Você está na página 1de 17

Cálculo II

Aula 5 (Ensino Hı́brido- Covid 19 )


Introdução à integral de Riemann
Raibel Arias
BICT
UFMA (Campus-Balsas)
22/09/2020

1
Resumo aula 4 provamos que qualquer b > 0 (porém fi-
xado)
b3
Àrea(4b ACB) ≡ A(4b ACB)= unidades quadradas.
3

Que fizermos para provar isto? Explique geometrica-


mente.

2
Exercı́cio ( Testando os métodos!) dados a, b > 0, com
b > a. Qual é a área do trapézio que se mostra?

Dica Use o resultado (provado na Aula 2)

n ( n + 1)
1 + 2 + 3 + 4 + · · · + n= , ∀ n ∈ N∗ .
2

3
Soma superior e inferior
Uma lembrança de Cálculo I

Teorema de Weierstrass Qualquer função continua F de-


finida num fechado [ a, b] atinge em [ a, b] máximo absoluto
e mı́nimo absoluto. Ou seja existem (únicos) M e m tais
que

f ( x ) ≤ M, ∀ x ∈ [ a, b]
e
m ≤ f ( x ), ∀ x ∈ [ a, b]

com M = f ( x ∗ ) e m= f ( x∗ ) para algum x ∗ e x∗ em [ a, b],


respectivamente.

4
Problema (Um problema nas construções? ) Suponha o
quadrilátero∗ curvo, Q, que se mostra abaixo. Suponha
que o topo de Q é f : [ a, b] → R, sendo f uma função
continua. É possı́vel calcular Área( Q) com os métodos
explicados até agora?

Curiosidade: Descreva a Q como conjunto.


Estamos incluindo o interior de Q

5
Explicação:

Suponha que particiona [ a, b] com a partição igualitária.

Q.4 Como calcular Área( Q)?

Retângulos inscritos em Q:

Um retângulo R é dito inscrito em Q ⇐⇒ tem base o


tamanho de qualquer subintervalo [α, β] da partição igua-
litária e altura o mı́nimo absoluto de f restrita a [α, β].

Retângulos circunscritos em Q:

Um retângulo R é dito circunscrito em Q ⇐⇒ tem base o


tamanho de qualquer subintervalo [α, β] da partição igua-
litária e altura o máximo absoluto de f restrita a [α, β].

6
Aproximação de Área( Q) por rectângulos inscritos:

Defina a seqüência s : N∗ → R como

n n b−a
s(n):= ∑ m([ x j−1, x j ]) · mi = ∑ · mi
i|=i i =1
n
{z }
soma inferior

com m1, m2, m3, . . . , mk , . . . , mn os minimos absolutos em

[ a, x1 ], [ x1, x2 ], [ x2, x3 ] . . . , [ xk−1, xk ], . . . , [ xn−1, b], 1 ≤ k ≤ n,

respectivamente.

7
Aproximações com retângulos (circunscritos) em Q

Defina a seqüência S : N∗ → R como

n n b−a
S(n):= ∑ m([x j−1, x j ]) · Mi = ∑ n
· Mi
i|=1 {z } i =1
soma superior

com M1, M2, M3, . . . , Mk , . . . , Mn os maximos absolutos em

[ a, x1 ], [ x1, x2 ], [ x2, x3 ] . . . , [ xk−1, xk ], . . . , [ xn−1, b], 1 ≤ k ≤ n,

respectivamente.

+ Faça desenhos explicando o significado geométrico de


s(n) e S(n) para qualquer valor de n ∈ N∗ , respectiva-
mente.

Exercı́cio explique com desenhos qual das desigualdades


é a verdadeira s(n) ≤ S(n) ∀n ∈ N∗ ou s(n) ≥ S(n) ∀n ∈ N∗ .
Aliás, explique com desenhos

s(n) ≤ Área( Q) ≤ S(n), ∀ n ∈ N∗ .

