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DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICA DE CÓPIAS

APROV:
LCG - 45484
VCF - 51599
VERIF:
KMA - 57252
FEITO:

COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS


GERÊNCIA DE ENGENHARIA DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO
SUBSTITUI:

20.000
EP/ET
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA EP/ET- 1387a
N/A

16/10/2015
a GEDOC 16/10/15 REGISTRADOR DIGITAL DE 64 páginas
PERTURBAÇÕES - RDP
ALTERAÇÕES DATA a ARQ
Especificação Técnica de Registrador Digital de Perturbações 20.000 – EP/ET – 1387a

Sumário
CAPÍTULO 1 REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS................................................................... 5
1.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 5
1.2 ESCOPO DO FORNECIMENTO .................................................................................... 6
1.2.1 Objetivo .................................................................................................................... 6
1.2.2 Extensão do Fornecimento ...................................................................................... 7
1.3 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS APLICÁVEIS ........................................... 8
1.4 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA DO FORNECIMENTO .................................................. 11
1.4.1 Aspectos gerais...................................................................................................... 11
1.4.2 Apresentação de documentos................................................................................ 11
1.4.3 Direito de copiar e reproduzir ................................................................................. 12
1.4.4 Documentos a serem apresentados com a proposta ............................................. 13
1.4.5 Documentos a serem apresentados após a colocação do PC ............................... 13
1.4.6 Manual de instruções ............................................................................................. 14
1.4.7 Manual de Manutenção (Hardware e Software) ..................................................... 15
1.4.8 Software ................................................................................................................. 17
1.5 TREINAMENTO (SOFTWARE E HARDWARE) ........................................................... 17
1.5.1 Aspectos gerais...................................................................................................... 17
1.5.2 Conteúdo do treinamento ....................................................................................... 18
1.5.3 Treinamento em projeto, montagem e instalação .................................................. 19
1.5.4 Treinamento em operação ..................................................................................... 19
1.5.5 Treinamento em manutenção (hardware e software) ............................................. 19
1.5.6 Número de participantes ........................................................................................ 20
1.6 SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE SUPERVISÃO E COMISSIONAMENTO ............... 20
1.6.1 Geral ...................................................................................................................... 20
1.6.2 Serviços de supervisão de instalação .................................................................... 20
1.6.3 Serviços de supervisão de comissionamento ........................................................ 21
1.7 EMBALAGEM, IDENTIFICAÇÃO E EMBARQUE......................................................... 21
1.7.1 Geral ...................................................................................................................... 21
1.7.2 Embalagem ............................................................................................................ 21
1.8 PEÇAS SOBRESSALENTES ....................................................................................... 22
1.9 FERRAMENTAS ESPECIAIS ....................................................................................... 23

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1.10 GARANTIA ................................................................................................................ 23


CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO FUNCIONAL DO RDP ............................................................... 26
2.1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 26
2.2 DISPARO DO REGISTRADOR DE PERTURBAÇÕES ............................................... 27
2.2.1 Disparo por Variação do Estado de Entrada Digital ............................................... 27
2.2.2 Disparo por Violação de Limites Operacionais das Entradas Analógicas .............. 27
2.2.3 Disparo por Lógica Digital ...................................................................................... 28
2.2.4 Disparo Remoto ..................................................................................................... 28
2.2.5 Disparo Manual ...................................................................................................... 28
2.2.6 Limitações .............................................................................................................. 28
2.3 AJUSTE DO REGISTRADOR DIGITAL DE PERTURBAÇÕES - RDP ........................ 28
2.4 TRANSFERÊNCIA DE DADOS .................................................................................... 28
2.4.1 Geral ...................................................................................................................... 28
2.4.2 Protocolo de Comunicação .................................................................................... 29
2.4.3 Requisitos Básicos para Comunicação .................................................................. 29
2.5 INTERFACE COM O OPERADOR ............................................................................... 29
2.6 CAPACIDADE DE REGISTRO DE FALTAS ................................................................ 30
2.6.1 Dispositivos de Armazenamento dos dados .......................................................... 30
2.7 SINCRONIZAÇÃO DO DATADOR ............................................................................... 30
CAPÍTULO 3 REQUISITOS TÉCNICOS PARA OS RDP...................................................... 32
3.1 OBJETIVO .................................................................................................................... 32
3.2 CARACTERÍSTICAS DE HARDWARE DOS RDP ....................................................... 32
3.2.1 Geral ...................................................................................................................... 32
3.2.2 Modularidade ......................................................................................................... 33
3.2.3 Intercambiabilidade ................................................................................................ 33
3.2.4 Facilidade de Manutenção ..................................................................................... 34
3.2.5 Placas de Circuito Impresso (módulos) .................................................................. 34
3.2.6 Características dos Sinais de Entrada e Saída ...................................................... 35
3.2.7 Sinalizações Locais ................................................................................................ 38
3.2.8 Alimentação Elétrica .............................................................................................. 38
3.2.9 Requisitos de confiabilidade................................................................................... 39
3.2.10 Requisitos de disponibilidade ............................................................................. 39
3.2.11 Características dos painéis ................................................................................. 40

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3.2.12 Aterramento ........................................................................................................ 42


3.2.13 Equipamentos auxiliares ..................................................................................... 42
3.2.14 Fiação ................................................................................................................. 43
3.2.15 Canaletas e chicotes........................................................................................... 43
3.2.16 Borneiras e blocos terminais ............................................................................... 44
3.2.17 Elevação de temperatura .................................................................................... 46
3.3 DESEMPENHO MÍNIMO REQUERIDO ....................................................................... 47
CAPÍTULO 4 ENSAIOS E INSPEÇÃO .................................................................................. 48
4.1 GERAL ......................................................................................................................... 48
4.2 ENSAIOS DE ROTINA ................................................................................................. 48
4.2.1 Inspeção geral........................................................................................................ 48
4.2.2 Ensaios .................................................................................................................. 48
4.3 TESTES FUNCIONAIS ................................................................................................. 49
4.4 ENSAIOS DE DESEMPENHO, FUNCIONAMENTO E INTEGRAÇÃO ........................ 49
4.5 ENSAIOS DE TIPO ...................................................................................................... 50
4.6 PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT ..................................................................... 52
4.7 RELATÓRIOS DOS ENSAIOS ..................................................................................... 52
CAPÍTULO 5 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS GARANTIDAS ............................................ 53
5.1 GERAL ......................................................................................................................... 53
5.2 DADOS TÉCNICOS E CARACTERÍSTICAS GARANTIDAS ....................................... 53
5.3 INFORMAÇÕES ADICIONAIS EXIGIDAS COM A PROPOSTA .................................. 53
5.4 DECLARAÇÃO DE DESVIOS TÉCNICOS E COMERCIAIS ........................................ 53
ANEXOS .................................................................................................................................... 54
QUADRO DE PARTICULARIDADES TÉCNICAS ................................................................. 54
QUADRO A - DADOS TÉCNICOS E CARACTERÍSTICAS GARANTIDAS ....................... 54
QUADRO B - INFORMAÇÕES ADICIONAIS EXIGIDAS COM A PROPOSTA.................. 61
QUADRO C - DECLARAÇÃO DE DESVIOS TÉCNICOS E COMERCIAIS ....................... 64

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CAPÍTULO 1 REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS

1.1 INTRODUÇÃO

Esta especificação estabelece os requisitos mínimos para o fornecimento de


REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÕES (RDP) para o Sistema Elétrico da CEMIG,
para aplicação em Subestações (SE) de energia elétrica.

O RDP a ser fornecido deve adquirir e armazenar dados relativos a correntes, tensões e sinais
digitais, de modo a possibilitar, na ocorrência de uma perturbação, a análise do
comportamento, no tempo, das grandezas elétricas e o desempenho do sistema de proteção.

É o propósito desta ET que o RDP a ser fornecido seja um produto “top” de linha do
FABRICANTE, sendo, contudo, de responsabilidade contratual do FORNECEDOR.

Deve ser observado que o RDP a ser fornecido poderá ser aplicado em qualquer SE da
CEMIG, incluindo as de elevada importância dentro do Sistema Elétrico de Potência, devendo
possuir elevado grau de confiabilidade e estar em conformidade com as normas e padrões
especificados nesta ET.

O PROPONENTE deve anexar à sua Proposta, obrigatoriamente, uma Lista de Referência


para o RDP ofertado contendo, no mínimo, o nome da empresa, o local e a data de aplicação,
o modelo completo do RDP, o nível de tensão da SE, o nome e o telefone de uma pessoa para
contato.

Serão considerados para análise técnica somente RDP com, no mínimo, 3 anos de operação
correta, sem atuações indevidas, intempestivas ou recusas, aplicados em três ou mais
concessionárias de energia elétrica nacionais, comprovado por declaração da concessionária.

Propostas alternativas serão também analisadas desde que o PROPONENTE apresente a


proposta básica de menor custo total avaliado.

Com relação às novas tecnologias, a CEMIG concorda em analisar valores diferentes dos
especificados nesta ET, especialmente quando se tratar de avanços consagrados e já
estabelecidos, desde que não comprometa a eficiência da função à qual é destinado e atenda
às características elétricas especificadas.

Os RDP devem ser fornecidos completos, com todos os componentes e acessórios (Hardware
& Software), necessários e suficientes ao seu perfeito funcionamento e instalação, solicitados
para completar o fornecimento descrito ou subentendido, mesmos os não explicitamente
citados nesta ET ou no Pedido de Compra (PC).

Todos os itens e componentes que não forem especificamente mencionados, mas que sejam
usuais ou necessários para uma operação eficiente do conjunto, objeto do fornecimento,
devem ser considerados incluídos nesta ET, ou como parte integrante do RDP, ou como

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ferramenta especial essencial, e devem ser providos pelo FORNECEDOR com os seus custos
associados ao valor cotado para o RDP.

Caso seja necessário, o Proponente pode apresentar uma lista de ferramentas especiais não
essenciais aos RDP, com detalhamento sobre a sua utilização e preços itemizados a parte.

Após a colocação do PC, toda e qualquer deficiência deverá ser corrigida pelo FORNECEDOR
sem ônus adicional para a CEMIG.

De forma alguma, a descrição apresentada nesta ET pode ser utilizada para justificar falhas ou
deficiências no RDP a ser fornecido.

No decorrer desta ET, com o objetivo de facilitar sua montagem, algumas nomenclaturas serão
adotadas, conforme abaixo:

• Especificação Técnica ET

• Registradores Digitais de Perturbações RDP ou Registrador

• Registradores Digitais de Perturbações Portátil RDP-P

• Sistema de Análise de Perturbações SAPNET

• Dispositivo de Sincronização via Satélite GPS GPS

• Subestação SE

• Linha de Transmissão LT

• Mean Time Between Failure MTBF

• Transformador de Potencial TP

• Transformador de Corrente TC

1.2 ESCOPO DO FORNECIMENTO

1.2.1 Objetivo

O fornecimento compreende os seguintes equipamentos:

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1.2.1.1 Registradores Digitais de Perturbações (RDP), a serem instalados em Casas de


Controle de Subestações, com o total de 32 entradas analógicas e 64 entradas digitais, ou,
caso indicado no Edital, com outra configuração quanto à quantidade de canais de entradas
digitais e analógicas (corrente e tensão). Além das funções de oscilografia exigidas nesta
especificação, os RDPs devem ter as seguintes funções:

(a) Sincrofasores (PMU - Phasor Measurement Unit) de acordo com a norma IEEE
C37.118 Standard for Synchophasors for Power Systems;
(b) Registro de Qualidade de Energia de acordo com IEC 61000-4-15 e IEC 61000-4-7.

1.2.1.2 Hardware e software para as funções de comunicação entre o RDP e o Sistema


de Análise de Perturbações (SAPNET), para a parametrização do RDP, para a distribuição dos
sincrofasores e para acesso dos aplicativos de análise de qualidade de energia.

(a) O RDP deverá possuir pelo menos uma porta de comunicação de rede 10/100
BASE-T padrão IEEE802.3, utilizando protocolo IP, com conector RJ-45 para acesso
às funções de oscilografia, sincrofasores, qualidade de energia e parametrização;
(b) Caso o RDP possua a funcionalidade de aquisição de sinais GOOSE (IEC 61850),
esta aquisição deverá ser feita por uma conexão Ethernet distinta da descrita no
subitem anterior.

1.2.1.3 Software para comunicação, configuração, programação e ajustes dos RDP,


documentação completa, licenças de utilização e cópias originais em mídia digital. Este
software deverá possuir a funcionalidade de conversão da base de dados de oscilografia para
o formato COMTRADE (IEEE C37.111-1991 ou superior).

1.2.1.4 Dispositivo de sincronização via sinal de satélite GPS com capacidade de envio
de sinal de sincronismo via IRIG-B e PTP;

1.2.1.5 Conjunto de Peças Reservas;

1.2.1.6 Conjunto de equipamentos de testes (hardware e software) e ferramentas


especiais, essenciais ao RDP e opcionais, quando requerido no edital.

Os itens indicados nessa especificação como opcionais devem ter os preços itemizados, em
separado na Proposta, ficando a critério da CEMIG a sua aquisição ou não. Nesse caso, esses
itens não serão considerados na avaliação comercial. Já as ferramentas especiais ou
equipamentos de testes considerados essenciais ao RDP serão considerados na avaliação
comercial.

1.2.2 Extensão do Fornecimento

O fornecimento compreende os seguintes trabalhos, contudo, não se limitando aos mesmos:

1.2.2.1 Integração funcional de todos os equipamentos e respectivos componentes;

1.2.2.2 Fornecimento dos softwares de comunicação, configuração e ajuste;

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1.2.2.3 Fornecimento dos códigos fontes, especificação e todo o detalhamento do


protocolo de comunicação para integração do RDP ao SAPNET ou o desenvolvimento do driver
de comunicação, dentro dos parâmetros e especificações do SAPNET de forma a atender essa
integração.

1.2.2.4 Integração funcional dos RDP com os dispositivos de sincronização (GPS);

1.2.2.5 Execução dos ensaios de fábrica (rotina) e preparação da documentação


contendo os Relatórios de Ensaio de Tipo executados em Laboratório Oficial;

1.2.2.6 Preparação da documentação técnica do RDP proposto, conforme especificado;

1.2.2.7 Prestação de serviços de supervisão de instalação e comissionamento, conforme


especificado;

1.2.2.8 Fornecimento de treinamento para pessoal técnico da CEMIG, conforme


especificado;

Logo após a colocação do PC, a CEMIG deverá marcar reuniões técnicas com o Fornecedor
para a elaboração do WORKSTATEMENT. Prevê-se um prazo máximo de 30 (trinta dias) para
a elaboração deste documento. O WORKSTATEMENT é o documento que, em conjunto com a
especificação técnica e a proposta do Fornecedor, define o fornecimento completo do RDP.

1.3 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS APLICÁVEIS

Os materiais e equipamentos a serem fornecidos devem ser projetados, fabricados, ensaiados,


montados e testados de acordo com as Normas mencionadas nas seções desta ET, em
especial, de acordo com as Normas e Especificações Técnicas abaixo relacionadas, nas suas
últimas revisões, a menos que especificado de outra forma nesta ET.

• EB 1961 - Relés Elétricos de Proteção


• NBR 7875 - Medidas de radiointerferência - Emissividade Radiada.
• NBR 7116 - Relé Elétrico - Ensaios de Isolamento.
• NBR 7098 - Desempenho dos contatos dos relés elétricos -
Especificação.
• IEC 60255-5 - Electrical Relays - Insulation Tests for electrical relays.
• IEC 60255-11 - Electrical relays - Interruptions to and alternating component
(ripple) in dc. auxiliary energizing quantity of measuring relays.
• IEC 60255-21 - Electrical relays - Vibration, shock, bump and seismic test on
measuring relays and protection equipment.
o Section one: Vibration tests (sinusoidal)
o Section two: Shock and bump test.
• IEC 60255-22 - Electrical relays - Electrical disturbance tests for measuring
relays and protection equipment.
o Section one: MHz burst disturbance tests.
o Section two: Eletrostatic discharge test.
o Section three: Radiated eletromagnetic field disturbance tests.
o Section four: Fast Transient Tests.

