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GRTE – Guia de Recomendações Técnicas de Engenharia Público

Raízen
ENGENHARIA DE LD&T

PROCEDIMENTO TÉCNICO

PT-E-01

Setembro - 2016

GRTE – GUIA DE RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS DE ENGENHARIA

TUBULAÇÕES

Público
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CONTROLE DE REVISÃO

Versão Emissor Verificador / Aprovador

Ver. Motivo Nome Data Verific. Aprov. Data


Diego P. Maia / L. dos
A 1°emissão 16/09/2016 Jeferson Becker 16/09/2016
Biscouto Santos
Revisão – inclusão da
Jeferson Paulo Maia / L.
2 especificação de juntas de 11/09/2018 Daniel Baio 17/09/2018
Becker dos Santos
vedação

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SUMÁRIO
1. OBJETIVO............................................................................................................................................. 5

2. NORMAS ............................................................................................................................................... 5

5.1. NORMAS ................................................................................................................................................... 5

5.2. MATERIAIS ............................................................................................................................................... 5

3. CONDIÇÕES GERAIS .......................................................................................................................... 6

4. ASPECTOS TÉCNICOS ....................................................................................................................... 7

5. PROPRIEDADES DOS TUBOS ........................................................................................................... 8

5.1. ESPESSURAS MÍNIMAS PARA PAREDES DE TUBOS................................................................... 8

5.2. DIMENSÕES DE TUBOS ........................................................................................................................ 8

6. MEIOS DE LIGAÇÃO ENTRE TUBOS ................................................................................................ 9

6.1. LIGAÇÕES SOLDA DE TOPO ............................................................................................................... 9

6.2. LIGAÇÕES SOLDA DE ENCAIXE ......................................................................................................... 9

6.3. LIGAÇÕES FLANGEADAS ENTRE TUBOS E ACESSÓRIOS ........................................................ 9

6.4. PROCEDIMENTOS E QUALIFICAÇÕES DE SOLDAGEM............................................................. 10

7. PARÂMETROS PARA CÁLCULO TUBULAÇÕES ...........................................................................11

7.1. DADOS BÁSICOS .................................................................................................................................. 11

8. ALÍVIO DE PRESSÃO E ELIMINAÇÃO DE AR ................................................................................12

8.1. ALÍVIO DE PRESSÃO ........................................................................................................................... 12

8.2. ALÍVIO TÉRMICO PARA PRODUTOS CLAROS .............................................................................. 12

8.3. ELIMINADOR DE AR ............................................................................................................................. 12

9. MONTAGEM TUBULAÇÃO ...............................................................................................................13

9.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 13

9.2. MONTAGEM AÉREA ............................................................................................................................. 13

9.3. MONTAGEM SUBTERRÂNEA ............................................................................................................. 15

9.4. DUTOS EXTERNOS .............................................................................................................................. 23

9.5. SUPORTES DE TUBULAÇÃO ............................................................................................................. 25

9.6. TIPOS DE SUPORTES PARA TUBULAÇÕES ................................................................................. 26

9.7. VÃOS MÁXIMOS ENTRE SUPORTES DE TUBULAÇÕES. ........................................................... 26

9.8. VÃOS MÁXIMOS ENTRE SUPORTES PARA CURVAS EM BALANÇO ...................................... 27

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9.9. DORMENTES DE CONCRETO. .......................................................................................................... 30

10. ESPAÇAMENTOS ENTRE TUBOS E DIMENSÕES PARA LINHA / RAMAL .................................31

10.1. DIMENSÕES DE ESPAÇAMENTO ENTRE TUBOS PARALELOS ............................................... 31

10.2. ESPAÇAMENTO ENTRE TUBOS ....................................................................................................... 31

10.3. DEFASAGEM ENTRE FLANGES ........................................................................................................ 32

10.4. ESPAÇAMENTO ENTRE FLANGES COINCIDENTES ................................................................... 32

10.5. ESPAÇAMENTOS ENTRE CRUZAMENTOS DE TUBOS .............................................................. 32

10.6. ESPAÇAMENTOS PARA DERIVAÇÕES SOLDADAS .................................................................... 33

10.7. DERIVAÇÕES PARA LINHA TRONCO E LINHA RAMAL .............................................................. 34

11. MONTAGEM TÍPICA DE INSTALAÇÃO DA TUBULAÇÃO NA BOMBA ........................................35

12. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS DE MONTAGEM...........................................................................37

12.1. TÍPICO DE MONTAGEM....................................................................................................................... 37

12.2. BOCA DE LOBO PENETRANTE COM DIÂMETROS DIFERENTES ............................................ 38

12.3. BOCA DE LOBO PENETRANTE COM DIÂMETROS IGUAIS ....................................................... 38

13. TESTE .................................................................................................................................................39

13.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 39

13.2. TESTE HIDROSTÁTICO ....................................................................................................................... 39

14. ANEXOS..............................................................................................................................................47

ANEXO I – FICHA DE REGISTRO TH ............................................................................................................. 47

ANEXO II - LAUDO CONCLUSIVO DE TESTE HIDROSTÁTICO EM TUBULAÇÕES ............................ 48

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1. OBJETIVO

Esta GRTE recomenda critérios gerais para padronização de materiais e procedimentos básicos para
montagens de tubulações em Terminais de Distribuição e Etanol, novos ou existentes, da RAÍZEN, no
transporte e manuseio de Hidrocarbonetos, Biocombustíveis, Aditivos e Materiais que fazem parte das
operações (Ex: Sistema de Combate Incêndio / Água Potável e de Drenagem) etc.

2. NORMAS

5.1. NORMAS

Os projetos e as montagens de tubulações devem obedecer às normas listadas a seguir.

- ABNT – NBR 17505 – Parte 5 “Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis”.

- ASME/ANSI B31.3 – “Process Piping Guide”

5.2. MATERIAIS

Os materiais dos tubos de deverão atender as seguintes especificações.

2.2.1. Para uso com hidrocarbonetos, biocombustíveis e aditivos:

• ASTM-A-106 Gr.B
• API 5L – Gr. B

2.2.2. Para uso com água de combate a incêndio

• ASTM – A-106 Gr.B

2.2.3. Para uso com água potável

• ASTM A-106 GB. B


• ASTM API 5L – Gr. B
• ASTM A-53
• ASTM A-120 galvanizado
• PVC

2.2.4. Para uso em juntas de vedação

• ANSI/ASME B 16.21.

NOTA: 1. A seleção para uso dos materiais acima mencionados será feita considerando a
disponibilidade de compra e o custo.

2. Tubo sem costura é obrigatória a todas as tubulações para hidrocarbonetos e


biocombustível.

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3. CONDIÇÕES GERAIS


[C] Deve ser evitado o uso de tubulações com os seguintes diâmetros nominais: 1/4”, 3/8”,
1.1/4”, 2.1/2”, 3.1/2” e 5”, e sempre especificar materiais de tubulações e acessórios de uso
comercial, obedecendo as especificações do projeto.


[SP] Permitem-se pequenos trechos de tubo ou acessórios de tubulação com diâmetros
nominais: 1/4”, 3/8”, 1.1/4”, 2.1/2”, 3.1/2” e 5”, apenas quando necessário, para conectar
diretamente em equipamentos.


O diâmetro nominal de 2.1/2” pode ser usado para sistemas de água de incêndio, sistema
de ar comprimido ou quando especificado e aprovado pelo engenheiro em outra aplicação.


[S] Em serviços com hidrocarbonetos e biocombustível não é permitido o uso de conexões
com rosca e uniões.

Para qualquer tubulação de fluido de processo o menor diâmetro nominal sugerido é de
3/4”.

Permitem-se tubulações com diâmetro de 1/2, ou menores, para utilidades ou aditivos.


Descrição dos códigos utilizados para a origem da recomendação / prática.