8
s(n) ≤ Área( Q) ≤ S(n), ∀ n ∈ N∗ .

Afirmação

Área( Q):= lim s(n)= lim S(n)


n→∞ n→∞

Qual é o significado dos sı́mbolos acima?

9
Seqüências reais

10
Uma seqüência real é qualquer função com domı́nio N∗
e contradomı́nio R. Onde N∗ =N \ {0}={1, 2, 3, 4, . . .}.

Exemplos

Exemplo 1 Dado um numero real q, a seqüência que a


cada número natural n associa n-vezes q é n 7→ qn . Mais
precisamente,

1 7 → q1

2 7→ q · q

3 7→ q · q · q

...

n 7→ q · q · q · · · q =q1+1+1+···+1 =qn
| {z }
n vezes q

11
Exemplo 2 A seqüência que a cada n ∈ N ∗ associa a soma
dos primeiros n números em {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, . . . , } é
n
n 7→ ∑ k.
k =1

12
Exemplo 3 (Torres de Hanói)

A seqüência que a cada n associe # movimentos mı́nimos


para ganhar o jogo é

n 7→
|{z} 2| n{z
− 1}
discos mov. minimos

13
Simbologia Dada qualquer seqüência F : N∗ → R usaremos
os sı́mbolos Dom F, Im F e Graf F para o domı́nio de F, a
imagem de F e o gráfico de F, respectivamente. Mais
precisamente,

Dom F =N∗

Im F ={ F (n) | n ∈ N∗ }

Graf F ={(n, F (n)) | n ∈ N∗ }

Observação Provar que ξ ∈ Im F ⇐⇒ ∃ñ ∴ F (ñ)=ξ.

Exemplo da Observação: seja F (n)= n1 . Esta 2/3 em Im F?

14
Exemplos

F (n)=1

G (n)=(−1)n

1
H (n)=
n

y(n) ≡ xn =2n

x (n) ≡ yn =2n − 1

Um vetor de entradas infinitas

Dada um seqüência xn qualquer, colocarmos os elementos


x (1), x (2), x (3) . . . , x (n), . . . em Im xn como sendo entradas
de um vetor, como se mostra abaixo
( x1 , x2 , x3 , x4 , . . . , x n . . . , )

A ordem das entradas é induzida pela ordem dos números


naturais.
15
Dada um seqüência xn qualquer, que vai nos interessar
dela? O comportamento ”futuro”dela. Mais precisa-
mente, interessa saber se xn é convergente ou não.

Definição (Bola aberta) dado a ∈ R e r > 0. A bola


aberta, B( a; r ), de centro a e raio r, é o conjunto

B( a; r )={ξ ∈ R | dist(ξ, a) < r }

Desenhe B(0; 1).

Dado a ∈ N∗ , desenho uma Bola com centro em a que


contenha SÓ um natural.

Dada a seqüência F (n)= n1 . Construa uma bola B ≡ B(0; r )


para algum raio r tal que F (1) ∈/ B. Há uma bola centrada
em 0 que deixe por fora a F (1) e F (2)? Que raio deveria
se tomar para deixar por fora os primeiros 100 termos? É
possı́vel construir uma bola B = B(0; r ) tal que F (n) ∈
/ B
para todo n ∈ N∗ .

Propriedade Arquimediana (P.A) Para todo real x existe


pelo menos um natural n tal que x < n.
16
Sejam F : N∗ → R uma seqüência qualquer e L ∈ R. Di-
zemos que F converge a L, o que notamos por F (n) → L
quando n → ∞ ou limn→∞ F (n)= L, se, e somente se, para
todo r > 0 existe k ∈ N tal que F (n) ∈ B( L; r ) sempre que
n ≥ k. O numero L acima é dito o limite de F quando n
tende ao infinito ou que F é convergente a L.

É F (n) = 1 uma seqüência convergente?

É G (n) = 1/n uma seqüência convergente? e H (n)=1/n2?

17

Você também pode gostar