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• IEC 60870-4 - Telecontrol equipments and Systems


o Part 4: Performance requirements
• IEC 60870-5-1 - Transmission Protocols
• IEC 61000-3-2 - Electromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 3: Limits - Section 2: Limits for harmonic current emissions (equipment input
current ≤ 16 A per phase).
• IEC 61000-3-3 - Electromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 3: Limits - Section 3: Limitation of voltage fluctuations and flicker in low-
voltage supply systems for equipment with rated current ≤ 16 A.
• IEC 61000-4-2 - Eletromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 4: Testing and measurement techniques - Section 2 - Electrostatic discharge
- Immunity test - Basic EMC Publication.
• IEC 6100-4-3 - Eletromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 4: Testing and measurement techniques - Section 3 – Radiated
eletromagnetic field disturbance tests - Immunity test - Basic EMC Publication.
• IEC 61000-4-4 - Electromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 4: Testing and measurement techniques - Section 2 - Electrical fast
transient/burst immunity test - Basic EMC Publication.
• IEC 61000-4-5 - Electromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 4: Testing and measurement techniques - Section 5 - Surge immunity test.
• IEC 61000-4-7 - Electromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 4: Testing and measurement techniques - Section 7 - General guide on
harmonics and interharmonics measurements and instrumentation, for power
supply systems and equipment connected thereto.
• IEC 61000-4-11 - Electromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 4: Testing and measurement techniques - Section 11 - Voltage dips, short
interruptions and voltage variations immunity tests.
• IEC 61000-4-12 - Electromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 4: Testing and measurement techniques - Section 12 - Oscilatory waves
immunity test - Basic EMC Publication.
• IEC 61000-4-15 - Electromagnetic Compatibility (EMC)
o Part 4: Testing and measurement techniques - Section 15 - Flickermeter –
Functional and design specifications.
• ANSI IEEE C37.1 - IEEE Standard Definition, Specification, and Analysis of
Systems Used for Supervisory Control, Data Acquisition, and Automatic Control
• ANSI IEEE C37.118 - IEEE Standart for Synchrophasors for Power Systems
• CISPR 22 – International Special Committee on RadioInterference - Limits and
methods of measurement of radio interference characteristics of information technology
equipment.
• 02.2118-CEMIG-113 - Especificação Técnica – Bloco terminal
• 02.118-CEMIG-0231 - Especificação Técnica - Sinalização para painéis de controle
e comando.
• 02.118-CEMIG-0268 - Especificação Técnica – Disjuntores termomagnéticos de
baixa tensão.
• 02.118-CEMIG-0273 - Especificação Técnica – Painéis de controle e medição
simplex

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• 02.118-CEMIG-0296 - Especificação Técnica – Fios e cabos de cobre isolados com


PVC.
• 02.118-CEMIG-0313 - Especificação Técnica - Chaves de aferição.
• 02.118-CEMIG-0346 - Especificação Técnica – Cubículo duplex de proteção e
controle
• 02.118-CEMIG-0386 - Especificação Técnica - Instrumentos elétricos de indicação
digital.
• 02.118-CEMIG-0394 - Especificação Técnica - Transdutores.
• 02.118-CEMIG-0434 - Especificação Técnica – Instrumentos de indicação digital p/
painel.
• 02.118-COPDEN-0298 - Identificação de Equipamentos Elétricos nas Instalações do
Sistema CEMIG.
• 02.118-COPDEN-0355 - Aplicação de Medição em Subestações - Requisitos Básicos.
• IEC 61000-4-7 - Testing and Measurement Techniques – Flickermeter –
Functional and Design Specification
• IEC 61000-4-7 - Testing and Measurement Techniques – General Guides on
Harmonics and Inter Harmonics Measurements and Instrumentation, for Power Supply
Systems and Equipment Connected Thereto

Nos casos de divergência entre as normas, a pendência será resolvida pela CEMIG.

Devem ser observadas as exigências do item 7.4 do Submódulo 2.6 – Requisitos Mínimos para
os Sistemas de Proteção e de Telecomunicações, dos Procedimentos de Rede do ONS –
Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Os componentes integrantes do fornecimento, cujas normas não foram citadas acima, devem
estar de acordo com as Normas Técnicas de Organizações especializadas.

Cópias das Especificações Técnicas da CEMIG, acima mencionadas, podem ser fornecidas
pela CEMIG aos interessados, somente quando solicitado.

Caso ocorram itens conflitantes nas Normas mencionadas, prevalecerá aquele que assegurar
qualidade superior, mediante decisão da CEMIG.

Os dispositivos, acessórios e materiais devem ter o projeto, fabricação e ensaios de acordo


com as normas da ABNT, ou da International Electrotechnical Commission (IEC), ou da
National Electrical Manufactures Association (NEMA), exceto quando estabelecido de outra
forma nesta ET.

Os equipamentos projetados e/ou fabricados com base em normas diferentes das


anteriormente citadas poderão ser aceitos, desde que os seus requisitos sejam, pelo menos
iguais aos requisitos das Normas específicas, e que assegurem qualidade igual ou superior às
Normas recomendadas.

A aplicação de outras normas relativas aos equipamentos, não relacionadas acima, deve ser
listada como desvio e sujeita à aprovação prévia da CEMIG, mesmo que de organismos
oficiais. O FORNECEDOR deve anexar cópia em português ou inglês das normas alternativas,

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com justificativas e detalhando com clareza as diferenças existentes, e caberá à CEMIG decidir
sobre a adequacidade técnica e aceitação.

1.4 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA DO FORNECIMENTO

1.4.1 Aspectos gerais

De forma a garantir um produto final de boa qualidade e dentro dos critérios estabelecidos, o
FORNECEDOR deve enviar à CEMIG, para análise e aprovação, toda a documentação
pertinente ao fornecimento.

Toda a Documentação Técnica deve atender ao especificado no documento CONEM –02.118-


CEMIG-0311, e deve ser aprovada pela CEMIG;

Toda a documentação, após aprovação final, deve ser fornecida em duas vias, completa, de
forma a habilitar o pessoal da CEMIG ao uso e manutenção do equipamento em termos de
software e hardware;

Toda documentação referente aos equipamentos, software e hardware deve ser fornecida pelo
FORNECEDOR, seja para os itens de fabricação própria ou para adquiridos de terceiros.

Somente serão aceitos documentos, sejam eles de qualquer natureza, na língua portuguesa ou
na língua inglesa.

A consistência com os componentes de hardware e software fornecidos, em termos de versão


e revisão, deve ser rigorosamente observada. As modificações e atualizações de
documentação deverão ser informadas pelo FORNECEDOR através de uma Folha de
Atualização de Documentação com todas as indicações necessárias (número do manual,
capítulo, seção, página, quais modificações foram feitas, etc.).

Após aprovação final devem ser fornecidos os CD com todos os desenhos em formato Adobe-
Acrobat-extensão pdf, o que não elimina a exigência acima a respeito da quantidade de cópias
dos documentos a serem fornecidas.

Para possibilitar a análise técnica do equipamento, o Proponente deve obrigatoriamente


fornecer o quadro de características técnicas garantidas do Quadro A desta ET.

1.4.2 Apresentação de documentos

Um cronograma para a entrega da documentação deve fazer parte da Proposta.

Dentro de um período máximo de 30 (trinta) dias após a adjudicação do Pedido de Compra -


PC, a Documentação Técnica para projeto deve ser enviada em 3 (três) vias de igual teor, para
aprovação pela CEMIG. A documentação poderá ser reprovada, aprovada com comentários ou
aprovada em definitivo. Se reprovada toda a documentação será devolvida ao fornecedor para
elaboração de nova documentação. Se aprovada com comentários, o fornecedor deverá
atender aos comentários e enviar para a CEMIG no prazo solicitado, a versão revisada para
aprovação em definitivo.

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A CEMIG comentará os documentos apresentados em até 30 (trinta) dias após o recebimento


dos mesmos. No caso de reapresentação, o prazo para análise é de 21 (vinte e um) dias.
Desenhos revisados ou alterados pelo FORNECEDOR após a aprovação devem ser
reapresentados para aprovação.

Qualquer trabalho executado antes da aprovação dos desenhos corre por conta e risco do
FORNECEDOR. A CEMIG tem o direito de solicitar quaisquer detalhes adicionais e de exigir,
do FORNECEDOR, que faça quaisquer alterações no projeto que sejam necessárias ao
cumprimento das disposições e do objetivo desta Especificação, sem custo adicional para a
CEMIG.

Uma vez aprovada a documentação, o fornecimento deverá ser feito conforme essa
documentação.

Alterações de versão dos softwares, durante o fornecimento, devem ser aprovadas pela
CEMIG e, após a aprovação, incluídas na Documentação Técnica Final devidamente
atualizada.

A documentação de software deve ser apresentada em um prazo máximo de 60 (sessenta)


dias a contar da emissão do PC. Deve conter todas as informações, de forma clara e objetiva,
dos softwares de configuração, aplicação e diagnóstico.

Cada painel do fornecimento deve possuir, em sua embalagem, cópia completa do Manual de
Instruções.

Os catálogos completos dos equipamentos devem conter, no mínimo, as seguintes


informações:

(a) Instruções de transporte e armazenamento;


(b) Dados, desenhos, características construtivas e detalhes de instalação (arranjo e
conexões);
(c) Características de funcionamento e de operação, aplicação, calibração, ajustes e
cópias dos relatórios dos ensaios de recebimento realizados (de tipo, se for o caso, e
de rotina);
(d) Rotinas e testes de manutenção periódica, lista de peças sobressalentes;
(e) Cópia autorizada (licença) do conjunto de softwares necessários ao seu
funcionamento.

1.4.3 Direito de copiar e reproduzir

A CEMIG tem o direito, sem que haja autorização do FORNECEDOR, de usar, copiar,
reproduzir e de enviar a terceiros os desenhos, instruções, softwares (de configuração, de
parametrização, de comunicação, etc.), manuais, catálogos e quaisquer outras informações
referentes ao equipamento, tanto quanto seja necessário ao trabalho de equipe própria ou de
terceiros que estejam executando qualquer tarefa relacionada com o equipamento ou parte
dele. Eventualmente, se a CEMIG vender ou emprestar o equipamento ou parte dele a
terceiros, a CEMIG tem o direito de remeter-lhes alguns ou todos os documentos e softwares
correspondentes, sem qualquer autorização do FORNECEDOR.

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Não devem constar dos documentos quaisquer declarações, carimbos ou outras referências
que possam invalidar ou que possam restringir os direitos da CEMIG com respeito a esta
Cláusula. O FORNECEDOR deve suprimir ou acrescentar uma nota de desistência da restrição
imposta por todas essas indicações que apareçam em desenhos e em outros documentos, e
dar testemunho de tais supressões ou desistências com a sua assinatura.

1.4.4 Documentos a serem apresentados com a proposta

O PROPONENTE deve incluir em sua proposta, no mínimo os documentos abaixo:

(a) Catálogos técnicos de todos os equipamentos e acessórios, tais como RDP, bornes
terminais, chaves de teste, etc. constituintes do painel proposto. A documentação
técnica deve ter um nível mínimo que permita elucidar e esclarecer todas as
características técnicas principais, inclusive dos equipamentos subcontratados
(componentes ou equipamentos fornecidos por terceiros);
(b) Desenho preliminar do painel proposto mostrando dimensões, vistas frontais, laterais
e traseiras, com lay-out dos componentes e acessórios;
(c) Manual preliminar dos softwares utilizados pelo RDP;
(d) Relatórios dos ensaios de tipo do RDP proposto;
(e) Quadro de características técnicas garantidas, conforme Capítulo 5;
(f) Cronograma de fabricação;
(g) Cronograma de entrega da documentação;
(h) Quadro de desvios e exceções à especificação;
(i) Lista de referências com fornecimentos anteriores;
(j) Documentação do software ou do protocolo de comunicação conforme descrito no
item 2.4.2 desta ET.

1.4.5 Documentos a serem apresentados após a colocação do PC

Alguns itens do fornecimento, devido às suas particularidades, devem ter suas informações
técnicas e os seus desenhos apresentados após a colocação do PC, os quais devem ser
documentados e submetidos à aprovação da CEMIG. Os documentos abaixo devem ser
fornecidos para aprovação:

(a) Cronograma detalhado de fabricação e desenvolvimento do hardware, software e do


equipamento completo. Deve incluir nesse documento todas as etapas do processo,
incluindo compra/importação de componentes, módulos prontos e gabinetes, envio
de documentação, fabricação dos módulos, montagem, testes preliminares e finais,
embalagem, transporte, entrega na CEMIG e etc, incluindo todos os eventos
geradores de pagamento;
(b) Lista de documentos;
(c) Lista de equipamentos;
(d) Descrição detalhada, incluindo desenho de dimensões, de todos os equipamentos e
demais itens constituintes do RDP;
(e) Conjunto de desenhos completo de cada painel, mostrando dimensões, vistas
frontais, laterais e traseiras. O desenho de vista frontal deve conter o lay-out do(s)
RDP, chaves de teste, lay-out dos acessórios, minidisjuntores, etc. O desenho de
vista traseira sem porta deve conter o lay-out das calhas, dos bornes, etc.

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(f) Desenhos com o arranjo dos equipamentos e disposição geral do painel, com as
dimensões e a localização de cada equipamento, componente e acessório no
espaço interno existente, e elucidando o acesso aos mesmos. Indicar os
espaçamentos necessários à frente e atrás para remoção dos equipamentos e
acesso aos compartimentos de cabos, minidisjuntores, etc, para fins de manutenção;
(g) Desenhos que indiquem os métodos de instalação de cada RDP (painel). Planta
mostrando os elementos de fixação dos painéis, conexões de aterramento e
previsão para entrada de cabos;
(h) Diagrama detalhado de fiação e conexões internas em CA e CC, indicando a
localização de todos os componentes e de todos os blocos terminais e conectores
onde serão feitas as conexões à fiação e cabos externos da CEMIG;
(i) Diagrama funcional mostrando toda a fiação, canaletas de fiação, réguas e blocos
terminais, barramentos, equipamentos e acessórios, incluindo os respectivos
detalhes de fixação;
(j) Desenho estrutural final do RDP (painel), com detalhes de furação das chapas;
(k) Desenho de localização e detalhe dos chumbadores;
(l) Desenho das placas de identificação;
(m) Lista de peças de reserva, incluindo descrição, código e aplicação de cada item;
(n) Manual de Instruções – minuta;
(o) Plano de Inspeção e Testes - PIT.

1.4.6 Manual de instruções

Dentro de um período máximo de 45 (quarenta e cinco) dias após a adjudicação do PC, o


FORNECEDOR deve submeter à CEMIG, para aprovação, 01 (uma) cópia em PDF do Manual
de Instruções, em português ou inglês, formato A4, incluindo todos os desenhos (vistas, fiação,
“Lay-out”, diagramas), incluindo os catálogos, manuais de instruções e lista de equipamentos e
materiais, antes da elaboração dos volumes finais.

Já na sua emissão final, deve ser enviada, devidamente encadernada, 1 (uma) via junto a cada
painel do fornecimento e ainda 2 (dois) jogos completos em meio digital, em formato Adobe
Acrobat, extensão pdf.

O Manual de Instruções deve conter, em sua emissão final, informações completas para
projeto, manuseio, instalação, testes em campo, operação, manutenção e software. Deve
conter índice, relação de todos os componentes, dispositivos e acessórios que compõem o
RDP (painel), relação de todos os documentos, catálogos e desenhos associados.

(a) Manual de Projeto, Instalação, Montagem e Testes em Campo

Deve conter informações técnicas e descrição completa do funcionamento do RDP,


detalhes sobre a sua aplicação, os diagramas de conexão, diagramas lógicos e
dimensional para serem utilizados pelo pessoal de projeto.

Deve conter desenhos, instruções completas e detalhadas sobre todos os


procedimentos e precauções a serem observados pela equipe de construção da
CEMIG durante a instalação e montagem do RDP e seus acessórios na SE.

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Deve conter, de forma detalhada, todos os procedimentos a serem seguidos e os


métodos a serem adotados para a verificação da exatidão da montagem do
equipamento e seus acessórios, funcionamento e do seu desempenho.

Deve incluir as diretrizes a serem observadas relativas aos testes e ensaios, tanto de
hardware quanto de software, em todos os componentes, incluindo os equipamentos
de comunicação e as interligações, caso existam.

Deve incluir também uma descrição de todos os instrumentos a serem utilizados, um


cronograma de execução, todos os procedimentos e métodos a serem observados,
e as grandezas que devem ser medidas ou monitoradas, durante cada ensaio.

(b) Manual de Operação

Deve conter instruções para a efetiva operação do RDP, seus componentes e


acessórios, durante sua vida operativa, tais como:

• Características e dados técnicos garantidos;


• Detalhamento completo a respeito do Hardware e Software;
• Instruções e procedimentos de parametrização e ajuste;
• Procedimentos para colocação em serviço;
• Procedimentos para sincronização via sinal de satélite;
• Procedimentos para operação, incluindo as medidas rotineiras de
manutenção;

Deve conter a descrição funcional do(s) software(s) de ajuste (parametrização) ou


comunicação com:

• Descrição e características de operação do software de ajuste;


• Procedimentos para conexão do software ao RDP;
• Descrição do software de comunicação;
• Características de operação;
• Características de manutenção;
• Forma de documentação;
• Descrição dos módulos do software de configuração;
• Descrição detalhada das características e formatações da base de dados
gerada pelo RDP bem como sua conversão para o COMTRADE;
• Mapeamento de memória;
• Descrição dos procedimentos de teste a serem realizados após
implementação do software;

1.4.7 Manual de Manutenção (Hardware e Software)

A documentação de hardware, a ser enviada para a CEMIG em um prazo máximo de 90


(noventa) dias a contar da data de emissão do PC, deve apresentar de forma clara e objetiva
todas as informações necessárias para a execução das atividades de manutenção do

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hardware, no nível de componentes, abrangendo individualmente todos os equipamentos que


compõem o RDP.

