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Resumo da apresentação sobre o artigo: Janelas do Santa Tereza: estudo do

processo de reabilitação psicossocial do Hospital Psiquiátrico de Ribeirão Preto


(SP)

Nomes: Ana Laís, Caique, Daniel e Raul.


8º Termo Psicologia.

A criação e institucionalização do hospital Santa Teresa foi efetivada em 1937, com


sua inauguração no ano de 1938. Porem somente veio a funcionar no ano de 1944. Apos
a criação do Santa Tereza ocorreu a descentralização do tratamento na capital paulista,
ramificando-se até o interior abrangendo mais usuários para o sistema do hospital, onde
através desse processo se estruturou um desafogamento do hospital de Juqueri em São
Paulo.
No que se refere a estrutura organizacional, até o ano de 1961 o hospital
funcionava em condi coes precárias com vários problemas em suas instalações, sem
laboratórios e sem a realização de exames de rotina, baseando-se apenas no diagnostico
clínico-psiquiatrico. Era comum a existência de um pequeno numero de profissionais
qualificados que eram os médicos e um numero grande de funcionários que
desempenhavam funções auxiliares, pois existia a centralização do tratamento
profissional medico como o único com qualificação profissional, que gerava resistências
na contratação de novos profissionais de nível superior. Foi apenas em 1971 que o
hospital passou a contratar profissionais como enfermeiros, assistente social e psicologo,
muito embora esse avanço não tenha deslanchado na proposição suposta do trabalho
multidisciplinar, e ainda fosses muito forte a cultura manicomial.
Esse longo período de assistência centralizada no poder medico fortaleceu a
chamada cultura manicomial, cujo tratamento é uma assistência com métodos punitivos
sobre os comportamento dos paciente. O setor de saudê do hospital, tradicionalista,
tratava o paciente segundo a concepção de doença/doente como distúrbio hereditário ou
orgânico, fazendo o uso de tratamento com fármacos, convulsoterapia elétrica e de
punição do comportamento do paciente, na qual muitas vezes era considerado
inadequado ou devido a uma resistência ao tratamento tradicionalista.
O hospital seguia superlotado e em condições tradicionalista de tratamento,
ocorrendo mudanças apenas em 1971 com a introdução dos demais funcionários de
ensino superior e abertura do setor de praxiterapia. Apenas na desada de 1980 o hospital
deu seus primeiros passos contra o modelo tradicional, juntamento com modelos de
saúde publica e humanização o hospital Santa Tereza caminhava contra o modelo
tradicional de hospitalização.
A partir de sua concepção histórica ocorrem mudanças no hospital trabalhando não
mais com a cura mas com a preocupação na produção de qualidade de vida do usuário.
Dessa forma, se torna possível a reabilitação psicossocial, colocando o usuário no centro
do tratamento, atuando como protagonista de seu tratamento, melhorando as suas
competências individuais onde o profissional auxilia o usuário ferramentas para identificar
suas limitações e suas habilidades, restauração da autonímia e exercício da sua
cidadania, assim, se faz necessário o trabalho multidisciplinar atuando em conjunto com
familiares e comunidade, descentralizando o saber profissional, o tornando múltiplo com o
auxilio de outras áreas do conhecimento.
Dessa forma, com a descentralização do tratamento medico clinico e inserção de
equipes multidisciplinares, ampliando os saberes de forma a garantir a inserção e
qualidade de vida ao usuário garantindo sua cidadania de forma ativa, sendo um caminho
para que os trabalhadores e usuários dos serviços de saúde mental consigam uma
superação da historia do manicômio.

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