante;


adoção de valores maiores, visando a segurança.
▪ Tapetes isolantes;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 31
32
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Coberturas isolantes para dispositivos cuidado especial deve ser tomado em relação a este
específicos (Ex.: postes). ponto. A isolação dupla ou reforçada deve ser realizada
de tal forma que a probabilidade da transferência de
6.11 ISOLAMENTO DUPLO OU REFORÇADO
tensões perigosas a partes metálicas susceptíveis de
Segundo a NBR 5410, isolação dupla ou reforçada é uma serem tocadas, seja a menor possível.
medida em que a proteção básica é provida por uma
O símbolo utilizado para identificar o tipo de proteção
isolação básica e a proteção supletiva é provida por uma
da isolação dupla ou reforçada em equipamentos é o
isolação suplementar; ou as proteções básica e
mostrado na figura ao seguinte.
supletiva, são simultaneamente providas por uma
isolação reforçada entre partes vivas e partes acessíveis.

Este tipo de proteção é normalmente aplicado a


equipamentos portáteis, como por exemplo, furadeiras
elétricas manuais, que por serem empregadas nos mais
variados locais e condições de trabalho, requerem um
sistema adicional de proteção que permita uma
confiabilidade maior do que aquela oferecida
exclusivamente pelo sistema de aterramento elétrico.

A aplicação do isolamento duplo ou reforçado só é


admitido como única medida de proteção quando
forem tomadas todas as providências para garantir que 6.12 COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE
eventuais alterações posteriores não venham a colocar
Neste item estaremos tratando das distâncias mínimas
em risco a efetividade da respectiva medida.
a serem obedecidas nas passagens destinadas à
Na isolação dupla ou reforçada de origem os operação e/ou manutenção, quando for assegurado a
componentes devem ter sido submetidos aos ensaios proteção parcial por meio de obstáculos.
de tipo, marcados conforme as normas aplicáveis e
Partes simultaneamente acessíveis que apresentem
serem compostos por isolação dupla ou reforçada,
potenciais diferentes devem se situar fora da zona de
caracterizando equipamentos classe II ou serem
alcance normal.
conjuntos com isolação total, conforme legislação NBR
IEC 60439. 1. Considera-se que duas partes são simultaneamente
acessíveis quando o afastamento entre elas não
Na isolação dupla ou reforçada provida na instalação
ultrapassa 2,50 m.
uma isolação suplementar, no caso de componentes
dotados de isolação básica, ou uma isolação dupla ou 2. Define-se como “zona de alcance normal o volume
reforçada, no caso de componentes sem qualquer indicado na figura abaixo”.
isolação, deve ser provida na forma de invólucros
isolantes, devendo possuir o grau de proteção mínimo
exigido, além de não prejudicar o funcionamento do
equipamento por ele protegido.

As isolações devem apresentar características tais, que


a falha em uma delas não comprometa a proteção e não
se estenda à outra. Como a grande maioria das causas
de acidentes estão relacionados aos defeitos nos cabos
de alimentação e suas ligações ao aparelho, um

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 32
33
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Se, em espaços nos quais for prevista normalmente a aterradas. A separação elétrica, como mencionado, é
presença ou circulação de pessoas, houver obstáculos uma medida de aplicação limitada. A proteção contra
(por exemplo, corrimão ou tela), limitando a mobilidade choques (contra contatos indiretos) que ela
no plano horizontal, a demarcação da zona de alcance proporciona repousa:
normal deve ser feita a partir deste obstáculo.
Numa separação, entre os circuitos separados e outros
No plano vertical, a delimitação da zona de alcance circuitos, incluindo o circuito primário que o alimenta,
normal deve observar os 2.50 m da superfície S, tal equivalente na prática à dupla isolação;
como indicado na figura acima, independentemente da
existência de qualquer obstáculo com grau de proteção Na isolação entre o circuito separado e a terra; e, ainda.
relacionado às influências externas IPXXB ou IP2X entre Na ausência de contato entre a(s) massa(s) do circuito
a superfície S e as partes vivas. separado, de um lado, e a terra, outras massas (de
Onde: outros circuitos) e/ou elementos condutivos, de outro.

O circuito separado constitui um sistema elétrico


S = superfície sobre a qual se posicionam ou circulam
pessoas. “ilhado”. A segurança contra choques que ele oferece
baseia-se na preservação dessas condições.
6.13 SEPARAÇÃO ELÉTRICA
Os transformadores de separação utilizados na
Uma das medidas de proteção contra choques elétricos alimentação de salas cirúrgicas também se destinam a
previstos na NBR 5410/2004, é a chamada “separação criar um sistema isolado. Mas não é por ser o
elétrica”. Ao contrário da proteção por seccionamento transformador de separação que seu emprego significa
automático da alimentação, ela não se presta a uso necessariamente proteção por separação elétrica.
generalizado. Pela própria natureza, é uma medida de
aplicação mais pontual. Isso não impediu que ela
despertasse certa confusão entre os profissionais de 7. NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS NBR
instalações. Alegam-se entre as disposições da medida DA ABNT
e a prática de instalações. O questionamento começa
7.1 NBR 5410 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA
com a lembrança de que a medida “proteção por
separação elétrica”, tal como apresentada pela NBR TENSÃO
5410/2004, se traduz pelo uso de um transformador de
Objetivo
separação cujo circuito secundário é isolado (nenhum
condutor vivo aterrado, inclusive neutro). Lembra ainda Esta Norma estabelece as condições a que devem
que pelas disposições da norma a(s) massa(s) do(s) satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim
equipamento(s) alimentado(s) não deve(m) ser de garantir a segurança de pessoas e animais, o
aterrada(s) e nem ligada(s) a massa de outros circuitos funcionamento adequado da instalação e a conservação
e/ou a elementos condutivos estranhos à instalação – dos bens.
embora o documento exija que as massas do circuito
separado (portanto, quando a fonte de separação Esta Norma aplica-se principalmente às instalações
alimenta mais de um equipamento) sejam interligadas elétricas de edificação residencial, comercial, pública,
por um condutor PE próprias, de equipotencialização. industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro,
Exemplo de instalações que possuem separação elétrica dentre outros.
são salas cirúrgicas de hospitais, em que o sistema
Aplicação
também é isolado, usando-se igualmente um
transformador de separação, mas todos os Esta Norma aplica-se às instalações elétricas:
equipamentos por ele alimentados têm suas massas

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 33
34
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Em áreas descobertas das propriedades, ▪ Instalações de tração elétrica;


externas às edificações;
▪ Instalações elétricas de veículos automotores;
▪ Reboques de acampamento (trailers), locais de
▪ Instalações elétricas de embarcações e
acampamento (campings), marinas e
instalações análogas; e aeronaves;

▪ Canteiros de obra, feiras, exposições e outras ▪ Equipamentos para supressão de perturbações


instalações temporárias. radioelétricas, na medida em que não
comprometam a segurança das instalações;
▪ Aos circuitos elétricos alimentados sob tensão
nominal igual ou inferior a 1 000 V em corrente ▪ Instalações de iluminação pública;
alternada, com freqüências inferiores a 400 Hz, ▪ Redes públicas de distribuição de energia
ou a 1 500 V em corrente contínua; elétrica;
▪ Aos circuitos elétricos, que não os internos aos ▪ Instalações de proteção contra quedas diretas
equipamentos, funcionando sob uma tensão de raios. No entanto, esta Norma considera as
superior a 1 000 V e alimentados através de conseqüências dos fenômenos atmosféricos
uma instalação de tensão igual ou inferior a 1 sobre as instalações (por exemplo, seleção dos
000 V em corrente alternada (por exemplo, dispositivos de proteção contra sobre tensões);
circuitos de lâmpadas a descarga,
precipitadores eletrostáticos etc.); ▪ Instalações em minas;

▪ A toda fiação e a toda linha elétrica que não ▪ Instalações de cercas eletrificadas.
sejam cobertas pelas normas relativas aos
Os componentes da instalação são considerados apenas
equipamentos de utilização; e
no que concerne à sua seleção e condições de
▪ Às linhas elétricas fixas de sinal (com exceção instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos em
dos circuitos internos dos equipamentos). conformidade com as normas a eles aplicáveis.

▪ Às instalações novas e a reformas em A aplicação desta Norma não dispensa o atendimento a


instalações existentes. outras normas complementares, aplicáveis a
instalações e locais específicos.
NOTA: A aplicação às linhas de sinal concentra-se na
prevenção dos riscos decorrentes das influências Normas complementares
mútuas entre essas linhas e as demais linhas elétricas da
São exemplos de normas complementares a esta
instalação, sobretudo sob os pontos de vista da
Norma:
segurança contra choques elétricos, da segurança
contra incêndios e efeitos térmicos prejudiciais e da ▪ ABNT NBR 13534;
compatibilidade eletromagnética. Modificações
destinadas a, por exemplo, acomodar novos ▪ ABNT NBR 13570;
equipamentos elétricos, inclusive de sinal, ou substituir
▪ ABNT NBR 5418.
equipamentos existentes, não caracterizam
necessariamente uma reforma geral da instalação. A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos
regulamentos de órgãos públicos aos quais a instalação
Não aplicação
deva satisfazer. As instalações elétricas cobertas por
Esta Norma não se aplica a: esta Norma estão sujeitas também, naquilo que for
pertinente às normas para fornecimento de energia

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 34
35
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

estabelecida pelas autoridades reguladoras e pelas A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos
empresas distribuidoras de eletricidade. regulamentos de órgãos públicos aos quais a instalação
deva satisfazer. Em particular, no trecho entre o ponto
7.2 NBR 14039 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE MÉDIA
de entrega e a origem instalação, pode necessário, além
TENSÃO DE 1,0KV A 36,2KV das prescrições desta Norma, o atendimento (sobre
Objetivo correntes temporizadas e instantâneas de fase/neutro)
e capacidade de interrupção da potência de curto-
Esta Norma estabelece um sistema para o projeto e circuito.
execução elétricas de media tensão, com tensão
nominal de 1,0kV a 36,2kV, à freqüência industrial, de NOTA: A Resolução 456:2000 da ANEEL define que
modo a garantir segurança e continuidade de serviço. ponto de entrega é ponto de conexão do sistema
Esta Norma aplica-se a partir de instalações alimentadas elétrico da concessionária com as instalações elétricas
pelo concessionário, o que corresponde ao ponto de da unidade consumidora, caracterizando-se como o
entrega definido através da legislação vigente emanada limite de responsabilidade do fornecimento.
da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Esta Aplicação
Norma também se aplica as instalações alimentadas por
fonte própria de energia em média tensão. Esta Norma Esta Norma aplica-se:
abrange as instalações de geração, distribuição e
utilização de energia elétrica, sem prejuízo das À construção e manutenção das instalações elétricas de
média tensão de 1,0 a 36,2 kV a partir do ponto de
disposições particulares relativas aos locais e condições
especiais de utilização constantes nas respectivas entrega definido pela legislação vigente incluindo as
normas. As instalações especiais tais como marítimas, instalações de geração, distribuição de energia elétrica.
de tração elétrica, de usinas, pedreiras, luminosas com Devem considerar a relação com as instalações vizinhas
gases (neônio e semelhantes), devem obedecer, além a fim de evitar danos às pessoas, animais e meio
ambiente.
desta Norma, às normas especificam aplicáveis em cada
caso. As prescrições desta Norma constituem as Não aplicação
exigências mínimas a que devem obedecer as
instalações elétricas às quais se refere, para que não Esta norma não se aplica:
venham, por suas deficiências, prejudicar e perturbar as
▪ Às instalações elétricas de concessionários dos
instalações vizinhas ou causar danos a pessoas e animais
serviços de geração, transmissão e distribuição
e á conservação dos bens e do meio ambiente.
de energia elétrica, no exercício de suas funções
Esta Norma aplica-se às instalações novas, às reformas em serviço de utilidade pública;
em instalações exigentes e às instalações de caráter
▪ Às instalações de cercas elétricas;
permanente ou temporário.
▪ Trabalhos com circuito energizados.
NOTA: Modificações destinadas a, por exemplo,
acomodar novos equipamentos ou substituir os
existentes não implica necessariamente reforma total
da instalação.

Os componentes da instalação são considerados apenas


no que concerne à sua seleção e às suas condições de
instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos pré-
fabricados de componentes que tenham sido
submetidos aos ensaios de tipo aplicáveis.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 35
36
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

8. REGULAMENTAÇÕES DO MTE competente que demonstre grave e iminente risco para


o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor
de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar a
obra.

1802 – INGLATERRA – FRANÇA COMISSÕES DE NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE


FÁBRICAS SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO - A NR 4
diz respeito aos Serviços Especializados em Engenharia
1923 – BRASIL: NA LIGHT RIO DE JANEIRO É CRIADO A
de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)e tem
PRIMEIRA COMISSÃO DE FÁBRICA
como finalidade promover a saúde e proteger a
1968 – PORTARIA 32 DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE integridade do trabalhador em seu local de trabalho.
SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO DETERMINA A Para oferecer proteção ao trabalhador o SESMT deve ter
CRIAÇÃO DA CIPA NAS INDÚSTRIAS, EMPRESAS DE os seguintes profissionais: médico do trabalho,
TRANSPORTES E COMÉRCIO engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro,
técnico de segurança do trabalho, auxiliar de
1978 - PORTARIA 3214/78, ATRAVÉS DE 28 NR’s – enfermagem, tem por atividade dar segurança aos
NORMAS REGULAMENTADORAS. trabalhadores através do ambiente de trabalho que
inclui máquinas e equipamentos, reduzindo os riscos a
8.1 AS NRs
saúde do trabalhador, verificando o uso dos EPI’s,
NR 01- DISPOSIÇÕES GERAIS - As Normas orientando para que os mesmos cumpram a NR, e
Regulamentadoras (NRs) são de observância obrigatória fazendo assim com que diminuam os acidentes de
pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos trabalho e as doenças ocupacionais. O SESMT tem por
públicos de administração direta e indireta, que finalidade promover a saúde e proteger a integridade do
possuam empregados regidos pela Consolidação das trabalhador no seu ambiente de trabalho, portanto,
Leis do Trabalho - (CLT). Estabelece a importância, torna-se um trabalho que tem por objetivo a prevenção
funções e competência da Delegacia Regional do de acidentes tanto de doenças ocupacionais. Trata-se
Trabalho. de trabalho preventivo e de competência dos
profissionais citados acima, com aplicação de
conhecimentos de engenharia de segurança e de
medicina no ambiente de trabalho para reduzir ou
eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores. Cabe ao
SESMT orientar os trabalhadores quanto ao uso dos
equipamentos de proteção individual e conscientizá-los
NR 02 - INSPEÇÃO PRÉVIA - Todo estabelecimento da importância de prevenir os acidentes e das formas de
novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar conservar a saúde no trabalho. É também de
aprovação de suas instalações ao órgão do Ministério do responsabilidade do SESMT o registro dos acidentes.
Trabalho. (CLT - Artigo 162 inciso 4.1|4.2|4.8.9|4.10).

NR 3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO - A Delegacia NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE


Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço ACIDENTES - As empresas privadas, públicas e órgãos

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 36
37
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

governamentais que possuam empregados regidos pela


Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficam obrigados
a organizar e manter em funcionamento uma Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CLT Artigo 164
Inciso 5.6|5.6.1|5.6.2|5.7|5.11 e Artigo 165 inciso 5.8)
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA -
tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da NR 8 – EDIFICAÇÕES - Esta NR estabelece requisitos
vida e a promoção da saúde do trabalhador. técnicos mínimos que devam ser observados nas
edificações para garantir segurança e conforto aos que
nelas trabalham.

NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS


AMBIENTAIS - Esta NR estabelece a obrigatoriedade da
elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de
NR 06 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - Prevenção de Riscos Ambientais, através da
Para os fins de aplicação desta NR, considera-se EPI todo antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente
dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou controle da ocorrência de riscos ambientais existentes
estrangeira, destinado a proteger a saúde e a ou que venham a existir no ambiente de trabalho.
integridade física do trabalhador. A empresa é obrigada
a fornecer aos empregados gratuitamente. (CLT - artigo NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO,
166 inciso 6.3 subitem A - Artigo 167 inciso 6.2) ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS - Esta NR
estabelece normas de segurança para operação de
elevadores, guindastes, transportadores industriais e
máquinas transportadoras. O armazenamento de
materiais deverá obedecer aos requisitos de segurança
para cada tipo de material.

NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE


OCUPACIONAL - Esta NR estabelece a obrigatoriedade
da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam NR 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E
trabalhadores como empregados, do Programa de EQUIPAMENTOS - Esta NR estabelece os procedimentos
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, cujo obrigatórios nos locais destinados a máquinas e
objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto equipamentos, como piso, áreas de circulação,
dos seus trabalhadores. dispositivos de partida e parada, normas sobre proteção
de máquinas e equipamentos, bem como manutenção
e operação.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 37
38
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

trabalho. Agentes agressivos: ruído, calor, radiações,


pressões, frio, umidade, agentes químicos.

NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS - Esta NR


estabelece os Corda de segurança (linha de vida)

procedimentos nas atividades exercidas pelos


trabalhadores que manuseiam e/ou transportam
explosivos ou produtos químicos, classificados como
inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de
NR 13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO - Esta NR
operação e manutenção.
estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais
onde se situam as caldeiras de qualquer fonte de NR 17 – ERGONOMIA - Esta NR visa estabelecer
energia, projeto, acompanhamento de operação e parâmetros que permitam a adaptação das condições
manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de de trabalho às características psicofisiológicas dos
caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
regulamentação profissional vigente no país. conforto, segurança e desempenho eficiente.

NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO


NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - Esta NR estabelece
diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e
de organização, que objetivam a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos de
NR 14 – FORNOS - Esta NR estabelece os procedimentos segurança nos processos, nas condições e no meio
mínimos, fixando construção sólida, revestida com ambiente de trabalho na indústria da construção.
material refratário, de forma que o calor radiante não
ultrapasse os limites de tolerância, oferecendo o
máximo de segurança e conforto aos trabalhadores.

NR - 19 EXPLOSIVOS - Esta NR estabelece o fiel


cumprimento do procedimento em manusear,
transportar e armazenar explosivos de uma forma
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES - Esta segura, evitando assim riscos e acidentes
NR estabelece os procedimentos obrigatórios, nas
NR 20 - LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS - Esta
atividades ou operações insalubres que são executadas
NR estabelece a definição para líquidos combustíveis,
acima dos limites de tolerância prevista na Legislação,
líquidos inflamáveis e Gás de petróleo liquefeito,
comprovadas através de laudo de inspeção do local de

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 38
39
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

parâmetros para armazenar, como transportar e como NR - 24 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS
devem ser manuseados pelos trabalhadores. LOCAIS DE TRABALHO - Esta NR estabelece critérios
mínimos, para fins de aplicação de aparelhos sanitários,
NR 21 - TRABALHOS A CÉU ABERTO - Esta NR estabelece
gabinete sanitário, banheiro, cujas instalações deverão
os critérios mínimos para os serviços realizados a céu ser separadas por sexo, vestiários, refeitórios, cozinhas
aberto, sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda e alojamentos.
que rústicos com boa estrutura, capazes de proteger os
trabalhadores contra intempéries. Tem o objetivo NR 25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS - Esta NR estabelece os
disciplinar os preceitos a serem observados na critérios que deverão ser eliminados dos locais de
organização e no ambiente de trabalho, de forma a trabalho, através de métodos, equipamentos ou
tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento medidas adequadas, de forma a evitar riscos à saúde e
da atividade mineira co a busca permanente de à segurança do trabalhador.
segurança e saúde dos trabalhadores.
NR 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA - Esta NR tem por
NR 22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA objetivos fixar as cores que devam ser usadas nos locais
MINERAÇÃO - Esta NR estabelece sobre procedimentos de trabalho para prevenção de acidentes, identificando,
de Segurança e Medicina do Trabalho em minas, delimitando e advertindo contra riscos.
determinando que a empresa adotará métodos e
manterá locais de trabalho que proporcionem a seus
empregados condições satisfatórias de Segurança e
Medicina do Trabalho.