Deve conter instruções para a manutenção do RDP, incluindo todos os seus componentes e
acessórios, tais como:

(a) Apresentação técnica do sistema;


(b) Diagramas em blocos e fluxogramas evidenciando as suas interfaces e a interação
do software básico e aplicativo com o hardware;
(c) Configuração do RDP incluindo o arranjo dos módulos e racks nos painéis;
(d) Diagrama de interligação entre os diversos módulos do painel;
(e) Procedimentos para montagem e desmontagem do RDP;
(f) Lista das peças sujeitas a desgaste, com instruções para sua substituição;
(g) Documentação individual de cada módulo componente, inclusive dos instrumentos de
testes, contendo:

• Diagramas de fiação e interligação;


• Diagramas eletrônicos no nível de componentes;
• Arranjo dos componentes em cada placa impressa;
• Descrição do funcionamento de cada placa;
• Lista de identificação e solução de problemas (Troubleshooting);

(h) Lista de componentes por placa impressa, incluindo identificação, quantidade,


especificação técnica, equivalência, breve descritivo da função e instruções para
troca;
(i) Lista de peças sobressalentes fornecidas;
(j) Diagrama dimensional dos armários;
(k) Requisitos de aterramento e proteção;
(l) Arranjos e especificações das estruturas de suporte para o cabeamento;
(m)Detalhamento das entradas e saídas dos cabos nos equipamentos;
(n) Descrição funcional do software de diagnóstico, caso seja um módulo separado,
deve conter:

• Descrição geral do software diagnóstico;


• Descrição e fluxograma dos módulos específicos;
• Procedimentos de utilização;
• Relação com código dos erros possíveis de serem detectados, causas
associadas e soluções propostas;
• Procedimentos para conexão do software ao RDP;

(o) O manual do software deve conter detalhadamente as características de todos os


softwares do fornecimento, incluindo itens específicos para os softwares de
comunicação e para o de configuração e ajuste, objetos do fornecimento. Deve incluir
dados relativos à operação, manutenção e características mais importantes dos
mencionados softwares.

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1.4.8 Software

Os programas devem ser fornecidos em 2 (duas) vias, em mídia digital, devidamente


identificados. Programas específicos do fornecimento devem vir acompanhados de listagem e
do código fonte, desde que isso não fira direitos previamente assegurados pelo fornecedor.

1.5 TREINAMENTO (SOFTWARE E HARDWARE)

1.5.1 Aspectos gerais

O PROPONENTE deve prever o fornecimento de treinamento, bem como apresentar cotação


para tal, independente da quantidade de RDP a serem adquiridos. Todos os custos
decorrentes dos treinamentos são de responsabilidade do FORNECEDOR.

O custo de treinamento será considerado para critério de julgamento de propostas. Devem ser
previstos no mínimo 5 (cinco) dias para o treinamento.

O FORNECEDOR deve apresentar um Plano de Treinamento a ser aprovado pela CEMIG.


Este plano deve conter os módulos a serem ministrados com as respectivas cargas horárias.
Este treinamento deve ser realizado em Belo Horizonte, nas instalações da CEMIG ou em local
próximo à CEMIG, com materiais, recursos audiovisuais e de informática a cargo do
FORNECEDOR.

O treinamento deve ser ministrado em português, por profissionais competentes e experientes,


com a utilização de recursos didáticos e material de treinamento em quantidades adequadas
para o aprendizado e capacitação dos participantes.

Caso o treinamento seja ministrado fora de Belo Horizonte, todas as despesas com
alimentação, transporte e estadia dos participantes ficarão a cargo do FORNECEDOR.

O treinamento julgado pela CEMIG como insuficiente para o cumprimento dos objetivos
expostos deve ser complementado ou repetido sem ônus adicional.

Para possibilitar a cada participante a organização e preparação para o início do treinamento


formal, o FORNECEDOR deverá entregar à CEMIG todo o material a ser utilizado no
treinamento, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias à realização dos cursos.

Os participantes devem receber cópias individuais das documentações pertinentes ao curso,


compatíveis com as exigências constantes desta seção, e deve conter:

(a) Sumário do conteúdo dos cursos;


(b) Texto claro com ilustrações elucidativas, diagramas e esquemáticos;
(c) Programas de demonstração e exemplos de problemas;
(d) Exercícios;
(e) Avaliação do treinamento, para ser preenchida pelos treinandos, no final do
treinamento.

Os treinamentos devem utilizar, preferencialmente, os equipamentos e manuais a serem


fornecidos.

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Em todos os treinamentos que necessitarem do uso de microcomputadores, devem ser


previstos no máximo 2 (dois) alunos por microcomputador, sendo que o fornecimento destes
microcomputadores, e demais equipamentos necessários para realização dos mesmos, fica a
cargo do FORNECEDOR.

1.5.2 Conteúdo do treinamento

O treinamento deve ser objetivo, completo e eficaz; para tanto, recomenda-se que seja
direcionado unicamente para os equipamentos e software providos.

O treinamento deve abranger minuciosamente todos os aspectos pertinentes aos


equipamentos, dispositivos e acessórios providos. Deve contemplar especificamente o projeto,
a montagem e instalação, a filosofia de operação e manutenção, incluindo o funcionamento dos
equipamentos, circuitos, ajustes, hardware, software, etc.

Deve ser dividido em módulos específicos para o pessoal da CEMIG das áreas de Projeto,
Montagem e Instalação, de Manutenção e de Operação.

Todos os itens abordados durante o treinamento devem ser devidamente detalhados nas
seções do Manual de Instruções.

O domínio dos recursos supridos pelo FORNECEDOR deve ser total, possibilitando a utilização
correta, mais eficiente e rápida dos mesmos. A familiaridade da equipe com os recursos deve
ser a maior possível.

Findo o treinamento, a equipe deverá estar apta a aplicar, operar e manter os equipamentos
adquiridos, com um suporte mínimo do FORNECEDOR.

Quaisquer outros cursos julgados recomendáveis para o atendimento dos objetivos do


treinamento e não incluídos nesta Especificação poderão ser cotados pelo FORNECEDOR.

A CEMIG se reserva o direito de, se identificadas deficiências em quaisquer dos cursos,


durante ou após a realização dos mesmos, solicitar, sem que isso acarrete custo adicional para
ela, treinamento complementar para cobrir tais deficiências.

Deve ser enviado à CEMIG para aprovação, até 30 dias após a adjudicação do PC, juntamente
com a Documentação Técnica do RDP, conforme item 1.4.2, um Plano de Treinamento,
contendo para cada módulo de curso:

(a) Objetivo;
(b) Conteúdo programático;
(c) Relação de pré-requisitos (se aplicáveis);
(d) Padrões de avaliação (se aplicáveis);
(e) Local e data;
(f) Carga horária (teórica e prática);
(g) Duração prevista para cada treinamento;
(h) Material e recursos utilizados;
(i) Curriculum vitae dos instrutores.

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1.5.3 Treinamento em projeto, montagem e instalação

Destina-se a habilitar o pessoal da CEMIG a projetar, montar e instalar os equipamentos


fornecidos, explorando todas as suas funcionalidades. Os seguintes tópicos devem ser
abordados:

(a) Apresentação do RDP, seus módulos e acessórios;


(b) Apresentação da filosofia de operação;
(c) Apresentação do software e treinamento na utilização;
(d) Apresentação das características de projeto;
(e) Apresentação das características de montagem e instalação.

1.5.4 Treinamento em operação

Destina-se a habilitar o pessoal da CEMIG a operar todos os níveis do equipamento fornecido


com todos os recursos disponíveis. Os seguintes tópicos devem ser abordados:

(a) Apresentação dos procedimentos de colocação e retirada de operação dos diversos


módulos do RDP;
(b) Apresentação dos periféricos e suas características, incluindo o dispositivo de
sincronização;
(c) Apresentação da filosofia de operação do RDP;
(d) Apresentação individual de todas as funções do RDP, incluindo as funções ou
softwares para comunicação com o SAPNET e para conversão para COMTRADE;
(e) Apresentação detalhada e treinamento na utilização de todos os softwares do
fornecimento;
(f) Apresentação de procedimentos de localização de defeitos.

1.5.5 Treinamento em manutenção (hardware e software)

Destina-se a habilitar o pessoal da CEMIG a executar manutenções preventivas e corretivas


em todo o hardware do RDP fornecido, permitindo a identificação e troca de placas defeituosas.

Deve também habilitar o pessoal da CEMIG a dar manutenção e efetuar alterações nos
softwares do RDP, os quais devem ser abertos ao usuário.

Os seguintes tópicos devem ser abordados:

(f) Apresentação do RDP e equipamentos componentes;


(g) Apresentação para utilização da documentação técnica;
(h) Apresentação dos recursos disponíveis para diagnóstico do hardware;
(i) Apresentação do diagrama de blocos de cada equipamento e periféricos;
(j) Utilização dos pontos de teste;
(k) Técnicas de “troubleshooting”;
(l) Sistema operacional e recursos;
(m) Apresentação de todas as linguagens de programação utilizadas;
(n) Apresentação das técnicas de programação utilizadas;
(o) Formato COMTRADE;

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(p) Apresentação e treinamento na utilização dos softwares de configuração, de


diagnóstico e de desenvolvimento dos programas de aplicação.

1.5.6 Número de participantes

Os participantes do treinamento serão indicados pela CEMIG segundo suas categorias


correspondentes às funções na empresa.

O FORNECEDOR deve cotar todo o treinamento de hardware e software por categoria de


curso, estabelecendo um preço base por número máximo de participantes.

A estimativa de número de participantes da CEMIG para cada categoria é:

(a) Treinamento em Projeto, Montagem e Instalação: 15 pessoas por módulo;


(b) Treinamento em Operação: 15 pessoas por módulo;
(c) Treinamento em Manutenção: 15 pessoas por módulo;

1.6 SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE SUPERVISÃO E COMISSIONAMENTO

1.6.1 Geral

Os serviços de supervisão de instalação e de supervisão de comissionamento devem ser


opcionais, ficando a critério da CEMIG sua contratação ou não, não implicando em perda de
garantia do RDP caso a CEMIG faça a opção da instalação e/ou comissionamento sem o
acompanhamento do fabricante.

Não são aceitas exigências referentes à participação obrigatória de representante do fabricante


na abertura das embalagens para instalação do RDP, ou mesmo na reembalagem dos mesmos
na CEMIG, caso isto venha a ser necessário.

O custo de supervisão de instalação e de comissionamento programadas para esta aquisição


será levado em consideração na avaliação de propostas e será estimado como abaixo:

(a) Custo de uma passagem aérea de ida e volta entre a fábrica do FORNECEDOR e o
local onde o RDP será montado.
(b) Custo da supervisão de instalação considerando o valor "per diem" indicado pelo
PROPONENTE na planilha de preços em um período de 15 dias.

1.6.2 Serviços de supervisão de instalação

Compreende basicamente o acompanhamento, por um profissional credenciado e apto para a


tarefa de instalação do sistema, compreendendo a fixação e a execução de fiação para
instalação dos RDP, nos locais de operação definitiva (SE, salas de controle). Este
procedimento objetiva garantir uma instalação livre de falhas e dentro dos requisitos ótimos
padronizados pelo FORNECEDOR.

A cotação deste serviço deve ser feita por dia de trabalho do supervisor, incluindo todas as
despesas de transporte (até o local de instalação), hospedagem e alimentação. A CEMIG não

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se responsabilizará pelo fornecimento de nenhum tipo de transporte, hospedagem ou


alimentação ao responsável pelo serviço de supervisão.

Para efeito de análise comercial, serão considerados 15 dias de supervisão de instalação.

1.6.3 Serviços de supervisão de comissionamento

Compreende basicamente os serviços de teste de operação do sistema, compreendendo a


execução de todas as funções constantes da especificação. É indispensável que o profissional
responsável pela realização destes serviços tenha amplo conhecimento do "software" e
"hardware" fornecidos.

A cotação deste tipo de serviço deve ser feita da mesma forma que especificado no item
anterior.

Para efeito de análise comercial, serão considerados 15 dias de supervisão de


comissionamento.

1.7 EMBALAGEM, IDENTIFICAÇÃO E EMBARQUE

1.7.1 Geral

A entrega à CEMIG do RDP, no local e no prazo previsto no PC, bem como a embalagem
adequada ao transporte é de responsabilidade do FORNECEDOR. Qualquer dano aos RDP,
ocorrido durante o transporte, devido à inadequação da embalagem ou de sinistro, é de
responsabilidade exclusiva do FORNECEDOR.

Todos os métodos, critérios, características e materiais para embalagem, identificação e


embarque, devem ser submetidos à aprovação da CEMIG previamente à execução dessas
atividades e/ou à fabricação de quaisquer materiais, plaquetas ou etiquetas de identificação
requeridas. Estes métodos devem ser tais que protejam adequadamente todas as partes do
seu conteúdo contra possíveis danos durante o embarque, transporte e desembarque, inclusive
à prova d'água e umidade.

1.7.2 Embalagem

O RDP deve ser embalado em engradado de madeira de forma que todas as suas partes,
componentes e equipamentos sejam protegidas durante o trânsito do local de fabricação até o
local de instalação. As embalagens devem ser suficientes para proteger o conteúdo contra
danos e prevenir perdas, devidas a diversos manuseios, a traslados, a transporte sobre
estradas não pavimentadas, e a variações de temperatura e exposição ao tempo durante o
transporte e armazenagem.

O FORNECEDOR deve usar seu próprio critério quanto a conveniência e adequacidade da


embalagem, e será, independentemente da aprovação pela CEMIG, o único responsável pela
qualidade da embalagem. Deve observar ainda:

(a) Todas as superfícies metálicas acabadas devem ser apropriadamente encobertas ou


de outro modo protegidas contra avarias durante o transporte e a instalação.

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(b) O FORNECEDOR deve ser responsabilizado por quaisquer danos e/ou perdas
ocorridas em consequência de falta de cuidados, inadequabilidade e/ou insuficiência
na embalagem dos materiais e/ou equipamentos.
(c) Todos os materiais e/ou equipamentos fornecidos devem ser identificados com o
número e o item do PC visivelmente estampados.
(d) As embalagens, dos RDP devem ser providas de meios para manuseio, carga e
descarga, inclusive dispositivos para suspensão por guindaste, macacos ou
empilhadeira.
(e) Peças estruturais de pequeno porte e outros componentes pequenos,
independentes, devem ser embalados em caixas ou engradados, não devendo ser
fixados ao equipamento correspondente por meio de arame, fita adesiva ou outro
meio similar.
(f) Pequenas peças devem ser identificadas através de etiquetas a elas fixadas,
indicando o número do equipamento ou item ao qual pertencem. Se as peças
tiverem um número de referência para montagem indicada nos desenhos, o mesmo
também deve ser indicado nessas peças.
(g) Todas as pequenas peças e/ou partes devem ser acondicionadas em embalagens à
prova d´água. No caso de parafusos, porcas, arruelas, soquetes terminais, etc., cada
tamanho ou tipo, deve ser embalado e identificado separadamente, conforme as
indicações do Inspetor.
(h) Todos os volumes devem apresentar indicativo de posição e fragilidade, endereço
do local de entrega e do FORNECEDOR, número do PC da CEMIG, número do
equipamento e/ou item correspondente, o peso bruto e líquido, além de apresentar
marcação que possibilite a identificação de todo o conteúdo sem que seja
necessário abrir a embalagem.
(i) Equipamentos e/ou materiais com locais de instalação distintos, devem ser
embalados separadamente e devidamente identificados quanto ao local de
instalação.
(j) Sempre que possível, todas as partes correspondentes a um mesmo equipamento
ou subconjunto devem ser embarcados ao mesmo tempo.

O FORNECEDOR deve enviar à CEMIG, previamente ao embarque, um documento


completo e detalhado, contendo a Lista de Materiais, incluindo a descrição, identificação e
número dos desenhos de referência de todas as peças ou partes dos equipamentos.

1.8 PEÇAS SOBRESSALENTES

O PROPONENTE deve apresentar uma lista detalhada de peças sobressalentes


recomendadas com os seus respectivos preços unitários.

Esta lista deve conter, para cada RDP, a sua descrição, o seu MTBF, a filosofia de
manutenção, cotação unitária, a quantidade total prevista de equipamentos a serem instalados
no painel em fornecimento e a quantidade de peças sobressalentes recomendadas para um
período de 5 (cinco) anos de operação.

Para efeito de avaliação comercial e equalização de preços, será considerado um valor de 5%


(cinco por cento) do valor global do fornecimento (hardware e software) como peças

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sobressalentes para todos os concorrentes. Após definido o ganhador, a CEMIG processará o


detalhamento de quais as peças serão fornecidas como sobressalentes, em função do
proposto pelo proponente como sobressalentes recomendadas.

