ÁLGEBRA LINEAR

Transformações Lineares

Prof. Susie C. Keller

 Transformações Lineares
 É um tipo especial de função (aplicação), onde o
domínio e o contradomínio são espaços vetoriais.
 Tanto a variável independente quanto a variável
dependente são vetores.
 As funções vetoriais lineares são denominadas
transformações lineares.
 Representa-se uma transformação do espaço vetorial
V no espaço vetorial W por:
T:VW
 Sendo T uma função, cada vetor v  V tem um só
vetor imagem w  W, que será indicado por w = T(v).
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 Uma transformação de T:IR2IR3, associa vetores
v=(x,y)  IR2 com vetores w=(x,y,z)  IR3.
 Sendo
T:IR2IR3
T(x,y) = (3x, -2y, x-y)

 Exemplo:
 T(2,1) = (3.2, -2.1, 2 – 1) = (6, -2, 1)
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T:IR2IR3
T(x,y) = (3x, -2y, x-y)
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 Definição:
Sejam V e W espaços vetoriais. Uma aplicação
T: VW é chamada transformação linear de V em
W se:
I) T(u + v) = T(u) + T(v)
II) T(u) = T(u)
para u, v  V e   IR.
Obs.: Uma transformação linear de V em V (é o caso
de V = W) é chamado operador linear sobre V.
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 Exemplos:
1) T: IR2IR3, T(x,y) = (3x, -2y, x-y).

I ) Sejam u = (x1, y1) e v = (x2,y2) vetores genéricos do IR2:

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II ) Para todo   IR e para qualquer u = (x1, y1)  IR2,
tem-se:
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II ) Para todo   IR e para qualquer u = (x1, y1)  IR2,
tem-se:
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II ) Para todo   IR e para qualquer u = (x1, y1)  IR2,
tem-se:
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II ) Para todo   IR e para qualquer u = (x1, y1)  IR2,
tem-se:
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2) T: IRIR
x  3x.
I) Sejam u = x1 e v = x2 vetores genéricos do IR:

T(u + v) = T(x1 + x2)

T(u + v) = 3(x1 + x2)
T(u + v) = 3x1 + 3x2
T(u + v) = T(u) + T(v)
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II )    IR e  u = x1 IR, tem-se:

T(u) = T(x1)
T(u) = 3(x1)
T(u) = (3x1)
T(u) = T(u)
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3) T: IRIR
T(x) = 3x + 1.
I) Sejam u = x1 e v = x2 vetores quaisquer do IR:
T(u + v) = T(x1 + x2)
T(u + v) = 3(x1 + x2) + 1
T(u + v) = 3x1 + 3x2 + 1
T(u + v) = (3x1 + 1) + 3x2
Mas
T(u) + T(v) = (3x1 + 1) + (3x2 + 1)
Logo T(u + v) ≠ T(u) + T(v)
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 Propriedade:
“Em toda transformação linear T:V→W, a imagem
do vetor 0  V é o vetor 0  W, isto é T(0) = 0.”
Exemplos:
4) T: IR2IR2
T(x,y) = (x2, 3y).
I) Sejam u = (x1, y1) e v = (x2, y2) vetores genéricos do
IR2:
T(u + v) = T(x1 + x2, y1 + y2)
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T(u + v) = ((x1 + x2)2, 3(y1 + y2))
T(u  v)  ( x12  2x1x 2  x 22 , 3y1  3y 2 )
Mas
2 2
T(u)  T ( v)  ( x1 , 3y1 )  ( x 2 , 3y 2 )
T(u)  T ( v)  ( x12  x 22 , 3y1  3y 2 )
Logo
T(u + v) ≠ T(u) + T(v)
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Outros exemplos de transformações lineares:
1. A transformação identidade
I: V → V
v v ou I(v) = v é linear.

De fato:

I) I(u + v) = u + v = I(u) + I(v)

II) I(u) = u = I(u)
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2. A transformação nula (ou zero)
T: V → W
T(v) = 0 é linear.