NR 27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE


SEGURANÇA DO TRABALHO NO MINISTÉRIO DO
NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS - Esta NR TRABALHO - Esta NR estabelece que o exercício da
estabelece os procedimentos que todas as empresas profissão depende de registro no Ministério do
devam possuir, no tocante à proteção contra incêndio, Trabalho, efetuado pela SSST, com processo iniciado
saídas de emergência para os trabalhadores, através das DRT. Esta NR foi revogada de acordo com a
equipamentos suficientes para combater o fogo e portaria Nº 262 de 29 de maio de 2008 (DOU de 30 de
pessoal treinado no uso correto. maio de 2008 – Seção 1 – Pág. 118). De acordo com o
Art. 2º da supracitada DOU, o registro profissional será
efetivado pelo Setor de Identificação e Registro
Profissional das Unidades Descentralizadas do
Ministério do Trabalho e Emprego, mediante
requerimento do interessado, que poderá ser
encaminhado pelo sindicato da categoria. O lançamento
do registro será diretamente na Carteira de Trabalho e
Previdência Social – CTPS.

NR 28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES - Esta NR


estabelece que Fiscalização, Embargo, Interdição e

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 39
40
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Penalidades, no cumprimento das disposições legais


e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do
trabalhador, serão efetuadas obedecendo ao disposto
nos decretos leis.

NR 29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA


E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO - Esta NR
regulariza a proteção obrigatória contra acidentes e
doenças profissionais, alcançando as melhores
condições possíveis de segurança e saúde dos
trabalhadores que exerçam atividades nos portos
organizados e instalações portuárias de uso privativo e NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
retro portuárias, situadas dentro ou fora da área do ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE - Esta Norma
porto organizado. Regulamentadora tem por finalidade estabelecer as
diretrizes básicas para a implementação de medidas de
NR 30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos
AQUAVIÁRIO - Esta norma aplica-se aos trabalhadores serviços de saúde, bem como daqueles que exercem
das embarcações comerciais, de bandeira nacional, bem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
como às de bandeiras estrangeiras, no limite do Para fins de aplicação desta NR, entende-se como
disposto na Convenção da OIT n.º 147 - Normas serviços de saúde qualquer edificação destinada à
Mínimas para Marinha Mercante, utilizados no prestação de assistência à saúde da população, e todas
transporte de mercadorias ou de passageiros, inclusive as ações de promoção, recuperação, assistência,
naquelas utilizadas na prestação de serviços, seja na pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de
navegação marítima de longo curso, na de cabotagem, complexidade. A responsabilidade é solidária entre
na navegação interior, de apoio marítimo e portuário, contratante e contratado quanto ao cumprimento da
bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando NR 32. A conscientização e colaboração de todos é
em deslocamento. muito importantes para prevenção de acidentes na área
da saúde. As atividades relacionadas aos serviços de
NR 31 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA
saúde são aquelas que, no entendimento do legislador,
E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA
apresentam maior risco devido à possibilidade de
SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E
contato com microorganismos encontrados nos
AQUICULTURA - Esta NR tem por objetivo estabelecer
ambientes e equipamentos utilizados no exercício do
os preceitos a serem observadas na organização e no
trabalho, com potencial de provocar doenças nos
ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o
trabalhadores. Os trabalhadores diretamente
planejamento e o desenvolvimento das atividades da
envolvidos com este agentes são: médicos,
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e
enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem,
aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente
atendentes de ambulatórios e hospitais,
do trabalho. Para fins de aplicação desta NR considera-
dentistas,limpeza e manutenção de equipamentos
se atividade agro-econômica, aquelas que operando na
hospitalar, motoristas de ambulância, entre outros
transformação do produto agrário, não altere a sua
envolvidos em serviços de saúde.
natureza, retirando-lhe a condição de matéria prima.
NR 33 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
ESPAÇOS CONFINADOS - Esta NR tem por objetivo
estabelecer os requisitos mínimos para identificação de
espaços confinados e o reconhecimento, avaliação,
monitoramento e controle dos riscos existentes, de

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 40
41
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

forma a garantir permanentemente a segurança e


saúde dos trabalhadores e que interagem direta ou
indiretamente neste espaços. Espaço confinado é
qualquer área ou ambiente não projetado para
ocupação humana contínua, que possua meios
limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa
existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

10.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece os


requisitos e condições mínimas objetivando a
implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores que, direta ou indiretamente,
interajam em instalações elétricas e serviços com
NR 34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO eletricidade.
NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL 10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração,
- Esta NR trata de nove procedimentos de trabalhos transmissão, distribuição e consumo, incluindo as
executados em estaleiros: trabalho a quente; etapas de projeto, construção, montagem, operação,
montagem e desmontagem de andaimes; pintura; manutenção das instalações elétricas e quaisquer
jateamento e hidrojateamento; movimentação de trabalhos realizados nas suas proximidades,
cargas; instalações elétricas provisórias; trabalhos em observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas
altura; utilização de radionuclídeos e gamagrafia; e pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão
máquinas portáteis rotativas. Trata-se de proposta de destas, as normas internacionais cabíveis.
texto para criação da Norma Regulamentadora sobre
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE
Naval (NR-34) disponibilizada em Consulta Pública pela
10.2.1 Em todas as intervenções em instalações
Portaria SIT n.º 182, de 30/04/2010 para coleta de
elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de
sugestões da sociedade, em conformidade com a
controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais,
Portaria GM n.º 1.127, de 02 de outubro de 2003. Esta
mediante técnicas de análise de risco, de forma a
Norma Regulamentadora – NR tem por finalidade
garantir a segurança e a saúde no trabalho.
estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de
proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de 10.2.2 As medidas de controle adotadas devem
trabalho nas atividades da indústria de construção e integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito
reparação naval. da preservação da segurança, da saúde e do meio
ambiente do trabalho.
NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 41
42
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas 10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em
unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem
estabelecimentos com as especificações do sistema de constituir prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”,
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item
proteção. 10.2.5.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada 10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser
superior a 75 kW devem constituir e manter o organizado e mantido atualizado pelo empregador ou
Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do pessoa formalmente designada pela empresa, devendo
disposto no subitem 10.2.3, no mínimo: permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos
nas instalações e serviços em eletricidade.
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e
administrativas de segurança e saúde, 10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário
de Instalações Elétricas devem ser elaborados por
implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das
profissional legalmente habilitado.
medidas de controle existentes;

b) documentação das inspeções e medições do sistema


de proteção contra descargas atmosféricas e
aterramentos elétricos;

c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva


e individual e o ferramental, aplicáveis conforme
determina esta NR;
10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
d) documentação comprobatória da qualificação,
habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores 10.2.8.1 Em todos os serviços executados em
e dos treinamentos realizados; instalações elétricas devem ser previstas e adotadas,
prioritariamente, medidas de proteção coletiva
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados
aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a
em equipamentos de proteção individual e coletiva;
serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos a saúde dos trabalhadores.
em áreas classificadas;
10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com compreendem, prioritariamente, a desenergização
recomendações, cronogramas de adequações, elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua
contemplando as alíneas de “a” a “f”. impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

10.2.5 As empresas que operam em instalações ou 10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do


equipamentos integrantes do sistema elétrico de estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas
potência devem constituir prontuário com o conteúdo outras medidas de proteção coletiva, tais como:
do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário os isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras,
documentos a seguir listados: sinalização, sistema de seccionamento automático de
alimentação, bloqueio do religamento automático.
a) descrição dos procedimentos para emergências;
10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve
b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva ser executado conforme regulamentação estabelecida
e individual;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 42
43
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve 10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e
atender às Normas Internacionais vigentes. necessário, devem ser projetados dispositivos de
seccionamento que incorporem recursos fixos de
10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
equipotencialização e aterramento do circuito
10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando seccionado.
as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente 10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a
inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, adoção de aterramento temporário.
devem ser adotados equipamentos de proteção
individual específicos e adequados às atividades 10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à
desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6. disposição dos trabalhadores autorizados, das
autoridades competentes e de outras pessoas
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser autorizadas pela empresa e deve ser mantido
adequadas às atividades, devendo contemplar a atualizado.
condutibilidade, inflamabilidade e influências
eletromagnéticas. 10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem
as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no
10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais
trabalhos com instalações elétricas ou em suas estabelecidas, e ser assinado por profissional
proximidades. legalmente habilitado.
10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS
10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no
10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve mínimo, os seguintes itens de segurança:
prever a instalação de dispositivo de seccionamento de a) especificação das características relativas à proteção
ação simultânea, que permita a aplicação de contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos
impedimento de reenergização do circuito. adicionais;
10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos
considerar o espaço seguro, quanto ao circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado e Vermelho -
dimensionamento e a localização de seus componentes “L”, ligado);
e as influências externas, quando da operação e da
realização de serviços de construção e manutenção. c) descrição do sistema de identificação de circuitos
elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de
10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades
manobra, de controle, de proteção, de
diferentes, tais como: comunicação, sinalização, intertravamento, dos condutores e os próprios
controle e tração elétrica devem ser identificados e equipamentos e estruturas, definindo como tais
instalados separadamente, salvo quando o indicações devem ser aplicadas fisicamente nos
desenvolvimento tecnológico permitir
componentes das instalações;
compartilhamento, respeitadas as definições de
projetos. d) recomendações de restrições e advertências quanto
ao acesso de pessoas aos componentes das instalações;
10.3.4 O projeto deve definir a configuração do
esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da e) precauções aplicáveis em face das influências
interligação entre o condutor neutro e o de proteção e externas;
a conexão à terra das partes condutoras não destinadas
à condução da eletricidade. f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção,
constantes do projeto, destinados à segurança das
pessoas; e

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 43
44
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de expressamente proibido utilizá-los para


proteção com a instalação elétrica. armazenamento ou guarda de quaisquer objetos.

10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações 10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser
proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma
e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 -
17 - Ergonomia Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos
membros superiores livres para a realização das tarefas.
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM,
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de
campo ou comissionamento de instalações elétricas
10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, devem atender à regulamentação estabelecida nos
montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realizadas por
e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a trabalhadores que atendam às condições de
saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem
qualificação, habilitação, capacitação e autorização
supervisionadas por profissional autorizado, conforme estabelecidas nesta NR.
dispõe esta NR.
10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem DESENERGIZADAS
ser adotadas medidas preventivas destinadas ao
controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a 10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as
altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante
exclusividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros os procedimentos apropriados, obedecidas a seqüência
agravantes, adotando-se a sinalização de segurança. abaixo:

10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados a) seccionamento;


equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas
b) impedimento de reenergização;
compatíveis com a instalação elétrica existente,
preservando-se as características de proteção, c) constatação da ausência de tensão;
respeitadas as recomendações do fabricante e as
influências externas. d) instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos;
10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas
que possuam isolamento elétrico devem estar e) proteção dos elementos energizados existentes na
adequados às tensões envolvidas, e serem zona controlada (Anexo I);
inspecionados e testados de acordo com as
f) instalação da sinalização de impedimento de
regulamentações existentes ou recomendações dos
reenergização.
fabricantes.
10.5.2 O estado de instalação desenergizados deve ser
10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em
mantido até a autorização para reenergização, devendo
condições seguras de funcionamento e seus sistemas de
ser reenergizada respeitando a seqüência de
proteção devem ser inspecionados e controlados
procedimentos abaixo:
periodicamente, de acordo com as regulamentações
existentes e definições de projetos. a) retirada das ferramentas, utensílios e
equipamentos;
10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimentos
e invólucros de equipamentos e instalações elétricas
são exclusivos para essa finalidade, sendo

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 44
45
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

b) retirada da zona controlada de todos os 10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona
trabalhadores não envolvidos no processo de controlada devem ser realizados mediante
reenergização; procedimentos específicos respeitando as distâncias
previstas no Anexo I.
c) remoção do aterramento temporário, da
equipotencialização e das proteções adicionais; 10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em
suas proximidades devem ser suspensos de imediato na
d) remoção da sinalização de impedimento de iminência de ocorrência que possa colocar os
reenergização;
trabalhadores em perigo.
e) destravamento se houver, e religação dos 10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem
dispositivos de seccionamento. implementadas ou para a entrada em operações de
10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser
nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, previamente elaboradas análises de risco,
substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das desenvolvidas com circuitos desenergizados, e
peculiaridades de cada situação, por profissional respectivos procedimentos de trabalho.
legalmente habilitado, autorizado e mediante 10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve
justificativa técnica previamente formalizada, desde suspender as atividades quando verificar situação ou
que seja mantido o mesmo nível de segurança condição de risco não prevista, cuja eliminação ou
originalmente preconizado.
neutralização imediata não seja possível.
10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações 10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT)
elétricas desligadas, mas com possibilidade de
energização, por qualquer meio ou razão, devem 10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em
atender ao que estabelece o disposto no item 10.6. instalações elétricas energizadas com alta tensão, que
exerçam suas atividades dentro dos limites
10.6 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
estabelecidos como zonas controladas e de risco,
ENERGIZADAS conforme Anexo I, devem atender ao disposto no item
10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com 10.8 desta NR.
tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente 10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1
alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua devem receber treinamento de segurança, específico
somente podem ser realizadas por trabalhadores que
em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e
atendam ao que estabelece o item 10.8 desta Norma. em suas proximidades, com currículo mínimo, carga
10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior horária e demais determinações estabelecidas no
devem receber treinamento de segurança para Anexo II desta NR.
trabalhos com instalações elétricas energizadas, com
10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energizadas
currículo mínimo, carga horária e demais em AT, bem como aqueles executados no Sistema
determinações estabelecidas no Anexo II desta NR. Elétrico de Potência - SEP, não podem ser realizados
10.6.1.2 As operações elementares como ligar e desligar individualmente.
circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com 10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas
materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado
energizadas em AT, bem como aquelas que interajam
de conservação, adequados para operação, podem ser com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem
realizadas por qualquer pessoa não advertida. de serviço específica para data e local, assinada por
superior responsável pela área.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 45
46
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos PE – Ponto Energizado


energizados em AT, o superior imediato e a equipe,
responsáveis pela execução do serviço, devem realizar
uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e
ações a serem desenvolvidas de forma a atender os
princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de
segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.

10.7.6 Os serviços em instalações elétricas energizadas


em AT somente podem ser realizados quando houver
procedimentos específicos, detalhados e assinados por
profissional autorizado. É aquela que se deve manter ao se aproximar de
condutores ou aparelhos energizados.
10.7.7 A intervenção em instalações elétricas
energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos 10.8 - HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E
como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES
somente pode ser realizada mediante a desativação,
também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e 10.8.1 É considerado trabalhador qualificado aquele
dispositivos de religamento automático do circuito, que comprovar conclusão de curso específico na área
sistema ou equipamento. elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados


devem ser sinalizados com identificação da condição de
desativação, conforme procedimento de trabalho
específico padronizado.

10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos


isolantes ou equipados com materiais isolantes,
destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser
submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório
periódicos, obedecendo-se as especificações do
fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência 10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado
desses, anualmente. o trabalhador previamente qualificado e com registro
no competente conselho de classe.
10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas
energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em 10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele
atividades no SEP devem dispor de equipamento que que atenda às seguintes condições, simultaneamente:
permita a comunicação permanente com os demais a) receba capacitação sob orientação e
membros da equipe ou com o centro de operação responsabilidade de profissional habilitado e
durante a realização do serviço. autorizado; e
ZL – Zona Livre. b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional
ZcP – Zona Controlada, restrita a trabalhadores habilitado e autorizado.
autorizados. 10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empresa
Zr – Zona de Risco, adoção de técnicas, instrumentos e que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo
equipamentos adequados. profissional habilitado e autorizado responsável pela
capacitação.
esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 46
47
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores das alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem
qualificados ou capacitados e os profissionais atender as necessidades da situação que o motivou.
habilitados, com anuência formal da empresa.
10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser
10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de precedidos de treinamento específico de acordo com
identificação que permita a qualquer tempo conhecer a risco envolvido.
abrangência da autorização de cada trabalhador,
conforme o item 10.8.4. 10.8.9 Os trabalhadores com atividades não
relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em
10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme
instalações elétricas devem ter essa condição define esta NR, devem ser instruídos formalmente com
consignada no sistema de registro de empregado da conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus
empresa. possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis.

10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir em 10.9 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO


instalações elétricas devem ser submetidos a exame de
saúde compatível com as atividades a serem 10.9.1 As áreas onde houver instalações ou
desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção
e registrado em seu prontuário médico. contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 –
Proteção Contra Incêndios.
10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em
10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos
instalações elétricas devem possuir treinamento
específico sobre os riscos decorrentes do emprego da e sistemas destinados à aplicação em instalações
energia elétrica e as principais medidas de prevenção de elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente
acidentes em instalações elétricas, de acordo com o explosivas devem ser avaliados quanto à sua
estabelecido no Anexo II desta NR. conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de
Certificação.
10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma
desta NR aos trabalhadores capacitados ou qualificados 10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de
e aos profissionais habilitados que tenham participado gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de
com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos proteção específica e dispositivos de descarga elétrica.
cursos constantes do ANEXO II desta NR. 10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou
sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões,
10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de
reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das devem ser adotados dispositivos de proteção, como
situações a seguir: alarme e seccionamento automático para prevenir
sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento,
a) troca de função ou mudança de empresa; aquecimentos ou outras condições anormais de
operação.
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade,
por período superior a três meses; 10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas
classificadas somente poderão ser realizados mediante
c) modificações significativas nas instalações elétricas permissão para o trabalho com liberação formalizada,
ou troca de métodos, processos e organização do conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do
trabalho.
agente de risco que determina a classificação da área.
10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programático dos 10.10 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
treinamentos de reciclagem destinados ao atendimento

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 47
48
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve 10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar
ser adotada sinalização adequada de segurança, em conformidade com o treinamento ministrado,
destinada à advertência e à identificação, obedecendo previsto no Anexo II desta NR.
ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de
forma a atender, dentre outras, as situações a seguir: 10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus
trabalhadores indicado e em condições de exercer a
a) identificação de circuitos elétricos; supervisão e condução dos trabalhos.

b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas 10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus
de manobra e comandos; membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação
c) restrições e impedimentos de acesso; prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem
d) delimitações de áreas; desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios
técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de aplicáveis ao serviço.
veículos e de movimentação de cargas;
10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a
f) sinalização de impedimento de energização; análise de riscos das tarefas e a competência dos
trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a
g) identificação de equipamento ou circuito impedido.
segurança e a saúde no trabalho.
10.11 – PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
10.12 - SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser
10.12.1 As ações de emergência que envolva as
planejados e realizados em conformidade com
instalações ou serviços com eletricidade devem constar
procedimentos de trabalho específicos, padronizados,
do plano de emergência da empresa.
com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo,
assinados por profissional que atenda ao que 10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar
estabelece o item 10.8 desta NR. aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros
a acidentados, especialmente por meio de reanimação
10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem ser
cardiorrespiratória.
precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas
por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o 10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate
tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos padronizados e adequados às suas atividades,
de trabalho a serem adotados. disponibilizando os meios para a sua aplicação.

10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, 10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar
no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção
competências e responsabilidades, disposições gerais, e combate a incêndios existentes nas instalações
medidas de controle e orientações finais. elétricas

10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento 10.13 - RESPONSABILIDADES


de segurança e saúde e a autorização de que trata o
item 10.8 devem ter a participação em todo processo de 10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento
desenvolvimento do Serviço Especializado de desta NR são solidárias aos contratantes e contratados
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - envolvidos.
SESMT, quando houver.
10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter
os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 48
49
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e 10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar,
medidas de controle contra os riscos elétricos a serem permanentemente, à disposição das autoridades
adotados. competentes.