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4. ASPECTOS TÉCNICOS

Para definições conceituais, foram considerados com 5 aspectos nas tomadas de decisão:

CÓDIGO DESCRIÇÃO

Especificações / definições cuja motivação primária é a redução do custo de


C
implantação (e não associados à operabilidade / manutenção).
Especificações / definições cuja motivação primária são aspectos de Meio Ambiente
MA
(Controle / redução de emissões para o ar ou água ou solo).
Enfoque para aspectos que facilitam as ações de manutenção (durante paradas
MO programadas, intervenções “on stream”) ou a operacionalidade (modo de falha,
operação degradada, etc…) de equipamentos ou sistemas.
Aspectos chave para a Segurança de Processo (“Process Safety”) que devem ser
considerados para garantir operação (pós implantação) com risco tão baixo quanto
razoavelmente possível (ALARP – “As Low As Reasonably Practicable”). A
Segurança de Processo envolve a prevenção de vazamentos, falha de
equipamentos, sobrepressão, temperatura excessiva, corrosão, fadiga de metal,
SP dentre outros. Um bom exemplo são os cuidados no projeto de engenharia,
procedimentos operacionais e de emergência associados ao Switch Loading
(sistema de aterramento, tamanho adequado do braço de carregamento TOP,
procedimento de operação para encostar o braço no fundo do compartimento e na
escotilha, controle de baixa vazão inicial de carregamento, cuidados com o produto
carregado anteriormente no compartimento e nos compartimentos vizinhos, etc…).
Aspectos de engenharia que evitam, por desenho, eventos de segurança pessoal
S
(injúria, lesão ou exposição desnecessária a substâncias agressivas).

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5. PROPRIEDADES DOS TUBOS

5.1. ESPESSURAS MÍNIMAS PARA PAREDES DE TUBOS

DIÂMETRO
ESPESSURA MÍNIMA DE PAREDE
NOMINAL DO TUBO
EXTREMIDADE LISA SCH 80
DE 1/2" ATÉ 1 1/2"
EXTREMIDADE ROSCADA SCH 160
DE 2" ATÉ 6" SCH 40
DE 8" ATÉ 12" SCH 20
DE 14" ATÉ 16" SCH 10

5.2. DIMENSÕES DE TUBOS

DIÂMETRO DIÂMENTRO DIÂMETRO ÁREA DA


NOMINAL EXTERNO INTERNO ESPESSURA PESO (tubo SCHEDULE SEÇÃO
(pol) (mm) (mm) DE PAREDE vazio kg/m) Nº LIVRE (cm²)
13,80 3,73 1,62 80 2,06
1/2" 21,00
11,80 4,75 1,94 160 1,10
18,80 3,91 2,19 80 2,79
3/4" 27,00
15,60 5,54 2,88 160 1,91
24,30 4,55 3,23 80 4,64
1" 33,00
20,70 6,35 4,23 160 3,37
38,10 5,08 5,40 80 11,40
1 1/2" 48,00
33,90 7,14 7,23 160 9,07
2" 60,00 52,50 3,91 5,44 40 21,70
2 1/2" 73,00 62,70 5,16 8,62 40 30,90
3" 89,00 77,90 5,48 11,28 40 47,70
4" 114,00 102,30 6,02 16,06 40 82,10
6" 168,00 154,00 7,11 28,23 40 186,40
8" 219,00 206,37 6,35 33,27 20 334,48
10" 273,00 260,35 6,35 41,74 20 532,36
12" 324,00 311,10 6,35 49,70 20 760,70
14" 356,00 342,90 6,35 54,62 10 923,30
16" 406,00 393,70 6,35 62,57 10 1217,50

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6. MEIOS DE LIGAÇÃO ENTRE TUBOS

6.1. LIGAÇÕES SOLDA DE TOPO


Tubulações com diâmetro igual ou superior 2” deverão ser conectadas através de solda de
topo.


As extremidades dos tubos com diâmetro superior a 2” para conexão soldada devem ter
suas extremidades chanfradas.


Para a execução de solda entre tubos e conexões, deverá ser elaborado um procedimento
de soldagem, obedecendo a norma ASME.B.16.25, ou de outras normas vigentes e
exigidas para este processo.

6.2. LIGAÇÕES SOLDA DE ENCAIXE


É usualmente aplicado em tubos com diâmetros até 1 1/2”.


A norma ASME B 31.3, recomenda que não se empregue solda de encaixe em serviços de
alta corrosão ou erosão. Este tipo de solda é proibido para tubos com diâmetros acima de
1.1/2”.

6.3. LIGAÇÕES FLANGEADAS ENTRE TUBOS E ACESSÓRIOS


[MO] Flanges deverão ser utilizados em tubulações de diâmetro nominal de 2” ou maiores.

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[S] [MA] A instalação de flanges deve ser limitada a trechos sujeitos a desmontagens (ex.
headers) e nas ligações a equipamentos (ex. válvulas, bombas, filtros... etc.).

6.3.1 Juntas de vedação

➢ Flanges até 10” - papelão hidráulico, tipo anel, de fibra de aramida e borracha NBR, p/
flanges classe 150# ASME b16.5, para flanges c/ face c/ ressalto FR ranhurado STD de acordo
com MSS SP-6, esp.1,6mm, grafitado, dimensões conforme ASME b16.21.

➢ Flanges acima de 10” - papelão hidráulico, tipo anel, de fibra de aramida e borracha NBR, p/
flanges classe 150# ASME b16.5, para flanges c/ face c/ ressalto FR ranhurado STD de acordo
com MSS SP-6, esp.1,6mm, grafitado, dimensões conforme ASME b16.21.

➢ [SP] Para flanges de tubos que movimentam biodiesel o papelão hidráulico deverá ser
substituído por Laminado de PTFE (Politetrafluretileno) - (ref. TEADIT TF1570).

6.4. PROCEDIMENTOS E QUALIFICAÇÕES DE SOLDAGEM

Todos os processos de soldagem e profissionais envolvidos devem apresentar no mínimo à


documentação especificada abaixo:

➢ Especificação do procedimento de soldagem;

➢ Registro da qualificação dos procedimentos de soldagem;

➢ Qualificação do soldador ou operador de soldagem;

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7. PARÂMETROS PARA CÁLCULO TUBULAÇÕES

7.1. DADOS BÁSICOS

7.1.1. Velocidade de escoamento

OPERAÇÃO VELOCIDADE (m/s)


SUCÇÃO até 1,8
RECALQUE 2,5 a 5

TABELA DENSIDADE E VISCOSIDADE

ITEM DENSIDADE A 20ºC (g/cm3) VISCOSIDADE (Cst)


GASOLINA A 0,72 – 0,76 (@ 20 ºC) 0,539
GASOLINA C 0,73 – 0,77 (@ 20 ºC) -
DIESEL S-10 / S-500 0,820 – 0,865 (@ 20 ºC) 2,5 – 5,5 (@ 40°C)
QAV 0,804 1,0 – 2,4 (@ 40°C)
ÓLEO COMBUSTÍVEL 1,024 620 (@ 60°C)
ETANOL ANIDRO 0,8 (@ 20 ºC) 1,342 (@ 20°C)
ETANOL HIDRATADO 0,8 (@ 20 ºC) 1,49 (@ 20°C)
BIODIESEL 0,82 – 0,88 (@ 20 ºC) 2,5 – 5,5

7.1.2. Primeira estimativa de diâmetro


A fórmula a seguir fornece a área do tubo em função da vazão definida e da velocidade de
escoamento do produto. Com o valor desta área, podemos obter a primeira estimativa de
diâmetro para a tubulação que se deseja determinar.


É importante frisar, que este cálculo tem a finalidade de fornecer somente uma ideia do
diâmetro da tubulação, já que não estamos considerando neste cálculo, as perdas de carga
por atrito, as perdas de carga consequentes de curvas, válvulas e outros acessórios, as
distâncias entre os pontos para os quais se quer instalar a tubulação, etc.

Vazão= m³/h

Velocidade=m/s

Área=cm²

Diâmetro= mm

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8. ALÍVIO DE PRESSÃO E ELIMINAÇÃO DE AR

8.1. ALÍVIO DE PRESSÃO

[SP] Todas as bombas de produto de deslocamento positivo deverão possuir alívio de pressão.

[MO] No caso de produtos escuros, quando mais de uma bomba estiver succionando de um mesmo
tanque, o alívio poderá ser instalado entre o header de recalque e o header de sucção.

No caso de bombas de aditivação, o alívio deverá ser individual, podendo ser instalado no corpo da
bomba.

8.2. ALÍVIO TÉRMICO PARA PRODUTOS CLAROS

Todas as tubulações de produtos claros deverão possuir alívio térmico. Para mais detalhes ver o
Procedimento Técnico PT-H-01 “RECOMENDAÇÃO TÉCNICA PARA SISTEMAS DE VÁLVULAS DE
SEGURANÇA E ALÍVIO TÉRMICO” e os padrões PA-E-001.1 E PA-E-001.2
“MONTAGEM TÍPICA DE ALÍVIO TÉRMICO”.

8.3. ELIMINADOR DE AR

O eliminador de ar deve ser utilizado nas tubulações de sucção de produto quando houver possibilidade
de entrada de ar, usualmente nas operações de descarregamento de auto tanque e vagão tanque.

