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CURSO DE PSICOLOGIA

Disciplina: Psicodiagnóstico Adulto

Prof.ª Dr.ª Heren Nepomuceno Costa Paixão

Anápolis – 2023.2
Associação Educativa Evangélica
CURSO DE PSICOLOGIA
Disciplina: PSICODIAGNÓSTICO

REFERÊNCIAS:
Hutz, C. S., Bandeira, D. R., Trentini, C. M., & al., E. (2016). Psicodiagnóstico.
Grupo A. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788582713129
(capítulo 4)

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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• COMO TUDO COMEÇA:
• Geralmente é o paciente quem vai procurar o serviço.
• Coleta de dados – triagem.
• Contato telefone – anotar dados, manter a calma durante esse primeiro contato,
pois o indivíduo já está formando uma opinião sobre a sua competência ou
capacidade de estabelecer confiança.
• Promova uma conversa em que você possa demonstrar ser atencioso e acolhedor.
Pode perguntar sobre a demanda da avaliação: “Você poderia me adiantar alguma
informação sobre o motivo da avaliação?” e “Quem a está solicitando?”.
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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• Ao marcar a primeira sessão, solicite que o indivíduo leve documentos e materiais
que você julgue necessários, como o encaminhamento do solicitante, resultados de
exames, e laudos médicos e psicológicos.
• Ele chegou ao consultório...
• Bom, seu paciente chegou e você vai buscá-lo na sala de espera. Cumprimente-o e
apresente-se. O contato físico (abraço, aperto de mão, beijo na face) nesse
momento, assim como na despedida, vai depender de como você se sente mais à
vontade, mas não se esqueça de observar a reação do paciente. Tente deixá-lo à
vontade também.
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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• Depois disso, você vai guiá-lo até o consultório. Nesse momento apenas conversas
aleatórias.
• Os assuntos referentes à problemática do indivíduo devem ser sempre abordados
dentro do consultório, que é o local apropriado para isso, e porque você quer que
toda a sua atenção esteja voltada às respostas, procurando preservar a
confidencialidade das informações.
• Ouça-o! Esteja presente de corpo e mente. Prepare-se bem para esse momento e
tenha em mente as perguntas que precisa fazer, mas não esqueça de ouvir as
respostas.
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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• Marcar e receber o indivíduo na primeira sessão após o contato telefônico não -
significa que a avaliação será realizada.
• Você considerará pelo menos três pontos: o esclarecimento da demanda; a real
necessidade da avaliação; e sua competência para realizá-la.
• Para o primeiro ponto, tenha em mente que “. . . o avaliador pode se encontrar com
o avaliando ou com outras pessoas antes da avaliação formal a fim de esclarecer
aspectos da razão para o encaminhamento”

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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• Para o segundo ponto, entenda que existem demandas que podem ser
encaminhadas diretamente para a psicoterapia, por exemplo.
• Determinada demanda não faz parte do seu campo de atuação.
• O contrato.
• Passado o momento da recepção do indivíduo e do entendimento da demanda, é
de extrema importância esclarecer o que é um psicodiagnóstico. Essa explicação já
introduz o contrato.

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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• Trata-se de um processo de investigação, cujo objetivo é responder à pergunta do
encaminhamento.
• Não inclui o tratamento.
• Há benefícios para o caso em questão (reconhecer as dificuldades para adequar o
manejo parental e/ou escolar; reconhecer as potencialidades para planejar
reabilitações e fortalecê-las; identificar o diagnóstico para escolher o melhor
tratamento; entre tantos outros).
• As indicações terapêuticas serão dadas ao final do processo.

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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• O processo possui uma estimativa de duração (devendo-se explicitar o número de
sessões e o tempo de cada uma).
• Com o conhecimento do paciente, entrarei em contato com quem eu julgar
necessário, como, por exemplo, familiares, instituições, médicos e outros
profissionais que o atendam – tal contato pode ser telefônico ou presencial.
• De acordo com o tipo de resposta fornecida pela avaliação e com suas limitações,
pode-se estabelecer alguns prognósticos ou causas explicativas de alguns
problemas.