10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de 10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas
trabalho envolvendo instalações e serviços em alimentadas por extrabaixa tensão.
eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e
corretivas. 8.2 QUALIFICAÇÃO; HABILITAÇÃO; CAPACITAÇÃO E
AUTORIZAÇÃO
10.13.4 Cabe aos trabalhadores:
A NR10 estabelece que os trabalhadores devem ser
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras habilitados, qualificados, capacitados e ter autorização
pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou da empresa para trabalharem em certos locais.
omissões no trabalho.
Segundo a definição da norma temos:
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo
cumprimento das disposições legais e regulamentares, ▪ É considerado trabalhador qualificado aquele
inclusive quanto aos procedimentos internos de que comprovar conclusão de curso específico
segurança e saúde; e na área elétrica reconhecido pelo Sistema
Oficial de Ensino.
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela
execução do serviço as situações que considerar de risco ▪ É considerado profissional legalmente
para sua segurança e saúde e a de outras pessoas. habilitado o trabalhador previamente
qualificado e com registro no competente
10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS conselho de classe.
10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas ▪ É considerado trabalhador capacitado aquele
tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que que atenda às seguintes condições,
constatarem evidências de riscos graves e iminentes simultaneamente:
para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas,
comunicando imediatamente o fato a seu superior a) receba capacitação sob orientação e
hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. responsabilidade de profissional habilitado e
autorizado; e
10.14.2 As empresas devem promover ações de
controle de riscos originados por outrem em suas b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional
instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando habilitado e autorizado.
cabível, denúncia aos órgãos competentes.
Lembrando que a capacitação só terá validade para a
10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas
constantes nesta NR, o MTE adotará as providências pelo profissional habilitado e autorizado responsável
estabelecidas na NR 3. pela capacitação.

10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar São considerados autorizados os trabalhadores
permanentemente à disposição dos trabalhadores que qualificados ou capacitados e os profissionais
atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas habilitados, com anuência formal da empresa.
as abrangências, limitações e interferências nas tarefas.
Para trabalharem em instalações elétricas devem ter
essa condição consignada no sistema de registro de
empregado da empresa.Para intervirem em instalações

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 49
50
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

elétricas devem ser submetidos a exame de saúde


compatível com as atividades a serem desenvolvidas,
realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em
Banqueta Isolante
seu prontuário médico.Lembrando que os mesmos
devem possuir treinamento específico sobre os riscos
decorrentes do emprego da energia elétrica e as
principais medidas de prevenção de acidentes em
instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no
Anexo III desta NR.

9. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA (EPC)
No desenvolvimento de serviços em instalações
elétricas e em suas proximidades, devem ser previstos e Utilizado para isolamento dos pés do eletricista no solo,
adotados equipamentos de proteção ampliando a segurança em manobras, a banqueta deve
coletiva. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é ser adequada ao nível de tensão do circuito sob
todo equipamento utilizado para atender a vários intervenção.
trabalhadores ao mesmo tempo, são destinados a
proteger o trabalhador dos riscos que ameacem a sua
segurança e saúde no trabalho. Manta Isolante
Veja alguns deles:

Tapete Isolante

Para a realização de trabalhos envolvendo contato


direto com redes elétricas, a manta é com capacidade
Funciona como tapete de segurança para proteção de de isolação elétrica, evitando dessa forma o contato
profissionais em áreas de risco de descarga elétrica. É entre o profissional e o condutor energizado.
indicado para uso interno, em cabines elétricas
(primária e secundária), subestações ou em frente a
painéis de comando elétrico. É indicado para uso
diretamente sobre o piso em áreas ausentes de
umidade.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 50
51
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Cone Dispositivos IDR

Tem por objetivo proteger pessoas e animais contra


choques elétricos por contatos diretos e indiretos que
Serve para sinalizar, orientar e delimitar áreas as quais por consequência provocam correntes de fuga. Seu
se deseja isolar, costumam ter cores bastante princípio de funcionamento atua de forma a permitir a
chamativas, como por exemplo, preto e amarelo ou prevenção de incêndios originados em instalações
laranja e branco que facilitam a identificação e elétricas.
visualização mesmo em ambientes pouco iluminados.
Aterramento

Tela de Proteção Coletiva

Possui as funções: de proteção, funcional e temporário.


Além de conduzir as correntes de descargas
atmosféricas, os aterramentos possuem a função de
descarregar cargas estáticas acumuladas nas carcaças
Barreiras fixas construídas com material vazado como
das máquinas e equipamentos para o terra, sem causar
telas, grades, etc devem ser construídas respeitando as
diferenças de potenciais ou tensões induzidas perigosas
distâncias de segurança. Segundo a Norma Brasileira
para seres vivos. Se corretamente utilizado, reduz a
NBR 13928 as proteções devem ser projetadas,
possibilidade de danificar equipamentos localizados nas
construídas e posicionadas de forma a impedir que
proximidades.
qualquer parte do corpo atinja a área de perigo.
Distâncias de Segurança e aberturas devem obedecer a
NBR 13761.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 51
52
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

10. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Luva Isolante


INDIVIDUAL (EPI)
Conforme Norma Regulamentadora NR-6 -
Equipamento de Proteção Individual − EPI é todo
dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

A empresa é obrigada a fornecer ao empregado,


gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:

A empresa é obrigada a fornecer ao empregado,


As luvas isolantes tem a função de oferecer proteção
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
pessoal contra choques elétricos, cada classe de luva
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
está destinada ao trabalho em um determinado nível de
circunstâncias:
tensão. Lembrando que as luvas isolantes de borracha
▪ Sempre que as medidas de ordem geral não devem ser usadas sempre em conjunto com luvas
ofereçam completa proteção contra os riscos de protetoras, que podem ser: Luvas de vaqueta, Luvas de
acidentes do trabalho ou de doenças tecido ou Luvas Anti-chamas.
ocupacionais.
Bota Isolante
▪ Enquanto as medidas de proteção coletiva
estiverem sendo implantadas.

▪ Para atender situações de emergência.

De acordo com a NR-10 a vestimenta constitui um


dispositivo de proteção complementar para os
empregados, incluindo a proibição de adornos, mesmo
que não sejam metálicos.

Vamos ver alguns deles:

Para trabalhar seguro é preciso um equipamento


dielétrico e periodicamente inspecionado, adequado
para isolar a eletricidade. A finalidade da bota isolante é
proteger o trabalhador do choque por contato com
materiais energizados.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 52
53
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Óculos de proteção Capuz Balaclava

Feitos a partir de materiais mais resistentes a impactos


e maiores que os óculos convencionais, os óculos de
proteção servem para prevenir e proteger os olhos do
trabalhador de possíveis acidentes e lesões.

Os óculos de segurança são diferentes para cada


trabalhador, e determinados de acordo com a proteção
que oferecem ao risco do funcionário. O capuz balaclava é indicado para trabalhadores que
executem atividades com exposição ao risco de arco
Protetor Facial elétrico, sua função é auxiliar na proteção do crânio e
pescoço do usuário contra agentes térmicos
provenientes do arco.

Capuz Carrasco

Protege os olhos e a face do usuário contra impacto de


partículas, luminosidade intensa e agentes térmicos
provenientes de arco elétrico.
Protege a cabeça, face e pescoço do usuário contra os
riscos do arco elétrico e fogo repentino.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 53
54
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Protetor Auditivo Tipo Plug

Blusão Anti Arco Elétrico

A finalidade é proteger o aparelho auditivo do usuário.

Cinturão Tipo Paraquedista


Blusão desenvolvido para a proteção do tronco e
membros superiores do usuário contra os riscos
provenientes do arco elétrico e do fogo repentino.

Protetor Auditivo Tipo Concha

O Cinto de Segurança Tipo Paraquedista é utilizado para


manter o trabalhador preso e seguro sempre que for
realizar alguma Atividade em Altura, sendo fixado em
A finalidade é proteger o aparelho auditivo do usuário.
um ponto que irá oferecer a sustentação necessária
para a execução do trabalho.

11. ROTINA DE TRABALHO -


PROCEDIMENTOS
11.1 INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS

Objetivo

Definir procedimentos básicos para execução de


atividade/trabalhos em sistema e instalações elétricas
desenergizados.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 54
55
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Âmbito de Aplicação Desligamento Prolongado

Aplica-se às áreas envolvidas direta ou indiretamente Toda interrupção programada do fornecimento de


no planejamento, programação, coordenação e energia elétrica, deve ser comunicada aos clientes
execução das atividades, no sistema ou instalação afetados formalmente com antecedência contendo
elétrica desenergizados. data, horário e duração pré-determinada do
desligamento.
A1 - Conceitos básicos
Desligamento de Emergência
Impedimentos de Equipamentos
Interrupção do fornecimento de energia elétrica sem
É o estabelecimento de condições que impeçam a aviso prévio aos clientes, se justifica por motivo de força
reenergização do circuito ou equipamento sob maior, caso fortuito ou pela existência de risco iminente
manutenção, eliminando a possibilidade de energização à integridade física de pessoas, instalações ou
indesejada, indisponibilizando à operação enquanto equipamentos.
permanecer a condição de impedimento.
Interrupção Momentânea
Responsável pelo Serviço
Toda interrupção provocada pela atuação de
Funcionário da empresa ou de terceirizada designado à equipamento de proteção com religamento
coordenação e supervisão efetiva dos trabalhos. automático.
É portanto responsável pela verificação de viabilidade A2 - Procedimento Gerais de Segurança
da execução da atividade e por avaliar todas as medidas
necessárias à segurança dos envolvidos na execução dos Todo serviço deve ser planejado antecipadamente e
trabalhos de terceiros, e das instalações, bem como, executado por equipes devidamente treinadas e
manter todos os contatos comunicando em tempo real autorizadas de acordo com NR – 10 da portaria
com a área funcional responsável pelo sistema ou 3214/MTB/78 e com a utilização de equipamentos
instalação. aprovados pela empresa e em boas condições de uso.

PES – Pedido para Execução de Serviço O responsável pelo serviço deverá estar devidamente
equipado com um sistema que garanta a comunicação
Documento emitido para solicitar área funcional confiável e imediata área funcional responsável pelo
responsável pelo sistema ou instalação, o impedimento sistema ou instalação durante todo o período de
de equipamento, sistema ou instalação, visando, data, execução da atividade.
horário, condições de isolamento, responsável,
observações, emitente, entre outros. A3 - Procedimentos Gerais Para Serviço
Programados
Deve conter as informações necessárias à realização dos
serviços, tais como: descrição do serviço, número do O empregado que coordenar a execução das
projeto, local, trecho ou equipamento isolado, data, atividades/trabalhos em sistemas e instalações elétricas
horário, condições de isolamento, responsável, desenergizados, terá como responsabilidades:
observações, emitente, dentre outros.
Apresentar os projetos a serem analisados, com os
AES – Autorização para Execução de Serviço respectivos estudos de viabilidade, tempo necessário
para execução das atividades;
É a autorização fornecida pela área funcional, ao
responsável pelo serviço, liberando e autorizando a Definir os recursos materiais e humanos para
execução dos serviços. A AES é parte integrante do cumprimento do planejamento;
documento PES.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 55
56
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Entregar os projetos que envolverem alteração de critérios e normas estabelecidos no Acordo Operativo
configuração do sistema e instalações elétricas à área existente, envolvendo no planejamento todas as
funcional responsável. equipes responsáveis pela execução dos serviços.

Avaliação dos Desligamentos A4 - Emissão de PES

A área responsável pelo sistema ou instalação terá O PES deverá ser emitido para cada serviço, quando de
como atribuição avaliar as manobras, de forma a impedimentos distintos. Quando houver dois ou mais
minimizar os desligamentos necessários com a máxima serviços que envolvam o mesmo impedimento, sob a
segurança, analisando o impacto (produção, coordenação do mesmo responsável, será emitido
indicadores, segurança dos trabalhadores, custos, etc.) apenas um PES. Nos casos em que, para um mesmo
do desligamento. impedimento, houver dois ou mais responsáveis,
obrigatoriamente será emitido um PES para cada
Execução dos Serviços responsável, mesmo que pertença a mesma área.
A equipe responsável pela execução dos serviços deverá Quando na programação de impedimento existir
providenciar: alteração de configuração do sistema ou instalação,
deverá ser encaminhado à área funcional responsável
▪ Os levantamentos de campo necessários à pela atividade, o projeto autorizado. Caso não exista a
execução do serviço; possibilidade de envio do projeto atualizado, é de
responsabilidade do órgão executante elaborar um
▪ Os estudos de viabilidade de execução dos
“croqui” contendo todos os detalhes necessários que
projetos;
garantam a correta visualização dos pontos de serviço e
▪ Todos os materiais, recursos humanos e das alterações de rede a serem executadas.
equipamentos necessários para execução dos
A5- Etapas da Programação
serviços nos prazos estabelecidos;
Elaboração da Manobra Programada
▪ Documentação para Solicitação de
Impedimento de Equipamento; ▪ Data, horário previsto para início e fim do
serviço;
▪ Todo impedimento de equipamento deve ser
oficializado junto à área funcional responsável, ▪ Descrição sucinta da atividade;
através do documento PES, ou similar.
▪ Nome do responsável pelo serviço
NOTAS: Serviços que não se enquadrem dentro dos
prazos de programação e que não sejam de emergência, ▪ Dados dos clientes interrompidos, área ou linha
devem ser solicitados à área funcional responsável pelo de produção;
sistema ou instalação, com justificativa por escrito e se ▪ Trecho elétrico a ser desligado, identificado por
aprovados são de responsabilidade da área executante, pontos significativos;
o aviso da interrupção a todos os envolvidos. Qualquer
impacto do não cumprimento dos prazos e do não aviso ▪ Seqüência das manobras necessárias para
aos envolvidos é de responsabilidade da área garantir a ausência de tensão no trecho do
executante. Quando da liberação do sistema ou serviço e a segurança nas operações;
instalação com a necessidade de manobras, deve-se
observar os prazos mínimos exigidos. A intervenção no ▪ Seqüência de manobras para retorno à situação
inicial;
sistema ou instalação elétrica que envolve outras áreas
ou empresas (concessionárias) deve ter sua ▪ Divulgação do desligamento programado, aos
programação efetuada em conformidade com os envolvidos;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 56
57
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ As áreas/clientes afetados pelo desligamento Para garantir a segurança de todos envolvidos na


programado devem ser informadas com execução das atividades caso haja mais de uma equipe
antecedência da data do desligamento. trabalhando em um mesmo trecho, a normalização
somente poderá ser autorizada pela área funcional
Aprovação do PES responsável após a liberação do trecho por todos os
Depois efetuada a programação e o planejamento da responsáveis. Nos casos em que os serviços não forem
execução da atividade, a área funcional responsável, executados ou executados parcialmente conforme a
deixará documento PES, disponível no sistema para programação, o responsável pelo serviço deverá
consulta e utilização dos órgãos envolvidos. Ficará a comunicar à área funcional responsável, para
cargo do gestor da área executante, a entrega da via adequação da base de dados e reprogramação do
impressa do PES aprovado, ao responsável pelo serviço, serviço.
que deverá estar de posse do documento no local de Procedimentos Para Serviços de Emergência
trabalho.
A determinação do regime de emergência para a
Procedimentos Gerais realização de serviços corretivos é de responsabilidade
Caso o responsável pelo serviço não esteja de posse do do órgão executante.
PES/AES, a área funcional não autorizará a execução do Todo impedimento de emergência deverá ser solicitado
desligamento. diretamente à área funcional responsável, informando:
O impedimento do equipamento/instalação depende
▪ O motivo do impedimento;
da solicitação direta do responsável pelo serviço à área
funcional responsável, devendo este já se encontrar no ▪ O nome do solicitante e do responsável pelo
local onde serão executados os serviços. serviço;

Havendo necessidade de substituição do responsável ▪ Descrição sucinta e localização das atividades a


pelo serviço, a área executante deverá informar a área serem executadas;
funcional responsável o nome do novo responsável pelo
serviço, com maior antecedência, justificando ▪ Tempo necessário para execução das
formalmente a alteração. atividades;

Para todo PES deverá ser gerada uma Ordem de Serviço ▪ Elemento a ser impedido.
– OS ou Pedido de Turma de Emergência – PTE (ou A área funcional responsável deverá gerar uma Ordem
documento similar). de Serviço – OS ou Pedido de Turma de Emergência –
A área funcional responsável autorizará o início da PTE (ou similar) e comunicar, sempre que possível, os
execução da atividade após confirmar com o clientes afetados.
responsável pelo serviço, os dados constantes no Após a conclusão dos serviços e conseqüente liberação
documento em campo, certificando-se de sua do sistema ou instalações elétricas por parte do
igualdade. responsável pelo serviço, à área funcional responsável
Após a conclusão das atividades e liberação do coordenará o retorno à configuração normal de
responsável pelo serviço, a área funcional responsável, operação, retirando toda a documentação vinculada à
coordenará o retorno à configuração normal de execução do serviço.
operação, retirada toda a documentação vinculada à
execução do serviço.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 57
58
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

11.2 LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS No planejamento será estimado o tempo de execução


dos serviços, adequação dos materiais, previsão de
Objetivo ferramentas específicas e diversas, número de
Definir procedimentos básicos para liberação da trabalhadores envolvidos, levando-se em consideração
execução de atividade/trabalhos em circuitos e o tempo disponibilizado na alteração.
instalações desenergizados. As equipes serão dimensionadas e alocadas, garantindo
Âmbito de Aplicação a agilidade necessária à obtenção do restabelecimento
dos circuitos com a máxima segurança no menor tempo
Aplica-se às áreas envolvidas direta ou indiretamente possível.
no planejamento, programação, liberação,
coordenação e execução de serviços no sistema ou Na definição das equipes e dos recursos alocados serão
instalações elétricas. considerados todos os aspectos, tais como:
comprimento do circuito, dificuldade de acesso,
B1 - Conceitos Básicos período de chuvas, existentes de cargas e clientes
especiais.
Falha
Na definição e liberação dos serviços, serão
Irregularidade total ou parcial em um equipamento,
considerados os pontos estratégicos dos circuitos, tipo
componente da rede ou instalação, com ou sem atuação
de defeito, tempo de restabelecimento, importância do
de dispositivos de proteção, supervisão ou sinalização,
circuito, comprimento do trecho a ser libertado,
impedindo que o mesmo cumpra sua finalidade prevista
cruzamento com outros circuitos, seqüência das
em caráter permanente ou temporário.
manobras necessárias para liberação dos circuitos
Defeito envolvidos.

Irregularidade em um equipamento ou componente do Na liberação da autorização para execução dos serviços,


circuito elétrico, que impede o seu correto afim de minimizar a área a ser atingida pela falta de
funcionamento, podendo acarretar sua energia elétrica durante a execução das atividades, a
indisponibilidade. área funcional responsável deverá manter os cadastros
atualizados de todos os circuitos.
Interrupção Programada
Antes de iniciar qualquer atividade o responsável pelo
Interrupção no fornecimento de energia elétrica por serviço deve reunir os envolvidos na liberação e
determinado espaço de tempo, programado e com execução da atividade e:
prévio aviso aos clientes envolvidos.
▪ Certificar-se de que os empregados envolvidos
Interrupção Não Programada na liberação e execução dos serviços estão
munidos de todos os EPI’s necessários.
Interrupção no fornecimento de energia elétrica sem
prévio aviso aos clientes. ▪ Explicar aos envolvidos as etapas da liberação
dos serviços a serem executados e os objetivos
B2 - Procedimentos Gerais
a serem alcançados;
Constatada a necessidade da liberação de determinado
▪ Transmitir claramente as normas de segurança
equipamento ou circuito, deverá ser obtido o maior
aplicáveis, dedicando especial atenção à
número possível de informações para subsidiar o
execução das atividades fora de rotina;
planejamento.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 58
59
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Certificar de que os envolvidos estão É de fundamental importância a existência de


conscientes do que fazer, onde fazer, como procedimentos de sinalização padronizados,
fazer, quando fizer e porque fazer. documentos e que sejam conhecidos por todos os
trabalhadores (próprios e prestadores de serviços).
B3- Procedimentos básicos para liberação
Os materiais de sinalização constituem-se de cone,
O programa de manobra deve ser conferido por um bandeirola, fita, grade, sinalizador, placa, etc.
empregado diferente daquele que o elaborou.
11.3.1 EXEMPLOS DE PLACAS
Os procedimentos para localização de falhas dependem
especificamente da filosofia e padrões definidos por PLACA: PERIGO DE MORTE – ALTA TENSÃO
cada empresa, e devem ser seguidos na íntegra
conforme procedimentos homologados, visando
impedir improvisações.