Vista Superior

Especificações

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1 Cotovelo 90 para solda, de aço forjado Classe 2000 Lbs de  3/4".
2 Válvula de retenção com flanges  3/4" em aço forjado Classe 150 Lbs, Niagara – Fig. 755-FL
3 Eliminador de ar, operado por mecanismo de boia, pressão máxima 21 Kgf/cm², conexões roscadas
BSPT (BS 2.1) ou (ANSI-B.1.20.1). Tipo modelo 13W da Spirax Sarco.
4 Tubo de aço sem costura Schedule 80, especificação ASTM-A-106 grau B  3/4"
5 Meia luva para solda tipo soquete, de aço carbono forjado Classe ANSI 2000 de  3/4"
6 Válvula gaveta com flanges  3/4", em aço forjado, Classe 150 Lbs, DURCON-VICE
7 Flange ANSI 150 # de  3/4"

9. MONTAGEM TUBULAÇÃO

9.1. INTRODUÇÃO


Na montagem, as tubulações devem ser cuidadosamente alinhadas e aprumadas de
maneira a não exercerem esforços sobre as conexões dos equipamentos aos quais serão
conectadas (bombas, válvulas, tanques, etc.).


Deverão ser sempre projetadas com flexibilidade suficiente para suportar, sem
comprometimento da segurança ou da sua operação, eventuais recalques de tanques e
expansões ou contrações das próprias linhas.

9.2. MONTAGEM AÉREA


É o tipo de montagem recomendado.


Os tubos aéreos deverão correr sempre apoiados em dormentes aéreos (construídos com
materiais à prova de fogo (concreto) ou em suportes metálicos).


Deverão ser utilizados dormentes quando as tubulações estiverem em elevação de até 400
mm acima do piso acabado e em suportes metálicos acima desta elevação. Apoiados em
suportes construídos com materiais à prova de fogo (concreto ou alvenaria),


Nas áreas de alto risco de exposição em uma situação de fogo (bacias, praças de bombas,
etc.) deverá ser utilizado suporte em concreto armado.


No traçado de tubulações industriais devem ser sempre levados em conta os seguintes
pontos básicos:

a) Flexibilidade – As linhas devem ter um traçado tal que lhes dê uma flexibilidade
suficiente para absorver os esforços provenientes das dilatações térmicas.

b) Transmissão de esforços e vibrações – Não deve haver transmissão de esforços


não admissíveis, das tubulações para os equipamentos a elas ligados e vice-versa.

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c) Acessibilidade – As válvulas e equipamentos que exijam operação ou manutenção


devem ser acessíveis com facilidade. A tubulação toda deve ser acessível pelo
menos para inspeção.

d) Construção e manutenção – Devem ser previstas facilidades para a construção e


manutenção, inclusive pintura da tubulação e de todos os acessórios e
equipamentos. A desmontagem de tubos raramente ocorre, e não é em geral
considerada.

e) Aparência: Uma boa aparência, isto é, um aspecto de ordem e de serviço bem


acabado se faz necessário, contribuindo para facilidade de operação e de
manutenção.

9.2.1. Recomendações gerais

No estudo do traçado de tubulações não subterrâneas em instalações industriais, devem ser


observadas, de preferência e sempre que possível, as recomendações indicadas a seguir. Essas
recomendações, entretanto, só devem servir como orientação geral. Nenhuma dessas regras é absoluta;
todas podem admitir exceções, sempre que devidamente justificáveis, a critério do projetista e em face
das circunstâncias locais.
a) Grupos paralelos de mesma elevação – Todos os tubos devem correr, sempre que possível, em
grupos paralelos e de mesma elevação, isto é, de mesma cota de nível de geratriz inferior. Os
tubos de grande diâmetro (mais de 20”) podem fazer exceção a essa regra, correndo
independente dos outros. O traçado das tubulações deve por isso ser sempre iniciado pelos
tubos de maior diâmetro.

b) Tubulações nas direções ortogonais – Sempre que possível, todos os tubos horizontais devem
ficar em nível e paralelos a uma das duas direções ortogonais de projeto (Norte-Sul de projeto e
Leste-Oeste de projeto). Sempre que possível, também, todos os tubos que passam de uma
elevação para outra devem ser perfeitamente verticais. Consequentemente não deve haver
tubos curvos ou inclinados em relação a qualquer uma das direções ortogonais.

Podem fazer exceção os tubos de diâmetro muito grande e os que por exigência do serviço
devam ter um trajeto direto ou um caimento contínuo. Permitem-se também sempre pequenos
trechos (1 m ou menos), a 45º com as direções ortogonais, para desviar de obstáculos ou para
fazer derivações.

c) Flexibilidade – Todas as tubulações devem ter, sempre que possível, um traçado tal que lhes
proporcione uma flexibilidade própria, de forma que sejam capazes de absorver as dilatações
térmicas por meio de flexões ou torções dos diversos trechos. Como regra geral não deve haver
nenhum trecho de tubo reto entre dois pontos extremos.

No caso de tubulações longas, que devam seguir necessariamente uma direção geral retilínea, a
flexibilidade é obtida subdividindo-se a tubulação em vários trechos retos sucessivos, em cada
um dos quais será colocada uma curva de expansão.

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As curvas de expansão costumam ser feitas no plano horizontal, em elevação superior aos
demais tubos paralelos.

9.2.2. Tubulação de sucção

[MO] As tubulações de sucção devem, sempre que possível, seguir as recomendações a seguir:

a) A tubulação deve ser montada de forma que a bomba fique afogada, o centro da bomba abaixo
da linha de centro do bocal de saída do tanque, ou do AT/VT.

b) Deve ser considerado o caminho de tubulação mais curto possível, observada as


recomendações de flexibilidade da linha.

c) A elevação da tubulação em relação ao plano onde está localizada a bomba deve se manter
constante ou diminuir.

d) Deve ser minimizada a utilização de tubulações enterradas.

9.2.3. Meios de controlar a dilatação térmica

São os seguintes os principais meios usados para controlar os efeitos da dilatação térmica em
tubulações:

a) Trajeto do tubo afastando-se da linha reta, por meio de ângulos no plano ou no espaço, de
maneira que o tubo fique com flexibilidade própria, capaz de absorver as dilatações.

b) Uso de elementos deformáveis intercalados na tubulação, de maneira a absorverem as


dilatações ocorridas.

c) Pré-tensionamento (cold spring), introduzindo tensões iniciais opostas às tensões geradas pela
dilatação térmica.

Os elementos deformáveis mais usados são as juntas de expansão. Seu emprego, entretanto, é restrito
a alguns casos especiais. O pré-tensionamento também é limitado na prática a poucos casos. Para a
grande maioria das tubulações industriais, o recurso usado é obter a flexibilidade necessária por um
traçado não retilíneo. Observa-se que, na prática, algumas vezes, mais de um desses meios acima são
usados simultaneamente.

9.3. MONTAGEM SUBTERRÂNEA

9.8.1. Sinalização de Tubulações Subterrâneas


[SP] O caminhamento de tubulações enterradas deve ser assinalado na superfície, quando
em áreas de estacionamento ou travessia de vias através de pintura ou diferenciação na
pavimentação. Quando em canteiros ou outras áreas não sujeitas a tráfego, através de
vegetação específica ou outro meio eficaz de reconhecimento.

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9.3.2. Instalação de Tubulações Subterrâneas


Tubulações subterrâneas devem ser
instaladas na vala sobre um leito de
no mínimo 150 mm de material de
aterro bem compactado.


Em áreas sujeitas ao tráfego de
veículos, a vala, para instalação de
tubulações subterrâneas, deve ter
uma profundidade suficiente para
permitir uma cobertura de no mínimo
850 mm, acima da geratriz superior
da tubulação, de material de aterro
bem compactado mais a
pavimentação final.


Em áreas pavimentadas onde uma
espessura mínima de 100 mm de
pavimentação em concreto armado
for usada, a profundidade entre a
geratriz superior da tubulação e a
pavimentação pode ser reduzida
para um mínimo de 100 mm.

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Em áreas não sujeitas ao
tráfego de veículos, a vala
para instalação de tubulações
subterrâneas deve ter uma
profundidade suficiente para
permitir uma cobertura de no
mínimo 300 mm de material
de aterro bem compactado.


Uma maior cobertura deve ser prevista quando requerida por instruções do fabricante
ou se estiverem presentes em condições de congelamento.


Tubulações instaladas numa
mesma vala devem ser
separadas horizontalmente
por uma distancia, entre
geratrizes, de 1,5 (um virgula
cinco) diâmetros dos tubos,
prevalecendo o diâmetro do
maior tubo. Esta separação
não precisa ser superior a
230 mm.


