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PROJETO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS CONTRA RISCOS DE
Por: Ver.: Apr.: Rev:
EXPLOSÕES – SISTEMA DE GESTÃO DE RISCOS / BASE TÉCNICA.
Eduardo Souza Roberto Cícero 0
DATA: 04.10.2014
SUMÁRIO
1. CONCEITOS BÁSICOS...............................................................................................................4
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1.2 Processo............................................................................................................................4
FIGURAS
TABELAS
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1. CONCEITOS BÁSICOS
Fonte ou situação capaz de gerar consequências indesejáveis em termos de lesão, doença, impacto
ambiental negativo, dano à propriedade, ao produto, às operações, ou uma combinação de todos.
1.2 Processo
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
MERCADO
OBJETIVOS DO PROCESSO
Controle em processo
ENTRADAS DO SAÍDAS DO
PROCESSO OPERAÇÕES DE PROCESSO
(RECURSOS) (PRODUTOS)
TRANSFORMAÇÃO
MERCADO
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Risco é uma combinação da Probabilidade de Ocorrência de um evento danoso (PO), e a Amplitude de sua
Consequência (AC).
Parte do Sistema de Gestão Organizacional (SGO) que facilita o gerenciamento dos riscos associados com o
negócio das organizações. O SGR inclui a estrutura organizacional, as atividades de planejamento, as
responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e os recursos para o desenvolvimento,
implantação, realização, revisão e manutenção da política de riscos da organização.
Como o risco é constituído por dois fatores, a Probabilidade de Ocorrência e a Amplitude da Consequência,
para que se avalie o Nível do Risco é necessário que se efetue uma estimativa desses dois fatores.
A Probabilidade de Ocorrência dos riscos deve ser estimada com base anual e em função da experiência no
processo em estudo. Como, em muitos casos, não é possível a determinação direta dessa probabilidade,
pode-se estimar a probabilidade de ocorrência da causa ou das causas que geram o risco e assumir que
essa é a probabilidade de ocorrência do próprio risco, afirmação essa que nem sempre é verdadeira. Notar
que, quando existem duas ou mais causas que devem contribuir, simultaneamente, para a ocorrência do
risco, deve-se determinar a probabilidade de ocorrência das duas causas ocorrendo simultaneamente. No
exemplo já citado, para uma explosão, deve-se estimar a probabilidade de ocorrência da nuvem inflamável
no ambiente e da existência da fonte de ignição. Essa probabilidade é, logicamente, muito inferior das
probabilidades das duas causas isoladamente.
Para a estimativa da probabilidade de ocorrência dos desvios, a partir da probabilidade de ocorrência das
causas, utiliza-se o critério da Taxa de Falha média da operação versus a estimativa do número de vezes
que essa operação é efetuada em um ano. Para tanto, pode-se padronizar determinadas Taxas de Falhas
conforme ilustração na Tabela abaixo.
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DENOMI-
CLASSE PO / ANO DESCRIÇÃO
NAÇÃO
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DENOMI-
CLASSE PO / ANO DESCRIÇÃO
NAÇÃO
cada 10 anos
Muito Ocorrência esperada de acontecer uma ou outra vez
F PO >> 100
Frequente em cada ano.
Ocorrência esperada de acontecer diversas vezes em
G Rotineira PO > > > 100
cada mês.
1.6.2. Estimativa da Amplitude da Consequência (AC)
Para a estimativa qualitativa da Amplitude das Consequências (AC) pode-se fazer uso de fatores como:
־ Experiência
No momento de se estimar a Amplitude da Consequência, é preciso que se defina o escopo dos riscos que
estão sendo considerados, por exemplo:
A tabela abaixo representa um dos critérios que se pode utilizar para estimar a Amplitude das
Consequências.
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CLASSE CARACTERÍSTICAS
־ Não provoca lesões e nem danos à saúde em funcionários e terceiros (não
funcionários e público externo)
־ Não provoca danos ou provoca danos de pequena monta aos equipamentos,
I
materiais e instalações.
DESPREZÍVEL
־ Não provoca parada de produção ou provoca atrasos insignificantes.
־ Pode provocar uma repercussão significativa entre funcionários / terceiros dentro da
propriedade e repercussão de pequena pouco significativa na comunidade.