Em caso de qualquer dúvida quanto a execução da


manobra para liberação ou trabalho o executante
deverá consultar o responsável pela tarefa ou área
funcional responsável sobre quais os procedimentos
que devem ser adotados para garantir a segurança de
todos.
Finalidade
A liberação para execução de serviços (manutenção,
Destinada advertir as pessoas quanto ao perigo de
ampliação, inspeção ou treinamento) não poderá ser
ultrapassar áreas delimitadas onde haja a possibilidade
executada sem que o empregado responsável esteja de
de choque elétrico, devendo ser instalada em caráter
posse do documento específico, emitido pela área
permanente.
funcional responsável, que autorize a liberação do
serviço. PLACA: NÃO OPERAR “TRABALHOS”

Havendo a necessidade de impedir a operação ou


condicionar as ações de comando de determinados
equipamentos, deve-se colocar sinalização específica
para esta finalidade, de modo a propiciar um alerta
claramente visível ao empregado autorizado a
comandar ou acionar os equipamentos. As providências
para retorno à operação de equipamentos ou circuitos
liberados para manutenção não devem ser tomadas
Finalidade
sem que o responsável pelo serviço tenha devolvido
todos os documentos que autorizaram sua liberação. Destinada a advertir para o fato do equipamento em
referência estar incluindo na condição de segurança,
11.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
devendo a placa ser colocada no comando local dos
A sinalização de segurança consiste num procedimento equipamentos.
padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e
advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de
perigo existentes, proibições de ingresso ou acesso e
cuidados de identificação dos circuitos ou parte dele.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 59
60
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

PLACA: EQUIPAMENTO ENERGIZADO PLACA: USO OBRIGATÓRIO

Finalidade
Finalidade
Destinada a advertir para o fato do equipamento em
referência, mesmo estando no interior da área Destinada a alertar quanto à obrigatoriedade do uso de
delimitada para trabalhos, encontra-se energizado. determinado equipamento de proteção individual.

PLACA: EQUIPAMENTO COM PARTIDA AUTOMÁTICA PLACA: ATENÇÃO - GASES

Finalidade
Finalidade
Destinada a alertar quanto a possibilidade de exposição
a ruído excessivo e partes volantes, quando de partida Destinada a alertar quanto a necessidade do
automática de grupos auxiliares de emergência. acionamento do sistema de exaustão das salas de
baterias antes de se adentrar, para retirada de possíveis
PLACA: PERIGO – NÃO FUME – NÃO ACENDA FOGO – gases no local.
DESLIGUE O CELULAR
PLACA: ATENÇÃO PARA BANCO DE CAPACITORES E
CABOS A ÓLEO

Finalidade

Destinada a advertir quanto ao perigo de explosão,


quando do contato de fontes de calor com os gases
presentes em salas de baterias e depósitos de
inflamáveis, devendo a mesma ser afixada no lado
externo.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 60
61
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Finalidade

Destinada a alertar a Operação, Manutenção e


Construção quanto a necessidade de espera de um
tempo mínimo para fazer o Aterramento Móvel
Temporário de forma segura e iniciar os serviços. Ao
confeccionar esta placa, o tempo de espera deverá ser
adequado de acordo com a especificidade do local onde
a placa será instalada.

PLACA: PERIGO – NÃO ENTRE – ALTA TENSÃO

Restrições e impedimentos de acesso

Finalidade

Advertir terceiros quanto aos perigos de choque elétrico


nas instalações dentro da área delimitada. Delimitada
nos muros e cercas externas das subestações..

PLACA: PERIGO – NÃO SUBA Travamento e bloqueios de dispositivos e


sistemas de manobra e comandos

Finalidade

Advertir terceiros para não subir, devido ao perigo da


alta tensão. Instaladas em torres, pórticos e postes de
sustentação de condutores energizados.

▪ Situação de sinalização de segurança

A sinalização de segurança deve atender entre outras as


situações a seguir:

Identificação de circuitos elétricos

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 61
62
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Delimitações de áreas Identificação de equipamentos ou circuitos


impedidos

Sinalizações de área de circulação, de vias


publicam, de veículos e de movimentação de
cargas
11.4 INSPEÇÕES DE ÁREAS, SERVIÇOS, FERRAMENTAL
E EQUIPAMENTOS

As inspeções regulares nas áreas de trabalho, nos


serviços a serem executados, no ferramental e nos
equipamentos utilizados, consistem em um dos
mecanismos mais importantes de acompanhamento
dos padrões desejados cujo objetivo é a vigilância e
controle das condições de segurança do meio ambiente
laboral, visando à identificação de situações “perigosas”
e que oferecem “riscos” à integridade física dos
empregados, contratados, visitantes e terceiros que
Sinalização de impedimento de energização adentram a área de risco, evitando que situações
previsíveis possam levar a ocorrências de acidentes.

Essas inspeções devem ser realizadas para que as


providências possam ser tomadas com vistas às
correções. Em caso de risco grave e iminente (exemplo:
empregado trabalhando em altura sem cinturão de
segurança, sem luvas de proteção de borracha, sem
óculos de segurança etc.) a atividade deve ser
paralisada e imediatamente contatado o responsável
pelo serviço para que as medidas cabíveis sejam
tomadas.

Os focos das inspeções devem ser centralizados nos


postos de trabalho, nas condições ambientais, nas
proteções contra incêndios, nos métodos de trabalho
desenvolvidos, nas ações de trabalhadores, nas
ferramentas e nos equipamentos.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 62
63
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

As inspeções internas, por sua vez, podem ser divididas direcione esses intervalos. Podemos citar, por exemplo,
em: as inspeções realizadas no verão, quando aumentam as
atividades nos segmentos operacionais.
Inspeções Gerais
Inspeções de Rotina
Devem ser realizadas anualmente com o apoio dos
supervisores das áreas envolvidas. Estas inspeções São realizadas em setores em que há possibilidade de
atingem a empresa como um todo. Algumas empresas ocorrer incidentes/acidentes. Nesses casos, o
já mantêm essas inspeções sob o título de “auditoria”, responsável pelo serviço deve estar alerta aos riscos
uma vez que são sistemáticas, documentadas e bem como conscientizar os empregados do setor para
objetivas. que observem as condições de trabalho de tal modo que
o índice de incidentes/acidentes diminua. Essa inspeção
Inspeções Parciais não pode ser duradoura, ou seja, à medida que os
São realizadas nos setores seguindo um cronograma problemas forem regularizados, o intervalo entre
anual com escolha predeterminada ou aleatória. inspeções será maior até que se torne periódico. O
Quando se usam critérios de escolha, estes estão importante é que o empregado “não se acostume” com
relacionados com o grau de risco envolvido e com as a presença da “supervisão de segurança”, para que não
características do trabalho desenvolvido na área. São se caracterize que a ocorrência de acidentes/incidentes
inspeções mais comuns, atendem à legislação e podem só é vencida com sua presença física.
ser feitas por integrantes da CIPA no seu próprio local
11.4.1 CUIDADOS ANTES DA INSPEÇÃO
de trabalho.
Antes do início da inspeção deve-se preparar uma lista
Inspeções Periódicas de itens (check-list) por setor com as principais
São realizadas com o objetivo de manter a regularidade condições de risco existentes em cada local e ela deverá
para uma rastreabilidade ou estudo complementar de ter um campo em branco para anotar as condições de
possíveis incidentes. Estão ligadas ao acompanhamento riscos não presentes nesta lista.
das medidas de controle sugeridas para os riscos da Trata-se de um roteiro que facilitará a observação. É
área. São utilizadas nos setores de produção e importante que o empregado tenha uma “visão crítica”
manutenção. para observar novas situações (atitudes de empregados
Inspeções por Denúncia e locais) não previstas na análise de risco inicial.

Por meio de denúncia anônima ou não, pode-se solicitar Não basta reunir o grupo e fazer inspeção. É necessário
uma inspeção em local onde há riscos de acidentes ou que haja um padrão em que todos estejam conscientes
agentes agressivos à saúde e ao meio ambiente. Sendo dos resultados que se deseja alcançar. Nesse sentido, é
cabível, além de realizar a inspeção no local, deve-se importante que se faça uma inspeção piloto para que
ainda efetuar levantamento detalhado sobre o que de todos os envolvidos vivenciem a dinâmica e tirem
fato está acontecendo, buscando informações dúvidas.
adicionais junto a fabricantes, fornecedores e As inspeções devem perturbar o mínimo possível as
responsáveis onde a situação ocorreu. Detectando-se o atividades do setor inspecionado. Além disso, todo
problema, cabe aos responsáveis implementar medida encarregado/supervisor deve ser previamente
de controle e acompanhar sua efetiva implantação.
comunicado de que seu setor passará por uma inspeção
Inspeções Cíclicas de segurança. Chegar de surpresa pode causar
constrangimentos e criar um clima desfavorável.
São aquelas realizadas com intervalos de tempo pre-
definidos, uma vez que exista um parâmetro que

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 63
64
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Sugestão de Passos para uma Inspeção As medidas de controle adotadas devem integrar-se às
demais iniciativas da empresa, tais como políticas
1º passo - Setorizar a empresa e visitar todos os locais corporativas e normas no âmbito da preservação da
fazendo uma análise dos riscos existentes. Pode-se usar
segurança, da saúde e do meio ambiente de trabalho.
a última análise preliminar de risco (APR) ou a
metodologia do mapa de risco como ajuda. O novo texto da Norma Regulamentadora NR – 10,
obriga as empresas a manter prontuário com
2º passo - Preparar uma folha por setor de todos os documentos necessários para a prevenção dos riscos
itens a serem observados.
durante a construção, a operação e manutenção do
3º passo - Realizar a inspeção anotando na folha de sistema elétrico tais como: esquemas unifilares
dados se o requisito é ou não atendido. Toda a atualizados das instalações elétricas dos seus
informação adicional sobre os aspectos que possam estabelecimentos, especificações do sistema de
levar a acidentes deve ser registrada. aterramento dos equipamentos e dos dispositivos de
proteção entre outros documentos que iremos listar a
4º passo - Levar os dados para serem discutidos em seguir.
reunião diretiva, propor medidas de controle para os
itens de não-conformidade levando-se em conta o que 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada
é prioritário. superior a 75 kW devem constituir e manter o
Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do
5º passo - Encaminhar relatório referente à inspeção disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:
citando o(s) setor(es), a(s) falha(s) detectada(s) e a(s)
sugestão(ões) para que seja(m) regularizada(s). Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e
administrativas de segurança e saúde, implantadas e
6º passo - Solicitar regularização(ões) e fazer o relacionadas a esta NR e descrição das medidas de
acompanhamento das medidas de controle controle existentes para todas as atividades possíveis no
implantadas. Alterar a folha de inspeção inserindo esse campo de atuação da empresa.
item para as novas inspeções.
Documentação das inspeções e medições do sistema de
7º passo - Manter a periodicidade das inspeções a partir proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos
do terceiro passo. elétricos.

Especificação dos equipamentos de proteção coletiva,


12.DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÃO proteção individual e do ferramental aplicáveis
ELÉTRICA conforme determina esta NR.

12.1 MEDIDAS DE CONTROLE Documentação comprobatória da qualificação,


habilitação, capacitação, autorização dos
Em todas as intervenções nas instalações elétricas, trabalhadores, os treinamentos realizados e descrição
subestações, salas de comando, centro de operações, de cargos/funções dos empregados que são autorizados
painéis elétricos, painéis de controle/comando, devem para trabalhos nestas instalações.
ser adotadas medidas preventivas de controle do risco
elétrico e de outros riscos adicionais mediante técnicas Resultados dos testes de isolação elétrica realizada em
de análise de risco de forma a garantir a segurança e a equipamentos de proteção individual e coletiva que
saúde no trabalho bem como a operacionalidade, ficam à disposição nas instalações.
prevendo eventos não intencionais, focando a gestão e
Certificações dos equipamentos e materiais elétricos
controle operacional do sistema elétrico.
em áreas classificadas.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 64
65
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Relatório técnico das inspeções atualizadas com Exemplo de nomenclaturas:


recomendações, cronogramas de adequações
contemplando as alíneas de “a” a “f” desta NR. ▪ PIE – Pedido de Impedimento de Equipamento

▪ ISR – Informação de Serviço

▪ OIE – Ordem de Impedimento de Equipamento

▪ COS – Centro de Operação do Sistema

▪ ND – Norma Técnica da Distribuição

▪ CBBS – Conjunto blindado barra simples

▪ CBBD - Conjunto blindado barra dupla

▪ EPI – Equipamento de Proteção Individual

▪ EPC - Equipamento de Proteção Coletiva


As empresas que operam em instalações ou
Pré-requisitos para execução da tarefa
equipamentos integrantes do sistema elétrico de
potência devem constituir prontuário com o conteúdo Para a execução de qualquer atividade/tarefa todos os
do item 10.2.4 da NR-10 e acrescentar ao prontuário os integrantes da equipe devem ser capacitados ou
seguintes documentos: habilitados e autorizados.

▪ Descrição dos procedimentos para 12.2.1 Planejamento da tarefa na base


emergências;
O responsável pela equipe deverá receber e programar
▪ Certificações dos equipamentos de proteção a tarefa, considerando as características construtivas do
coletiva e individual; local de execução da tarefa e a diversidade de
equipamentos instalados.
Vamos verificar alguns exemplos de instrução técnica
Portar toda documentação do programação da tarefa.
12.2 PLANEJAMENTO DA TAREFA
OBS: Nenhuma tarefa pode ser executada sem que a
Objetivo
equipe possa estar de posse destes documentos.
Definir os procedimentos de trabalho e segurança, que
Tomar pleno conhecimento da tarefa, analisando e
as equipes devem atender visando a realização de
avaliando todos os pontos críticos de execução.
atividades voltadas à segurança.
Considerar o histórico dos eventos anteriores,
Qual tarefa a ser realizada: principalmente as alterações efetuadas.

▪ Método de execução NOTA 1: Todos os membros da equipe deverão estar


presentes neste momento.
▪ Recursos humanos
Dimensionar a equipe, com pessoas capacitadas ou
▪ Recursos materiais, ferramentas e habilitadas e autorizada para realizar a tarefa de acordo
equipamentos. com o volume de serviço a ser executado.

▪ EPI’s e EPC’s necessários Agrupar as informações técnicas dos circuitos e


dispositivos, envolvidos com a tarefa. Verificar toda
Principais características técnicas

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 65
66
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

documentação, principalmente aquelas relativas às existem riscos à execução da tarefa, animais


modificações realizadas. peçonhentos e manobras anteriores não informadas.

Realizar estudos para pleno entendimento sobre as Comparar se as condições operativas encontradas em
funcionalidades operacionais dos equipamentos, campo são correspondentes às previsões do
dispositivos e circuitos. planejamento havido na base operacional.

Planejar a metodologia para a realização da tarefa, NOTA 5: Caso tenha ocorrido modificações acionar o
contemplando todas as medidas de precaução contra COS
eventos indesejados.
▪ Distribuir sub-tarefas aos componentes da
NOTA 2: Deverá haver pleno entendimento da tarefa a equipe, visando à realização total da tarefa.
ser executada.
▪ Alocar esquemas, manuais, diagramas e folhas
NOTA 3: A equipe tem que estar segura para a execução de registros e ensaios de modo adequado e
da tarefa. organizado.

Selecionar os formulários de registros e ensaios ▪ Listar os materiais, ferramentas e


inerentes à tarefa planejada. equipamentos necessários para a execução de
cada sub-tarefa.
Agrupar todos os recursos de materiais e equipamentos
necessários, e certificar suas funcionalidades. ▪ Listar os EPI’s e EPC’s e necessários para a
execução de cada sub-tarefa
NOTA 4: Os participantes do planejamento tem que
tomar conhecimento e entendimento dos recursos ▪ Alocar os EPC’s corretos e adequadamente de
necessários. forma organizada;

Agrupar todos EPI’s e EPC’s necessários, e certificar do ▪ Verificar a posse da documentação referente à
seu estado de conservação e periodicidade de ensaios. tarefa;

OBS: Nenhum EPI poderá ser utilizado se estiver com a ▪ Agrupar a equipe.
data de ensaios vencida.
12.3 PESSOAL NECESSÁRIO
Planejar a distribuição do tempo relativo à atividade,
visando atender as solicitações de programação. Equipe executante – de acordo com o tipo e
característica do serviço a ser executado. (deverá eleger
12.2.2 Planejamento da tarefa no campo o responsável pela tarefa).

De posse de toda documentação a equipe deve se dirigir 12.4 FERRAMENTAS E MATERIAIS


até o local de realização da tarefa, onde após estacionar
o veículo deverá dar início a execução da mesma. Adequados para a tarefa.

É importante que antes de iniciar a tarefa cada 12.5 EPI’s


componente da equipe verifique se então de posse dos ▪ Uniforme completo, padrão;
EPI’s previstos para realizar a tarefa.
▪ Capacete de segurança;
OBS – Adentrar a área registra sem estar usando os EPI’s
constitui falha grave. ▪ Óculos de segurança;

Verificar as condições físicas e operacionais da área e ▪ Botina de segurança;


dos equipamentos envolvidos, inspecionando se não

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 66
67
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Outros correlacionados com os riscos. Possuir os exames específicos da função comprovados


no ASO – Atestado de Saúde Ocupacional (o ASO deve
12.6 EPC’s indicar explicitamente que a pessoa está apta a executar
Adequados para execução das tarefas. trabalho elevado);

12.7 RISCOS ENVOLVIDOS E FORMAS DE CONTROLE E Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas,
PREVENÇÃO paralisando a atividade caso sinta qualquer alteração
em suas condições;

Estar treinado e orientado sobre todos os riscos


envolvidos.

Durante vários anos os serviços executados em


estruturas elevadas eram realizados com o cinturão de
segurança abdominal e toda a movimentação era feita
sem um ponto de conexão, isto é, o trabalhador só teria
segurança quando estivesse amarrado à estrutura,
estando susceptível a quedas.

Este tipo de equipamento, devido a sua constituição não


permitia que fossem adotados novos procedimentos
quanto à escalada, movimentação e resgate dos
trabalhadores.

Com a preocupação constante em relação à segurança


dos trabalhadores, a legislação atual exigiu a aplicação
13. RISCOS ADICIONAIS de um novo sistema de segurança para trabalhos em
estruturas elevadas que possibilitam outros métodos de
13.1 ALTURA escalada, movimentação e resgate.

A filosofia de trabalho adotada é de que em nenhum


momento, nas movimentações durante a execução das
tarefas, o trabalhador não poderá ficar desamarrado de
estrutura.

Considerando que este processo é altamente dinâmico,


a busca de novas solução e tecnologia deve ser uma
constante meta a ser atingida para que a técnica e os
procedimentos adotados não fiquem ultrapassados.

Considerando que em altura é qualquer atividade que o


trabalhador atue acima do nivel do solo. Para trabalhos
em altura acima de 2 metros é obrigatório, além dos
EPI’s básicos a utilização do cinturão de segurança tipo
pára-quedista. Para a realização de atividade em altura
os trabalhadores devem

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 67
68
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

13.1.1 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS Talabarte de segurança ‘tipo y com absorvedor de


energia’
Cinturão de segurança tipo pára-quedista

Equipamento de segurança utilizado para proteção


contra risco de queda na movimentação no trabalho em
altura.

Dispositivo trava quedas


O cinturão de segurança tipo pára-quedista fornece
segurança quando a possíveis quedas e, posição de
trabalho ergonômico. É essencial o ajuste do cinturão ao
corpo do empregado para garantir a correta distribuição
da força de impacto e minimizar os efeitos da suspensão
inerte.