1.9 FERRAMENTAS ESPECIAIS

O PROPONENTE deve apresentar uma lista detalhada de ferramentas especiais, sejam elas
essenciais ou não, dedicadas e necessárias à operação e manutenção dos equipamentos
propostos.

O PROPONENTE deve identificar claramente quais as Ferramentas Especiais são


efetivamente essenciais ao RDP e quais são as sugeridas/opcionais para aquisição.

Caso o PROPONENTE não informe a necessidade das ferramentas essenciais ou mesmo não
forneça sua cotação, ao se detectar esta necessidade, durante as fases posteriores à
colocação do PC, o PROPONENTE deverá fornecer, sem ônus para a CEMIG, quantas
ferramentas venham a ser necessárias.

Entre os acessórios para manutenção devem ser incluídos simuladores de teste que
possibilitem o reparo de módulos em laboratório e, se aplicável, microcomputador tipo
"Notebook", cuja configuração mínima será definida pela no edital.

Na Proposta devem constar os preços unitários de cada item ofertado.

1.10 GARANTIA

O FORNECEDOR deve apresentar um Termo de Garantia contra todo e qualquer defeito de


projeto, fabricação, montagem e desempenho dos RDP ofertados.

A Garantia para o RDP, os componentes e acessórios deve vigorar por um período mínimo de
24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de entrega no local indicado no PC, ou 12 (doze)
meses a partir da data de energização e entrada em operação, prevalecendo o que ocorrer
primeiro.

A Garantia deve abranger todos os seus componentes, equipamentos, dispositivos acessórios


e materiais, mesmo que não sejam de sua fabricação, contra quaisquer defeitos decorrentes de
projeto, fabricação, montagem e materiais.

Se o RDP não entrar em operação nas datas estipuladas pela CEMIG por culpa do
FORNECEDOR, o prazo de 12 (doze) meses consecutivos de operação satisfatória
prevalecerá para a contagem da garantia.

O FORNECEDOR deve, a qualquer tempo, quando notificado pela CEMIG e antes de expirado
os citados períodos de garantia, efetuar prontamente reparos, correções, reformas,
reconstruções e até mesmo a substituição de componentes ou do RDP, no sentido de sanar
todos os defeitos, imperfeições ou partes falhas, sejam elas decorrentes de projeto, fabricação,
montagem ou de materiais (hardware ou software), que venham a se manifestar. Todas as

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despesas com material, transporte, mão-de-obra, ensaios, etc., necessários ao desempenho


operacional satisfatório do equipamento, correrão por conta do FORNECEDOR.

Se, após notificado pela CEMIG e dentro do período de garantia, o FORNECEDOR se recusar,
negligenciar ou falhar na correção de defeitos, ou em efetuar os reparos solicitados em tempo
hábil, a CEMIG reserva-se o direito de efetuar os trabalhos de correção ou substituição de
componentes ou acessórios, com o seu próprio pessoal ou terceiros, a seu critério, visando
reparar quaisquer defeitos, sob risco e despesas do FORNECEDOR, sem prejuízo de
quaisquer dos seus direitos e sem que isto afete a garantia do equipamento.

Ao FORNECEDOR será exigido o ressarcimento de todas as despesas reais de tais correções


e quaisquer danos que delas resultem. A CEMIG poderá, a seu critério, deduzir das
importâncias devidas ao FORNECEDOR, ou de outra forma, quantias correspondentes a
despesas e prejuízos com o equipamento avariado, incluindo, inclusive, prejuízos em outros
equipamentos que em consequência venham também a sofrer avarias.

Qualquer componente, equipamento ou acessório, quando substituído ou reparado dentro do


prazo de garantia, deve ter a sua garantia renovada por um prazo mínimo de 12 (doze) meses
após a nova entrada em operação. Essa renovação do período de garantia deve ser estendida
a todo o equipamento, caso o defeito prejudique a sua perfeita operação, o mesmo ocorrendo
em caso de reincidência do reparo.

No caso de indisponibilidade por defeito, dentro do período de garantia e após a entrada em


operação do equipamento, esse novo período de garantia deve, além de estendida aos
componentes e a todo equipamento, ser por um período igual ao da indisponibilidade verificada
e entrar em vigor a partir da data de reentrada em operação do equipamento.

As extensões de garantia previstas acima não devem implicar em ônus para a CEMIG.

Além disto, esta “Garantia” deve observar os seguintes itens:

(a) Durante o prazo de garantia acima indicado, devem ser substituídas quaisquer
partes e/ou equipamentos defeituosos, sem ônus para a CEMIG. Neste caso, o
FORNECEDOR deve repetir, às suas custas, os ensaios julgados necessários pela
CEMIG para comprovar a perfeição dos reparos executados e o bom funcionamento
da unidade.
(b) No caso de constatar-se quaisquer defeitos ou deficiências nos equipamentos, a
CEMIG tem o direito de operar tais equipamentos até que os mesmos sejam
substituídos pelo fabricante. O fato de os equipamentos continuarem em operação
não deve servir de justificativa para demora na substituição dos mesmos ou
tentativa, pelo fabricante, de não substituí-los.
(c) A aceitação, pela CEMIG, de qualquer material ou serviço, não exime o
FORNECEDOR da plena responsabilidade de todas as garantias estabelecidas.
(d) A "Garantia" deve ser independente de todo e qualquer resultado decorrente dos
ensaios realizados, isto é, quaisquer que tenham sido estes resultados, o
FORNECEDOR responderá por todas as "Garantias".
(e) O FORNECEDOR deve assegurar, também, a garantia de disponibilidade para o
fornecimento de peças de reposição e/ou peças sobressalentes após a entrega e

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aceitação dos equipamentos, por um período de 10 (dez) anos, em um prazo de


entrega máximo de 2 (dois) meses.
(f) Durante o período de garantia, a fim de agilizar o atendimento, a CEMIG pode
assumir, a seu critério, a manutenção dos equipamentos, sendo que os módulos
com defeito retirados devem ser enviados para o FORNECEDOR para reparos. O
FORNECEDOR deve garantir que este procedimento não invalida a Garantia, bem
como não o isenta da responsabilidade de executar a referida manutenção, se
necessário.
(g) O FORNECEDOR deve se comprometer a devolver os módulos devidamente
reparados dentro de 30 (trinta) dias corridos. Se o FORNECEDOR não resolver o
problema dentro de 30 (trinta) dias, fica o período da garantia automaticamente
prorrogado pelo mesmo número de dias acrescido do número de dias passados
desde o envio até a devolução do módulo.
(h) Caso o pessoal técnico da CEMIG não consiga detectar a causa do defeito, o
FORNECEDOR deve se comprometer em dar assistência técnica necessária, no
local de instalação do RDP, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, após ter
sido comunicado.
(i) Em decorrência da garantia de qualidade de manutenção e operação, o
FORNECEDOR fica obrigado a dar todo o esclarecimento solicitado pela CEMIG
durante o período de garantia.
(j) A GARANTIA dos equipamentos fornecidos não pode estar vinculada à participação
do fabricante/FORNECEDOR nos serviços de desembalagem/embalagem,
supervisão ou comissionamento. Estes somente serão contratados a critério da
CEMIG.
(k) Todas as despesas necessárias para assegurar o bom funcionamento do RDP,
durante o período de Garantia, são de responsabilidade do FORNECEDOR.

No caso do equipamento não poder ser reparado na obra ou local de instalação, todas as
despesas resultantes do envio do mesmo à fábrica e do retorno à obra também são de
responsabilidade do FORNECEDOR.

Estas despesas incluem, não se limitando às mesmas, as seguintes etapas: desmontagem,


embalagem, frete terrestre, aéreo ou marítimo (o que for aplicável), para envio à fábrica e
retorno à instalação da CEMIG, seguro, custos de reinspeção (incluindo passagens aéreas de
ida e volta, alimentação e estadias do(s) inspetor(es) no local de inspeção), custo de montagem
do equipamento reparado e a supervisão da montagem.

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CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO FUNCIONAL DO RDP

2.1 INTRODUÇÃO

Para realizar as funções de Registro de Perturbações, as grandezas elétricas (tensão e


corrente) devem ser amostradas em intervalos de tempo regulares, como taxa de amostragem
mínima de 128 amostras/ciclo, atendendo aos requisitos de resposta de frequência
especificados, convertidas para a forma digital e armazenadas em memória. Analogamente, os
sinais de estado da proteção devem ser coletados e armazenados.

Ao ser detectada a ocorrência de uma perturbação, em qualquer entrada analógica ou digital,


que exceder um limite especificado, o RDP deverá armazenar em um registro único os sinais
analógicos e os eventos lógicos que ocorreram antes, durante e depois da perturbação. O RDP
continuará a gravação até o término da perturbação ou até que exceda o limite de tempo de
operação ajustado para pós-falta.

O esgotamento do tempo de pós-falta configura o término da coleta de dados relativa a uma


falta.

A normalização de uma situação de falta, citada no parágrafo anterior, pode ser caracterizada
das seguintes formas, que poderão ser habilitadas ou desabilitadas a qualquer tempo:

• Normalização do estado do sensor de partida;


• Atuação de algum processo, software ou hardware, de limitação do tempo do sensor de
partida;
• Término da transição do estado sensor de partida de normal para atuado.

Imediatamente após finalizar o registro de qualquer perturbação e independente da


configuração dos registros, o RDP deverá estar apto a iniciar o registro de uma nova
perturbação. Se o intervalo entre o final da última perturbação e o início da nova for inferior ao
tempo ajustado de pré-falta, os dados relativos a esta diferença de tempo deverão ser copiados
do final da última perturbação, de forma que todos os registros sejam do mesmo tamanho e
contenham somente dados válidos. Desta maneira não será aceito RDP que, nestas condições,
complemente os dados com valores iguais a zero ou mesmo inválidos.

Deve ser observado que todo o funcionamento do registrador deve estar sincronizado via sinal
de satélite GPS.

Os dados referentes a uma perturbação devem ser armazenados em memória própria, e serem
transmitidos ao SAPNET, por meio do elo de comunicação, quando solicitado, modo escravo,
ou automaticamente, modo mestre. Devem ser possíveis estes dois tipos de comunicação,
configuráveis via software

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2.2 DISPARO DO REGISTRADOR DE PERTURBAÇÕES

O Registrador de Perturbações deve estar sempre em condição de espera “stand-by”,


monitorando continuamente todas as entradas digitais e analógicas. Deve ser disparado na
ocorrência de qualquer uma das condições listadas a seguir ou por qualquer combinação
delas. O Disparo de uma perturbação também deverá ser possível de ser efetuado sob
demanda do usuário local ou remotamente.

O disparo do registrador deve ser feito através de sensores próprios, ou por software, ou por
contatos externos, ou pela combinação destes.

Outros mecanismos de disparo, porventura existentes no RDP proposto, devem ser descritos
na Proposta e cotados como opcionais. O modo de disparo deve ser livremente configurável
pelo usuário, individualmente por entrada digital ou analógica. A configuração do modo de
disparo também deve poder ser feita diretamente no RDP ou SAPNET.

Os Registradores devem permitir a operação em conjunto, inclusive quanto à sincronização, de


maneira tal que, caso seja instalado mais de um RDP numa mesma SE, o registro de todas as
variáveis supervisionadas deve ser realizado sem restrições, quando da ocorrência de um
evento em qualquer um dos vãos supervisionados pelos RDP.

O PROPONENTE deve prover todos os dispositivos e interligações necessários para garantir o


sincronismo entre os RDP, sejam de uma mesma instalação ou mesmo de SE’s diferentes. Não
são aceitáveis erros superiores a 0,5 ms.

2.2.1 Disparo por Variação do Estado de Entrada Digital

Consiste no disparo do RDP sempre que houver variação do sinal de Entrada Digital
configurada para disparo. A configuração deste disparo deve atender a uma combinação,
definida pelo usuário, das seguintes opções:

• Entrada Digital em nível lógico “Zero”;


• Entrada Digital em nível lógico “Um”;
• Transição da Entrada Digital de nível “Zero” para nível “Um”;
• Transição da Entrada Digital de nível “Um” para nível “Zero”.

2.2.2 Disparo por Violação de Limites Operacionais das Entradas Analógicas

Consiste no disparo do RDP sempre que houver uma violação dos limites operacionais
ajustados das grandezas analógicas de entrada (variação na Entrada Analógica), seja
individualmente ou em combinações. Para tal devem ser previstos sensores/detectores de
partida incorporados ao Registrador de Perturbações, implementados por software e/ou
hardware.

Junto à proposta deve ser apresentada descrição detalhada de cada detector/sensor previsto.
Estes devem ser previstos com chave de teste e devem ser extraíveis, caso sejam
implementados por hardware.

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As grandezas elétricas supervisionadas devem ser, no mínimo, corrente, tensão, frequência e


taxa de variação das grandezas de entrada.

2.2.3 Disparo por Lógica Digital

Consiste no disparo do RDP por uma combinação lógica, livremente configurável pelo usuário,
dos sinais de estado, entradas digitais e violação dos limites operacionais das variáveis
analógicas do processo.

2.2.4 Disparo Remoto

Consiste no disparo do RDP remotamente, via canal de comunicação, através de um comando


proveniente de outro dispositivo do processo (ex. SAPNET), interligado ao Registrador através
deste canal.

2.2.5 Disparo Manual

Consiste no disparo manual do RDP, localmente, via botões dedicados a esta função,
devidamente protegidos contra operações indesejáveis.

2.2.6 Limitações

Quaisquer limitações nas quantidades de modalidades de disparo ativadas simultaneamente


devem ser claramente expostas pelo PROPONENTE em sua Proposta. Para isto, deve ser
preenchida a “Declaração de Desvios Técnicos e Comerciais”, de forma clara e detalhada.

2.3 AJUSTE DO REGISTRADOR DIGITAL DE PERTURBAÇÕES - RDP

O RDP deverá permitir que os ajustes dos parâmetros de operação e partida sejam feitos
através da interface local e via canal de comunicação com o SAPNET, por processo de
“UPLOAD” e “DOWNLOAD” de um ou mais arquivos de configuração.

O software de configuração local e remota deve ser próprio para a operação em


microcomputador compatível com sistema operacional Windows 7 ou superior. Devem ser
incluídas no fornecimento 05 licenças deste software. O software de configuração deverá,
obrigatoriamente, permitir a execução “off-line” da parametrização.

Os locais de armazenamento dos arquivos de configuração de cada RDP deverão ser


claramente detalhados na documentação técnica a ser fornecida e preferencialmente deverão
ser configuráveis pelo usuário.

2.4 TRANSFERÊNCIA DE DADOS

2.4.1 Geral

A transferência dos dados coletados pelos RDP para o SAPNET e para a parametrização
remota deve ser feita através de uma porta Ethernet.

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Os RDP devem ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 250
(duzentas e cinquenta) perturbações, para o caso de várias faltas consecutivas dispararem o
registrador ou para o caso de falhas das linhas de comunicação entre os RDP e o SAPNET.

Deve ser prevista, também, a opção configurável via software, que o Registrador conecte-se
automaticamente para o SAPNET assim que possuir algum evento a ser transmitido;

Durante a transferência dos dados devem ser previstos meios para verificação da integridade
dos mesmos;

O descarte dos dados (liberação de espaço na memória não volátil, SSD) só deve ocorrer com
a permissão do operador do SAPNET.

2.4.2 Protocolo de Comunicação

O Protocolo de Comunicação para coleta de dados deve ser formalmente descrito, aberto e
detalhado ao máximo de modo que, caso necessário, a CEMIG GT possa conectar o RDP a
outros sistemas digitais de sua propriedade, além da conexão ao software SAPNET já
existente.

O detalhamento do protocolo de comunicação deve englobar todas as mensagens a serem


trocadas, discriminando a mensagem byte a byte, ou bit a bit, quando for o caso.

Deverão ser detalhados também todos os arquivos a serem lidos do RDP, englobando neste
detalhamento todas as informações das estruturas dos arquivos.

2.4.3 Requisitos Básicos para Comunicação

A comunicação com os RDP é efetuada por meio de canal de comunicação próprio da CEMIG,
através rede Ethernet. É essencial que o mencionado neste item seja integralmente atendido.
Não serão aceitas propostas que não o atendam.

2.5 INTERFACE COM O OPERADOR

Os RDP devem conter rotinas de auto check, permitindo a monitoração da interface com o
operador, memória, entradas, periféricos etc., com indicação dos pontos defeituosos.

Devem ser providas sinalizações externas individuais para cada RDP para:

• Registrador com defeito


• Registrador disparado
• Falha na comunicação
• Memória RAM com capacidade para armazenar somente mais um registro
• Memória não volátil, SSD, com 75% de sua capacidade de armazenar esgotada
• Indicação de estado de operação normal

Os itens listados acima devem estar disponíveis como sinais de saída digitais. As
características destes sinais estão especificadas no item 3.2.6.3 desta ET.