III ־ Provoca lesões e danos à saúde com certa gravidade em funcionários ou terceiros
quando dentro da propriedade, e lesões ou danos à saúde de gravidade leve em
CRÍTICA
membros da comunidade. Pode ocorrer uma ou outra morte ou lesão incapacitante
dentro da propriedade.
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CLASSE CARACTERÍSTICAS
־ Provoca grandes alterações na qualidade do produto, passível de não ser detectada
Quando em processo.
־ Pode provocar repercussão de grande monta entre os funcionários e terceiros dentro
da propriedade e repercussão significativa na comunidade.
־ Podem provocar mortes, lesões graves, danos irreversíveis à saúde de funcionários,
terceiros e membros da comunidade em geral.
־ Podem provocar danos de grande monta e irreversíveis ao meio ambiente interno ou
externo à propriedade
A avaliação do Nível de Risco a que estão sujeitas as pessoas, o meio ambiente, clientes, enfim, todas as
partes interessadas, é uma conjugação dos resultados da Amplitude das Consequências com a
Probabilidade de Ocorrência.
Trata-se de uma estimativa não muito precisa e sujeita a grande variabilidade já que depende de muitos
fatores e parâmetros.
O gráfico da figura abaixo é um dos critérios que pode ser utilizado para avaliar o Nível de Risco para
operações de processamento industrial. Dependendo da amplitude de enfoque do risco, esse gráfico
poderá ser alterado.
Por exemplo, o critério abaixo considera que repetidas ocorrências (PO = G) com Amplitude de
Consequências desprezíveis (AC = I), representa um Nível de Risco 3 porque o critério está considerando o
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risco à imagem da empresa. Assim, repetidas pequenas não conformidades com o produto, gerando
pequenas repercussões junto ao mercado, irá refletir, ao longo do tempo, na imagem da empresa e, por
isso, não podem ser consideradas aceitáveis.
AC
IV 3 3 4 4 5 5 5
III 1 2 3 3 4 4 5
II 1 1 2 2 3 3 4
I 1 1 1 1 2 2 3
PO
A B C D E F G
Uma vez estimado o Nível de Risco, é preciso classificá-lo para saber se é um risco aceitável ou não
aceitável. A tabela abaixo é um dos critérios que podem ser utilizados para definir se o risco é aceitável ou
não.
ID DENOMINAÇÃO DESCRIÇÃO
1 DESPREZÍVEL Aceitável
2 MENOR Aceitável, sujeito à melhoria
3 MODERADO Aceitável, por curto período de tempo apenas
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ID DENOMINAÇÃO DESCRIÇÃO
Antes de serem adotadas as ações preventivas / corretivas para transformar riscos não aceitáveis em
riscos aceitáveis, é preciso que se conheça qual a natureza dessas medidas.
Observando-se a estrutura de uma entidade qualquer, como uma empresa, é possível distinguir,
facilmente, a presença de pessoas, de infraestrutura física, de operações e de ações de gerenciamento.
Numa avaliação mais apurada, pode-se perceber, ainda, que toda entidade possui, mesmo que apenas
implicitamente, um direcionamento, ou seja, uma diretriz que indica os caminhos a serem trilhados, os
objetivos a serem alcançados, etc.
Por isso, pode-se dizer que uma entidade é um sistema (Conjunto de elementos inter-relacionados ou
interativos) constituído por cinco subsistemas, o estratégico, o do pessoal, o gerencial, o dos recursos
físicos e o operacional.
Por esse motivo, o Sistema de Gestão de uma entidade, deve abranger a gestão desses cinco subsistemas
conforme ilustrado na figura abaixo.
MERCADO
Estratégic
o
Recursos Físicos
Operacional
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Recursos
Humanos
Gestão
Nesse sentido, as medidas que devem ser tomadas para a diminuição dos riscos devem ser medidas
relacionadas com um ou mais de um desses cinco sistemas. Isto significa que, para transformar um risco
não aceitável em risco aceitável, pode ser necessária a adoção de medidas estratégicas e / ou medidas
relacionadas com o pessoal e / ou medidas de gerenciamento e / ou medidas relacionadas com o sistema
físico e / ou medidas operacionais.