Talabarte de segurança tipo regulável

Dispositivo trava quedas

É um dispositivo de segurança utilizado para proteção


Equipamentos de segurança utilizado para proteção
do empregado contra quedas em operações com
contra risco de quada no posicionamento nos trabalham
movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado
em altura, sendo em conjunto com cinturão de
com cinturão de segurança tipo pára-quedista.
segurança pára-quedista.
Dispositivo complementares para trabalho em altura
O equipamento é regulável permitindo, que seu
comprimento seja ajustado.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 68
69
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Fita de ancoragem Uso de Escadas

A escada portátil (ou de mão) deve ser adquirida de


fornecedores cadastrados que atendam as
especificações técnicas de cada empresa (tamanha
capacidade máxima, etc.).

Classificação das escadas:

▪ Escadas simples (singela) – é aquela constituída


por dois montantes interligados por degraus;
É um dispositivo que permite criar pontos de ancoragem
dacorda de segurança. ▪ Escada de abrir – é aquela formada por duas
escadas simples ligadas entre si pela parte
Mosquetão superior por meio de dobradiças resistentes;

▪ Escadas de extensão ou prolongável – é aquela


constituída por duas escadas simples que se
deslizam verticalmente uma sobre a outra, por
meio de um conjunto formado por polia, corda,
trava e guias.

Requisitos gerais:

As escadas portáteis (de mão) devem ter uso restrito


para acesso a local de nível diferente e para execução
É um dispositivo de segurança de alta resistência com de serviços de pequeno porte e não exceda a
capacidade para suportar forças de 22kN no mínimo. capacidade máxima suportada pela mesma. Para
Tem a função de prover elos e também funciona como serviço prolongado recomenda-se a instalação de
uma polia com atrito. Para contar a máxima resistência andaimes.
do equipamento, deve-se dar atenção ao uso e a
manutenção. A resistência do mosquetão varia com o Serviços que requeiram a utilização simultânea das
sentido de tração, sendo mais resistente pelas mãos somente podem ser feitos com escadas de abrir
extremidades do que pelas laterais. Não deve sofrer com degrau largo ou utilização de talabarte envolvido
torções, por isso deve ser instalado corretamente, em estrutura rígido. Toda a escada deve ter uma base
prevendo-se a forma como será solicitado sob tensão ou sólida, antiderrapante, soltos, podres, emendados,
dentro de um sistema que deverá uma queda. amassados, trincados ou rachados, ou faltando
parafuso ou acessórios de fixação. Escada defeituosa
Corda de segurança (linha de vida) deve ser imediatamente retirada de uso.

A escada deve ser apoiada em piso sólido, nivelado e


resistente, para evitar recalque ou afundamento. Não
apóie em superfícies instáveis, tais como, caixas,
tubulações, tambores, rampas, superfícies de andaimes
ou ainda em locais onde haja risco de queda de objetos.
Em piso mole, providenciar uma base sólida e
antiderrapante para a mesma. Em locais de trânsito de
veículo, a escada deve ser protegida com sinalização e
barreira. As escadas portáteis não devem ser
esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 69
70
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

posicionadas nas proximidades de portas, em áreas de As escadas simples devem ser amarradas no ponto de
circulação de pessoas ou máquinas, onde houver risco apoio, de modo a evitar escorregamento ou quedas
de queda de materiais ou objetas, nas proximidades de frontais ou laterais. Quando não for possível, outro
aberturas e vãos e próximo da rede elétrica e empregado pode segurá-la. A extremidade superior das
equipamentos elétricos desprotegidos. Quando for escadas simples deve ultrapassar em cerca de um metro
necessário utilizar próximo à portas, estas devem estar o ponto que se deseja atingir para acesso.
trancadas, sinalizadas e isoladas para acesso à área. As
A distância horizontal da base à linha de prumo que
ferramentas utilizadas para o trabalho não devem estar
soltas sobre a escada, não ser que tenha bandeja passa pelo apoio superior deve corresponder a um
apropriada para a função. Ao executar serviço, os pés do quarto da distância entre a base e o apoio superior, ou
usuário devem estar sobre os degraus da escada. seja, para uma parede de 4 metros de altura, a base da
escapam deve estar entre 45 a 55 centímetros. O
É obrigatório o uso de cinturão de segurança tipo pára- espaçamento entre os degraus deve ser uniforme, entre
quedista em trabalhos de pequeno porte acima de 2 25 a 30 centímetros. O espaçamento entre os
metros de altura. O mesmo deve ser fixado em um montantes deve estar entre 45 a 55 centímetros.
ponto de ancoragem, fora da escada, exceto uso de
talabarte para posicionamento envolvo em estrutura Quando construídos de madeira, os montantes e
rígida. (Ex.: serviço no poste). Quando este degraus das escadas devem atender aos seguintes
requisitos:
procedimento não for possível utilizar andaime ou
plataforma elevatória. Escada de abrir
A escada deve ser acondicionada em local seco, longe Devem ter comprimento máximo de 6 metros, quando
de umidade ou calor excessivo. Deteve ficar em posição fechada e devem possuir degraus largos. Devem possuir
horizontal e apoiada em vários pontos, de acordo com tirantes ou limitadores de curso (corrente ou separador
o seu tamanho para evitar empenamento. resistente articulado) dispositivo em pontos
Após sua utilização, a escada deve retornar ao seu local intermediários de sua extensão. Quando aberta, os
de origem. Não deixar a mesma abandonada no chão, tirantes devem permanecer na posição de abertura
nem apoiada contra paredes e estruturas. Nenhuma máxima. Isso trava a escada, impedindo assim,
escada deve ser arrastada, ou sofrer impactos nas deslocamentos bruscos. Não é permitido o uso de
cordas, arames ou fios como limitadores de curso.
laterais e degraus.
Recomenda-se que, quando na posição aberta, a
É permitido que a madeira seja protegida com verniz distância entre as extremidades inferiores das duas
translúcido ou óleo de linhaça, que permita ver suas partes seja de aproximadamente 2/3 da extensão.
falhas. As escadas de madeira não devem apresentar
A distância mínima entre os montantes no topo da
farpas, saliências ou emendas. A madeira para
confecção deve ser de boa qualidade, estar seca, sem escada deve ser de 30 centímetro para cada 30
apresentar nós e rachaduras que comprometam a sua centímetros de altura. Este tipo de escada não deve
resistência. utilizado como escada de apoiar.

Os degraus devem permanecer limpos, livres de óleos, Nunca apoiar um dos montantes com calço ou tijolo.
graxas e produtos químicos. Deve ser dada atenção especial quanto ao estado de
Numa fique nos últimos degraus de uma escada. Deve- conservação dos tirantes, dobradiças, pinos e ferragens
se no mínimo, dois degraus da extremidade superior. de articulação.

Escada Simples Escada de extensão ou prolongável

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 70
71
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Não utilizar o suporte ou escada de acesso.

Uso de andaime

O andaime, após montado, deve atender aos seguintes


requisitos:

▪ Dispor de sistema de guarda-corpo e rodapé de


proteção em todo o seu perímetro.

▪ Deve ficar perfeitamente na vertical, sendo


necessária para terrenos irregulares a utilização
de placa de base ajustável (macaco).

Para torres de andaime com altura superior a quatro


vezes a menor dimensão da base de apoio é obrigatória
sua fixação em estrutura firme que apresente
resistência suficiente e não comprometa o perfeito
funcionamento da unidade. Quando não for possível, a
torre deve ser estaiada.

Uso de cesta aérea A plataforma de trabalho dos andaimes deve ter


forração completa, antiderrapante, ser laterais dos
Confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro,
andaimes.
normalmente utilizadas em equipamentos elevatórios
(Gruas), tanto fixas como móveis, neste caso em Os pisos da plataforma de trabalho não podem
caminhões com equipamento guindauto, normalmente ultrapassar 25 centímetros as laterais dos andaimes.
acoplada a grua (guindauto). Pode ser individual em
ambos os casos ou dupla em grua dupla. Não é permitido nenhum tipo de frestas nos pisos, que
ocasionem queda de ferramentas, tropeções ou
No caso de atividades em linha viva ao contato, pelas torções. O vão Maximo permitido entre as pranchas
suas características isolantes e devido à melhor deve ser de 2 centímetros.
condição de conforto em relação à escada. Os
movimentos da cesta possuem duplo comando (no Se houver necessidade de sobrepor um piso no outro no
veiculo e na cesta) e são normalmente comandados na sentido longitudinal do mesmo, esta sobreposição
cesta. Tanto as hastes de levantamento como a cesta deverá ser de, no mínimo, 20 centímetros e só pode ser
devem sofrer ensaios de isolamento elétrico periódico e feita nos pontos de apoio.
possuir relatório das avaliações. O empregado deve
As plataformas de trabalho dos andaimes coletivos
amarrar-se à cesta aérea de talabarte e cinturão de
devem possuir uma largura mínima de 90 centímetros.
segurança utilizando todos os equipamentos de
segurança. As plataformas de trabalho dos andaimes individuais
devem possuir largura mínima de 60 centímetros.
Quanto ao veículo o trabalhador deverá:
Possuir escada de acesso à plataforma de trabalho com
▪ Manter o piso limpo;
gaiola ou trava-queda (para andaime com altura
▪ Atender para subida e descida da cesta aéreas superior a 2 metros).
apoiando no suporte;
Andaimes sobre rodízio só podem ser montados em
▪ Não pular; áreas com piso firme e nivelados com possibilidade de

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 71
72
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

livre deslocamento. Os andaimes sobre rodízio não existir ou se desenvolver. Podemos citar como
podem ter mais do que 5 metros de altura até o guarda- exemplos de ambientes confinados:
corpo da ultima plataforma.
▪ Dutos de ventilação, tanques em geral, tonéis,
Topos os rodízios do andaimes devem possuir travas e containeres, cisternas, minas, valas, vasos,
estar em perfeitas condições de uso, para evitar que o colunas, silos, poços de inspeção, caixas
andaime se movimente quando da sua utilização. subterrâneas, etc.

Devem ser tomadas precauções especiais quando da Estes ambientes podem possuir uma ou mais das
montagem, desmontagem e movimentação de andaime seguintes características:
próximo a circuitos e equipamento elétricos.
▪ Potencial de risco na atmosfera;

▪ Deficiência de 02 (menos de 19,5%) ou excesso


(mais de 23%);

▪ Configuração interna tal que possa provocar


asfixia, claustrofobia, ou que discutem a saída
rápida de pessoas;

▪ Agentes contaminantes tóxicos ou inflamáveis;

▪ Manter procedimentos de acesso;

▪ Identificar e avaliar os riscos;

▪ Treinamento periódico aos empregados;

▪ Documentar os todos os procedimentos de


acesso em locais confinados, com os
respectivos nomes e assinaturas;
13.2 AMBIENTES CONFINADOS
▪ Manter um plano de emergência;

▪ Efetuar teste de resposta do equipamento de


detecção de gases;

▪ Realizar a avaliação da atmosfera para detectar


gases ou vapores inflamáveis, tóxicos e
concentração de oxigênio.

É qualquer área não projetada para ocupação continua,


a qual tem maios limitados de entrada e saída e a
ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes perigosos e/ou
deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 72
73
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

de equipamentos e ferramentas. Os princípios que


fundamentam as medidas de proteção contra choque
elétrico em áreas que apresentam umidade está
relacionada a diversos fatores que, no conjunto devem
ser considerados na concepção e na execução das
instalações elétricas.

A interferência de agentes externos estão sempre


associadas a, por exemplo, grupo de fatores como meio
ambiente, utilização e construção das edificações, no
entanto, existem muito mais variáveis de influência,
tendo em seu aspecto, a adequação de medidas de
proteção, como por exemplo, a consideração da
13.3 ÁREAS CLASSIFICADAS
qualificação e capacitação dos trabalhadores que
Áreas na qual a probabilidade da presença de uma realizam as atividades.
atmosfera explosiva é tal que exige precauções para a
Sendo assim, podemos citar as seguintes variáveis de
construção, instalação e utilização de equipamentos
influência:
elétricos.
▪ Temperatura ambiente;
Atmosfera Explosiva Misturas de substâncias,
inflamáveis com o ar na forma de: gás, vapor, névoa ▪ Condições climáticas;
poeira ou fibras, na qual após a ignição, a combustão se
propaga através da mistura. ▪ Presença de água e solicitações mecânicas, etc.;

Classificação da Área Por exemplo, a qualificação das pessoas (sua


consciência e preparo para lidar com os riscos da
Exista a probabilidade de que se formem misturas eletricidade), situações que reforçam (pele seca) ou
explosivas, em um determinado local, deve ser definida prejudicam (pele molhada, imersão) a resistência
a classificação desse local, segundo critérios já elétrica do corpo humano.
estabelecidos em formas, de acordo com grau de
probabilidade da presença de atmosfera explosiva,
como segue:

Zona 0 – em que a mistura explosiva é encontrada


permanentemente ou na maior parte do tempo;

Zona 1 – em que a mistura explosiva é provável durante


a operação normal, mas quando ocorrer, será por
tempo limitado;

Zona 2 – em que a mistura explosiva só é provável em


13.5 CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS
caso de falhas do equipamento ou do processo. O
tempo de duração desta situação é curto. Durante a formação das nuvens verifica-se que, ocorre
indução de cargas elétricas, de modo que, as nuvens e a
13.4 UMIDADE
terra ficam carregados com cargas elétricas opostas.
A umidade é um problema frequente em instalações Quando ocorre a descarga atmosférica, a resistência
elétricas, a presença de água diminui a rigidez dielétrica dielétrica do ar é rompida, ou seja, as cargas elétricas
acumuladas são grandes o suficiente para ionizar o ar

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 73
74
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

entre o ponto de partida e o ponto de chegada do raio, ambiente e ocasionalmente com tempo adverso,
ultrapassando o valor da rigidez dielétrica do ar. Uma devemos tomar todos os cuidados necessários, tendo
poderosa centelha elétrica salta da superfície da terra em vista que muitas tarefas estão relacionados a
para a nuvem ou da nuvem para terra ou de uma nuvem atividades em estruturas metálicas ou nas suas
para outra. Podemos considerar que o raio é um recurso proximidades, de forma que existe a possibilidade de o
que a natureza utiliza na busca do equilíbrio elétrico, é trabalhador ficar exposto ao tempo e às suas
a equipotencialização natural entre o solo e a nuvem. A intempéries. O aterramento temporário, os EPC’s e EPI’s
polarização elétrica de nuvem e solo surge em função são de suma importância para os trabalhos de
da ionização da nuvem através dos constantes atritos restabelecimento, com eles temos uma uma maior
dos cristais de gelo em seu interior. proteção contra surtos provocados por descargas
atmosféricas na rede. Mas lembramos que contra
Fenômeno natural, o raio tem sido alvo de folclore e milhões de volts e amperes, as proteções podem ser
crendices populares e atemoriza até mesmo o mais
falíveis.
intrépido ser humano pelo estrondo que provoca. Os
raios matam mais pessoas do que furacões ou tornados,
segundo a Agência Americana para Desastres (FEMA). O 14. PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
Brasil tem sido recordista mundial em incidência por
quilômetro quadrado, de acordo com pesquisa 14.1 NOÇÕES BÁSICAS
realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais
Conceitos
(INPE) em parceria com a NASA.

O Brasil sofre uma grande incidência de raios por ser o


maior país tropical do mundo. É nos trópicos onde
ocorrem as maiores tempestades do globo. De acordo
com o INPE, os raios matam cerca de 200 pessoas por
ano no Brasil. O raio pode matar, direta ou
indiretamente, ceifando vidas humanas e animais.
Dentre os sistemas de pára-raios que podem ser
utilizados para a proteção de patrimônio e pessoas, os
mais comuns são os gaiola de Faraday e o tradicional
Franklin. O pára-raio de Faraday consiste em instalar
um sistema de captores formado por condutores
horizontais interligados em forma de malha, formando
uma rede modular de condutores envolvendo todos os O fogo é uma reação de combustão extremamente
lados do volume a proteger (cobertura e fachadas), rápida, formando um sistema auto-sustentado que
criando assim uma espécie de "gaiola". Graças a essa libera calor e luz, sendo a chama a parte visual desta
disposição temos um campo elétrico nulo em seu reação química.
interior, pois as cargas se distribuem de forma
homogênea na parte mais externa da superfície
condutora.que é um mastro com uma haste na ponta. 14.1.1 TETRAEDRO DO FOGO
Já o pára-raio de Franklin consiste na utilização de um
Os elementos que compõem o fogo são:
ou mais mastros com captores, de modo que todo
volume da edificação a ser protegido fique dentro de ▪ Combustível
uma zona espacial de proteção do sistema, no interior
do cone de proteção criado pelo para-raio. Como nossas ▪ Comburente (Oxigênio)
atividades estão inter-relacionadas com o meio
▪ Energia de ativação
esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 74
75
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Reação em cadeia

▪ Voláteis: São os que desprendem gases


inflamáveis à temperatura ambiente. Ex.:
álcool, éter, benzina, etc.

Esse quarto elemento, também denominado ▪ Não Voláteis: São os que desprendem gases
transformação em cadeia, vai formar o quadrado ou inflamáveis às temperaturas maiores do que a
tetraedro do fogo, substituindo o antigo triângulo do do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc.
fogo.
▪ Gasosos : Butano, propano, etano, etc.
COMBUSTÍVEIS

É todo material que queima.São sólidos, líquidos e


gasosos, sendo que os sólidos e os líquidos se
transformam primeiramente em gás pelo calor e depois
inflamam.

▪ Sólidos: Madeira, papel, tecido, algodão, etc.

COMBURENTE (OXIGÊNIO)

É o elemento ativador do fogo, que se combina com os


vapores inflamáveis dos combustíveis, dando vida às
chamas e possibilitando a expansão do fogo.

Compõe o ar atmosférico na porcentagem de 21%,


sendo que o mínimo exigível para sustentar a
combustão é de 16%.
▪ Líquidos:
ENERGIA DE ATIVAÇÃO

É a energia mínima requerida para iniciar um processo


de combustão. É o elemento que dá início ao fogo.
Todos os materiais inflamáveis tem uma energia mínima
de ignição, muitas vezes essa energia é tão baixa que

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 75
76
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

mesmo uma faísca provocada por eletricidade estática


é suficiente para iniciar o processo.

Convecção

É quando o calor se transmite através de uma massa de


REAÇÃO EM CADEIA
ar aquecida, que se desloca do local em chamas,
Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram levando para outros locais quantidade de calor
mais calor. Esse calor provocará o desprendimento de suficiente para que os materiais combustíveis ali
mais gases ou vapores combustíveis, desenvolvendo existentes atinjam seu ponto de combustão, originando
uma transformação em cadeia ou reação em cadeia, outro foco de fogo.
que, em resumo, é o produto de uma transformação
gerando outra transformação.

Tipos de propagação

O fogo pode se propagar:

▪ Pelo contato da chama em outros combustíveis;

▪ Através do deslocamento de partículas


incandescentes; Irradiação
▪ Pela ação do calor. É quando o calor se transmite por ondas caloríficas
O calor é uma forma de energia produzida pela através do espaço, sem utilizar qualquer meio material.
combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele se PONTO E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO
propaga por três processos de transmissão:
Ponto de fulgor
Condução:
É a temperatura mínima necessária para que um
É a forma pela qual se transmite o calor através do combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis,
próprio material, de molécula a molécula ou de corpo a os quais, combinados com o oxigênio do ar em contato
corpo. com uma chama, começam a se queimar, mas a chama
não se mantém porque a quantidade de gases
combustíveis produzidos é muito pequena.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 76
77
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

CLASSES DE INCÊNDIO

Os incêndios são classificados de acordo com as


características dos combustíveis. Somente com o
conhecimento da natureza do material que está se
queimando, pode-se descobrir o melhor método para
uma extinção rápida e segura.