Dois ou mais níveis de
tubulações dentro de uma
mesma vala devem ser
separados verticalmente por
uma camada mínima de 150
mm de aterro bem
compactado.

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Todas as tubulações enterradas de hidrocarbonetos, biocombustível e aditivos deverão
ser instaladas com sistema de detecção para vazamentos, seguindo o padrão
apresentado nos desenhos abaixo:

Público
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9.3.3. Enchimento das Valas

9.3.3.1. Material de Enchimento

Somente utilizar areia ou terra limpa, livre de pedras ou detritos.

9.3.3.2. Compactação

A compactação do reaterro das valas deve ser coerente com a utilização que a superfície terá. Se área
de tráfego, de acordo com a especificação da pavimentação a ser utilizada. Se outras áreas, de acordo
com as características do solo, para que não ocorram afundamentos.

9.3.4. Travessias de tubulação nos diques das bacias de contenção

Existem três possibilidades de travessias de tubulações:

• [C] Passagem usando pórtico de aço (opção preferencial);

• Passagem usando pórtico construído em concreto armado;

• [MA] Passagem do talude com encamisamento usando liner.

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Detalhe orientativo do pórtico de aço:

Nota: Para vedação, ver detalhe ilustrativo da travessia de tubulações por muros de concreto,
apresentado no item 8.3.5.2.

O projeto do lado interno deve ter proteção da fixação do liner na tubulação como forma de retardar a
queima do liner.

9.3.5. Instalação e vedação de tubulação que atravessa muros e diques

[MA] Em todas as travessias de muros de concreto ou diques de terra, as tubulações devem ser
encamisadas.

9.3.5.1. Travessia de diques de terra

Para a travessia de tubulações por diques de terra é recomendado seguir a montagem apresentada
nos desenhos a seguir.

Detalhe ilustrativo da travessia de tubulações por diques de terra, incluindo vedação:

Público
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9.3.5.2. Travessia de muros de concreto

Para a travessia de tubulações por muros de concreto é recomendado usar uma das opções abaixo:

• Encamisamento com Selo Modular

Esta opção é a preferencial para tubulações.

Fabricante recomendado: Link Seal (http://www.linkseal.com).

Público
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• Encamisamento para Tubulações Aquecidas

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Detalhe ilustrativo da travessia de tubulações por muros de concreto, incluindo vedação:

Para as dimensões ver tabela abaixo:

TABELA DE DIMENSÕES

ø NOMINAL DO TUBO A (mm) B (mm) C (mm) 1/2 TUBO D (mm)


3" 190 152 170 4" Schedule 40
4" 229 190 210 6" Schedule 40
6" 279 241 260 8" Schedule 40
8" 343 298 320 10" Schedule 40
10" 406 362 380 12" Schedule Std

9.4. DUTOS EXTERNOS

Dutos externos a instalações da Raizen devem seguir como referência o Regulamento Técnico de Dutos
Terrestres (RTDT) da Agencia Nacional de Petróleo (ANP).

9.4.1. Sinalização

A sinalização e identificação da faixa de dutos devem ser realizadas por meio de totens e placas de
identificação da faixa de domínio, respeitando os limites máximos de espaçamentos de 200 m para áreas
rurais e 50 m para áreas urbanas.

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9.5. SUPORTES DE TUBULAÇÃO

[S] Os suportes de tubulação são os dispositivos destinados a suportar os pesos e os demais esforços
exercidos pelos tubos ou sobre os tubos, transmitindo esses esforços diretamente ao solo, às estruturas
vizinhas, a equipamento ou, ainda, a outros tubos próximos. A descrição dos principais tipos de suportes
está apresentada na tabela abaixo:

TIPO DE
DESCRIÇÃO
SUPORTE
Elementos que transmitem os esforços das tubulações diretamente ao solo, podendo ser metálico ou em
SUPORTE
concreto. Todo o topo de suporte direto deve ter um vergalhão ø3/4” para apoio simples. Para demais apoios,
DIRETO
onde indicado, o vergalhão deve ser cortado.
SUPORTE Suportes, geralmente metálicos, que transmitem os esforços da tubulação indiretamente ao solo, através de
INDIRETO uma estrutura.

SUPORTE DE São utilizados quando é necessário minimizar as forças de atrito, permitindo dilatação, ou movimentos da
BAIXO ATRITO tubulação.

SUPORTE Suportes que permitem regulagens para compensar folgas devido a dilatação térmica. São exemplos os
AJUSTÁVEL suportes montados em curvas junto a bocais de bombas e turbinas.

Consistem em uma chapa ou estrutura de chapa, com o formato do tubo e ao tubo solidário na região do
BERÇOS
suporte, usada para melhor distribuir os esforços na parede do tubo.

Consistem em um perfil metálico, soldado ao tubo na região do suporte, com a finalidade de afastar o tubo do
PATINS
suporte (normalmente usado em tubulação com isolamento térmico).

RESTRIÇÕES Elementos usados para impedir o movimento do tubo sobre o suporte em determinadas direções.

Restrições que permitem o movimento longitudinal ou transversal da tubulação, ou uma determinada


GUIAS
composição de movimentos.

BATENTES Restrições que permitem o movimento em apenas uma das direções longitudinais.

ÂNCORAS OU
Restrições que impedem o movimento da tubulação em todas as direções.
ÂNCORAGENS

Público
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9.6. TIPOS DE SUPORTES PARA TUBULAÇÕES

........................

9.7. VÃOS MÁXIMOS ENTRE SUPORTES DE TUBULAÇÕES.

Público
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TABELA DE DIMENSÕES DA DISTÂNCIA ENTRE SUPORTES

DIÂMETRO DISTÂNCIA
ESPESSURA
DO TUBO TUBO +
SCHEDULE
(pol) ÁGUA (mm)
80 3.900
1
160 4.000
2 40 5.000
3 40 6.100
4 40 6.900
6 40 8.200
8 20 8.800
10 20 9.500
12 20 10.000
14 10 10.300
16 10 10.600

NOTA: A tabela acima apresenta os valores máximos para tubos horizontais, retos, e sem acidentes.
Para tubulações com curvas, no plano horizontal, ou no plano vertical os vão devem ser multiplicados
pelos fatores de redução após passar por avaliação da engenharia.

9.8. VÃOS MÁXIMOS ENTRE SUPORTES PARA CURVAS EM BALANÇO

9.8.2. Vãos para uma curva de 90º no plano horizontal

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VÃO BÁSICO C (m)


3,00 4,50 5,10 6,00 7,50 9,00 10,50 12,00 13,50 15,00 18,00 21,00
0,75 3,00 - - - - - - - - - - -
0,90 2,10 - - - - - - - - - - -
1,20 1,40 4,25 - - - - - - - - - -
1,50 1,15 2,70 3,60 - - - - - - - - -
1,80 1,00 2,10 2,70 4,20 - - - - - - - -
2,10 0,90 1,80 2,30 3,20 6,00 - - - - - - -
2,40 0,85 1,60 2,00 2,70 4,50 8,20 - - - - - -
2,70 0,80 1,50 1,80 2,40 3,90 6,00 10,50 - - - - -
3,00 - 1,30 1,70 2,20 3,30 5,25 8,20 12,00 - - - -
3,30 - 1,40 1,60 2,10 3,00 4,50 6,70 10,50 - - - -
3,60 - 1,35 1,50 2,00 2,80 4,20 6,00 8,20 12,00 - - -
A (m) B (m)
3,90 - 1,30 1,45 1,90 2,70 3,90 5,25 7,50 10,50 15,00 - -
4,20 - - 1,40 1,80 2,60 3,60 4,70 6,70 9,00 12,00 - -
4,50 - - 1,35 1,70 2,40 3,30 4,50 6,00 7,50 10,50 - -
6,00 - - - - 2,10 2,75 3,60 4,50 5,50 6,70 10,50 16,00
7,50 - - - - - 2,50 3,20 3,90 4,50 5,80 7,60 10,80
9,00 - - - - - - 2,90 3,60 4,20 5,00 6,70 9,00
10,50 - - - - - - - 3,30 3,30 4,50 6,00 7,60
12,00 - - - - - - - - - 4,20 5,60 6,90
15,00 - - - - - - - - - - 5,25 6,10
18,00 - - - - - - - - - - - 6,80
21,00 - - - - - - - - - - - -

NOTA: 1 – O valor do vão máximo “B” será determinado em função do valor de “A” e do vão básico “C”,
ou vice-versa.

2 – Para o valor do vão básico “C” ver tabela do item 8.6 deste procedimento.