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2.6 CAPACIDADE DE REGISTRO DE FALTAS

Os RDP devem ser capazes de registrar para cada falta ou perturbação no mínimo 160
milissegundos de dados de pré-falta e o tempo de pós falta deve ser ajustável entre 100 e, no
mínimo, 5000 milissegundos.

O registro de uma falta ou perturbação só deve ser interrompido se ocorrer a normalização,


conforme descrito no item 2.1, da situação de falta e após transcorrido o tempo de pós-falta
ajustado.

Para os casos da ocorrência de uma nova perturbação antes de encerrar o tempo de registro
da anterior, o registrador deverá ser configurado a qualquer tempo, para executar uma das
seguintes opções:

• Continuar o registro até que esta nova situação de falta se normalize, finalizando o
registro com o tempo de pós-falta configurado;
• Desprezar este novo disparo finalizando o registro anterior normalmente.

Os tempos de pré-falta, falta e pós-falta deverão ser facilmente configuráveis em passos de


pelo menos 20ms.

O PROPONENTE deve indicar claramente em sua proposta as possíveis limitações e


implicações devidas ao uso de rotinas de compactação dos dados da falta, além de uma
descrição detalhada dos princípios de funcionamento das mesmas. Também devem ser
apresentadas todas as possíveis limitações relativas a atrasos de disparos, transferência de
arquivos e comunicação remota, devido à utilização de mais de um equipamento em uma
mesma instalação ligados em rede.

2.6.1 Dispositivos de Armazenamento dos dados

Deve ser previsto o armazenamento local dos eventos nos RDP.

A memória RAM do RDP deve ser suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo,
10 (dez) perturbações, com duração de 5 segundos cada perturbação.

Os RDP devem possuir dispositivo de armazenamento, memória não volátil, de no mínimo 250
(duzentas e cinquenta) perturbações com duração de 5 segundos cada. Para isso o software
de comunicação ou o protocolo de comunicação a serem fornecidos deve considerar a
existência de tal dispositivo e o acesso remoto, dos dados nele gravados. Devem ser utilizados
dispositivos sem partes móveis, tecnologia o mais recente possível e elevado MTBF como, por
exemplo, unidade de estado sólido (SSD).

2.7 SINCRONIZAÇÃO DO DATADOR

Cada RDP deve ter um relógio e calendário interno para prover precisamente o dia, mês, ano,
hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação do registrador.

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O sistema de relógio interno dos RDP para a função de datador deve possuir circuitos de
sincronismo para operarem no sistema mestre escravo e entradas para ser sincronizado por
meio de pulso externo oriundo de sistema com código de transmissão padrão GPS, de forma a
garantir a operação dentro de uma mesma base de tempo.

Os RDP devem ser fornecidos com dispositivos que executem o sincronismo dos mesmos
utilizando para isto sinal de satélite GPS, e modulação de saídas em código IRIG-B e
sincronização via protocolo PTP. A sincronização via protocolo NTP não será aceita em
nenhuma hipótese. Todos os sincronizadores devem possuir display frontal para indicação das
grandezas de sincronismo, em especial dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milisegundo.
Devem possuir ainda, além da saída utilizada para sincronismo do RDP onde está instalado o
sincronizador, também outras 3 (três) saídas para utilização com outros equipamentos da SE a
serem sincronizados. Dessas 3 saídas, 2 devem ter modulação em IRIG-B e a outra deve ser
configurada para IRIG-B ou PPS. Preferencialmente as 3 saídas adicionais devem permitir a
configuração para IRIG-B ou PPS.

O sincronizador deve ser fornecido completo, com antena e cabos (mínimo 40m) para
interligação da antena ao sincronizador. Deve ainda ser fornecido com no mínimo 3 portas
adicionais para sincronização de outros sistemas existentes na SE, conforme acima descrito. O
cabo para interligação entre a antena e o sincronizador deve ser um cabo com dupla
blindagem, para se evitar interferências oriundas de campos eletromagnéticos da SE.

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CAPÍTULO 3 REQUISITOS TÉCNICOS PARA OS RDP

3.1 OBJETIVO

Este Capítulo tem por objetivo estabelecer as características mínimas de hardware, software e
desempenho do RDP a ser adquirido, incluindo seus componentes e acessórios. O
PROPONENTE deve descrever detalhadamente em sua proposta as características dos RDP
de seu fornecimento, bem como incluir todas as informações necessárias para caracterizar
individualmente todos os equipamentos, componentes e acessórios. Todos os dados relatados
nesta proposta deverão ser comprovados por meio de relatórios de ensaio.

O PROPONENTE deve apresentar uma lista de equipamentos com todos os dispositivos e


acessórios que acompanham o RDP, itemizados e quantificados, e com todos os dados
técnicos e características necessárias (modelo, FABRICANTE, tecnologia, ajustes, etc.) para
permitir a avaliação técnica da proposta, incluindo informações sobre modelo, FABRICANTE,
ajustes, etc.

Quando mais de uma unidade for solicitada sob um mesmo item da encomenda, todas devem
possuir o mesmo projeto e serem essencialmente iguais, com todas as suas peças
correspondentes intercambiáveis.

O RDP deve ter o maior número possível de componentes intercambiáveis, para permitir uma
rápida e fácil manutenção e com um mínimo de peças sobressalentes.

Quando forem fornecidos mais de um tipo de RDP, deve ser adotada a filosofia de se utilizar
uma única família de um fabricante. Todos os equipamentos com a mesma função devem ser
idênticos e intercambiáveis. Não serão aceitos para uma mesma função, em um mesmo
fornecimento, variações de fabricantes, de famílias ou de tipo de equipamentos.

Os RDP devem ser fornecidos com meios capazes de evitar condensação em quaisquer
compartimentos e também com dispositivos que garantam a manutenção de uma temperatura
interna do cubículo compatível com os componentes do RDP.

3.2 CARACTERÍSTICAS DE HARDWARE DOS RDP

3.2.1 Geral

Todo o hardware a ser fornecido para compor o RDP, deve ter sido projetado e construído
especificamente para aplicação em controle e supervisão de processos de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica.

Os equipamentos devem possuir proteção contra surtos e sobrecargas de tensão e corrente,


nas entradas e saídas de sinais, alimentação e canal de comunicação.

Os equipamentos devem ser imunes às interferências eletromagnéticas, conforme norma IEC


60255-22 – Partes 1, 2, 3 e 4.

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O RDP deve suportar os ensaios de tipo conforme os requisitos relacionados nesta ET.

Nos casos em que os pontos de aquisição de dados de entrada não apresentem a


suportabilidade requerida, estes devem ser protegidos com supressores. Nesse caso, o
conjunto equipamento/supressor deve apresentar as características exigidas. O fabricante deve
apresentar, na proposta, memória de cálculo relativa a escolha e dimensionamento dos
supressores. Não será aceito o uso apenas de varistores como solução, a não ser que seja
justificado através de memória de cálculo e testes reais.

Para utilização destes supressores, deve ser observado que, para sinais de Vcc provenientes
do banco de baterias da SE, não é permitido que a operação do supressor coloque o referido
banco em curto-circuito, seja entre o positivo e o negativo, seja entre qualquer um deles para a
terra. Neste caso, é essencial o uso de fusíveis, devidamente calculados, em série com os
supressores previstos para estes circuitos. Já para os sinais provenientes diretamente dos
TC’s, deve ser observado que não é admissível a abertura do secundário desses
equipamentos. Dessa forma, todos os cuidados devem ser tomados no dimensionamento
desses supressores.

Todos os requisitos básicos listados a seguir devem ser observados.

3.2.2 Modularidade

Todos os equipamentos a serem fornecidos devem ser compostos por módulos bem
identificados, conectados a barramentos de preferência passivos.

Todos os módulos de entrada e saída devem ser intercambiáveis.

A retirada e a inserção de qualquer módulo não deve causar danos aos equipamentos, devido
a transitórios de alimentação dos módulos. Os equipamentos não devem sofrer qualquer dano
elétrico ou mecânico se, inadvertidamente, forem inseridos módulos em posições erradas.
Preferencialmente, os módulos devem ter encaixes diferenciados de maneira a impedir erros
na substituição dos mesmos. O tipo de conexão entre módulos e barramentos deve ser tal que
evite inserções mal efetuadas ou em local indevido.

A falha em um determinado módulo não deve causar danos nos demais. Cada módulo deve
possuir seu sistema de proteção e diagnóstico, com indicação externa (LED's) de defeitos, ou
outra alternativa de modo a facilitar a localização de defeitos.

A inserção e retirada de módulos não devem causar danos ou degenerações nos elementos de
contato, bem como deformações nas placas dos módulos.

3.2.3 Intercambiabilidade

Módulos idênticos devem ser intercambiáveis com um mínimo de necessidade de configuração


por "straps" ou "dip-switches" e sem afetar o desempenho global do equipamento.

Caso seja necessário algum tipo de configuração, a documentação do módulo deve ser
bastante clara mostrando todas as configurações possíveis para cada aplicação deste módulo.

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3.2.4 Facilidade de Manutenção

Para a manutenção dos módulos, os tipos de ferramentas necessárias devem ser o mínimo e o
mais simples possível. Os seguintes itens devem ser considerados:

(a) Os pontos de testes/ajustes devem estar preferencialmente localizados no painel


frontal do módulo. Serão excepcionalmente aceitos módulos em que o acesso aos
pontos de testes/ajustes se faça através de cartões de extensão. Neste caso, o
cartão extensor deve ser incluído no fornecimento, um para cada unidade de
fornecimento.
(b) Os módulos devem ser dispostos de tal modo que a inspeção visual em um dos
módulos não exigirá a extração de nenhuma outra placa ou dispositivo que não o
objeto da inspeção;
(c) Os módulos inteligentes, passíveis de ajustes, devem ser previstos para ajuste via
software, automáticos ou não;
(d) Quaisquer ferramentas e/ou equipamentos especiais essenciais para a manutenção
devem ser cotados na Planilha de Preços da Proposta e serão consideradas na
avaliação comercial. Já equipamentos e ferramentas de uso geral, não essenciais,
devem ser cotados e devidamente identificados como opcionais do fornecimento, e
não serão considerados na avaliação comercial. Ferramentas e/ou equipamentos
especiais essenciais não cotados na proposta e que tenham sua necessidade
detectada durante o processo de fornecimento, instalação ou comissionamento
deverão ser fornecidos, posteriormente, sem qualquer ônus para a CEMIG.

3.2.5 Placas de Circuito Impresso (módulos)

Todas as placas de circuito impresso componentes do fornecimento devem:

(a) Ser confeccionadas em fibra de vidro ou material de melhor qualidade e sob


condições normais de operação, manutenção e armazenagem não devem sofrer
alterações de condutibilidade e isolação ou danos físicos, tais como empeno,
variações de dimensões e outros.
(b) Ser de fácil remoção e fixação através de alavancas, puxadores ou dispositivos
equivalentes;
(c) Apresentar ótimo contato com o barramento e conectores (utilizando-se de
terminações banhadas à ouro e conectores do tipo EURO-Conector);
(d) Ter suas superfícies não metálicas cobertas por um material não condutor resistente
à corrosão;
(e) Serem montadas no sentido vertical e possuir guias de montagem de modo a
impedir inserções equivocadas;
(f) Ser claramente identificada incluindo a versão;
(g) Ter os componentes normalmente sujeitos a troca montados em soquetes, desde
que não comprometa a capacidade de resistir a vibrações;
(h) Apresentar o código de identificação dos componentes, tanto na placa quanto no
próprio componente (identificação comercial). Os componentes devem ser
preferencialmente encontrados no mercado. Caso não seja possível, devem ser
previstas e cotadas na proposta as respectivas peças de reserva.

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3.2.6 Características dos Sinais de Entrada e Saída

Todas as entradas e saídas do RDP a ser fornecido devem ser compatíveis com as
características descritas a seguir. Abaixo são definidas as configurações padrões para canais
analógicos e digitais, em alguns casos pode ocorrer que no PC ou no Edital de Concorrência
seja indicada uma configuração diferente que prevalecerá sobre a abaixo.

3.2.6.1 Entradas Digitais

Devem ser previstas entradas e registros de um total de 64 sinais digitais do sistema de


proteção e controle da SE, salvo quando indicado de forma diferente no edital de licitação.

Estes sinais poderão ser provenientes de contatos livres de tensão (contatos "secos") ou de
pontos com tensão (contatos "molhados"), configuráveis a qualquer tempo, portanto a
configuração de cada entrada deverá ser feita de modo independente de qualquer outra
entrada. Serão também aceitos equipamentos que possuam entradas digitais via protocolo
GOOSE. É imperioso citar que o equipamento a ser fornecido deve atender á quantidade de
canais digitais físicos e via protocolo GOOSE definidos no edital de licitação.

O tempo de repique (bounce) de cada entrada deverá se inferior a 2 milissegundos.

Os pontos de entradas digitais deverão ser independentes entre si e isolados galvanicamente


uns dos outros.

Todos os pontos das entradas digitais deverão utilizar bornes seccionáveis independentes, ou
seja, um para cada ponto, garantindo com isto que a abertura para isolação de uma entrada
não interfira em outra.

A partida do RDP para a memorização das informações do processo deve ser dada por meio
de algum destes sinais, a ser livremente configurável (programável) pelo usuário.

O erro máximo de tempo entre a atuação de qualquer sinal de entrada e o seu registro deve ser
inferior a 2 (dois) milissegundos.

3.2.6.2 Entradas Analógicas

Devem ser previstas entradas e registros de um total de 32 entradas analógicas configuráveis,


a qualquer tempo, entre corrente e tensão. Com relação ao número de pontos, prevalece
sobre o acima, o que estiver especificado no edital de licitação.

IMPORTANTE: A seleção entre o tipo a ser utilizado para cada entrada analógica, se corrente
ou tensão, deve ser feita preferencialmente via software ou, se não for possível a solução via
software, através de chaves, estrapes ou dip-switch acessíveis externamente, sem a
necessidade de desconexão de cabos ou desmontagem de módulos ou partes do RDP.

As entradas analógicas devem possuir um tempo de atraso, entre quaisquer canais, menor do
que 1 (um) grau elétrico no sistema de 60 Hz.

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• Entradas de Tensão

As entradas de tensão provenientes de TP's devem ser previstas com dispositivo


independente, ou seja, um para cada entrada, capaz de permitir a remoção das mesmas,
sem o risco de curto-circuitar os secundários dos transformadores de potencial, permitindo
injeções de sinais para testes e verificações. Também fazem parte do fornecimento os
dispositivos tais como: pentes de teste necessários a injeções e supervisão dos sinais.
Devem ainda possuir as seguintes características:

CARACTERÍSTICAS GRANDEZAS

Tensão nominal (Vn) 115 e 115/ 3 V

Faixa de medição 0 a 1,5 Vn

Sobretensão permanente 2,0 Vn

Faixa de resposta de frequência com assimetria total igual a + 1dB 15 a 1200 Hz

Erro de fase de registro ≤ 1° elétrico em


60 Hz

Precisão da amplitude do registro ≤ 2,0%

Consumo da entrada ≤ 2,0 VA

Resolução do dado menor ou igual a 0,025%

A precisão e resolução requeridas se referem à relação entre o sinal de entrada e seu


respectivo registro em impressoras e terminais de vídeo no SAPNET.

• Entradas de Corrente

As entradas de corrente provenientes de TC's devem ser previstas com dispositivo


independente, ou seja, um para cada entrada, capaz de permitir a remoção das mesmas,
curto-circuitando os secundários dos transformadores de corrente, e permitindo injeções de
sinais para testes e verificações. Também fazem parte do fornecimento os dispositivos tais
como: pentes de teste necessários a injeções e supervisão dos sinais.

As entradas em corrente devem possuir as seguintes características:

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CARACTERÍSTICAS GRANDEZAS

Corrente nominal (In) 1 ou 5 A rms

Faixa de medição 0 a 20 In

Detecção de corrente contínua até a saturação:

• com In 1,5 s
• com 20 In 50 ms

Sobrecorrente:

• Permanente 2 In
• 1 segundo 20 In

Erro de fase de registro ≤ 1° elétrico em


60Hz

Precisão amplitude:

• de 0 a In ≤ 4%
• de In a 4 In ≤ 2%
• Acima de 4 In ≤ 4%

Faixa de resposta de frequência com assimetria total igual a + 1dB 15 a 1200 Hz

Consumo individual ≤ 2,0 VA

Resolução do dado menor ou igual a 0,025%

Como no caso das entradas analógicas de tensão, a precisão e resolução requeridas se


referem à relação entre o sinal de entrada e seu respectivo registro em impressoras e
terminais de vídeo do SAPNET.