Classe A

Esta classe de incêndio representa a combustão de


todos os combustíveis sólidos comuns, como madeira,
papel, tecido, borracha, pneu, plástico, etc.
Ponto De Ignição
A queima desse tipo de combustível deixa resíduos de
É atingido quando os vapores liberados pelo material cinzas e carvão e se dá volumetricamente (em largura,
combustível entram em ignição em contato com uma comprimento e profundidade). O método de extinção
fonte externa de calor, mantendo a chama mesmo com mais eficiente para essa classe é o resfriamento, com a
a retirada da fonte. Reações sustentáveis de combustão utilização de água, apesar de alguns pós para extinção
ocorrem quando calor suficiente, proveniente de uma de incêndio de alta capacidade extintora e espumas
reação exotérmica (reação que libera calor), é gerado também conseguirem o mesmo efeito.
nas imediações do combustível, produzindo vapores em
concentração suficiente que permita o Classe B
desenvolvimento auto sustentável da combustão.
Esta classe de incêndio representa a queima de líquidos
Temperatura de Ignição ou gases inflamáveis:

É aquela em que os gases desprendidos dos • combustíveis líquidos: gasolina, álcool, diesel,
combustíveis entram em combustão apenas pelo querosene;
contato com o oxigênio do ar, independente de
• tintas e solventes;
qualquer fonte de calor.
• óleos e gorduras de cozinha, utilizadas para confecção
de alimentos; e

• resinas e óleos vegetais (provenientes do


armazenamento de algodão, por exemplo).

Sua queima não deixa resíduo e se dá superficialmente


(em largura e comprimento). Os métodos mais
utilizados para extinguir incêndios em líquidos
inflamáveis são o abafamento (pelo uso de espumas) e
a quebra da reação em cadeia (com o uso de pós para
extinção de incêndio).

Classe C

Representa a queima de equipamentos que se


encontram energizados, constituindo os materiais
elétricos energizados, oferecendo especial risco ao

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 77
78
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

bombeiro pela condutividade elétrica. Nesse tipo de Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de
incêndio, a sua principal característica — presença de saponificação;
energia elétrica — será, na maioria das vezes, a grande
Não devem ser utilizados extintores de classe ABC
responsável por iniciar ou propagar o incêndio para
outros materiais, geralmente combustíveis sólidos, devido menor eficiência do mesmo.
líquidos ou gases inflamáveis.

A ação de cortar a energia elétrica fará com que o


incêndio passe a ser classificado como A ou B. Com isso,
o incêndio poderá ser extinto utilizando as técnicas e os
agentes extintores mais adequados a essas classes. Não
sendo possível cortar a energia elétrica para o combate
ao incêndio, os cuidados devem ser voltados para que o
agente extintor não seja condutor elétrico
preferencialmente. Se isso também não for possível,
deve-se calcular as distâncias, os cuidados e os riscos do
PREVENÇÃO A INCÊNDIOS
combate e escolher um agente extintor com baixa
condutividade elétrica. 1. Respeite as proibições de fumar no ambiente de
trabalho. (Lei Estadual nº 11.540, de 12/11/2003);
Classe D
2. Não acenda fósforos, nem isqueiros ou ligue
Esta classe de incêndio representa a queima de metais
aparelhos celulares em locais sinalizados;
combustíveis, em sua maioria, alcalinos. A maior parte
desses elementos queima de forma violenta, 3. Mantenha o local de trabalho limpo e em ordem;
produzindo muito calor e luz brilhante. Em geral, os
materiais pirofóricos, aqueles que se inflamam 4. Não acumule lixo em locais inapropriados;
espontaneamente, são associados aos incêndios classe 5. Coloque os materiais de limpeza em recipientes
D, uma vez que os agentes extintores dessa classe são próprios e identificados;
adequados para ambos.
6. Não obstrua as áreas de escape e não deixe materiais
Sua queima atinge altas temperaturas e reage com nas escadas e corredores;
agentes extintores que contenham água em seu
interior, o que exige pós especiais para extinção de 7. Não deixe equipamentos elétricos ligados após sua
incêndio, que irão agir por abafamento e quebra da utilização, verifique a existência deles antes da saída do
reação em cadeia. Os elementos mais conhecidos são: trabalho;
magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio
8. Não efetue consertos na rede elétrica nem improvise
fragmentado, zinco, titânio, sódio, urânio, zircônio,
instalações se você não é familiarizado com a área.
tório, plutônio e cálcio. Em alguns casos, a utilização de
água nesses metais irá agravar o quadro do incêndio, 9. Não sobrecarregue as instalações elétricas com a
podendo causar reações violentas. Em outros, a mera utilização dos “T’ ou benjamins;
presença do oxigênio no ar causará a reação. Cada
metal deve ser avaliado em suas características antes de 10. Observe as normas de segurança ao manipular
qualquer combate. produtos inflamáveis ou explosivos;

Classe K 11. Não cubra fios elétricos com o tapete;

Caracteriza-se por fogo em óleos de cozinha e banha 12. Não utilize chama ou aparelho de solda perto de
quente em restaurantes industriais; materiais inflamáveis.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 78
79
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Na ocorrência de vazamento de gás: 5. Ao sair feche portas e janelas, confinando o local do


incêndio;
▪ Desligue a chave geral da residência, se ela não
estiver no ambiente que contém gás; 6. Isole os materiais combustíveis e proteja os
equipamentos, desligando o quadro de luz ou o
▪ Acione o Corpo de Bombeiros no telefone 193; equipamento da tomada;
▪ Abra as janelas para ventilar o máximo possível 7. Armar as mangueiras para a extinção do fogo se for o
a área; caso;
▪ Leve o botijão de gás para um lugar mais
8. Existindo muita fumaça no ambiente ou local
ventilado possível; atingido, use um lenço como máscara (se possível
▪ Abandone o local; molhado), cobrindo o nariz e a boca;

▪ Durante a noite, ao constatarmos vazamento 9. Sempre que possível mantenha molhadas as roupas,
(cheiro) de gás, não devemos acender a luz. cabelos, sapatos e botas para se proteger do calor.
Devemos fechar a válvula do botijão no escuro
Em Caso de Abandono de Local
e em seguida abrir as janelas e ventilar o
ambiente. 1. NUNCA utilize os elevadores, não suba procure
sempre descer pelas escadas;
Na ocorrência de vazamento com fogo:
2. Ao abandonar um compartimento, fechar a porta
▪ Não extinga de imediato as chamas, a não ser atrás de si (sem trancar) e não voltar ao local;
que haja grandes possibilidades de propagação;
3. Ande, não corra;
▪ Se houver outros objetos, apague o fogo deles
e deixe que o fogo continue no botijão em 4. Siga á risca as orientações dos membros da Equipe de
segurança; Emergência;

▪ Em último caso, procurar extinguir a chama do 5. Ajude o pessoal incapacitado a sair, atenção especial
botijão pelo método de abafamento, com um deve ser dada a grávidas, deficientes físicas, etc.
pano bem úmido. Para chegar perto do botijão,
deve-se procurar ir o mais agachado possível 6. Orientar visitantes sobre a saída;
para não correr o risco de se queimar, e, levar o 7. Não ficar na reta dos grupos de pânico, caso não
botijão para um local ventilado. consiga controlá-los.
Em Caso de Incêndio: 8. Respire somente pelo nariz;
▪ Mantenha a cama, evite o pânico, correrias e 9. Não corra, nem salte, quedas podem ser fatais. Retire
gritarias; sapatos de Salto alto e meias escorregadias antes de
▪ Acione o Corpo de Bombeiros no telefone 193; descer escadas.

▪ Use extintores ou os meios disponíveis para 10. Não tire as roupas, elas retardam a desidratação; Se
suas roupas pegarem fogo, role no chão.
apagar o fogo;

▪ Acione o botão de alarme mais próximo, ou MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO


telefone para o ramal de emergência, quando Partindo do princípio de que, para haver fogo, são
não se conseguir a extinção do fogo; necessários o combustível, comburente, calor e a

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 79
80
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

reação da cadeia formando o tetraedro do fogo, para Recomendações:


nós extinguirmos o fogo, basta retirar um desses
elementos. ▪ Instalar o extintor em local visível e sinalizado;

▪ Os locais onde estão instalados os extintores,


Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os
seguintes métodos de extinção: extinção por retirada do não devem ser obstruídos
material, por abafamento, resfriamento e extinção ▪ O extintor deverá ser instalado na parede ou
química. colocado em suportes de piso;
Extinção por retirada do material (isolamento) ▪ O lacre não poderá estar rompido;
Esse método consiste em duas técnicas: ▪ O manômetro dos extintores de AP (água
▪ Retirada do material que está queimado; pressurizada) e PQS (pó químico seco) deverão
indicar a carga;
▪ Retirada do material que está próximo ao fogo;
AGENTES EXTINTORES
▪ Nesse método estamos retirando o
Trata-se de certas substâncias químicas sólidas, líquidas
combustível;
ou gasosas, que são utilizadas na extinção de um
EXTINÇÃO POR RETIRADA DO COMBURENTE incêndio:
(ABAFAMENTO)
ÁGUA PRESSURIZADA
Este método consiste na diminuição ou impedimento do
contato de oxigênio com o combustível. É o agente extintor indicado para incêndios de classe A.

Age por resfriamento e/ou abafamento.


EXTINÇÃO POR RETIRADA DO CALOR (RESFRIAMENTO)

Este método consiste na diminuição da temperatura e Pode ser aplicado na forma de jato compacto, chuveiro
eliminação do calor, até que o combustível não gere e neblina. Para os dois primeiros casos, a ação é por
mais gases ou vapores e se apague. resfriamento. Na forma de neblina, sua ação é de
resfriamento e abafamento.
EXTINÇÃO QUÍMICA
ATENÇÃO:
Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia.Esse
método consiste no seguinte: o combustível, sob ação ▪ Nunca use água em fogo das classes C e D.
do calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem ▪ Nunca use jato direto na classe B.
com o comburente, formam uma mistura inflamável.
Quando lançamos determinados agentes extintores ao
fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e
se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor
mais comburente), formando outra mistura não-
inflamável.

EXTINTOR DE INCÊNDIO

Destina-se ao combate imediato e rápido de pequenos


focos de incêndios, não devendo ser considerados como GÁS CARBÔNICO
substitutos aos sistemas de extinção mais complexos,
mas sim como equipamentos adicionais. É o agente extintor indicado para incêndios da classe C,
por não ser condutor de eletricidade;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 80
81
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Age por abafamento, podendo ser também utilizado nas PÓ QUÍMICO UMEDECIDO
classes A, somente em seu início e na classe B em
ambientes fechados. O extintor de pó químico umedecido consiste em uma
solução de água com acetato de potássio, carbonato de
potássio, citrato de potássio ou uma combinação desses
compostos.

▪ É o agente extintor indicado para incêndios da


classe K;

▪ Age por resfriamento e logo após por


saponificação.

ESPUMA

A espuma química (formada por bolhas e CO2) é


produzida juntando-se soluções aquosas de ácido
PÓ QUÍMICO SECO
sulfúrico (ou sulfato de alumínio) e bicarbonato de sódio
Usa substâncias como o bicarbonato de sódio para (com alcaçuz, como estabilizador).
resfriar e abafar o fogo, é o agente extintor indicado
▪ É um agente extintor indicado para incêndios
para combater incêndio da classe B;
das classes A e B.
Podendo ser também utilizado nas classes A e C,
▪ Age por abafamento e secundariamente por
podendo nesta última danificar o equipamento.
resfriamento.

A espuma é condutora de eletricidade. Portanto, não


devem ser aplicados em incêndios de equipamentos
elétricos energizados, ou seja em incêndios de Classe C,
porque a solução é eletrolítica, conduz corrente elétrica
e pode eletrocutar o operador; também não é
considerada agente adequado para incêndios que
envolvam gases de petróleo.

PÓ QUÍMICO ESPECIAL

Usa substâncias como o cloreto de sódio para abafar


fogo em metais inflamáveis, é o agente extintor
indicado para combater incêndios da classe B;

Age por abafamento, podendo ser também utilizados


nas classes A e C, podendo nesta última danificar o
equipamento.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 81
82
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

PÓ ABC O funcionamento de todas as formas é muito


semelhante. O hidrante é conectado a uma fonte de
Composto por Fosfato monoamônico, é o agente água, que pode ser um duto específico para alimentar
extintor indicado para incêndios das classes A, B e C;
hidrantes ou ao próprio sistema público de distribuição
Age por abafamento. de água. Ele possui um ou mais bocais onde podem ser
encaixadas as mangueiras que levarão a água até o local
OUTROS AGENTES do incêndio e também uma válvula semelhante a uma
torneira que controla a quantidade de água que sai
Além dos já citados, podemos considerar como agentes
pelos bocais.
extintores terra, areia, cal, talco, etc.
Alguns hidrantes possuem um compartimento para
EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETAS)
abrigar as mangueiras que podem ser ligadas a ele em
As carretas são extintores de grande volume que, para caso de incêndio. Em alguns casos, a válvula não se
facilitar seu manejo e deslocamento, são montados encontra junto dos bocais, podendo estar localizada
sobre rodas. separada de modo que possa controlar o fluxo de água
para outros hidrantes.
SISTEMAS DE EXTINÇÃO MAIS COMPLEXOS
Em geral os hidrantes são operados por bombeiros ou
Trata-se de certas substâncias químicas sólidas, líquidas por pessoas treinadas pertencentes a brigadas de
ou gasosas que são utilizadas na extinção de um incêndio, pois requer cuidados especiais dada a alta
incêndio, dispostas conjuntos hidráulicos (hidrantes) e pressão da água que sai pelos bocais e passa pelas
dispositivos especiais (sprinklers e sistemas fixos de mangueiras.
CO2).
SPRINKLERS

É um aspersor de água, consiste numa armadura, com


um cano conectado a uma tubagem de água a pressão.
O cano se fecha com uma tampa sujeita por uma
cápsula de vidro recheada de um líquido cujo ponto de
ebulição é a uma temperatura determinada
(temperatura de disparo), a qual está sujeita contra um
dispersor. Quando se produz um incêndio, ferve o
líquido e o vapor rompe a cápsula; a tampa se solta, a
água sai, e choca contra o dispersor aspergindo a zona
incendiada.
HIDRANTE
Existem outros automáticos, que em vez da cápsula
Hidrante é um equipamento de segurança de rua usado
estão conectados a um detector de incêndios o qual
como fonte de água para ajudar no combate de
manda uma válvula automática que se abre quando o
incêndios. Sua forma mais conhecida é a que consiste
detector sabe de um fogo. Quando se extinguiu, o
numa válvula produzida em metal instalada acima do
detector fecha a válvula e, se for o caso, a abriria de
nível do calçamento nas ruas, em geral pintada na cor
novo se o fogo se reaviva.
vermelha (marco de água ou marco de incêndio). Porém
existem diversas outras formas de hidrante, instalados
em cavidades no calçamento ou mesmo no interior de
prédios (bocas de incêndio). SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIOS POR GASES DE
INUNDAÇÃO

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 82
83
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Sistemas de extinção como os sprinklers tem sido 15.1 FALTA DE CONTROLE


vastamente utilizados no combate a incêndio em locais
com alto fluxo de pessoas, tais como, shopping centers CAUSAS DIRETAS
e áreas comerciais, no entanto, em ambientes elétricos A falta de controle é o princípio da seqüência de fatores
e data centers esta solução não é utilizada diretamente causais que originam um acidente, que dependendo de
no combate ao incêndio devido a possibilidade de curto sua gravidade, pode gerar muitas ou poucas perdas.
circuito em painéis e equipamentos eletro-eletrônicos.
▪ Um programa inadequado;
A solução alternativa para casos como esses é a
utilização dos gases de inundação que são ▪ Padrões inadequados do programa;
especialmente desenvolvidos para o combate a
▪ Cumprimento inadequado dos padrões.
incêndio em salas de computadores e salas de controle.
Causas Básicas

15.ACIDENTE DE ORIGEM ELÉTRICA As causas básicas são as razões de ocorrem os atos e


condições abaixo do padrão.
Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando ▪ Fatores pessoais;
lesão corporal, ou perturbação funcional; que cause
perda ou redução da capacidade de trabalho ▪ Fatores de trabalho (ambiente de trabalho).
(temporária ou permanente) ou morte.
Causas Imediatas
No Brasil, um dos maiores riscos à segurança e saúde As causas imediatas são as circunstâncias que precedem
dos trabalhadores é o de origem elétrica. imediatamente o contato e que podem ser vistas ou
A eletricidade é um agente de alto potencial de risco sentidos.
pois mesmo em baixas tensões representa perigo à
Atualmente, utilizam-se os termos abaixo dos padrões e
integridade física e saúde do trabalhador. O choque condições abaixo dos padrões.
elétrico pode produzir conseqüências diretas e indiretas
ao corpo do trabalhador. Outro risco está associado à Atos ou práticas abaixo dos padrões;
possibilidade de ocorrência de curtos circuitos,
Condições abaixo do padrão.
podendo originar incêndios e explosões.
Acidente e incidente
É extremamente importante lembrar que o fato da linha
estar seccionada não elimina o risco elétrico, já que a Os incidentes são eventos que antecedem as perdas,
energização acidental pode ocorrer devido a erros de isto é, são contatos que poderiam causar uma lesão ou
manobra, contato acidental com outros circuitos dano.
energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou
que cruzam a rede, descarga atmosféricas mesmo que Quando se permite que tenham condições abaixo do
distantes do local de trabalho, fontes de alimentação de padrão ou atos abaixo do padrão, aumentam as chances
terceiros, por isso, medidas de controle coletivas e de ocorrerem incidentes e acidentes.
individuais jamais devem ser abandonadas.
Perdas

As perdas são os resultados de um acidente, que vários


tipos de perdas: às pessoas, á propriedade, aos
produtos, ao meio ambiente e aos serviços.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 83
84
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

O tipo e o grau dessas perdas dependerão da gravidade ▪ Parada cardíaca, quando a corrente elétrica
de seus efeitos, que podem ser insignificantes ou externa paralisa o funcionamento do coração.
catastróficos.