3 – A soma das dimensões “D” e “E” deverá ser no mínimo 90% do vão básico.

9.8.2. Vão para duas curvas de 90º no plano horizontal

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VÃO BÁSICO C (m)


3,00 4,50 5,10 6,00 7,50 9,00 10,50 12,00 13,50 15,00 16,50 18,00 19,50 21,00
0,45 - - - - - - - - - - - - - -
0,60 2,40 - - - - - - - - - - - - -
0,75 1,65 - - - - - - - - - - - - -
0,90 1,05 3,75 4,50 - - - - - - - - - - -
1,05 0,60 2,80 3,75 5,25 - - - - - - - - - -
1,20 0,30 2,60 3,30 4,60 - - - - - - - - - -
1,35 - 1,80 2,70 4,10 6,75 - - - - - - - - -
1,50 - 1,20 2,10 3,50 6,00 - - - - - - - - -
1,65 - 0,75 1,50 2,90 5,25 7,60 - - - - - - - -
A (m) B (m)
1,80 - 0,45 1,05 2,30 4,50 7,20 9,20 - - - - - - -
2,10 - - 0,30 1,35 3,50 5,60 8,40 10,50 - - - - - -
2,40 - - - 2,40 2,20 4,50 6,75 9,20 12,00 - - - - -
2,70 - - - - 1,35 3,40 5,50 7,80 10,50 13,50 - - - -
3,00 - - - - 0,60 2,40 4,50 6,75 6,75 12,00 15,00 16,50 - -
4,50 - - - - - - 0,60 1,80 3,75 6,00 7,70 10,50 13,00 15,00
6,00 - - - - - - - - 0,75 1,20 3,00 4,50 6,75 9,00
7,50 - - - - - - - - - - 0,90 1,05 2,10 3,86
9,00 - - - - - - - - - - - - 1,20 1,20

NOTA: 1 – O valor do vão máximo “B” será determinado em função do valor de “A” e do vão básico “C”,
ou vice-versa.

2 – Para o valor do vão básico “C” ver tabela do item 8.6 deste procedimento.

3 – A soma das dimensões “D” e “E” deverá ser no mínimo 90% do vão básico.

9.8.3. Vãos para duas curvas no plano vertical

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VÃO B
0,00 0,05 0,10 0,20 0,30 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40
0,05 - - - - - - - - - 1,00 0,65
0,10 - - - - - - - 0,65 0,45 0,25 0,18
0,15 - - - - - 1,00 0,55 0,28 0,18 0,14 0,12
0,20 - - 1,00 0,90 0,70 0,50 0,30 0,20 0,14 0,12 0,10
0,25 1,00 0,85 0,70 0,55 0,43 0,34 0,23 0,16 0,13 0,10 0,08
0,30 0,75 0,65 0,53 0,42 0,34 0,28 0,20 0,15 0,12 0,10 0,07
0,35 0,60 0,50 0,42 0,35 0,29 0,24 0,19 0,14 0,11 0,09 0,07
0,40 0,50 0,43 0,36 0,31 0,26 0,23 0,18 0,13 0,10 0,09 0,06
0,45 0,45 0,38 0,33 0,28 0,24 0,21 0,17 0,12 0,10 0,08 0,06
0,50 0,40 0,35 0,31 0,26 0,23 0,20 0,16 0,11 0,09 0,08 0,05
VÃO A VÃO D
0,55 0,38 0,33 0,28 0,25 0,22 0,19 0,15 0,11 0,09 0,08 0,05
0,60 0,35 0,31 0,27 0,24 0,21 0,18 0,14 0,10 0,08 0,07 0,05
0,65 0,33 0,30 0,26 0,23 0,20 0,17 0,14 0,10 0,08 0,07 0,05
0,70 0,32 0,28 0,25 0,23 0,19 0,16 0,14 0,10 0,08 0,07 0,05
0,75 0,30 0,27 0,24 0,22 0,19 0,16 0,13 0,09 0,07 0,06 0,04
0,80 0,29 0,26 0,24 0,21 0,18 0,15 0,13 0,09 0,07 0,06 0,04
0,85 0,28 0,25 0,23 0,20 0,18 0,15 0,13 0,09 0,07 0,06 0,04
0,90 0,27 0,24 0,23 0,19 0,17 0,14 0,12 0,08 0,06 0,05 0,04
0,95 0,26 0,23 0,22 0,19 0,17 0,14 0,12 0,08 0,06 0,05 0,04
1,00 0,25 0,22 0,21 0,18 0,16 0,14 0,12 0,08 0,06 0,05 0,04

NOTA: 1 – Pode-se determinar o valor máximo de qualquer dos lados “A”, “B” ou “D”, em função dos
outros dois.

2 – Todos os valores estão dados como fração do vão básico ”C”. Para os valores de “C” ver
tabela do item 8.6 deste procedimento.

9.9. DORMENTES DE CONCRETO.

A- ALTURA MÍNIMA 20cm


B- ALTURA MINIMA 15cm
C- DIMENSÃO CONFORME RESISTÊNCIA DO SOLO
D- ALTURA MÍNIMA 30cm

NOTA: A largura do dormente de concreto deverá ser de acordo com as tubulações que serão
apoiadas, e deverá seguir as normas de espaçamentos entre tubos, e distância entre suportes.

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10. ESPAÇAMENTOS ENTRE TUBOS E DIMENSÕES PARA LINHA / RAMAL

10.1. DIMENSÕES DE ESPAÇAMENTO ENTRE TUBOS PARALELOS

Para espaçamento entre tubos paralelos (classe de pressão # 150), ver tabela abaixo:

CLASSE DE PRESSÃO 150#


DIÂMETRO
16" 14" 12" 10" 8" 6" 4" 3" 2" 1 1/2" 1"
NOMINAL
1" 350 320 290 260 220 190 170 140 130 120 100
1 1/2" 360 320 290 260 230 190 170 150 130 120
2" 360 330 310 270 230 210 180 150 140
3" 370 350 320 280 240 220 190 170
150# 4" 380 360 330 290 260 230 210
6" 420 380 360 320 290 260
8" 450 410 380 350 320
10" 470 440 410 370
12" 500 460 440
14" 510 470
16" 540

10.2. ESPAÇAMENTO ENTRE TUBOS

Para espaçamento entre tubos paralelos com isolamento térmico e distância entre o centro do tubo e
qualquer obstáculo, ver figura e tabela abaixo:

DIÂMETRO
1" 1 1/2" 2" 3" 4" 6" 8" 10" 12" 14" 16"
NOMINAL
DISTÂNCIA
150 150 150 150 180 200 230 250 300 330 350
"D" (mm)

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10.3. DEFASAGEM ENTRE FLANGES

10.4. ESPAÇAMENTO ENTRE FLANGES COINCIDENTES

10.5. ESPAÇAMENTOS ENTRE CRUZAMENTOS DE TUBOS

Para o espaçamento entre o cruzamento de tubos, ambos os tubos sem isolamento, ver tabela e figura
abaixo:

DISTÂNCIAS "A" (mm)


DIÂMETRO TUBO SUPERIOR
NOMINAL (pol) 1" 1 1/2" 2 2 1/2" 3" 4" 6" 8" 10" 12" 14" 16"
1" 118 121 124 126 130 135 146 155 168 178 185 195
1 1/2" 136 139 142 144 148 153 164 175 186 196 203 214
2 151 154 156 159 162 168 179 189 200 211 218 228
2 1/2" 166 169 172 174 178 183 194 205 216 226 233 243
3" 185 188 191 194 197 202 213 224 235 245 252 263
TUBO 4" 216 219 222 224 227 233 244 254 266 276 283 293
INFERIOR 6" 281 284 287 289 293 298 309 320 331 341 348 358
8" 342 346 348 351 354 358 370 381 392 403 409 420
10" 407 411 413 416 419 424 436 446 457 468 474 485
12" 469 472 475 478 480 486 497 507 519 529 536 546
14" 509 510 513 515 519 524 535 546 557 567 574 585
16" 568 573 574 577 580 585 597 607 618 629 635 646

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10.6. ESPAÇAMENTOS PARA DERIVAÇÕES SOLDADAS

TABELA DE ESPAÇAMENTO ENTRE DERIVAÇÃO SOLDADA

DIÂMETRO DIÂMETRO
DISTÂNCIAS MINÍMAS RECOMENDADAS (mm)
NOMINAL DO ANEL
DA DE
DERIVAÇÃO FIGURA - A FIGURA - B REFORÇO
(pol) A B C D E F G (mm)
4 E MENOR 152 102 102 203 140 203 225
6 203 127 127 279 165 279 330
8 254 152 152 356 203 358 435
10 305 178 178 432 241 432 540
12 356 203 203 508 279 508 640
14 381 216 216 559 305 559 700
16 432 229 229 635 330 635 800
18 483 254 254 711 356 711 900
20 533 279 279 787 381 787 1050
24 610 305 305 914 406 914 1205