3.2.6.3 Saídas Digitais

Devem ser previstas no mínimo 2(duas) saídas digitais parametrizáveis do tipo contato livre de
tensão para sinalizar os seguintes eventos:

• Defeito
• Registrador disparado
• Falha na comunicação com o SAPNET

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• Memória RAM com capacidade para armazenar somente mais um registro


• Memória não volátil, SSD, com 75% de sua capacidade de armazenar esgotada
• Indicação de estado de operação normal

As saídas digitais devem possuir as seguintes características:

CARACTERÍSTICAS GRANDEZAS

Capacidade de estabelecimento (L/R < 0,04s) 20A

Capacidade de interrupção em 125 Vcc (L/R < 0,04s) 0,1 A

Corrente nominal 1A

Capacidade de curta duração (1 segundo) 10 A

3.2.6.4 Portas de Comunicação

• Porta Ethernet

O RDP deverá possuir pelo menos uma porta de comunicação de rede 10/100 BASE-T
padrão IEEE802.3, utilizando protocolo IP, com conector RJ-45 para acesso às funções de
oscilografia, sincrofasores, qualidade de energia e parametrização.

Caso o RDP possua a funcionalidade de aquisição de sinais GOOSE (IEC 61850), esta
aquisição deverá ser feita por uma conexão Ethernet.

3.2.7 Sinalizações Locais

Junto a cada RDP devem ser sinalizados os seguintes eventos por meio de LED's ou
equivalentes:

• Defeito
• Registrador disparado;
• Falha na comunicação com o SAPNET;
• Memória RAM com capacidade para armazenar somente mais um registro;
• Memória não volátil, SSD, com 75% de sua capacidade de armazenar esgotada;
• Indicação de estado de operação normal.

3.2.8 Alimentação Elétrica

A seguir são relacionados alguns requisitos básicos a serem observados:

(a) Os RDP devem ser alimentados em 125 Vcc, ou 250 Vcc quando indicado no PC,
disponível na Casa de Controle da Subestação.

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(b) As fontes devem prover isolação galvânica entre a alimentação e os circuitos


internos dos RDP.
(c) Os RDP devem ser protegidos contra aplicação acidental da alimentação auxiliar
com polaridade invertida. Caso isso venha a ocorrer o equipamento não pode ser
danificado.
(d) Devido às características elétricas desses sinais de Vcc, é essencial a utilização de
protetores contra surtos nesses circuitos, observando rigorosamente ao citado no
item 3.2.1 desta ET, quanto ao risco de se colocar os sinais de Vcc em curto circuito.

As tensões de 125 Vcc ou 250 Vcc proveniente dos conjuntos de baterias e carregadores da
Subestação estão disponíveis para a alimentação elétrica dos RDP, segundo quadro abaixo.

CARACTERÍSTICAS FAIXA - 125 Vcc FAIXA - 250 Vcc

Faixa de Operação 105 - 137,5 Vcc 225 - 300 Vcc

Capacidade 500 Ah 125 Ah

Autonomia para os RDP 1 hora 1 hora

Nível de curto-circuito no ponto de 10 kA 2 kA


fornecimento

O sistema de Vcc é isolado da terra, não sendo garantida a simetria de potencial entre os pólos
positivo e negativo à terra.

Para atender a qualquer uma das duas alimentações acima, preferencialmente, os RDP devem
possuir fontes que permitam a alimentação de 105 a 300 Vcc.

3.2.9 Requisitos de confiabilidade

O RDP deve, como requisito de confiabilidade, admitir a falha ou a perda de um módulo sem
que isto acarrete a perda de suas demais funcionalidades. Deve ser apresentada a solução de
funcionamento do sistema, quando da ocorrência de um defeito em um módulo do RDP ou
quando da ocorrência de problemas de comunicação internos ou externos a SE.

3.2.10 Requisitos de disponibilidade

A disponibilidade de todo o sistema fornecido deve ser superior ou igual a 99,95% e é


determinada por:

A = (T – D) / T

A = disponibilidade

T = tempo total verificado (sugestão: período de garantia)

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Especificação Técnica de Registrador Digital de Perturbações 20.000 – EP/ET – 1387a

D = tempo de duração da falha

O tempo de duração da falha é definido como o período de tempo em que uma operação
normal do sistema não pode ser desempenhada devido a uma falha ou deficiência no hardware
ou software.

Deve ser apresentado, na proposta, o cálculo feito da disponibilidade do RDP.

3.2.11 Características dos painéis

O fornecimento de painel específico para os RDP será definido no edital de licitação ou no


Workstatement do empreendimento e, caso seja solicitado, este painel deverá conter as
características definidas neste item.

Os painéis serão destinados ao acondicionamento dos RDP, componentes auxiliares, cabos,


chaves de teste, etc;

O painel deve, no mínimo, ser do tipo com placa fixa frontal onde devem ser fixado(s) o(s) RDP
e demais dispositivos e acesso traseiro através de porta.

Deve ser prevista iluminação interna com lâmpadas tipo “Baixo Consumo” compactas 15 Watts,
e no mínimo 2 (duas) tomadas internas em 127 Vc.a. - 20 A, instaladas a, pelo menos, 30 cm
do piso.

3.2.11.1 Placa de identificação

Cada painel deve ter uma placa de aço inoxidável, alumínio anodizado ou latão niquelado,
aparafusada, fixada internamente, em área visível. A placa deve ter, no mínimo, as seguintes
informações:

• RDP - Tipo, etc.


• Nome e endereço do FABRICANTE.
• Data de fabricação (mês/ano).
• Número de série de fabricação.
• Número do desenho do painel aprovado pela CEMIG.
• Número do PC.

Os desenhos das placas de identificação devem ser submetidos à aprovação da CEMIG.

3.2.11.2 Estruturas e chapas

Os painéis devem ser autossustentados, para instalação interna, com grau de proteção IP42
(ABNT NBR-6146), e ter no máximo as dimensões abaixo:

• Altura = 2.286 mm (incluindo soleira)


• Largura = 800 mm
• Profundidade = 800 mm

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No caso de se necessitar de dimensões superiores, deve ser utilizado um segundo painel


idêntico ao primeiro.

O painel deve ser estruturado, com as laterais, as vistas e a cobertura de placas metálicas de
espessura mínima 2,65 mm, fixadas nas estruturas autosuportantes de aço perfilado por meio
de parafusos. O painel não deve possuir parafusos salientes em suas laterais.

Os componentes auxiliares devem ser fixados, por meio de parafusos, rosca métrica, em chapa
metálica. Na chapa deve ser feita rosca apropriada a estes parafusos. Não será admitido, neste
caso, o uso de porca.

Todos os parafusos e travas usados para a montagem de partes dos painéis e, também, para a
montagem das presilhas dos cabos do painel, devem ser previstos com arruela de pressão.

No painel, todas as placas de aço usadas na construção das paredes, portas articuladas e
partes removíveis, devem estar corretamente apoiadas e reforçadas para prevenir
empenamento e vibração excessiva. Os painéis devem ser suficientemente rígidos para
suportar a fixação dos equipamentos, além de permitir que a remoção ou substituição de
qualquer um deles possa ser feita sem prejudicar o funcionamento e a instalação dos demais
equipamentos vizinhos.

O FORNECEDOR é responsável pela disposição dos equipamentos nos painéis, a qual está
sujeita à aprovação da CEMIG. Nenhum dispositivo, dentro do painel, pode ficar instalado a
uma altura inferior a 30 cm do solo.

Os painéis devem prever acesso inferior dos cabos externos. O painel será instalado sobre
canaletas previstas para a cablagem, na Casa de Controle.

A fechadura e dobradiças da porta devem ser embutidas. A porta deve ser construída de forma
a abrir não menos que 105 graus em relação à posição totalmente fechada. A porta deve ter
dispositivos para limitar a abertura, de forma a prevenir danos às dobradiças ou equipamentos
adjacentes, e ter trava que a mantenha na posição completamente aberta. Deve, também, ser
trancada com maçaneta de embutir e chaves tipo universal.

Devem ser fornecidos todos os dispositivos necessários à correta fixação dos painéis ou
quadros ao piso, inclusive prevendo ajustes para eventuais desníveis no piso onde será
instalado o painel.

Os painéis devem ser fornecidos de tal forma que o acesso aos componentes e equipamentos
seja feito de forma fácil e segura, não sendo aceitos painéis com sobreposição de
equipamentos, canaletas, chapas ou réguas.

3.2.11.3 Limpeza e pintura

Todas as superfícies internas e externas de invólucros, cabines e outras partes metálicas que
não sejam galvanizadas ou resistentes a corrosão, devem ser tratadas de modo a eliminar
respingos de solda, carepas, rebarbas ou cantos, e ser totalmente limpas através da remoção
de graxas e jateamento abrasivo que remova toda a graxa, oxidação, ferrugem, corrosão e

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substâncias estranhas, até o metal branco, de acordo com a SIS 055900, classe SA 2.5 ou
superior. As superfícies podem também ser decapadas quimicamente e ser submetidas a
processo de fosfatização com a mesma finalidade.

A pintura de base deve ser aplicada até no máximo 4 horas depois da aplicação do método de
limpeza descrito acima, assumindo que não existirá graxa, ferrugem, etc. Esta pintura de base
deve ser com tinta a pó de base epóxi ou poliester, aplicada por processo eletrostático e com
secagem em estufa. A espessura mínima da película deve ser de 60 micra.

O painel deve ser fornecido na cor externa e interna MUNSEL N6,5 (cinza).

A aderência à pintura deve ser grau GR-1, de acordo com a MB-985.

As superfícies não pintadas devem ser tratadas com zincagem eletrolítica e/ou cromatização.

Todas as superfícies usinadas ou lisas devem ser totalmente limpas e cobertas com uma
camada de composto resistente a corrosão, facilmente removível, e embaladas de forma a se
evitar danos durante o transporte.

3.2.12 Aterramento

(a) Todos os equipamentos do painel devem ser aterrados, em ponto único, via
cordoalha. Todo painel deve possuir uma barra de cobre para aterramento, na parte
inferior.
(b) Deve haver na estrutura do painel, uma barra de cobre para aterramento. Esta barra
de aterramento deve ser de cobre com largura mínima de 38,1 mm e espessura
mínima de 6,3 mm.
(c) Todas as estruturas e partes metálicas do conjunto devem ser diretamente
conectadas à barra de aterramento. Todas as laterais, portas e demais estruturas
metálicas devem possuir pontes de aterramento, no mínimo duas por porta e duas
por lateral, soldados à parte metálica, e, no mínimo, uma conectada rigidamente, via
cordoalha, à barra de aterramento.
(d) Deve possuir junto a barra de cobre, conector de aterramento cabo-barra para cabo
entre 35 e 70 mm².
(e) Deve ser possível aterrar os transformadores para instrumentos.

3.2.13 Equipamentos auxiliares

(a) Os dispositivos anticondensação devem ser projetados para funcionar


permanentemente com tensão 10% acima da nominal. Devem ser controlados por
termostato ajustável de 20 a 40 °C. Devem ser instalados na parte inferior dos
compartimentos, e suas conexões elétricas feitas por baixo para minimizar a
deterioração do isolamento da fiação de alimentação. Aquecedores diretamente
aparafusados nas chapas de aço dos painéis não serão aceitos.
(b) Os dispositivos para manutenção de temperatura interna do painel devem ser
projetados para funcionar permanentemente com tensão 10% acima da nominal.
Devem ser dimensionados para se manter a temperatura interna do painel na faixa
de 20 a 40 °C.

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(c) Chave de teste para TP com 4 pólos simples, sendo 3 pólos simples para tensão e 1
pólo simples para neutro, 10 A, corrente de curta duração de 100 A por 1 segundo,
nível de isolamento para 0,6 kV. Demais características conforme ET. 02.118 -
CEMIG - 0313.
(d) Chave de teste para curto-circuitar TC com 4 pólos duplos, sendo 3 pólos duplos
para corrente e 1 pólo duplo para neutro, 15 A, corrente de curta duração de 100 A
por 1 segundo, nível de isolamento para 0,6 kV, com possibilidade de leitura e
injeção de corrente sem desconexão do TC. Demais características conforme ET.
02.118 - CEMIG - 0313.

3.2.14 Fiação

(a) O FABRICANTE deve fornecer e instalar toda a fiação interna do painel. A


interligação externa com os equipamentos de terceiros fica a cargo da CEMIG.
(b) Todas as conexões exteriores aos painéis devem ser feitas através de blocos
terminais. Para os circuitos de corrente ou tensão, devem também ser utilizados
blocos de teste para curto-circuitar TC ou bloco de teste para circuito de tensão para
TP.
(c) Toda fiação deve ser fisicamente bem arranjada e claramente identificada em todos
os pontos de conexão, por meio de anilhas com contorno de alinhamento, contendo
números ou letras de acordo com o diagrama de fiação. O posicionamento das
anilhas deve permitir uma identificação completa e fácil dos condutores, em locais de
fácil acesso e visão, seguindo-se sempre o sentido natural de leitura, não sendo
admitidas trocas de posição, inversões ou desalinhamentos dos caracteres.
(d) Não serão admitidas emendas ou avarias, quer na fiação ou em quaisquer materiais
isolantes.
(e) Todas as ligações dos condutores, de circuito de corrente proveniente de TC, aos
equipamentos, dispositivos e acessórios devem ser feitas por meio de terminais pré-
isolados de compressão, com “olhal” (anel), adequados à seção do condutor a ligar.
Nos demais cicuitos, a critério da CEMIG, podem ser utilizados outros tipos de
terminais de compressão (Ex.: tipo “pino longo”) Os condutores devem ser fixados
nos terminais, por compressão, com ferramentas adequadas que utilizem um
sistema que garanta uma compressão uniforme e perfeita.
(f) Somente serão aceitos, no máximo, 02 (dois) condutores por ponto físico de ligação
do borne, quando os dispositivos oferecerem terminação apropriada a ligação com
terminais de compressão do tipo “olhal”. Neste caso, cada condutor deve ter o seu
próprio terminal olhal. Em todos os demais casos, será admitido apenas 01 (um)
condutor por ponto físico de ligação.
(g) A fiação deve ser feita com condutores flexíveis, unipolares, de cobre eletrolítico,
têmpera mole (classe 4), com seção nominal mínima de 1,5mm2 para circuitos de
controle e 2,5mm2 para circuitos de força, e transformador de corrente. A fiação
deve ter isolamento termoplástico (PVC-70° C), tipo BWF, para 750V.

3.2.15 Canaletas e chicotes

(a) A fiação do painel deve ser instalada em canaletas, onde aplicáveis, de PVC rígido
não inflamável, com recorte e tampa facilmente manejável. Cada canaleta deve

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conter apenas a fiação de seu próprio circuito. O encontro das canaletas horizontal e
vertical, sempre que possível, deve ser a 45º.
(b) Devem ser previstas canaletas com dimensões adequadas para entrada da fiação
externa ao painel.
(c) Deve ser previsto um afastamento mínimo entre as canaletas e os componentes
(RDP, blocos terminais etc.), a fim de facilitar o manuseio da fiação.
(d) Onde as canaletas não forem aplicáveis, devem ser executados chicotes amarrados
por meio de fita PVC. Cada chicote deve conter apenas a fiação de seu próprio
circuito. Os chicotes devem ser fixados individualmente, de modo a não provocarem
e nem sofrerem esforços nas conexões com os RDP ou outros dispositivos,
permitindo que estes sejam retirados e manipulados sem interferir na fiação dos
demais.
(e) A fiação de cada circuito do RDP (circuitos de entradas analógicas, entradas digitais,
alimentação, etc) deve ter seu próprio chicote.