De fato:

I) T(u + v) = 0 = 0 + 0 = T(u) + T(v)

II) T(u) = 0 = 0. = T(u)
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3. A simetria em relação à origem z
T: IR3 → IR3
T(v) = -v é linear.
v

y
-v
De fato:
x

I) T(u + v) = – (u + v) = – u –v = T(u) + T(v)

II) T(u) = – u = (– u) = T(u)
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4. Seja V = Pn. Aplicação da derivada D: Pn → Pn que
leva f  Pn em sua derivada f ’, isto é D(f) = f ’ é
linear.
De fato, pelas regras de derivação sabe-se que:

I) D(f + g) = D(f) + D(g)

II) D(f) = D(f)
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5. Seja V = Pn e W = IR. A transformação T: Pn → IR
definida por
b
T(u )   udt com a, b  IR
a

que a cada polinômio de u  V associa sua integral

definida em T(u), é linear.
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De fato, sabe-se que:

b b b
I) T(u  v)   (u  v)dt   udt   vdt  T(u )  T ( v)
a a a

b b
II) T(u )   (u )dt    udt  T (u )
a a
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 1 2
2. Seja a matriz A   2 3
 0 4
que determina a transformação
T: IR2 → IR3
TA(v) = Av que é linear.

De fato:
I) TA(u + v) = A(u + v) = Au + Av = TA(u) + TA(v)
II) TA(u) = A(u) = (Au) = TA(u)
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TA(x, y) = (x +2y, -2x + 3y, 4y)

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Observações:
a) Uma matriz A(mn) sempre determina uma
transformação linear
TA: IRn  IRm
onde a imagem TA(v) = Av é o produto da matriz A pelo
vetor v  IRn considerado como uma matriz de ordem
n1. Esse tipo de transformação linear chama-se
multiplicação por A.
b) A interpretação geométrica da transformação linear no
plano pode ser visualizada por meio do exemplo a
seguir.
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 Ex.: Seja o operador linear T: IR2IR2 definido por:
T(x,y)=(-3x + y, 2x + 3y)
e os vetores u=(-1,1) e v=(0,1).
Portanto,
T(u) = T(-1,1) = (-3.(-1) + 1, 2.(-1) + 3.1) = (4,1)
T(v) = T(0,1) = (-3.0 + 1, 2.0 + 3.1) = (1,3)
T(u + v) = T(-1,2) = (-3.(-1) + 2, 2.(-1) + 3.2) = (5,4)
Como pode-se notar T preserva a adição de vetores:
T(u + v) = T(u) + T(v)
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 Se multiplicarmos o vetor u por 2, sua imagem T(u)
fica também multiplicada por 2.
T(2u) = T(-2,2) = (-3.(-2) + 2, 2.(-2) + 3.2) = (8,2)
2.T(u) = 2.T(-1,1) = 2. (-3.(-1) + 1, 2.(-1) + 3.1)
= 2. (4,1) = (8,2)
 Esse fato vale para qualquer  real, isto é,
T(v) = T(v)
 Diz-se que T preserva a multiplicação por escalar.
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 Propriedade:
Se T: V  W for uma transformação linear, então
T(a1v1 + a2v2) = a1T(v1) + a2T(v2)
para v1, v2  V e a1, a2 IR.
De forma análoga, tem-se:
T(a1v1+a2v2 + ... +anvn) = a1T(v1) + a2T(v2) +...+ anT(vn)
para vi  V e ai  R, i = 1, 2, ..., n.
Isto é, a imagem de uma combinação linear de vetores é
uma combinação linear das imagens desses vetores, com os
mesmos coeficientes.
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 Suponhamos que {v1, v2, ..., vn} seja uma base do
domínio V e que sejam conhecidas as imagens T(v1),
T(v2), ..., T(vn) dos vetores dessa base:
 Sempre é possível obter a imagem T(v) de qualquer
v  V, pois sendo v uma combinação linear dos
vetores da base:
v = a1v1 + a2v2 + ... + anvn
e pela relação acima, vem:
T(v) = a1T(v1) + a2T(v2) + ... + anT(vn)
 Assim, uma transformação linear T:VW fica
complemente definida quando se conhecem as imagens
dos vetores de uma base de V.
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 Exemplo:
Seja T:IR3 → IR3 uma transformação linear e
B={v1,v2,v3} uma base do IR3, sendo v1=(0,1,0), v2=(1,0,1) e
v3=(1,1,0). Determinar T(5,3,-2), sabendo que T(v1) = (1,-2),
T(v2) = (3,1) e T(v3) = (0,2).
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