FIGURA - A

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FIGURA – B

10.7. DERIVAÇÕES PARA LINHA TRONCO E LINHA RAMAL

A tabela abaixo define as conexões entre linha tronco/linha ramal:

LINHA TRONCO <2" 2" 2 1/2" 3" 4" 6" 8" 10" 12" 14" 16" 18" 20" 24" >24" RAMAIS
A E F <2"
A 2"
B
CONVENÇÕES A 2 1/2"
A 3"
A - TÊ A A ou B C ou G 4"
B - BOCA DE LOBO A H 6"
C - COLAR DE TOPO A 8"
D - COLAR ROSCADO A 10"
E - COLAR DE ENCAIXE A 12"
F - MEIA LUVA B31.3 = A ou C ou G >12"
G - BOCA DE LOBO COM REFORÇO
H - CALCULAR
I - REFORÇO INTEGRAL

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11. MONTAGEM TÍPICA DE INSTALAÇÃO DA TUBULAÇÃO NA BOMBA

MONTAGEM TÍPICA A

MODO: ERRADO / CORRETO

ERRADO CORRETO

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MONTAGEM TÍPICA B

MODO: ERRADO / CORRETO

ERRADO CORRETO

Público
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12. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS DE MONTAGEM

12.1. TÍPICO DE MONTAGEM

NOTA: 1. Tolerâncias para distâncias face a face e centro a centro: 3 mm.

2. Alinhamento da junção: 1,5 mm.

3. Afastamento máximo do flange da posição indicada no projeto: 1,5 mm.

4. Desalinhamento dos furos por rotação do flange em relação à posição correta: 1,5 mm,
medido da maneira indicada na figura.

5. Deslocamento do flange ou derivações da posição indicada no projeto: 1,5 mm.

6. Em tubos curvados, a diferença entre o máximo e o mínimo diâmetro (achatamento) não


pode ser maior que 8% do diâmetro externo (com pressão interna), e 3% do diâmetro externo (com
pressão externa).

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7.Ângulo de inclinação do flange em relação à linha de centro da tubulação: 90º ± 0,5° ou 1,5
mm de desvio na borda externa do flange, o que for menor.

8. Inclinação entre trechos soldados de uma mesma linha: 2 mm em 1 m.

9. As tolerâncias não são cumulativas.

12.2. BOCA DE LOBO PENETRANTE COM DIÂMETROS DIFERENTES

12.3. BOCA DE LOBO PENETRANTE COM DIÂMETROS IGUAIS

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13. TESTE

13.1. INTRODUÇÃO

Os procedimentos aqui definidos destinam-se a Manutenção e Teste de tubulações aéreas ou


enterradas fabricadas em aço carbono, visando garantir segurança, integridade nas operações, bem
como a preservação do meio ambiente.

Aplicam-se a sistemas de tubulações e acessórios projetados segundo a norma ANSI/ASME B 31.3, que
tenham sua manutenção sob responsabilidade da RAÍZEN e que transportem produtos derivados de
petróleo e biocombustíveis.

IMPORTANTE: Deverá ser incluído no Plano de Emergência e no Plano de Auxílio Mútuo (PAM), já
existente em todas as instalações da RAÍZEN, um cenário de risco contemplando um vazamento de
produto durante um bombeio.

Da mesma forma, nos exercícios de emergência deverão ser executados treinamentos específicos para
este tipo de evento.

13.2. TESTE HIDROSTÁTICO

13.2.1. Considerações de Segurança

13.2.1.1. Antes do teste de pressão hidrostático, devem ser executadas Análises de


Segurança da Tarefa (AST) detalhando as necessárias medidas de segurança principalmente onde, em
caso de falha, haja perigo para o pessoal ou para as instalações adjacentes.

NOTA: O teste pneumático é aceitável para as linhas de ar de instrumentos e de serviço

13.2.1.2. Durante a AST os seguintes itens devem ser avaliados como mínimo:

a) Mecanismos de dano identificados na etapa de fabricação, durante as inspeções em serviço ou


por meio de análise dos registros operacionais;

b) Temperatura mínima de projeto de cada componente do sistema de tubulação, pneumático;

c) Níveis de tensão a que o sistema de tubulação deve ser submetido durante o teste hidrostático;

d) Ensaios Não Destrutivos (ENDs) (tipo e extensão) executados nas juntas que não tenham sido
previamente submetidas a teste hidrostático;

e) Definição da área de isolamento recomendada para pessoal e equipamentos.

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13.2.1.3. Mangotes flexíveis devem ser providos de dispositivos de contenção (correntes,


cabos ou similar) e cuidados devem ser tomados para evitar dano ao flexível como pessoas caminhando
por cima dos mangotes.

13.2.1.4. Uma área restrita deve ser estabelecida em torno do sistema em teste e somente
pessoal relacionado ao teste deve ter acesso a esta área. A definição da área restrita deve envolver a
atividade de segurança industrial.

13.2.1.5. Os dispositivos de teste de pressão devem ser de classe de pressão igual ou


superior à da linha a ser testada e devem atender ao ASME B31.3. Conexões roscadas ou de encaixe
para solda devem atender ao critério de equivalência de classe e espessura do ASME B16.11.

Estas exigências também se aplicam aos dispositivos provisórios utilizados no teste.

13.2.1.6. Nenhum trabalho a quente pode ser executado no sistema em teste.

13.2.1.7. Em nenhuma circunstância deve-se reapertar parafusos em ligações flangeadas,


com o sistema em teste.

13.2.1.8. Linhas de comunicação dedicadas devem estar à disposição do(s) inspetor(es)


encarregado(s) do teste e da equipe envolvida no mesmo.

13.2.2. Preliminares do Teste

13.2.2.1. Antes de se iniciar o teste de pressão de qualquer sistema de tubulações, deve


ser realizado um Exame Visual (EV) ao longo de todas as linhas que compõem o sistema, observando-
se no mínimo:

a) Conformidade com o projeto;

b) Acabamento externo quanto a respingos de soldas provisórias, escória de eletrodos e outros


defeitos; no caso de aberturas de arco e soldas provisórias executar EV, complementado com
exame por Líquido Penetrante (LP) ou Partícula Magnética (PM);

c) Os locais de ancoragem e guias das linhas de aquecimento soldadas à linha principal;

d) As soldas dos suportes, para verificar a ausência de defeitos na linha principal;

e) Alinhamento das tubulações.

13.2.2.2. O teste de pressão deve ser executado preferencialmente por sistemas de


tubulações, ao invés de tubulações individuais. A quebra de continuidade, através da instalação de
raquetes para o teste de pressão, deve ser reduzida ao mínimo, mantendo interligadas as tubulações e
equipamentos passíveis de se submeterem à mesma pressão de teste.

13.2.2.3. No caso do sistema estender-se além dos limites da construção e nesses limites
não houver flanges, ligação roscada, ligação soldada ou válvula de bloqueio, o teste deve ser aplicado

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até o acessório de bloqueio mais próximo. Para os trechos não testados, aplicar conforme descrito em
12.2.2.21 desta Norma.

13.2.2.4. Alguns equipamentos, tais como vasos, separadores, filtros, bombas, tanques ou
outro qualquer equipamento instalado na linha, já testados, que não causem dificuldades ao teste do
sistema de tubulações, podem ser retestados simultaneamente com o sistema de tubulações a que
estão conectados. Atenção especial deve ser dada a possibilidade deste teste vir a propagar não
conformidades subcríticas nos equipamentos. A pressão de teste não deve exceder, em nenhum ponto,
a pressão de teste permitida para os equipamentos e deve atender à norma de projeto da tubulação
específica.

13.2.2.5. Antes do teste, devem ser removidos os seguintes equipamentos e acessórios:


purgadores, separadores de linha, instrumentos (inclusive válvulas de controle), controladores
pneumáticos e todos os dispositivos que causem restrição ao fluxo (tais como placa de orifício e bocal de
mistura).

Os discos de ruptura, válvulas de segurança e de alívio devem ser isolados do sistema ou removidos.

Todas as partes retiradas devem ser substituídas por peças provisórias onde necessárias.