▪ Tempo do trabalhador ferido; 16. PRIMEIROS SOCORROS


▪ Tempo do companheiro de trabalho; Os Primeiros Socorros ou socorro básico de urgência são
as medidas iniciais e imediatas dedicadas à vítima, fora
▪ Tempo do supervisor;
do ambiente hospitalar, executadas por qualquer
▪ Perdas gerais; pessoa, treinada, para garantir a vida, proporcionar
bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
▪ Outras perdas.
A prestação dos Primeiros Socorros depende de
CAUSAS INDIRETAS conhecimentos básicos, teóricos e práticos por parte de
quem os está aplicando.
O corpo humano pode ser considerado a instalação
elétrica mais sofisticada que existe. O restabelecimento da vítima de um acidente, seja qual
for sua natureza, dependerá muito do preparo
Todas as nossas funções biológicas, sentidos e
psicológico e técnico da pessoa que prestar o
movimentos, originam-se de pequenos impulsos
atendimento. O socorrista deve agir com bom senso,
elétricos, da ordem de micrompéres, que transitam
tolerância e calma.
febrilmente entre o nosso cérebro e as demais partes do
corpo. O primeiro atendimento mal sucedido pode levar
vítimas de acidentes a seqüelas irreversíveis.
Portanto, é fácil imaginar o tamanho do “estrago” que
ocorre nesta complexa e delicada “instalação”, quando PRIMEIROS SOCORROS - O BOM SAMARITANO
a estes minúsculos impulsos elétricos se sobrepõe uma
corrente elétrica de origem externa com valores Para ser um socorrista é necessário ser um bom
milhões de vezes superiores à “capacidade nominal” do samaritano, isto é, aquele que presta socorro
corpo humano. voluntariamente, por amor ao seu semelhante. Para
tanto é necessário três coisas básicas, mãos para
Desta forma, os Dispositivos DR assumem uma posição manipular a vítima, boca para acalmá-lá, animá-lá e
de grande importância nas instalações elétricas, solicitar socorro, e finalmente coração para prestar
configurando-se como elementos fundamentais à socorro sem querer receber nada em troca.
proteção da saúde e da vida das pessoas
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
Efeitos mais graves:
Todo procedimento de primeiros socorros deve
▪ Paralisia total ou parcial dos músculos, durante começar com a avaliação das condições da(s) vítima(s).
a ocorrência do contato;
Devem-se observar sinais (tudo o que se observa ao
▪ Queimaduras, quase sempre com gravidade; examinar uma vítima: respiração, pele fria, palidez,
etc.), sintomas (é o que a vítima informa sobre si
▪ Parada respiratória, que é a paralisia dos
mesma: náusea, dor, vertigem, etc.) e sinais vitais (sinais
músculos toráxicos que executam a respiração;
cuja ausência ou alteração indica grave irregularidade
▪ Fibrilação cardíaca, quando ocorrem graves no funcionamento do organismo. São eles: pulso
alterações no ritmo dos batimentos cardíacos; (batimentos cardíacos), respiração, pressão arterial e
temperatura. Existem estudos à luz das evidências
científicas atuais que a dor pode ser considerada o

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 84
85
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

quinto sinal vital, uma vez que somente os vivos sentem levar à paralisia, ao coma, e, em casos mais graves, à
dor. morte. Acontece também o que chamamos de
relaxamento muscular generalizado, e o músculo da
Desta forma um ponto importante tanto para o
cavidade bucal, localizado imediatamente abaixo da
socorrista profissional ou leigo será em primeiro língua, pode fazê-la inclinar-se para trás, o que obstrui a
momento avaliar o nível de consciência de sua vítima passagem de ar.
usando um parâmetro muito simples, chamado
A.V.D.I.: PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

A (ALERTA) É a ausência das funções vitais, movimentos


respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência
V (VOZ) isolada de uma delas só existe em curto espaço de
D (DOR) tempo; a parada de uma acarreta a parada da outra. A
parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3
I (INCONSCIÊNCIA) a 5 minutos. Sinais e sintomas:

Em primeiro lugar, abordar a vítima independente do ▪ Inconsciência;


mecanismo sendo traumático ou clínico: se ao tocar na
vítima o socorrista percebe uma reação espontânea, ▪ Ausência de movimentos respiratórios e
concluímos que ela está na fase A (ALERTA). Isto é um batimentos cardíacos;
indício de que existe atividade neurológica: o cérebro Freqüência respiratória por minuto
está sendo suprido de oxigênio, pois para isto acontecer
ele tem de estar estimulando o grupo muscular da HOMEM 15 A 20 RESPIRAÇÕES
respiração, como musculatura diafragmática e
intercostal (caixa torácica). MULHER 18 A 20 RESPIRAÇÕES

Já a fase V (VOZ) é percebida quando a vítima não CRIANÇA 20 A 25 RESPIRAÇÕES


responde ao ser chamado pelo nome. É bom lembrar LATENTE 30 A 40 RESPIRAÇÕES
que a audição é um dos últimos sentidos a serem
perdidos antes de o cérebro entrar em estado de INSOLAÇÃO
inconsciência. Não havendo nenhuma resposta à
Ocorre devido à exposição prolongada dos raios solares
solicitação verbal estimularemos a D (DOR): feche a mão
sobre o indivíduo. Sinais e sintomas:
e com a área da dobra dos dedos friccionar o esterno da
vítima, que fica localizado no meio do tórax, na junção ▪ Temperatura do corpo elevada;
das costelas. Havendo uma resposta muscular da vítima
tanto em tentar inibir o estímulo ou qualquer outra que ▪ Pele quente, avermelhada e seca;
seja, saberemos que ainda existe uma atividade
▪ Diferentes níveis de consciência;
neurológica funcional, pois o cérebro ainda recebe
oxigênio. ▪ Falta de ar;

Entretanto, se não houver nenhum tipo de resposta ▪ Desidratação;


como em não estar em ALERTA, responsivo à VOZ ou à
DOR, a vítima está no estágio de I (INCONSCIÊNCIA), no ▪ Dor de cabeça, náuseas e tontura.
qual o cérebro não mais recebe oxigênio e por falta
▪ Primeiros socorros
deste não haverá estímulo muscular. O que preocupa é
a possibilidade da necrose, que é a morte de parte dos ▪ Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
tecidos do cérebro por escassez de oxigênio. Isso pode

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 85
86
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, repetitiva, dificuldade em respirar, respiração sibilante,
envolvendo-a com toalhas umedecidas; audível, ruidosa (pieira e/ou farfalheira), ar aflito,
ansioso, respiração rápida e difícil, pulso rápido, palidez
Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma
e suores, e Prostração, apatia.
freqüente;
Na fase de agravamento da crise a respiração é muito
Mantê-la deitada; difícil, lenta e há cianose das extremidades, isto é, as
Avaliar nível de consciência, pulso e respiração; unhas e os lábios apresentam-se arroxeados.

Providenciar transporte adequado; Primeiros Socorros

Encaminhar para atendimento hospitalar. ▪ Tranquilizar a situação. É importante ser capaz


de conter a angústia e a ansiedade
INTERMAÇÃO da criança/jovem, falando-lhe calmamente, e
assegurando-lhe rápida ajuda médica;
Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e
não arejados (fundições, padarias, caldeiras etc.) ▪ Manter a criança/jovem num local arejado onde
intenso trabalho muscular. Sinais e sintomas: não haja pó, odores ou fumaça;

Temperatura do corpo elevada; ▪ Colocá-lo numa posição que lhe facilite a


respiração;
Pele quente, avermelhada e seca;
▪ Contactar e informar a família;
Diferentes níveis de consciência;
▪ Se tiver conhecimento do tratamento
Falta de ar;
aconselhado pelo médico para as crises pode
Desidratação; administrá-lo;

Dor de cabeça, náuseas e tontura; ▪ Se não houver melhoria a criança deve ser
transportada para o hospital.
Primeiros socorros
Recomenda-se aos asmáticos "em crise" que deitem
▪ Remover a vítima para lugar fresco e arejado; diretamente num chão de madeira ou num colchão fino
para deixar a coluna reta. Em seguida, convém respirar
▪ Baixar a temperatura do corpo de modo
com calma, pegando bastante ar com o nariz, com uso
progressivo, aplicando compressas de pano
do diafragma, jogando o ar em direção ao estômago de
umedecido com água;
modo a encher bem os pulmões. Após isso convêm
▪ Mantê-la deitada com o tronco ligeiramente soltar o ar com a boca bem devagar esvaziando o
elevado; máximo os pulmões sem pressa. Mantendo a seqüência
a pessoa recupera o controle da respiração. Se alguém
▪ Avaliar nível de consciência, pulso e respiração; estiver junto pode colocar a mão (sem fazer peso) sobre
o pulmão do asmático para acalmá-lo. É bom cuspir
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.
qualquer secreção decorrente do apontado exercício
CRISE ASMÁTICA respiratório.

A criança/jovem com asma é capaz de responder com DESMAIO


uma crise de falta de ar em situações de exercício
É a perda súbita e temporária da consciência e da força
intenso (nomeadamente a corrida), conflito, ansiedade,
muscular, geralmente devido à diminuição de oxigênio
castigos, etc. Caracteriza-se por uma tosse seca e

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 86
87
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

no cérebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator ▪ Relaxamento dos esfíncteres (urina e/ou fezes
emocional, dor extrema, ambiente confinado, etc. soltas);

SINAIS E SINTOMAS ▪ Esquecimento.

▪ Tontura; Primeiros socorros

▪ Sensação de mal estar; ▪ Colocar a vítima em local arejado, calmo e


seguro;
▪ Pulso rápido e fraco;
▪ Proteger a cabeça e o corpo de modo que os
▪ Respiração presente de ritmos variados;
movimentos involuntários não causem lesões;
▪ Tremor nas sobrancelhas; ▪ Afastar objetos existentes ao redor da vitima;
▪ Pele fria, pálida e úmida; ▪ Lateralizar a cabeça em caso de vômitos;
▪ Inconsciência superficial; ▪ Afrouxar as roupas e deixar a vítima debater-se
Primeiros Socorros livremente;

▪ Colocar a vítima em local arejado e afastar ▪ Nas convulsões por febre alta diminuir a
curiosos; temperatura do corpo, envol-vendo-o com
pano embebido por água;
▪ Deitar a vítima se possível com a cabeça mais
baixa que o corpo; ▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.

▪ Afrouxar as roupas; FERIMENTOS EXTERNOS

▪ Encaminhar para atendimento hospitalar. São lesões que acometem as estruturas superficiais ou
profundas do organismo com grau de sangramento,
CONVULSÃO laceração e contaminação variável.

Perda súbita da consciência acompanhada de Sinais e sintomas:


contrações musculares bruscas e involuntárias,
conhecida popularmente como “ataque”. Causas ▪ Dor e edema local;
variadas: epilepsia, febre alta, traumatismo craniano,
▪ Sangramento;
etc.
▪ Laceração em graus variáveis;
Sinais e sintomas:
▪ Contaminação se não adequadamente tratado.
▪ Inconsciência;
▪ Primeiros socorros:
▪ Queda abrupta da vitima;
▪ Priorizar o controle do sangramento;
▪ Salivação abundante e vômito;
▪ Lavar o ferimento com água;
▪ Contração brusca e involuntária dos músculos;
▪ Proteger o ferimento com pano limpo, fixando-
▪ Enrijecimento da mandíbula, travando os
o sem apertar;
dentes;
▪ Não remover objetos empalados;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 87
88
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Não colocar qualquer substância estranha


sobre a lesão;

▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.

HEMORRAGIAS

É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso


sanguíneo (artérias, veias e capilares). Toda hemorragia
deve ser controlada imediatamente. A hemorragia
abundante e não controlada pode causar a morte em 3
a 5 minutos.

COMO RECONHECER O SANGRAMENTO

Sinais e sintomas:

▪ Sangramento visível;

▪ Nível de consciência variável decorrente da


perda sanguínea;
Sinais e sintomas
▪ Palidez de pele e mucosa.
▪ Sangramento geralmente não visível;
▪ Primeiros socorros:
▪ Nível de consciência variável dependente da
▪ Comprimir o local com um pano limpo;
intensidade e local do sangramento.
▪ Elevar o membro quando possível;
Primeiros socorros
▪ Comprimir os pontos arteriais
▪ Manter a vítima aquecida e deitada,
▪ Prevenir o estado de choque; acompanhando os sinais vitais e atuando
adequadamente nas intercorrências;
Pontos arteriais de compressão
▪ Agilizar o encaminhamento para o atendimento
hospitalar.
esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 88
89
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

HEMORRAGIA NASAL QUEIMADURAS

Sinais e sintomas Queimadura é uma lesão produzida no tecido de


revestimento do organismo, por agentes térmicos,
▪ Sangramento nasal visível.
elétricos, produtos químicos, irradiação ionizante e
Primeiros socorros animais peçonhentos.

▪ Colocar a vítima sentada, com a cabeça 1º GRAU


ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe Atinge somente a epiderme;
a(s) narina (s) durante cinco minutos;
Dor local e vermelhidão da área atingida.
▪ Caso a hemorragia não ceda, comprimir
externamente o lado da narina que está 2º GRAU
sangrando e colocar um pano ou toalha fria
sobre o nariz. Se possível, usar um saco com Atinge a epiderme e a derme;
gelo; Apresenta dor local, vermelhidão e bolhas d’água.
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar. 3º GRAU
ESTADO DE CHOQUE Atinge a epiderme, derme e alcança os tecidos mais
É a falência do sistema cardiocirculatório devido à profundos, podendo chegar até o osso
causas variadas, proporcionando uma inadequada 4º GRAU
perfusão e oxigenação dos tecidos.
Exposição de músculos, tendões, ossos (geralmente por
Sinais e sintomas eletricidade)
▪ Inconsciência profunda; 5º GRAU
▪ Pulso fraco e rápido; Carbonização do corpo. Acaba resultando em óbito.
▪ Aumento da freqüência respiratória; Primeiros socorros
▪ Perfusão capilar lenta ou nula; ▪ Isolar a vítima do agente agressor;
▪ Tremores de frio. ▪ Diminuir a temperatura local, banhando com
Primeiros socorros água fria (1ºGrau);

▪ Colocar a vítima em local arejado, afastar ▪ Proteger a área afetada com plástico;
curiosos e afrouxar as roupas; ▪ Não perfurar bolhas, colocar gelo, aplicar
▪ Manter a vítima deitada com as pernas mais medicamentos, nem produtos caseiros;
elevadas; ▪ Retirar parte da roupa que esteja em volta da
▪ Manter a vítima aquecida; área queimada;

▪ Lateralizar a cabeça em casos de vômitos; ▪ Retirar anéis e pulseiras, para não provocar
estrangulamento ao inchar.
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 89
90
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

QUEIMADURAS NOS OLHOS ▪ Sonolência, confusão mental, alucinações e


delírios, estado de coma;
Primeiros socorros
▪ Lesões cutâneas;
▪ Lavar os olhos com água em abundância
durante vários minutos; ▪ Náuseas e vômitos;

▪ Vedar o(s) olho(s) atingido(s) com pano limpo; ▪ Alterações da respiração e do pulso.

▪ Encaminhar para atendimento hospitalar. Primeiros socorros

CORPO ESTRANHO NOS OLHOS PELE

É a introdução acidental de poeiras, grãos diversos, etc. ▪ Retirar a roupa impregnada;


Na cavidade dos glóbulos oculares.
▪ Lavar a região atingida com água em
Sinais e sintomas abundância;

▪ Dor; ▪ Substâncias sólidas devem ser retiradas antes


de lavar com água;
▪ Ardência;
▪ Agasalhar a vítima;
▪ Vermelhidão;
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.
▪ Lacrimejamento.
ASPIRAÇÃO
▪ Primeiros socorros
▪ Proporcionar a ventilação;
▪ Não esfregar os olhos;
▪ Abrir as vias áreas respiratórias;
▪ Lavar o olho com água limpa;
▪ Primeiros socorros
▪ Não remover o corpo estranho manualmente;
INGESTÃO
▪ Se o corpo estranho não sair com a lavagem,
cobrir os dois olhos com pano limpo; ▪ Identificar o tipo de veneno ingerido;

▪ Encaminhar para atendimento hospitalar. ▪ Provocar vômito somente quando a vítima


apresentar-se consciente, oferecendo água;
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS
▪ Não provocar vômitos nos casos de
O envenenamento ou intoxicação resulta da penetração inconsciência, ingestão de soda cáustica, ácidos
de substância tóxica/nociva no organismo através da ou produtos derivados de petróleo;
pele, aspiração e ingestão.
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.
Sinais e sintomas
PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS
▪ Dor e sensação de queimação nas vias de
penetração e sistemas correspondentes; Animais peçonhentos são aqueles que introduzem no
organismo humano substâncias tóxicas. Por exemplo,
▪ Hálito com odor estranho; cobras venenosas, aranhas e escorpiões. Se possível
deve-se capturar ou identificar o animal que picou a
vítima, mas sem perda de tempo com esse

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 90
91
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

procedimento. Na dúvida, tratar como se o animal fosse Medidas preventivas


peçonhento.
▪ Usar botas de cano longo e perneiras;
Sinais e sintomas
▪ Proteger as mãos com luvas de raspa ou
▪ Marcas da picada; vaqueta;

▪ Dor, inchaço; ▪ Combater os ratos;

▪ Manchas roxas, hemorragia; ▪ Preservar os predadores;

▪ Febre, náuseas; ▪ Conservar o meio ambiente.

▪ Sudorese, urina escura; Sinais e sintomas - Escorpiões/Aranhas

▪ Calafrios, perturbações visuais; ▪ Dor;

▪ Eritema, dor de cabeça; ▪ Eritema;

▪ Distúrbios visuais; ▪ Inchaço;

▪ Queda das pálpebras; ▪ Febre;

▪ Convulsões; ▪ Dor de cabeça.

▪ Dificuldade respiratória. Primeiros socorros

Primeiros socorros - Cobras ▪ Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;

▪ Manter a vítima deitada. Evite que ela se ▪ Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço
movimente para não favorecer a absorção de de saúde mais próximo, para avaliar a
veneno; necessidade de soro específico.

▪ Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os PICADAS E FERROADAS DE INSETOS


em posição mais baixa que o coração;
Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves ou
▪ Lavar a picada com água e sabão; generalizadas, devido a picadas de insetos (abelhas e
formigas).
▪ Colocar gelo ou água fria sobre o local;
Sinais e sintomas
▪ Remover anéis, relógios, prevenindo assim
complicações decorrentes do inchaço; ▪ Eritema local que pode se estender pelo corpo
todo;
▪ Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço
de saúde mais próximo, para que possa receber ▪ Prurido;
o soro em tempo;
▪ Dificuldade respiratória (Edema de glote).
▪ Não fazer garroteamento ou torniquete;
▪ Primeiros socorros
▪ Não cortar ou perfurar o local da picada.
▪ Retirar os ferrões introduzidos pelo inseto sem
espremer;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 91
92
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

▪ Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água Identificando uma fratura
corrente;

▪ Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço


de saúde mais próximo, para avaliar a
necessidade de soro específico.

CHOQUE ELÉTRICO

É o fenômeno da passagem da corrente elétrica pelo


corpo quando em contato com partes energizadas.

Sinais e sintomas

▪ Parada cardiorrespiratória;
Compare o membro supostamente fraturado com o
▪ Queimaduras; correspondente não comprometido.

▪ Lesões traumáticas. Procure a presença de:

Primeiros socorros ▪ Deformações;

▪ Interromper imediatamente o contato da ▪ Inchaço;


vítima com a corrente elétrica, utilizando luvas
isolantes de borracha de acordo com a classe de ▪ Espasmo da musculatura;
tensão, com luvas de cobertura ou bastão
▪ Feridas;
isolante;
▪ Palidez.
▪ Certificar-se de estar pisando em chão seco, se
não estiver usando botas com solado isolante; Primeiros socorros

▪ Realizar avaliação primária (grau de Fraturas Fechadas


consciência, respiração e pulsação);
▪ Imobilizar com tala ou material rígido.
▪ Aplicar as condutas preconizadas para parada
cardiorrespiratória, queimaduras e lesões Fraturas Expostas
traumáticas; ▪ Cobrir o ferimento com pano limpo;
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar. ▪ Estancar o sangramento;
FRATURA ▪ Prevenir contra o estado de choque;
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer ▪ Não Movimente a parte fraturada;
osso. Existem dois tipos de fratura:
▪ Não dê nada de comer ou beber à vítima;
▪ Fechadas: sem exposição óssea;
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.
▪ Expostas: o osso está ou esteve exposto.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 92
93
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

ENTORSE-DISTENSÃO-LUXAÇÃO comprometimento neurológico definitivo (tetraplegia


ou paraplegia).
Entorse é a separação momentânea das
superfícies ósseas articulares, provocando o Todo o cuidado deverá ser tomado com estas vítimas
estiramento ou rompimento dos ligamentos; para não surgirem lesões adicionais.

Distensão é o rompimento ou estiramento Sinais e sintomas


anormal de um músculo ou tendão;
▪ Dor local intensa;
Luxação é a perda de contato permanente
▪ Diminuição da sensibilidade, formigamento ou
entre duas extremidades ósseas numa
articulação. dormência em membros inferiores e/ou
superiores;
Sinais e sintomas
▪ Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem
▪ Dor local intensa; abaixo da lesão;

▪ Dificuldade em movimentar a região afetada; ▪ Perda do controle esfincteriano (urina e/ou


fezes soltas).
▪ Hematoma;
NOTA: Todas as vítimas inconscientes deverão ser
▪ Deformidade da articulação; consideradas e tratadas como portadoras de lesões na
▪ Inchaço. coluna.

Primeiros socorros Primeiros socorros

▪ Manipular o mínimo possível o local afetado; ▪ Cuidado especial com a vítima inconsciente;

▪ Não colocar o osso no lugar; ▪ Imobilizar o pescoço antes do transporte,


utilizando o colar cervical;
▪ Proteger ferimentos com panos limpos e
controlar sangramentos nas lesões expostas; ▪ Movimentar a vítima em bloco, impedindo
particularmente movimentos bruscos do
▪ Imobilizar a área afetada antes de remover a pescoço e do tronco;
vítima;
▪ Colocar em prancha de madeira;
▪ Se possível, aplicar bolsa de gelo no local
afetado; ▪ Encaminhar para atendimento hospitalar.

▪ Encaminhar para atendimento hospitalar. TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

LESÕES DA COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral é composta de 33 vértebras


sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix, e no seu
interior há a medula espinhal, que realiza a condução
dos impulsos nervosos.

As lesões da coluna vertebral mal conduzidas podem


produzir lesões graves e irreversíveis de medula, com

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 93
94
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

UMA PESSOA - NAS COSTAS

Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor


de seu pescoço, incline-a para frente e levante-a.