Sabe-se, por outro lado, que o conceito de risco abrange dois componentes, a Probabilidade de Ocorrência
do desvio (PO) e a Amplitude da Consequência (AC) desse desvio. Assim, e conforme ilustração da figura
abaixo referenciada, para que um risco não aceitável “X” seja transformado em um risco aceitável, três
tipos de medidas podem ser tomados:
־ As medidas para diminuir a Probabilidade de Ocorrência do risco (“X” >>> “Y”),
־ As medidas para eliminar / minimizar a Amplitude da Consequência (“X" >>> “W”) ou
AC
IV 3 3 4 4 5 5 5
1 2 3 3
III Y X 4 4 5
1
II 1 Z 2 2 3 3 4
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1
I 1 1 1 W 2 2 3
PO
A B C D E F G
Em algumas situações, pode ser que a Análise Preliminar de Riscos não seja uma ferramenta robusta para
fornecer uma percepção mais clara do risco e nem das medidas que devem ser tomadas. Se isto ocorrer,
nova análise de riscos, com metodologias mais apropriadas para cada caso, podem ser adotadas.
Uma vez identificados os riscos e estabelecidas as recomendações para diminuir o Nível desses Riscos, um
relatório deve ser elaborado de modo a refletir todo o trabalho realizado constando, no mínimo, um
histórico que levou ao estudo, os objetivos a serem alcançados, a caracterização do empreendimento com
descrição do processo, a metodologia de análise de riscos utilizada, o estudo em si (Planilhas) e as
recomendações.
A natureza e o nível de aprofundamento das medidas preventivas / corretivas a serem tomadas para
transformar riscos não aceitáveis em riscos aceitáveis irão depender, logicamente, do nível referencial do
SGR que se tem o qual depende, por sua vez, do nível do SGO – Sistema de Gestão da Organização.
Nesse sentido, é importante fazer uma referência sobre os possíveis níveis do SGR que podem ser
adotados por uma organização.
Este é o nível ideal onde existe um Processo de Gestão de Riscos sob controle através do qual a
confiabilidade desejada é, praticamente, garantida porque existe um Sistema de Gestão de Riscos
elaborado, documentado, implantado e registrado com base em evidências objetivas, onde:
Em tal “processo sob controle”, as operações do dia a dia estão conformes, assim como as ações
esporádicas porque estas devem se enquadrar no processo. Os desvios existentes são aleatórios, sem
influência não aceitável no processo, e os desvios significativos estão dentro de uma probabilidade de
ocorrência aceita e são prontamente identificados e corrigidos.
Nesse nível, existe um Processo de Gestão de Riscos, mas que não está ainda sob controle, onde as ações
do dia a dia, na maior parte das vezes, são conformes, porém, não existem salvaguardas que garantam
que as ações esporádicas possam estar conformes. O “processo de gestão de riscos fora de controle”,
regra geral, é caracterizado como tendo as operações conformes na prática, porém, sem uma
documentação, registro, controle em processo e fora de processo formalizado e, portanto, controle esse
que pode se efetivar ou não. As ações de melhoria podem existir pontualmente, porém, não há
formalização oficial. Além dos desvios aleatórios aceitáveis, desvios significativos podem ocorrer
repetidamente.
Nesse nível, não existe processo de gestão de riscos. As operações são executadas a critério de cada
profissional ou a critério de cada uma das chefias. Procedimentos podem estar ou não estabelecidos e,
mesmo quando estabelecidos, podem ser procedimentos aleatórios, sem estar vinculados aos sistemas de
gestão da organização. O processo é totalmente não confiável. Desvios significativos estão ocorrendo
rotineiramente e operações classificadas como de nível de risco não aceitável podem estar sendo
executadas.
Neste nível, não existem procedimentos e nem práticas estabelecidas. As operações são executadas de
acordo com a decisão individual dos profissionais ou das chefias. O processo se encontra totalmente
vulnerável e fora de controle. Os riscos estão presentes e, regra geral, estão ocorrendo acidentes com
elevada frequência.
Dependendo do nível referencial do SGR escolhido, haverá uma influência nos resultados dos estudos de
análise de riscos. Quanto mais rigoroso o nível de referência, mais elevados poderão ser os níveis dos
riscos encontrados, porque o referencial é mais rígido, porém, as medidas serão mais abrangentes e
eficazes, tornando o resultado do nível de risco médio final mais confiável.
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