13.2.2.6. Prever a instalação de filtros temporários.

13.2.2.7. Em tubulações que possuam linhas de aquecimento, estas devem ser testadas
preferencialmente com vapor, a fim de se verificar a estanqueidade e a garantia de fluxo em todos os
pontos do sistema e sua flexibilidade.

13.2.2.8. Nos limites do sistema de teste, o fluido de teste deve ser bloqueado através de
flange cego, raquete, tampão, chapa de bloqueio ou bujão. Os bloqueios devem ser executados nos
pontos indicados pelo projeto.

13.2.2.9. As ligações existentes nos limites do sistema, bem como aquelas situadas na
entrada de equipamentos, devem ser verificadas durante a pré-operação.

13.2.2.10. Todas as válvulas, com exceção daquelas mencionadas no 12.2.2.5, devem estar
sujeitas ao teste de pressão, inclusive as de bloqueio situadas nos limites do sistema, que devem ser
raqueteadas no flange à jusante do sistema. No teste de pressão são verificadas a ligação da válvula
com a linha, o corpo e o engaxetamento.

13.2.2.11. As válvulas de retenção devem ser pressurizadas no sentido da abertura; se isto


não for possível, deve-se travar a parte móvel na posição aberta, manter a pressurização via “by-pass”
da válvula de retenção ou remover os internos. As válvulas do tipo esfera devem ser mantidas
parcialmente abertas. Todas as outras válvulas devem ser mantidas na posição totalmente aberta
durante o teste.

13.2.2.12. As juntas de expansão, devem inspecionadas e supervisionadas durante a


execução dos testes de pressão na tubulação. É fundamental garantir que a classe de pressão da junta
seja compatível com a da estrutura de teste. quando se constituem no elemento mais fraco do sistema,

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do ponto de vista de resistência à pressão de teste devem ser isoladas ou substituídas por carretel
temporário.

13.2.2.13. Todas as partes estruturais (tais como suportes, pendurais, guias, batentes e
âncoras) devem ser ligadas ao sistema de tubulações antes do teste de pressão.

13.2.2.14. Deve-se fazer uma inspeção de todo o sistema de suportes das tubulações para
se avaliar previamente o seu comportamento quando da aplicação do fluido de teste que, por ser
frequentemente mais pesado que o fluido circulante constitui a maior carga estática que age sobre os
suportes. Quando não houver certeza de que a suportação da tubulação foi projetada para os esforços
resultantes do Teste Hidrostático (TH), uma análise da suportação deve ser realizada.

13.2.2.15. Tubulações projetadas para vapor ou gás, que sejam testadas com água, em
geral necessitam que se usem suportes provisórios adicionais. A verificação de necessidade ou não
desta suportação adicional deve fazer parte da AST mencionada em 12.2.1.1.

13.2.2.16. Suportes de molas ou de contrapeso devem estar travados durante o teste.

13.2.2.17. Devem ser instalados, no mínimo, 2 manômetros, sendo um no ponto de maior


elevação e outro no ponto de menor elevação do sistema.

13.2.2.18. Devem ser usados manômetros adequados à pressão de teste de tal forma que a
leitura da pressão esteja entre 1/3 e 2/3 da escala, que as divisões sejam, no máximo, de 5 % da
pressão do teste, com mostrador de diâmetro mínimo igual a 75 mm. Os manômetros devem estar em
perfeitas condições, testados e aferidos a cada 3 meses.

13.2.2.19. Todas as junções de sistemas de tubulação (por exemplo: juntas soldadas,


flangeadas e roscadas) devem ser deixadas expostas, sem isolamento ou revestimento, para exame
durante o teste.

As tubulações enterradas devem ficar com as ligações expostas (e sem pintura), exceto as ligações
enclausuradas em concreto que já tiverem sido testadas previamente de acordo com esta Norma. No
entanto, as tubulações que operam enterradas devem, durante o teste, ser adequadamente suportadas.

13.2.2.20. As juntas de vedação a serem utilizadas no teste hidrostático devem ser


instaladas limpas, sem sulcos, riscos, mossas ou quaisquer deformações visíveis.

13.2.2.21. Onde não houver possibilidade de execução de teste hidrostático, devem ser
executados os ensaios alternativos previstos na norma de projeto aplicável. Toda dispensa de teste de
pressão deve ser fundamentada pelo executante e aprovada pela RAÍZEN.

13.2.3. Temperatura de Teste

13.2.3.1. A temperatura de teste mínima para o teste de pressão é de 10 °C ou a


temperatura mínima de projeto, o que for maior. A temperatura máxima para o teste hidrostático é 40 °C.
Quando o equipamento for testado em conjunto com as tubulações deve ser respeitada a temperatura
mínima especificada para o fluido de teste do equipamento.

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13.2.3.2. Quando a temperatura de teste for inferior a 10 °C deve ser seguida uma das
alternativas descritas a seguir.

13.2.3.3. O fluido de teste deve ser aquecido de forma a não ultrapassar a temperatura de
40 °C.

13.2.3.4. Verificar, através do teste de impacto “Charpy V”, se os materiais da tubulação e


suas soldas possuem comportamento dúctil na temperatura de teste.

13.2.4. Fluido de Teste

13.2.4.1. O fluido a ser usado deve ser água doce, com teor de cloretos limitado a no
máximo 50 ppm, com certificado de análise, limpa, não agressiva ao tubo e internos de válvulas, isenta
de hidrocarbonetos, a não ser que isso seja explicitamente contra indicado pelo projeto. Sempre que
necessário, devem ser adicionados à água inibidores de corrosão e bactericidas, levando-se em conta o
local de descarte.

13.2.5. Pressão de Teste

13.2.5.1. A pressão de teste deve ser 1,5 vezes a pressão de projeto da linha. Na falta
desta informação, deve ser calculada de acordo com a norma de projeto aplicável.

13.2.5.2. Quando, devido à coluna hidrostática, a pressão atuante durante o teste for
ultrapassar a pressão máxima admissível para algum componente, este não deve ser incluído no
sistema ou a pressão de teste deve ser reduzida convenientemente.

13.2.5.3. Sistemas não pressurizados ou trabalhando com pressão interna de no máximo


0,02 Mpa (0,2 kgf/cm2), em drenagem e serviços de pouca responsabilidade, podem ser testados
permanecendo cheios de água durante 24 horas para verificar vazamentos, sem aplicar pressão.

13.2.6. Aplicação da Pressão, Constatação de Vazamentos e Final de Teste

13.2.6.1. A execução do teste hidrostático deve obedecer às seguintes etapas:

a) Elevar a pressão até 50 % da pressão de teste;

b) Proceder à inspeção preliminar da tubulação;

c) Elevar a pressão até atingir a pressão de teste hidrostático e, após a estabilização, desconectar
a bomba do sistema em teste;

d) Permanecer nesse patamar, no mínimo, durante 30 minutos e, por motivo de segurança, não
executar inspeção nesta pressão, mantendo pessoal e equipamentos em local seguro;

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e) Reduzir a pressão até a pressão de projeto e executar nova inspeção;

f) Reduzir gradativamente até a pressão atmosférica e abrir os suspiros nos pontos altos da
tubulação para evitar vácuo no esvaziamento.

Nota: 1. Em qualquer etapa do teste, caso seja detectado algum vazamento, a tubulação deve ser
despressurizada, corrigido o vazamento e em seguida reiniciado o teste.

2. Em todas as etapas de pressurização ou despressurização, a taxa máxima de variação de


pressão deve ser de 20 % da pressão de teste por minuto.

3. Durante a pressurização, e enquanto o sistema estiver a 100 % da pressão de teste, todas


as pessoas devem manter-se afastadas, em local seguro.

13.2.6.2. Quando o sistema de tubulações e os equipamentos forem preenchidos com


líquido de teste, suas válvulas de suspiro devem estar completamente abertas. Na falta de válvulas de
suspiro nos pontos altos, devem ser colocadas válvulas provisórias para garantir a completa remoção do
ar.

13.2.6.3. Quando é necessária a manutenção da pressão por um período de tempo


durante o qual o fluido empregado possa sofrer expansão térmica devido à insolação, devem ser
tomadas precauções para o alívio da pressão.

13.2.6.4. Não é permitido o martelamento de tubulações durante o teste de pressão.

13.2.6.5. Após o teste e remoção dos bloqueios, a tubulação deve ser identificada como
“testada”, em local de fácil visualização.

13.2.6.6. Apósoteste,devesercomplementadaaproteção
(pintura/isolamento/revestimento) das ligações expostas.

13.2.6.7. Devem ser remontados os elementos e acessórios que foram retirados para
execução do teste de pressão e removidos os travamentos das juntas de expansão, das válvulas de
retenção, dos suportes de mola e demais dispositivos auxiliares de teste.