3.2.16 Borneiras e blocos terminais

(a) Todos os cabos de entrada e saída, alimentadores (CA e CC), etc., devem ser
reportados a uma borneira, conforme as seguintes especificações:

• Supervisão ⇒ até 2,5 mm2


• E / S e alimentação c.a. ⇒ até 4 mm2
• E / S e alimentação c.c. ⇒ até 6 mm2
• Corrente ⇒ até 6 mm 2

(b) Toda a fiação externa deve ser conectada ao painel através de blocos terminais.
(c) Os blocos terminais devem ser facilmente visíveis, acessíveis e claramente
identificados de acordo com o diagrama de fiação.
(d) Os bornes a serem utilizados, conforme aplicação prevista neste documento, devem
ter as seguintes características:

1. Bloco terminal de passagem, fio rígido 0,5 - 4mm², cabo flexível 0,5-2,5mm²,
corrente nominal 26A, tensão nominal 750Vca, DIN-VDE 0611, conexão por
parafuso, termoplástico, poliamida 6.6, grau de antichama V0, temperatura
máxima permanente 100 graus Celcius, passo máximo 6,2mm, fixação em trilho
de abas iguais em aço TS35, DIN EN 50022, parte condutora cobre ou liga de
cobre, conforme portaria 43 do INMETRO. ref.: SAK 2,5 en - CONEXEL, UK2,5 n
- PHOENIX, RK 2,5pa - Conta Clip, MA 2,5/5 – ENTRELEC;
2. Bloco terminal de passagem, fio rígido 0,5 - 6mm², cabo flexível 0,5-4mm²,
corrente nominal 44A, tensão nominal 750Vca, DIN-VDE 0611, conexão por
parafuso, termoplástico, poliamida 6.6, grau de antichama V0, temperatura
máxima permanente 100 graus Celcius, passo máximo 8,2mm, fixação em trilho
de abas iguais em aço TS35, DIN EN 50022, parte condutora cobre ou liga de
cobre, conforme portaria 43 do INMETRO. ref.: SAK 4 en - CONEXEL, UK 5 n -
PHOENIX, RK 25-4-pa - Conta Clip, m 4/6 – ENTRELEC;
3. Bloco terminal de passagem, secionável tipo faca, fio rígido 0,5 - 4mm², cabo
flexível 0,5-4mm², corrente nominal 10A, tensão nominal 380Vca DIN-VDE 0611,

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conexão por parafuso, termoplástico, poliamida 6.6, grau de antichama V0,


temperatura máxima permanente 100 graus Celcius, passo máximo 6,5mm,
fixação em trilho de abas iguais em aço TS35, DIN EN 50022, parte condutora
cobre ou liga de cobre, conforme portaria 43 do INMETRO. ref.: SAKR -
CONEXEL, UK 5-MTK-P/P - PHOENIX, TRK 1,5-pa - Conta Clip, m 4/6 SNBT-
ENTRELEC;
4. Bloco terminal de passagem, tipo olhal, cabo flexível 6mm², corrente nominal 41A,
tensão nominal 750Vca, DIN-VDE 0611, conexão por parafuso, tipo olhal, com
arruelas de pressão, termoplástico, poliamida 6.6, grau de antichama V0,
temperatura máxima permanente 100 graus Celcius, passo máximo 13mm,
fixação em trilho de abas iguais em aço TS35, DIN EN 50022, parte condutora
cobre ou liga de cobre, conforme portaria 43 do INMETRO. ref.: ST 5P -
CONEXEL, OTTA 6 - PHOENIX, m 6/9 .ee.1 – ENTRELEC.

(e) Os blocos terminais a serem utilizados nos circuitos de corrente devem atender ao
item 3.2.16.(d).4.
(f) Os blocos terminais a serem utilizados nos circuitos de entradas digitais devem
atender ao item 3.2.16.(d).3.
(g) Os blocos terminais devem ser do tipo aparafusados, para acomodar terminais
conectados a cabos flexíveis. Não serão aceitáveis blocos terminais com conectores
de pressão nos quais a extremidade de um parafuso aplique pressão diretamente
sobre os condutores.
(h) Devem ser submetidos à aprovação da CEMIG, o tipo e o Fabricante dos blocos
terminais.
(i) As ligações permanentes entre bornes vizinhos devem ser feitas por chapas de
conexão fornecidas pelo mesmo Fabricante dos bornes terminais.
(j) As borneiras de circuitos diferentes, quando em um mesmo suporte, devem ser
fisicamente separadas por placas de separação e devidamente identificadas.
(k) Devem ser fornecidos pelo menos 15% (quinze por cento) de terminais de reserva.
(l) Devem ser instalados prensa-cabos ajustáveis, em quantidade suficiente para os
cabos externos previstos, adicionando-se 20% (vinte por cento) como reserva (não
menos de dois).
(m) Todos os terminais dos RDP, mesmo quando não utilizados, devem ser levados aos
blocos terminais, permitindo eventuais conexões futuras.
(n) Todas as chaves de teste devem ser identificadas.
(o) No condutor a ser conectado em um determinado borne deve constar a identificação
(anilhamento) da conexão de origem/destino. Exemplo: Veja croqui abaixo:

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Figura 3.1 - Anilhamento

(p) Os bornes devem ser agrupados de maneira a facilitar a ligação dos cabos, sendo
que os agrupamentos dos circuitos de corrente devem ser os mais inferiores do
grupo de bornes do painel, seguidos pelo de potencial e demais ligações com o
pátio. Os mais superiores são destinados à alimentação CA e CC. Os bornes
restantes são utilizados para as demais funções de oscilografia, e futuras ligações a
cargo da CEMIG.
(q) Quando forem utilizadas mais de uma régua de bornes, para as entradas e saídas, o
fabricante além de identificar claramente no RDP quais são as réguas, deve preparar
uma tabela com a amarração entre as réguas e a numeração de seus bornes.
(r) Não será aceita a utilização de “flat-cable”, plano, sem a utilização de blindagem
(envoltória) no RDP.

3.2.17 Elevação de temperatura

A máxima elevação de temperatura e temperatura total para os painéis, seus equipamentos e


acessórios, são:

LIMITE DO PONTO MAIS QUENTE (°C)


LOCAL
ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA
TEMPERATURA TOTAL

Partes metálicas manuseadas pelo


operador (painéis, instrumentos, 10 50
maçanetas, etc)

Superfícies metálicas externas que


30 70
podem ser tocadas pelo operador

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Superfícies externas inacessíveis aos


operadores (placas metálicas do topo, 70 110
etc)

Materiais isolantes De acordo com a classe de isolamento

Para os demais pontos, aplica-se o previsto nas normas citadas.

3.3 DESEMPENHO MÍNIMO REQUERIDO

O Proponente deve indicar, para todas as funções do RDP, o desempenho mínimo a ser
comprovado. Deve ser indicado em sua proposta, inclusive os parâmetros considerados para
os cálculos. O desempenho informado será objeto de verificações durante os ensaios de rotina.

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CAPÍTULO 4 ENSAIOS E INSPEÇÃO

4.1 GERAL

A Inspeção consiste no acompanhamento durante a fabricação e durante a execução dos


ensaios de aceitação, que compreendem os ensaios de rotina, de tipo e os ensaios especiais
quando aplicáveis.

O Proponente deve fornecer relatórios de todos os ensaios de tipo relacionados no item 4.5
desta ET, realizados em RDP idênticos aos ofertados. Os relatórios devem ser de ensaios
realizados em laboratórios de entidades oficiais. A CEMIG, após verificação e análise dos
relatórios, decidirá, a seu critério, quanto à execução de ensaios de tipo nos equipamentos em
aquisição.

4.2 ENSAIOS DE ROTINA

4.2.1 Inspeção geral

De acordo com os documentos aprovados e antes da realização dos ensaios nos RDP, o
inspetor da CEMIG deve verificar:

(a) Dimensões externas e acabamento;


(b) Conformidade geral com as ET, lista de material e equipamentos e desenhos;
(c) Componentes e acessórios;
(d) Manual de Instruções (cópia junto a cada RDP).

4.2.2 Ensaios

Os RDP devem ser submetidos aos seguintes ensaios de rotina:

ENSAIOS COMENTÁRIOS

Ensaio de Resistência O RDP, com todos os seus equipamentos montados e toda a


de Isolamento fiação de interligação concluída, deve ser submetido ao ensaio de
resistência de isolamento com 500 Vcc, com Megger, para
comprovar a integridade do isolamento que deve ser superior a 10
MΩ.

Ensaio de Tensão O RDP, bem como todos os seus equipamentos, devem ser
Aplicada à frequência ensaiados com 2,0 kVrms, 60 Hz, durante 1 minuto, aplicado entre
industrial - 60 Hz todos os terminais e caixas, e entre os circuitos de corrente
alternada e de corrente contínua.

Todos os contatos normalmente abertos devem ser ensaiados

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com 1,5 kVrms, 60 Hz, durante 1 minuto, aplicado através do “gap”


dos contatos.

O ensaio de tensão aplicada deve ser efetuado no RDP com todos


os componentes montados, abrangendo os circuitos auxiliares, os
barramentos e conexões, etc.

Verificação da Fiação e Toda a fiação e cabos de interligações devem ser verificados,


cabo de interligação ponto a ponto, bem como todas as conexões internas, utilizando-
se os diagramas de fiação e interligações correspondentes.

Teste dos dispositivos Verificar o correto funcionamento dos sistemas auxiliares de


auxiliares, fiação e alimentação, iluminação, aquecimento, dispositivos mecânicos
funcionamento como fechaduras, termostatos, interruptores de porta, disposição
eletromecânico da fiação, bornes, anilhamento, outros.

Ensaio dos circuitos de Verificar a conexão dos pontos de aterramento como a barra
aterramento específica, portas, dispositivos como fontes, racks, outros.

4.3 TESTES FUNCIONAIS

Todos os RDP a serem fornecidos devem ser submetidos aos testes funcionais.

Os testes funcionais devem consistir de pelo menos:

(a) Verificação das entradas analógicas:

• Faixa ajustada;
• Precisão da Conversão A/D;
• Erro de fase introduzido;
• Verificações da curva de resposta em frequência do RDP;
• Verificação de atrasos entre os canais de entradas analógicas.

(b) Verificação das entradas digitais;


(c) Verificação da coleta de dados em diversas situações de falta;
(d) Verificação do sincronismo via satélite GPS;
(e) Verificação da conversão para formato COMTRADE;
(f) Utilização dos bancos de dados COMTRADE pelos softwares CEMIG.
(g) Verificação da transferência de dados;
(h) Verificação do funcionamento integrado do RDP.

4.4 ENSAIOS DE DESEMPENHO, FUNCIONAMENTO E INTEGRAÇÃO

Os ensaios de desempenho, funcionamento e integração devem comprovar que os parâmetros


mínimos requeridos por esta ET sejam atendidos e que operem nas diversas situações como
especificado. São considerados como sendo ensaios de rotina, porém, diferentemente do

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usual, este ensaio deve ser realizado em pelo menos 10% dos RDP do fornecimento, limitado
em no mínimo 2 unidades e no máximo 10 RDP.

Os ensaios devem constituir-se de, no mínimo:

(a) Parametrização e ajustes no local, junto ao RDP;


(b) Parametrização e ajustes remotos pelo SAPNET;
(c) Comunicação com o SAPNET;
(d) Armazenamento e descarte de dados na memória RAM e na SSD (unidade de
estado sólido);
(e) Apuração do sistema de alarme e supervisão;
(f) Conversão para formato COMTRADE no SAPNET;
(g) Leitura dos bancos de dados em formato COMTRADE pelo SAPNET;
(h) Sincronismo via satélite;
(i) Operação dos sensores de partida;
(j) Injeção de sinais nas entradas analógicas e digitais;
(k) Operação do sistema de teste e injeção de sinais;
(l) Resposta em frequência e desempenho em termos de amplitude e ângulo das
entradas analógicas;
(m) Integração total do sistema, incluindo RDP, SAPNET, Software, Formato
COMTRADE, sincronização e etc., verificando completamente seu funcionamento,
desempenho e performance, de acordo com o especificado nesta ET.

4.5 ENSAIOS DE TIPO

Os RDP devem ter sido submetidos aos ensaios de tipo para se verificar se o tipo ou modelo
do equipamento é capaz de operar satisfatoriamente nas condições especificadas.

O PROPONENTE deve anexar à sua Proposta os relatórios de Ensaios de Tipo de cada


modelo de RDP ofertado.

A CEMIG se reserva o direito de solicitar a execução de qualquer um ou de todos os Ensaios


de Tipo propostos, em laboratório oficial ou no do próprio FABRICANTE, com
acompanhamento de representante da CEMIG, para comprovar a concordância com os
requisitos desta ET.

Independente da apresentação ou não dos relatórios de ensaios, o PROPONENTE deve


apresentar a cotação dos ensaios solicitada nesta ET.

A CEMIG se reserva ao direito de, na avaliação comercial do fornecimento, desconsiderar os


custos para a execução de qualquer ensaio de tipo, desde que o mesmo ensaio tenha sido
executado em equipamento idêntico ao ofertado, em laboratório oficial ou no do próprio
FABRICANTE com acompanhamento de representante da CEMIG, num período não superior a
5 anos, contados da data de apresentação da proposta.

A tabela a seguir, apresenta os ensaios de tipo que devem ser cotados.

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IEC
TÍTULO CLASSES / VALORES
PUBLICAÇÃO SEÇÃO PARTE

Insulation Tests for • Tensão ensaio impulsivo: 5 kV,


60255 5 -
Electrical Relays 0,5 J.

Vibration, shock, bump • Ensaio de resposta à vibração:


and seismic tests: Classe 1
60255 21 1
• Ensaio de vibração contínua
Vibration tests (sinusoidal) (durabilidade) : Classe 1

Electrical disturbance
tests for measuring relays • Perturbações Elétricas de Alta
and protection equipment Frequência Classe III
60255 22 1 : • Tensão Modo Comum: 2,5 kV, 1
MHz
1 MHz burst disturbance • Tensão Diferencial: 1,0 kV, 1 MHz
tests

Electrical disturbance • Ensaios de Perturbações por


tests for measuring relays Descargas Eletrostáticas
and protection equipment • Classe de Severidade 3
60255 22 2 : • Tensão p/ descarga por contato: 6
kV
Electrostatic discharge • Tensão para descarga pelo ar: 8
tests kV

Electrical disturbance • Ensaios de Perturbações por


tests for measuring relays Campo Eletromagnético Irradiado
and protection equipment • Classe de Severidade III
60255 22 3 :
• Campo de 10 V/m
Radiated electromagnetic • Faixa de Frequência: 25 – 500
field disturbance tests MHz

Electrical disturbance • Ensaios Perturbações por


tests for measuring relays Transitórios Rápidos: Trens de
and protection equipment pulsos e Susceptibilidade
60255 22 4 : Conduzida (acoplamentos
Fast transient disturbance capacitivos)
tests • Classe de Severidade IV

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4.6 PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT

O programa detalhado de todos os ensaios de tipo, PIT e de rotina deve ser enviado para a
CEMIG até 60 dias antes da realização do primeiro ensaio. No caso de ensaios no exterior,
esse prazo deve ser de pelo menos 90 dias.

Deve conter, pelo menos:

(a) Descrição de cada ensaio;


(b) Local e data de cada ensaio;
(c) Circuitos dos ensaios;
(d) Graus de severidade, incluindo valores de temperatura, de umidade, de corrente, de
tensão e de campo a serem aplicados nos circuitos principal e auxiliar;
(e) Posições dos equipamentos durante os ensaios;
(f) Verificações e medições a serem feitas em cada ensaio;
(g) Manual detalhado dos ensaios.

4.7 RELATÓRIOS DOS ENSAIOS

O FABRICANTE deve enviar, para a CEMIG, 01 (uma) cópia dos relatórios certificados dos
Ensaios de Tipo e dos Ensaios de Rotina, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos
após encerrados os ensaios. Os relatórios de ensaios devem ser claros o suficiente para
permitir reprodução com cópias nítidas.

Estes relatórios devem conter o nome da CEMIG e do FABRICANTE, o número do PC, o local
e a data da sua realização, os números de série dos RDP submetidos aos ensaios, e os
resultados destes. Todas as vias dos relatórios devem ser assinadas pelo encarregado dos
ensaios, por um funcionário categorizado do FORNECEDOR e pelo Inspetor da CEMIG.

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CAPÍTULO 5 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS GARANTIDAS

5.1 GERAL

O PROPONENTE deve fornecer, com a sua proposta, todas as planilhas anexas à esta ET,
com os dados e informações exigidas, devidamente preenchidos. Todas as informações e
dados devem ser nelas declarados, mesmo quando indicados em outros pontos da proposta.
As informações e dados das planilhas prevalecem sobre quaisquer outros. Não se aceitam
aqui, dados e informações por referência a outras seções da proposta, salvo quando esse
procedimento for explicitamente indicado. As informações pedidas sob a forma de publicações
devem ser colecionadas em volumes que garantam sua integridade no manuseio, com índices
adequados, com referências aos itens das planilhas.

Se o PROPONENTE apresentar propostas alternativas, cada alternativa deve ser apresentada


com um conjunto separado e completo de planilhas claramente marcadas de modo a
identificarem as alternativas a que se referem. O não cumprimento desse requisito pode
constituir motivo de rejeição da proposta.

5.2 DADOS TÉCNICOS E CARACTERÍSTICAS GARANTIDAS

O “QUADRO A” apresenta a tabela de Dados Técnicos e Características Garantidas que


deverá ter a coluna “VALORES” preenchida pelo PROPONENTE com os valores pertinentes ao
RDP proposto.

Os valores mostrados na coluna “LIMITES CEMIG”, são limites impostos por esta ET e serão
objeto de verificação durante os testes de aceitação. Nessa mesma coluna, onde se encontra o
termo S/N o proponente deve informar se atende ou não ao item especificado, indicando “S”
para SIM e “N” para NÃO.

5.3 INFORMAÇÕES ADICIONAIS EXIGIDAS COM A PROPOSTA

O “QUADRO B” apresenta a tabela de Informações Adicionais Exigidas com a Proposta que


deve ter a coluna “REFERÊNCIA” preenchida pelo proponente com os dados pertinentes à
proposta.

5.4 DECLARAÇÃO DE DESVIOS TÉCNICOS E COMERCIAIS

Caso a resposta a algum item do “QUADRO A” seja Negativa (N), o PROPONENTE deve
informar claramente no “QUADRO C” - Declaração de Desvios Técnicos e Comerciais,
constituinte desta ET, o não atendimento ao item.