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe


especializada em resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos
do Asfalto, outros). O transporte realizado de forma
imprópria poderá agravar as lesões, provocando
seqüelas irreversíveis ao acidentado. A vítima somente
deverá ser transportada com técnicas e meios próprios,
nos casos onde não é possível contar com equipes
especializadas em resgate.

UMA PESSOA - DE APOIO

Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o


braço da vítima ao redor de seu pescoço.

DUAS PESSOAS - CADEIRINHA

Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da


vítima ao redor do seu pescoço e levante a vítima.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 94
95
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

TRÊS PESSOAS

Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a


parte superior das coxas. A terceira segura a parte
inferior das coxas e pernas. Os movimentos das três
pessoas devem ser simultâneos, para impedir
DUAS PESSOAS - SEGURANDO PELAS EXTREMIDADES
deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e pernas.
Uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra,
segura pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a
vítima simultaneamente.

QUATRO PESSOAS

Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa


imobiliza a cabeça da vítima impedindo qualquer tipo de
deslocamento.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 95
96
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

SESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA


DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO.

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança


e Medicina do Trabalho estão especificado na Norma
Regulamentadora NR 4.

A NR- 4 estabelece a obrigatoriedade da existência do


SESMT em todas as empresas privadas, públicas, órgãos
públicos da administração direta e indireta dos poderes
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT.

O dimensionamento do SESMT vincula-se à graduação


17.RESPONSABILIDADES do risco da atividade principal e ao número total de
empregados do estabelecimento.
Conforme o Art. 157 da CLT
Para que o funcionamento do SESMT atinja seus
Cabe às empresas: objetivos, é necessário que a política visando a
segurança e a saúde do trabalhador, seja bem definida
▪ Cumprir e fazer cumprir as normas de
e garantida pelo apoio da administração e pela
segurança e medicina do trabalho;
conscientização de cada trabalhador da empresa em
▪ Instruir os empregados, por meio de ordens de todos os níveis hierárquicos.
serviço, quanto às precauções a tomar no
Algumas atribuições dos SESMT
sentido de evitar acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais; ▪ Aplicar os conhecimentos de Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho no ambiente
▪ Adotar as medidas que lhes sejam
de trabalho e a todos os seus componentes,
determinadas pelos órgãos competentes;
inclusive máquinas e equipamentos, de modo a
▪ Facilitar o exercício da fiscalização pela reduzir até controlar os riscos ali existentes à
autoridade competente. saúde do trabalhador;

Conforme o Art. 158 da CLT ▪ Determinar ao trabalhador a utilização de


equipamentos de proteção individual – EPI,
Cabe aos empregados: quando esgotados todos os meios conhecidos
• Observar as normas de segurança e medicina do para a eliminação do risco como determina a NR
trabalho, bem como as instruções dadas pelo 6 e se mesmo assim este persistir, e desde que
empregador; a concentração, a intensidade ou característica
do agente assim o exija; • Responsabilizar-se
• Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre tecnicamente, pela orientação quanto ao
segurança e medicina do trabalho; cumprimento do disposto nas NR’s aplicáveis às
atividades executadas pelo trabalhadores das
• Usar corretamente o EPI quando necessário.
empresa e/ou estabelecimentos;

▪ Promover a realização de atividades de


conscientização, educação e orientação dos
trabalhadores para a prevenção de acidentes do

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 96
97
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

trabalho e doenças ocupacionais, tanto por avaliações, limites de tolerância estabelecidos


meio de campanhas quanto de programas de na NR15 e medidas de controle sugeridas,
duração permanente (treinamentos); devendo ser assinado por profissional
legalmente habilitado;
▪ Analisar e registrar em documentos específicos
todos os acidentes ocorridos na empresa ou O PPRA deve estar articulado com os demais
estabelecimento, e todos os casos de doença documentos de saúde e segurança do Trabalho - SST,
ocupacional, descrevendo a história e as como PCMSO, PCA e PCMAT (em caso de construção de
características do acidente e/ou da doença linhas elétricas, obras civis de apoio a estruturas,
ocupacional, os fatores ambientais, as prediais), e inclusive, com todos os documentos
características do agente e as condições dos relativos ao sistema de gestão em SST adotado pela
indivíduos portadores de doença ocupacional empresa.
ou acidentado;
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde
As atividades dos profissionais integrantes do SESMT Ocupacional
são essencialmente prevencionistas, embora não seja
vedado o atendimento de emergência, quando se É fundamental que o PCMSO seja elaborado e planejado
tornar necessário. A elaboração de planos de controle anualmente com base em um preciso reconhecimento
de efeitos de catástrofes, disponibilidade de meios que e avaliação dos riscos presentes em cada ambiente de
trabalho, em conformidade com os riscos levantados e
visem ao combate a incêndios e o salvamento e de
imediata atenção à vítima de qualquer outro tipo de avaliados no PPRA – Programa de Prevenção de Riscos
acidente estão incluídos em suas atividades. Ambientais, no PCMAT – Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, bem
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais como em outros documentos de saúde e segurança, e
inclusive no mapa de riscos desenvolvido pela Comissão
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
documento, que visa a identificar, avaliar, registrar,
controlar e mitigar os riscos ambientais existentes ou Este programa constitui-se num dos elementos de
que venham a existir no ambiente de trabalho. Saúde e Segurança do Trabalho

É fundamental a verificação da existência dos aspectos - SST da empresa e não pode prescindir de total
estruturais no documento base do PPRA, em que dentre engajamento e correspondência com o sistema de
todos os legalmente estabelecidos, cabe especial gestão adotado na empresa, se houver, integrando-o,
atenção para os seguintes: tanto na fase de planejamento de ações quanto na fase
de monitoração dos resultados das medidas de controle
▪ Discussão do documento base com os implementadas.
empregados (CIPA);
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
▪ Descrição de todos os riscos potenciais (PCMSO), além da avaliação individual de cada
existentes em todos ambientes de trabalho, trabalhador envolvido, periodicamente, tem o caráter
internos ou externos e em todas as atividades de um estudo de corte, longitudinal, em que o médico
realizadas na empresa (trabalhadores próprios do trabalho tem oportunidade de acompanhar uma
ou de empresa contratadas); • Realização de
determinada população de trabalhadores ao longo de
avaliações ambientais quantitativas dos riscos sua vida laboral, estudando o possível aparecimento de
ambientais levantados (radiação, calor, ruído, sintomas ou patologias, a partir da exposição conhecida
produtos químicos, agentes biológicos, dentre a fatores agressores. É fundamental que os relatórios
outros), contendo descrição de metodologia anuais sejam detalhados, com a guarda judiciosa dos
adotadas nas avaliações, resultados das
prontuários médicos, sendo a implementação do
esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 97
98
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

programa verificada pelo Auditor Fiscal do Trabalho por de acordos e convenções coletivas de trabalho,
meio da correção dos Atestados de Saúde Ocupacionais, relativas à segurança e saúde no trabalho;
quanto a dados obrigatórios e periodicidade,
▪ Promover, anualmente, em conjunto com o
disponibilidade dos relatórios anuais e, caso necessário,
por meio das análises dos prontuários médicos. SESMT, onde houver, a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
▪ Participar, anualmente, em conjunto com a
Conforme determina a NR 5 as empresas privadas, empresa, de campanhas de prevenção da AIDS.
públicas, sociedades de economia mista, órgãos da
administração direta e indireta, instituições
beneficentes, associações recreativas, cooperativas, 18.GLOSSÁRIO
bem como outras instituições que admitam
1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em
trabalhadores como empregados devem constituir CIPA
corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua,
por estabelecimento e mantê-la em regular
entre fases ou entre fase e terra.
funcionamento. A CIPA tem como objetivo a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de 2. Área Classificada: local com potencialidade de
modo a tornar compatível permanentemente o ocorrência de atmosfera explosiva.
trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador. A CIPA é composta por 3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica
representantes do empregador - (designados) e dos efetiva confiável e adequada intencional a terra,
empregados (eleitos). destinada a garantir a equipotencialidade e mantida
continuamente durante a intervenção na instalação
Algumas atribuições da CIPA: elétrica.

▪ Identificar os riscos do processo de trabalho, e 4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições
elaborar o mapa de riscos, com a participação atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de
do maior número de trabalhadores, com gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a
assessoria do SESMT, onde houver; ignição a combustão se propaga.

▪ Participar da implementação e do controle da 5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em


qualidade das medidas de prevenção corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e
necessárias, bem como da avaliação das igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou
prioridades de ação nos locais de trabalho; 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre
fase e terra.
▪ Realizar, periodicamente, verificações nos
ambientes e condições de trabalho visando a 6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato
identificação de situações que venham a trazer com partes energizadas das instalações elétricas.
riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores; 7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao
trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho
▪ Colaborar no desenvolvimento e por considerar que ela envolve grave e iminente risco
implementação do PCMSO e PPRA e de outros para sua segurança e saúde ou de outras pessoas.
programas relacionados à segurança e saúde no
trabalho; 8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo,
sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência
▪ Divulgar e promover o cumprimento das coletiva, destinado a preservar a integridade física e a
normas regulamentadoras, bem como cláusulas saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 98
99
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

9. Equipamento Segregado: equipamento tornado 20. Procedimento: seqüência de operações a serem


inacessível por meio de invólucro ou barreira. desenvolvidas para realização de um determinado
trabalho, com a inclusão dos meios materiais e
10. Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50
humanos, medidas de segurança e circunstâncias que
volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente impossibilitem sua realização.
contínua, entre fases ou entre fase e terra.
21. Prontuário: sistema organizado de forma a conter
11. Influências Externas: variáveis que devem ser uma memória dinâmica de informações pertinentes às
consideradas na definição e seleção de medidas de
instalações e aos trabalhadores.
proteção para segurança das pessoas e desempenho
dos componentes da instalação. 22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial
para causar lesões ou danos à saúde das pessoas.
12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e
não elétricas associadas e com características 23. Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores
coordenadas entre si, que são necessárias ao de risco, além dos elétricos, específicos de cada
funcionamento de uma parte determinada de um ambiente ou processos de Trabalho que, direta ou
sistema elétrico. indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no
trabalho.
13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT): aquela
que garanta as condições de segurança ao trabalhador 24. Sinalização: procedimento padronizado destinado a
por meio de procedimentos e equipamentos adequados orientar, alertar, avisar e advertir.
desde o início até o final dos trabalhos e liberação para
uso. 25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos inter-
relacionados destinados a atingir um determinado
14. Impedimento de Reenergização: condição que objetivo.
garante a não energização do circuito através de
recursos e procedimentos apropriados, sob controle 26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das
instalações e equipamentos destinados à geração,
dos trabalhadores envolvidos nos serviços.
transmissão e distribuição de energia elétrica até a
15. Invólucro: envoltório de partes energizadas medição, inclusive.
destinado a impedir qualquer contato com partes
internas. 27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão originada
em uma fonte de segurança.
16. Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a
28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual
passagem de corrente elétrica, por interposição de
materiais isolantes. o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda
que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões
17. Obstáculo: elemento que impede o contato condutoras, representadas por materiais, ferramentas
acidental, mas não impede o contato direto por ação ou equipamentos que manipule.
deliberada.
29. Travamento: ação destinada a manter, por meios
18. Perigo: situação ou condição de risco com mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa
probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das determinada posição, de forma a impedir uma operação
pessoas por ausência de medidas de controle. não autorizada.

19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou com 30. Zona de Risco: entorno de parte condutora
conhecimento suficiente para evitar os perigos da energizada, não segregada, acessível inclusive
eletricidade. acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo
com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 99
100
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas


e instrumentos apropriados de trabalho.

31. Zona Controlada: entorno de parte condutora


energizada, não segregada, acessível, de dimensões
estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

ANEXO I
ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA

TABELA DE RAIOS DE DELIMITAÇÃO DE ZONAS DE


RISCO, CONTROLADA E LIVRE
Figura 2 – Distancias no ar que delimitam radialmente
as zonas de risco, controlada e livre, com interposição
de superfície de separação física adequada.

ZL: Zona Livre

ZN: Zona Controlada, restrita a trabalhadores


autorizados.

ZR: Zona de Risco, restrita a trabalhadores autorizados


e com a adoção de técnicas, instrumentos e
equipamentos apropriados ao trabalho.

Figura 1 – Distâncias no ar que delimitam radialmente PE: Ponto da instalação energizado.


as zonas de risco, controlada e livre.
SI: Superfície isolante construída com material
resistente e dotada de todos dispositivos de segurança.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 100
101
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

ANEXO II 5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT: NBR-


5410, NBR 14039 e outras;
TREINAMENTO
6. Regulamentações do MTE:
1. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS COM ELETRICIDADE a) NRs;

I - Para os trabalhadores autorizados: carga horária b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com
mínima – 40h: Eletricidade);

Programação Mínima: c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização.

1. introdução à segurança com eletricidade. 7. Equipamentos de proteção coletiva.

2. riscos em instalações e serviços com eletricidade: 8. Equipamentos de proteção individual.

a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos; 9. Rotinas de trabalho – Procedimentos.

b) arcos elétricos; queimaduras e quedas; a) instalações desenergizadas;

c) campos eletromagnéticos. b) liberação para serviços;

3. Técnicas de Análise de Risco. c) sinalização;

4. Medidas de Controle do Risco Elétrico: d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e


equipamento;
a) desenergização.
10. Documentação de instalações elétricas.
b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção;
temporário; 11. Riscos adicionais:

c) equipotencialização; a) altura;

d) seccionamento automático da alimentação; b) ambientes confinados;

e) dispositivos a corrente de fuga; c) áreas classificadas;

f) extra baixa tensão; d) umidade;

g) barreiras e invólucros; e) condições atmosféricas.

h) bloqueios e impedimentos; 12. Proteção e combate a incêndios:

i) obstáculos e anteparos; a) noções básicas;

j) isolamento das partes vivas; b) medidas preventivas;

k) isolação dupla ou reforçada; c) métodos de extinção;

l) colocação fora de alcance; d) prática;

m) separação elétrica. 13. Acidentes de origem elétrica:

a) causas diretas e indiretas;

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 101
102
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

b) discussão de casos; 4. Condições impeditivas para serviços.

14. Primeiros socorros: 5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):

a) noções sobre lesões; a) proximidade e contatos com partes energizadas;

b) priorização do atendimento; b) indução;

c) aplicação de respiração artificial; c) descargas atmosféricas;

d) massagem cardíaca; d) estática;

e) técnicas para remoção e transporte de acidentados; e) campos elétricos e magnéticos;

f) práticas. f) comunicação e identificação; e

14. RESPONSABILIDADES. g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos


especiais.
2. CURSO COMPLEMENTAR – SEGURANÇA NO
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) E EM SUAS 6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*)
PROXIMIDADES.
7. Procedimentos de trabalho – análise e discussão. (*)
É pré-requisito para freqüentar este curso
complementar, ter participado, com aproveitamento 8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)
satisfatório, do curso básico definido anteriormente. a) em linha viva;
Carga horária mínima – 40h b) ao potencial;
(*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos c) em áreas internas;
especificamente para as condições de trabalho
características de cada ramo, padrão de operação, de d) trabalho a distância;
nível de tensão e de outras peculiaridades específicas ao
e) trabalhos noturnos; e
tipo ou condição especial de atividade, sendo obedecida
a hierarquia no aperfeiçoamento técnico do f) ambientes subterrâneos. 13
trabalhador.
9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha,
I - Programação Mínima: uso, conservação, verificação, ensaios) (*).
1. Organização do Sistema Elétrico de Potencia – SEP. 10. Sistemas de proteção coletiva (*).
2. Organização do trabalho: 11. Equipamentos de proteção individual (*).
a) programação e planejamento dos serviços; 12. Posturas e vestuários de trabalho (*).
b) trabalho em equipe; 13. Segurança com veículos e transporte de pessoas,
materiais e equipamentos (*).
c) prontuário e cadastro das instalações;
14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho (*).
d) métodos de trabalho; e
15. Liberação de instalação para serviço e para
e) comunicação.
operação e uso (*).
3. Aspectos comportamentais.

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 102
103
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

16. Treinamento em técnicas de remoção, DE ACIDENTE. Ilha Solteira: Universidade Estadual


atendimento, transporte de acidentados (*). Paulista, v. 2, 2006.

17. Acidentes típicos (*) – Análise, discussão, medidas [7] ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DOS
de proteção. ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA. São Paulo:
Abracopel, Data Base 2017.
18. Responsabilidades (*).
[8] CAPELLI, Alexandre. ATERRAMENTO ELÉTRICO.
SABER ELETRÔNICA, São Paulo, v. 329, n. 1, p.56-59,
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA jun. 2000.

[1] MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR 10: [9] SILVA, Alessandro José Nunes da et al. Acidentes de
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. trabalho e os religadores automáticos no setor elétrico:
Brasília: DOU, 2016. para além das causas imediatas. CAD. SAÚDE PÚBLICA.
São Paulo, p. 1-13. nov. 2017.
[2] RÔMULO, Alan; SENGER, Eduardo (Ed.). A IEEE 1584
e os métodos para cálculo de energia incidente e [10] LEÃO, Ruth. GTD – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E
distância segura de aproximação: Etapas para realização DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. Fortaleza:
do cálculo de energia incidente. O SETOR ELÉTRICO: Universidade Federal do Ceará, 2009.
Proteção contra arco elétrico e EPIs, São Paulo, v. 5, n.
1, p.34-39, 12 junho. 2012. Periódico. Disponível em: [11] POSSI, Marcus (Ed.). Manutenção e operação. O
<https://www.osetoreletrico.com.br/>. SETOR ELÉTRICO: Instalações de Média Tensão, n. 1,
p.32-40. Periódico. Disponível em:
[3] RESENDE, Filipe Barcelos. PROTEÇÃO ELÉTRICA EM <https://www.osetoreletrico.com.br/>.
SUBESTAÇÕES: UMA ABORDAGEM SOBRE A ENERGIA
INCIDENTE. 2016. 100 f. Monografia (Pós-Graduação) - [12] ANEEL. CAPACIDADE DE GERAÇÃO DO BRASIL.
Curso de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Disponível em:
Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016. <http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebras
il/capacidadebrasil.cfm>. Acesso em: 18 set. 2018.
[4] BECKER, William Domingos. ESTUDO DE TÉCNICAS
PARA REDUÇÃO DE CAMPOS MAGNÉTICOS GERADOS [13] SIQUEIRA, Gustavo Silva. PRIMARIZAÇÃO DE
POR LINHAS DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA. 2008. 95 EQUIPE DE MANUTENÇÃO DE LINHAS DE
f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Elétrica, DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA. 2011. 44 f. TCC
Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica, (Graduação) - Curso de Engenharia Elétrica, Eesc/usp,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SÃo Carlos, 2011.
2008.
[14] LUIZ CARLOS DE MIRANDA JUNIOR (São Paulo).
[5] NUNES, Eduardo de Godoi Saldanha. PREVENÇÃO CPFL Energia (Org.). SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
CONTRA CHOQUE ELÉTRICO EM EDIFICAÇÕES SERVIÇOS EM ELETRICIDADE: Manual de treinamento -
PREDIAIS DO DISTRITO FEDERAL: ESTUDO CPNSP. São Paulo: Comissão Tripartite Permanente de
EXPLORATÓRIO DAS NORMAS NR 10, NBR 5410 e NBR Negociação do Setor Elétrico no Estado de São Paulo -
5419. 2016. 137 f. TCC (Graduação) - Curso de CPN, 2005.
Departamento de Engenharia ElÉtrica, Faculdade de
Tecnologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

[6] SEGURANÇA EM ELETRICIDADE: NORMAS DE


CONDUTA EM EXPERIMENTOS COM RISCO POTENCIAL

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 103
104
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

MENSAGEM
Acredite na Política de Segurança da empresa e se
comprometa a fazer parte do time que busca
incansavelmente o acidente “ZERO”!

Lembre-se: Nada se compara à vida.

MUITO OBRIGADA!

esocialbrasil.com.br
(31) 3831-5076 104

Você também pode gostar