13.2.6.8. O reaterro de ruas e diques, abertos para passagem de tubulações, somente


pode ser iniciado após o teste de pressão e o revestimento da tubulação.

13.2.7. Registro dos testes e inspeções

Todas as inspeções e testes devem ser registrados em formulários próprios, contendo no mínimo as
informações do modelo de registro disposta no ANEXO I.

Estes relatórios deverão ser assinados pelo Engenheiro responsável pelo teste, constando seu registro
no CREA e deverá ser anexada a Anotação de responsabilidade Técnica (ART) do CREA, específica
para o teste. Após execução dos testes, deverá ser emitido um Laudo Conclusivo conforme modelo
disposto no ANEXO II.

A finalidade dos registros de testes e de inspeções é a de se manter um histórico detalhado das


tubulações, assegurando-se a sua segurança operacional.

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Os formulários de registro devem ser arquivados adequadamente de forma a possibilitar fácil consulta e
rápida verificação das condições reais das tubulações.

13.2.8. Controle de Corrosão

Todas as tubulações e estruturas metálicas podem, eventualmente, sofrer algum dano devido à
corrosão. A intensidade dos danos causados pela corrosão está diretamente vinculada às condições de
projeto, construção e exposição destas estruturas. Em função disso, deve existir um programa de
controle de corrosão para sistemas de tubulações.

13.2.9. Testes após reparos

13.2.9.1. Inspeção e testes de soldas

a) As soldas executadas em serviços de reparo devem ser inspecionadas através de ensaios não
destrutivos e inspeção visual durante a soldagem e/ou após ela ter sido completada;

b) Todas as soldas devem ser inspecionadas visualmente quanto a sua conformidade geométrica e
quanto a sua conformidade com os padrões de aceitação;

c) De acordo com o diâmetro, material, pressão de operação, localização da tubulação e fluido


transportado, o grau e os métodos de inspeção devem ser determinados, sendo que um ou mais
dos seguintes métodos podem ser usados:

Visual (100% das soldas);


Radiografia;

Ultra-som;

Partículas magnéticas;

Líquidos penetrante (100% das soldas);

Estanqueidade;

d) As soldas devem estar de acordo com os padrões de aceitação prescritos na Seção 6 do API RP
1107, sendo que as soldas circunferenciais de topo devem estar de acordo com os padrões de
aceitação da seção 6 do API RP 1104.

13.2.9.2. Testes de seções de tubo substituídas

Nos reparos em tubulações, os testes na seção de substituição devem satisfazer às seguintes


exigências (Para trechos contínuos com extensão inferior a 1000 m):


Inspeção visual em todas as juntas circunferenciais da seção de substituição, englobando as de
campo e as de fábrica (se houver);

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Teste hidrostático com água, para verificação de resistência mecânica, antes ou após a ligação
da seção de substituição na tubulação;


Inspeção por líquido penetrante é obrigatório, e por radiografia ou ultra-som em, no mínimo,
25% das juntas circunferenciais de campo, selecionadas aleatoriamente, em todo perímetro
da junta;


Inspeção por radiografia ou ultra-som em todas as juntas de “tie-in”, em todo o perímetro da
junta.

Nota: 1. Quando não for viável a realização do teste hidrostático na seção de substituição, a inspeção
por radiografia ou ultra-som deve ser feita em todas as juntas circunferenciais de campo, em todo o
perímetro da junta;

2. Se os tubos da seção de substituição não foram pré-testados hidrostaticamente, um a um, em


fábrica, não se admite o aumento da quantidade de juntas inspecionadas por radiografia ou ultra-som
para isentar a seção de substituição do teste hidrostático;

3. Se os tubos possuírem juntas circunferenciais de fábrica que não se enquadram na categoria


“jointers”, segundo a conceituação do parágrafo 7.7 do API 5L – 2004 “Specification for Line Pipe”,,
essas juntas devem também ser totalmente inspecionadas no campo por radiografia ou ultra-som em
todo o perímetro da junta, independentemente da realização ou não do teste hidrostático na seção de
substituição;

4. Se as juntas circunferenciais de fábrica pertencerem à categoria “jointers”, segundo a


conceituação do parágrafo 7.7 do API 5L – 2004 “Specification for Line Pipe”,, essas juntas não
necessitam de inspeção no campo, salvo a inspeção visual.

Nos reparos em tubulações, os testes na seção de substituição devem satisfazer às


seguintes exigências (para trechos contínuos com extensão igual ou superior a 1.000 m):


Inspeção visual em todas as juntas circunferenciais da seção de substituição, englobando as de
campo e as de fábrica (se houver);


Aplicação de teste hidrostático com água para verificação da resistência mecânica, antes ou
após a ligação da seção de substituição na tubulação;


Inspeção por radiografia ou ultra-som de acordo com os critérios relativos às atividades de
construção e montagem


Inspeção por radiografia ou ultra-som em todas as juntas de “tie in”, em todo o perímetro da
junta.

Nota: 1. Se todos os tubos possuírem juntas circunferenciais de fábrica que não se enquadrem na
categoria “jointers”, segundo a conceituação do parágrafo 7.7 do API 5L – 2004 “Specification for Line
Pipe”, essas juntas devem também ser totalmente inspecionadas por radiografia ou ultra-som, em todo o
perímetro da junta;

2. Quando forem efetuados reparos por soldagem, em mordeduras, sulcos, amassamentos ou


soldas, a solda de reparo deve ser inspecionada por método radiográfico ou outro ensaio não destrutivo,
ou inspecionada visualmente por um inspetor qualificado;

3. Defeitos nas soldas de manutenção podem ser reparados observando-se o prescrito na


Seção 7 do API RP 1107 - 1991 “Pipeline Maintenance Welding Practices”. As áreas reparadas devem
ser inspecionadas pelos menos métodos usados anteriormente e com métodos adicionais,
opcionalmente.

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14. ANEXOS

ANEXO I – FICHA DE REGISTRO TH

PROJETO N.°
LOCAL:
DADOS DA TUBULAÇÃO EM TESTE
Identificação / Pressão de
BAR
TAG: projeto: PSI
kgf/
Diâmetro da linha Pressão de cm²
teste:

Extensão do trecho
Fluído de operação: testado:
PT-GERAL-O-03.06
Local do ensaio: Procedimento: (Raízen)
DADOS DO ENSAIO
Fluído empregado: Temperatura do fluído: ±
Bomba Manômetro
utilizada: utilizado:

Pressão de Certificado
teste: manômetro:
REGISTRO DO ENSAIO
Data início: / / Data de término: / /
COLETA DE DADOS

Pré-inspeção / Pressão do ensaio à 50% da pressão de teste. (período mínimo 30 min.)

P50%: Hora: Inspeção:


P50%: Hora:
PLANILHA / GRÀFICO (Pressão de teste X Tempo de prova)
Pth: Hora: Pth

Pth: Hora:
Pth: Hora:
Pth: Hora:
Pth: Hora:
Pth: Hora:
Pth: Hora:
Pth: Hora: t
Resultado: Obs:

Empresa executora / inspetor: Aprovação Raízen:


Nome: Nome:

Ass.: Ass.:
Data: Data:

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ANEXO II - LAUDO CONCLUSIVO DE TESTE HIDROSTÁTICO EM TUBULAÇÕES

LAUDO CONCLUSIVO DE TESTE HIDROSTÁTICO EM TUBULAÇÕES

DADOS GERAIS DA INSTALAÇÃO

UNIDADE:

CNPJ:

ENDEREÇO:

DATA DO TESTE:

DADOS GERAIS DA TUBULAÇÃO OU TRECHO TESTADO

IDENTIFICAÇÃO OU TAG DA LINHA:

DIÂMETRO DA LINHA:

TIPO DE TUBULAÇÃO:

EXTENSÃO DO TRECHO TESTADO:

PRESSÃO DE TESTE:

ENSAIO REALIZADO

ENSAIO REALIZADO RESULTADO OBTIDO

Ensaio de teste hidrostático APROVADO

CONCLUSÃO FINAL

Eu, Eng.º ______________________________ CREA n° ________________, atesto que a


tubulação de diâmetro _______ e comprimento aproximado de ______________, identificada como
___________________, fabricada e montada para a empresa RAÍZEN COMBUSTÍVEIS S.A.,
situada na
__________________________________________________________________, foi testada
hidrostaticamente e aprovada com base na Norma NBR 17505, conforme registros contidos neste
Laudo e ART n°__________________________.

__________________________________________________

Eng.º

Público
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