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ANEXOS

QUADRO DE PARTICULARIDADES TÉCNICAS

QUADRO A - DADOS TÉCNICOS E CARACTERÍSTICAS GARANTIDAS

VALORES
ITEM DESCRIÇÃO LIMITES CEMIG
PROPOSTOS
1.2.1 Objetivo
• O fornecimento compreende:
1.2.1.1 32 EA, 64 ED
- Registradores Digitais de Perturbações (RDP)
ou confor. Edital
(a) - Sincrofasores (PMU)
(b) - Registro de Qualidade de energia
1.2.1.2 - Comunicação RDP - SAPNET
1.2.1.3 - Software para ajustes e programação dos RDP
1.2.1.3 - Conversão automática para formato COMTRADE S/N
1.2.1.4 - Dispositivo sincronizador dos RDP - GPS
1.2.1.5 - Conjunto de Peças Reservas
1.2.1.6 - Equipamentos de testes
- Ferramentas especiais
1.3 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
APLICÁVEIS
• Atende normas da CEMIG
S/N
• Normas diferentes das citadas
2.1 INTRODUÇÃO
Taxa de amostragem mínima 128 amostras/ciclo
2.2 DISPARO DO REGISTRADOR DE
PERTURBAÇÕES
2.2.1 Disparo por Variação do Estado de Entrada Digital
2.2.2 Disparo por Violação de Limites Operacionais das
Entradas Analógicas
2.2.3 Disparo por Lógica Digital S/N
2.2.4 Disparo Remoto
2.2.5 Disparo Manual
2.2.6 Limitações
2.3 AJUSTE DO REGISTRADOR DIGITAL DE
PERTURBAÇÕES - RDP
Confirmar atendimento ao item S/N
2.4 TRANSFERÊNCIA DE DADOS
2.4.2 Protocolo de Comunicação
S/N
2.4.3 Requisitos Básicos para Comunicação

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VALORES
ITEM DESCRIÇÃO LIMITES CEMIG
PROPOSTOS
2.5 INTERFACE COM O OPERADOR
• Rotinas de auto check S/N
• Sinalizações externas:
- Registrador com defeito
- Registrador disparado
- Falha na comunicação com o SAPNET
- Memória local RAM se esgotando S/N
- Memória não volátil, SSD com 75% da capacidade
de armazenamento esgotada
- Indicação de estado de operação normal
2.6 CAPACIDADE DE REGISTRO DE FALTAS
• Pré falta mín. 160 ms
• Pós falta aj. 100 a 5000 ms
2.6.1 Dispositivos de Armazenamento dos dados
• Memória RAM mín. 10 pert. 5 s
• Unidade de estado sólido (SSD) mín. 250 pert. 5 s
2.7 SINCRONIZAÇÃO DO DATADOR
• Fornecidos com dispositivos para sincronismo GPS
S/N
• Modulação de saídas IRIG-B, PTP e PPS
3.2 CARACTERÍSTICAS DE HARDWARE DOS RDP
3.2.1 Geral
• Proteção contra surtos e sobrecargas
• Imunes a interferências eletromagnéticas
• Suportou sem falhas todos os ensaios de tipo S/N
• Entradas com supressores
• Entrada com fusíveis em série com supressores
3.2.2 Modularidade
• Identificados
• Módulos de entrada e saída intercambiáveis
• Retirada e inserção sem restrição S/N
• Falha restrita e sinalizada ao módulo
• Elementos de contato e placas resistentes
3.2.3 Intercambiabilidade
• Módulos idênticos intercambiáveis S/N
3.2.4 Facilidade de Manutenção
(a) • Pontos de testes e ajustes no frontal
(b) • Inspeção visual sem extração
S/N
(c) • Módulos inteligentes, ajuste via software
(d) • Ferramentas/equipamentos especiais
3.2.5 Placas de Circuito Impresso (módulos)
(a) • Confeccionadas conforme especificado
S/N
(b) • Fácil remoção e fixação

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VALORES
ITEM DESCRIÇÃO LIMITES CEMIG
PROPOSTOS
(c) • Ótimo contato com o barramento
(d) • Superfícies cobertas por material não condutor
resistente à corrosão
(e) • Possui guias para montagem vertical
(f) • Identificação clara, incluindo a versão S/N
(g) • Componentes sujeitos a troca montados em
soquete
(h) • Apresenta códigos de identificação dos
componentes
3.2.6 Características dos Sinais de Entrada e Saída
3.2.6.1 Entradas Digitais
• Sinais digitais 64 ou conf. edital
• Entradas independentes e configuráveis a
S/N
qualquer tempo
• Tempo de repique (bounce) inferior a 2 ms
• Erro máximo inferior a 2 ms
3.2.6.2 Entradas Analógicas
• Sinais analógicos configuráveis a qualquer tempo 32 ou conf. edital
• Tempo de atraso entre quaisquer canais < 1 (um) grau
• Entrada de Tensão
- Tensão nominal (Vn) 115 e 115/ 3 V
- Faixa de medição 0 a 1,5 Vn
- Sobretensão permanente 2,0 Vn
- Faixa de resposta de freq. c/ assimetria total +
15 a 1200 Hz
1dB
- Erro de fase de registro ≤ 1 (um) grau
- Precisão da amplitude do registro ≤ 2,0%
- Consumo da entrada ≤ 2,0 VA
- Resolução do dado ≤ 0,025%
• Entrada de Corrente
- Corrente nominal (In) 1 A ou 5 A rms
- Faixa de medição 0 a 20 In
- Detecção de corrente contínua até a saturação:
- com In 1,5 s
- com 20 In 50 ms
- Sobrecorrente:
- Permanente 2 In
- 1 segundo 20 In
- Erro de fase de registro ≤ 1 (um) grau
- Precisão amplitude:
- de 0 a In ≤ 4%
- de In a 4 In ≤ 2%

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VALORES
ITEM DESCRIÇÃO LIMITES CEMIG
PROPOSTOS
- Acima de 4 In ≤ 4%
- Resposta de frequência com assimetria total +
15 a 1200 Hz
1dB
- Consumo individual ≤ 2,0 VA
- Resolução do dado ≤ 0,025%
3.2.6.3 Saídas Digitais
• Defeito
• Registrador disparado
• Falha na comunicação com o SAPNET
• Memória local RAM se esgotando S/N
• Disco rígido com 75% da capacidade de
armazenamento esgotada
• Indicação de estado de operação normal
• Capacidade de estabelecimento (L/R < 0,04s) 20A
• Capacidade de interrupção em 125 Vcc (L/R <
0,1 A
0,04s)
• Corrente nominal 1A
• Capacidade de curta duração (1 segundo) 10 A
3.2.6.4 Portas de Comunicação
• Traseira: Ethernet 10/100 (RJ45) S/N
3.2.7 Sinalizações Locais
• Defeito
• Registrador disparado
• Falha na comunicação com o SAPNET
• Memória se esgotando S/N
• Memória não volátil, SSD com 75% da
capacidade de armazenamento esgotada
• Indicação de estado de operação normal
3.2.8 Alimentação Elétrica
• Alimentação 105 a 300 VCC
3.2.9 Requisitos de confiabilidade
• Confirmar atendimento ao item S/N
3.2.10 Requisitos de disponibilidade
• Confirmar atendimento ao item S/N
3.2.11 Características dos painéis
• Painéis mínimo tipo placa fixa frontal, porta
traseira
S/N
• Iluminação interna
3.2.11.1 Placa de identificação
3.2.11.2 Estruturas e chapas
• Painel
− Dimensões 2286x800x800mm

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VALORES
ITEM DESCRIÇÃO LIMITES CEMIG
PROPOSTOS
− Auto sustentado
S/N
− Instalação interna
− Grau de proteção IP42
• Estruturado, placas metálicas de espessura
mínima de 2,65 mm
• Componentes e acessórios, fixados, por meio de
parafusos em chapa metálica
• Parafusos e travas com arruela de pressão
• Placas de aço usadas na construção das paredes,
portas articuladas e partes removíveis
corretamente apoiadas e reforçadas para prevenir
empenamento e vibração. Painéis rígidos para
suportar fixação de equipamentos, além de
permitir a remoção ou a substituição de qualquer S/N
um deles sem prejudicar o funcionamento e a
instalação dos equipamentos vizinhos
• Disposição dos equipamentos nos painéis sujeita a
aprovação da CEMIG
• Acesso inferior dos cabos externos
• Fechaduras e dobradiças embutidas. As portas
devem abrir não menos que 105 graus, possuir
dispositivos para limitar a abertura e travas que a
mantenham na posição aberta
• Dispositivos de fixação ao piso
3.2.11.3 Limpeza e pintura
• Confirmar atendimento ao sub-item S/N
3.2.12 Aterramento
(a) • Aterramento em ponto único via cordoalha
(b) • Barra de cobre para aterramento
(c) • Estruturas diretamente conectadas à barra de
aterramento S/N
(d) • Conector de aterramento cabo-terra
(e) • Aterramento dos transformadores para
instrumentos
3.2.13 Equipamentos auxiliares
(a) • Dispositivos anticondensação
(b) • Dispositivo para limitar temperatura interna entre
S/N
20° e 40°C
(c) • Chave de teste para circuito de TP

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VALORES
ITEM DESCRIÇÃO LIMITES CEMIG
PROPOSTOS
(d) • Chave de teste para curtocircuitar TC S/N
3.2.14 Fiação
(a) • Fornecimento e instalação de toda fiação interna
(b) • Conexões exteriores aos painéis feitas através de
blocos terminais
(c) • Fiação claramente identificada por meio de anilhas
(d) • Sem emendas ou avarias na fiação ou materiais
isolantes
(e) • Ligações dos condutores de corrente aos
equipamentos, dispositivos e acessórios por meio S/N
de terminais pré-isolados de compressão tipo olhal
(f) • No máximo 2 condutores por ponto físico de
ligação do borne com terminais do tipo olhal. Em
todos os demais casos apenas 1 condutor por
ponto físico de ligação
(g) • Condutores flexíveis, unipolares, de cobre, classe
4, 1,5mm2 - circuitos de controle, 2,5 mm2 para
corrente e circuitos de força
3.2.15 Canaletas e chicotes
(a) • Fiação instalada em canaletas, onde aplicável, de
PVC rígido e tampa manejável
(b) • Canaletas com dimensões adequadas para
entrada da fiação externa ao painel
(c) • Afastamento mínimo entre as canaletas e os
componentes a fim de facilitar o manuseio da S/N
fiação
(d) • Onde as canaletas não forem aplicáveis executar
chicotes amarrados por meio de fitas de PVC
(e) • Fiação de cada circuito do RDP com seu próprio
chicote
3.2.16 Borneiras e blocos terminais
(a) • Borneira para cabos de entrada e saída
− Supervisão até 2,5 mm2
− E / S e alimentação c.a. até 4 mm2
− E / S e alimentação c.c. até 6 mm2
− Corrente até 6 mm2
(b) • Fiação externa conectada ao painel através de S/N
blocos terminais
(c) • Blocos terminais visíveis, acessíveis e claramente
identificados
(d) • Bornes conforme especificado

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VALORES
ITEM DESCRIÇÃO LIMITES CEMIG
PROPOSTOS
(e) • Blocos terminais circuitos de corrente conforme
item 3.2.16.(d).4
(f) • Blocos terminais circuitos de entradas digitais item
3.2.16.(d).3
(g) • Blocos terminais do tipo aparafusados para
terminais conectados a cabos flexíveis.
(h) • O tipo e o fabricante dos bornes terminais devem
ser submetidos à aprovação da CEMIG
(i) • Ligações permanentes entre bornes vizinhos com
chapas de conexão do fabricante dos bornes
(j) • Placas de separação para a divisão de grupos de
terminais referentes a circuitos com funções
diferentes
(k) • Pelo menos 15% de terminais de reserva
(l) • Prensa cabos ajustáveis, em quantidade suficiente
para os cabos externos previstos, adicionando-se S/N
20% (vinte por cento) como reserva (não menos de
dois).
(m) • Todos terminais do RDP levados aos blocos
terminais
(n) • Chaves de teste identificadas
(o) • Condutores identificados
(p) • Os bornes devem ser agrupados de maneira a
facilitar a ligação dos cabos, sendo que os
agrupamentos do circuito de corrente devem ser os
mais inferiores do grupo de bornes do painel,
seguidos pelo de potencial e demais ligações com
o pátio. Os mais superiores são destinados à
alimentação CA e CC.
(q) • Réguas de borne identificadas
(r) • “Flat-cable” com blindagem
3.2.17 Elevação de temperatura
• Confirmar atendimento ao item S/N
3.3 DESEMPENHO MÍNIMO REQUERIDO
• Confirmar atendimento ao item S/N

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QUADRO B - INFORMAÇÕES ADICIONAIS EXIGIDAS COM A PROPOSTA

REFERÊNCIA
ITEM DESCRIÇÃO
Desenho/Catálogo
B1 FUNCIONAMENTO DO RDP

B1.1 Disparo do Registrador de Perturbações


Descrição detalhada de todos os mecanismos de disparos disponíveis
no equipamento proposto, incluindo também os graus de
parametrização de cada um deles, caso aplicável.

B2 HARDWARE

B2.1 Arranjo
Apresentação dos desenhos de arranjo e dimensões dos equipamentos.

B2.2 Diagrama de Blocos


Apresentação do Diagrama de Blocos e Arquitetura do RDP proposto.

B2.3 Catálogos
Catálogos técnicos de características básicas e de desempenho de
cada componente, específicos dos equipamentos a serem fornecidos.

B2.4 Peças Reservas


Lista de peças reservas recomendadas pelo Fornecedor.

B2.5 Ferramentas Especiais Essenciais


Lista de ferramentas especiais essenciais aos RDP do fornecimento
incluindo definições sobre sua utilização.

B2.6 Ferramentas Especiais Não Essenciais


Lista de ferramentas especiais não essenciais aos RDP do
fornecimento, sugeridas pelo Fornecedor, incluindo definições sobre
sua utilização.

B2.7 Lista de Dispositivos


Lista de dispositivos e equipamentos para a programação, ajuste e
manutenção do RDP proposto.

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REFERÊNCIA
ITEM DESCRIÇÃO
Desenho/Catálogo
B2.8 Recursos para "TROUBLESHOOTING"
Descrição sucinta dos procedimentos para a localização de faltas e
defeitos no RDP proposto e o modo de saná-los.

B2.9 Filtro Anti-Bouncing


Descrição detalhada do funcionamento dos filtros anti-bouncing do
equipamento proposto.

B3 SOFTWARE

B3.1 Comunicação
Detalhamento das funções e softwares utilizados para comunicação.

B3.2 Sincronismo via satélite GPS


Detalhamento das funções e softwares utilizados para sincronismo dos
RDP via satélite GPS

B3.3 Protocolos de Comunicação


Apresentação sucinta do Protocolo de Comunicação entre os níveis
hierárquicos do sistema proposto, incluindo a sequência de envio e/ou
recepção dos dados de uma falta e também detalhes de
estabelecimento de uma comunicação.

B3.4 Formatação de Arquivos


Apresentação detalhada da formatação do Arquivo de Informações de
falta, incluindo conversão da base de dados para formato COMTRADE.

B3.5 Lista de dispositivos


Lista de dispositivos e equipamentos para a programação, ajuste e
manutenção do RDP proposto.

B4 TREINAMENTO
Apresentação detalhada do programa de treinamento proposto incluindo
duração, local da realização, número máximo de participantes, etc. .

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REFERÊNCIA
ITEM DESCRIÇÃO
Desenho/Catálogo
B5 INSPEÇÃO E TESTES
Programa detalhado de Inspeções e Testes previstos para o
equipamento proposto contendo no mínimo, época e local de realização
e objetos a serem testados/inspecionados.

B6 DOCUMENTAÇÃO
Descrição detalhada de todos os documentos a serem fornecidos com o
equipamento proposto, incluindo conteúdo e época de emissão. Cada
documento descrito deve ser acompanhado de um modelo
exemplificando tanto o formato quanto o nível de detalhe que se
pretende atingir.

B7 DOCUMENTAÇÃO - CONTROLE DE QUALIDADE


Descrição detalhada dos procedimentos internos de controle de
qualidade aplicados pelo FORNECEDOR.

B8 DOCUMENTAÇÃO - PROCEDIMENTOS PARA PREVENÇÃO


CONTRA DESCARGAS ELETROSTÁTICAS.
Descrição detalhada dos procedimentos internos de controle contra
descargas eletrostáticas adotados pelo Fornecedor.

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QUADRO C - DECLARAÇÃO DE DESVIOS TÉCNICOS E COMERCIAIS

A Documentação de Concorrência será considerada integralmente aceita pelo Proponente à


exceção dos desvios indicados nesta DECLARAÇÃO. Atenção no seu preenchimento.

REFERÊNCIA
DESCRIÇÃO DOS DESVIOS E EXCEÇÕES OBSERVAÇÕES
CLÁUSULA

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