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1. DA JUSTIÇA GRATUITA
O Autor não possui condições financeiras para arcar com as despesas
processuais e
honorárias advocatícias, sem prejuízo do próprio sustento e de seus familiares, em
razão de ser pessoa pobre, na acepção jurídica do termo, conforme declaração inclusa
a estes autos.
Assim, requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 5º,
inciso LXXIV da Constituição Federal c/os Arts. 98, § 3o e Art. 99, ambos do Código
de Processo Civil.
Opta-se pela realização da audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc. VII). Por
isso,
requer a citação do Requerido (CPC, art. 247, caput), para comparecer à audiência
designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput c/c § 5º).
2- DOS FATOS
No dia 24 de janeiro de 2019, o autor trafegava com seu veículo Golf placa..., pela
Rua Honduras, Jardim Europa, em São Paulo, quando foi surpreendido pelo veículo…,
placa…, da parte Ré, que ao passar pela transversal da Rua Maestro Elias Lobo, com o
carro de sua mãe, Romilda Rangel e, sem respeitar a sinalização de Pare, tentou cruzar a
rua principal, onde foi abalroado pelo veículo de Maurício.
Após a colisão, as partes se direcionaram ao batalhão da polícia militar que fica
localizado na mesma rua em que houve a colisão, onde ambos fizeram um boletim de
ocorrência. Ao prestarem esclarecimentos, a parte Ré alegou que ao policial que diminuiu
a velocidade ao entrar na Rua Honduras, porém foi surpreendido pelo carro do autor.
O autor não possui seguro automotivo e a parte Ré e sua mãe (que é proprietária
do veículo) não pretende arcar com os custos, haja vista que não se consideram culpados
pelo acidente.
Com a colisão, o Golf da parte autora teve perda total e o mesmo vendeu o casco do
carro para uma oficina mecânica por R$ 8.000,00. Com isso o prejuízo ficou em torno de
R$42.000,00, já que o preço de tabela para o Golf, com apenas km, é de R$50.000,00.
Diante da recusa da parte ré em solucionar o problema, não viu outra saída o
proprietário do veículo danificado, senão buscar no Poder Judiciário o remédio para o
ressarcimento do seu prejuízo.
Sendo assim, vem à presença deste Juízo requerer a reparação dos danos
sofridos, como medida de justiça.
3- DOS DIREITOS
Os fatos mostram que o condutor do veículo... que colidiu com o Golf, não
estava observando os cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, agindo com
total falta de atenção, de modo que o resultado disso foi a colisão, sem que para isso o
condutor do veículo Golf tenha contribuído, de modo que a culpa se deu
exclusivamente pelo motorista que conduzia o veículo...
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define as regras para a circulação segura
dos
veículos, além das penalidades para sua inobservância, e dispõe respectivamente em
seus
artigos 28 e 208 o seguinte:
“O condutor deverá, a todo o momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o
com
atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.”
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.”
O que se discute aqui não é o dever de indenizar pelo fato de que o motorista do
veículo... agiu com dolo ou culpa, mas tão somente, o dever de indenizar pelo fato de
que causou danos ao veículo do autor, sem que este tenha contribuído ativa ou
passivamente para tanto, e neste sentido dispõe o art.186 do Código Civil:
“ Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
4- DOS PEDIDOS
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade… data.../mês.../Ano…
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OAB/… nº...