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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• Durante o processo, o paciente tem direito a documentos (declaração) que
justifiquem faltas ao trabalho, caso seja necessário.
• Farei uma ou mais entrevistas devolutivas ao final do processo, juntamente com
duas cópias do laudo, sendo uma para ele e outra para o profissional da saúde que
o encaminhou.
• Esclareça sobre o sigilo.
• Informe ao paciente que vias de contato ele pode usar com você para, por exemplo,
desmarcar o atendimento.
• Explique, também, que você anotará informações durante a avaliação.
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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• Estabeleça algumas normas sobre faltas e atrasos e comunique-as ao paciente.
Serviços-escola e clínicas costumam ter regras, como o desligamento do paciente
após 2 ou 3 faltas sem aviso prévio; tanto o atraso quanto a falta podem implicar
custo extra para o paciente, além de estender por mais tempo o processo de
avaliação.
• Tenha um cadastro de seus pacientes, com informações como nome completo,
endereço, escolaridade, profissão, contatos telefônicos e e-mail.

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CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PSICODIAGNÓSTICO
• Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:
a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do
usuário ou beneficiário;
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará ao
usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado;
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do valor
acordado.

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RELAÇÃO PSICÓLOGO-PACIENTE NO PSICODIAGNÓSTICO
• A relação terapêutica auxilia na cooperação do paciente durante o processo
avaliativo e na sua disposição em buscar tratamento (quando for o caso) após a
avaliação. A demonstração de empatia e a construção de uma relação de confiança
também facilitarão a devolução dos resultados.
• Empatia e relação terapêutica:
• A empatia é uma habilidade que inclui aspectos cognitivos, afetivos e
comportamentais.

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RELAÇÃO PSICÓLOGO-PACIENTE NO PSICODIAGNÓSTICO
• Empatia é sentir o que o outro está sentindo, sem uma conscientização do outro.
Trata-se de uma sincronia da emoção do observador com a emoção do observado.
Além da emoção, é possível que o observador sincronize as expressões faciais, a
voz, a postura e os movimentos.
• Espera-se, então, que o psicólogo seja capaz de escutar atentamente o relato do -
paciente e “escutar” seu comportamento não verbal, compreender a situação pelo
ponto de vista do paciente, compreender seu estado emocional, conectar-se
emocionalmente com ele, legitimar suas emoções e sentimentos e promover apoio.

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RELAÇÃO PSICÓLOGO-PACIENTE NO PSICODIAGNÓSTICO
• Para melhorar essa conexão entre a dupla psicólogo-paciente: uma saudação
calorosa, com contato olho no olho; o respeito a cada paciente; a observação dos
próprios sentimentos em relação ao paciente; e questionamentos sobre a empatia
sentida por ele e por seus problemas.
• Nesse sentido, a reflexão é sobre o que você sente, e não sobre como se expressa.
• A empatia e a aceitação não são diferentes no psicodiagnóstico, mesmo que ele
tenha duração menor ou não seja interventivo. A conexão com o paciente tem de
existir para que se possa entender o que acontece com ele.

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RELAÇÃO PSICÓLOGO-PACIENTE NO PSICODIAGNÓSTICO
• A capacidade do psicólogo para demonstrar sua empatia, para valorizar a expressão
desses temores e para apresentar respeito, interesse e compreensão é essencial
para que o paciente se sinta acolhido e atendido.
• Empatia – cognitiva, afetiva e comportamental.
• Diferentemente do aprendizado de técnicas avaliativas ou terapêuticas, o
desenvolvimento de habilidades empáticas não pode separar-se da “pessoa do
psicólogo”. Trata-se de um amadurecimento pessoal, além de profissional.

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RELAÇÃO PSICÓLOGO-PACIENTE NO PSICODIAGNÓSTICO
• A atenção aos próprios sentimentos é essencial para o trabalho do psicólogo.
Perceber a reação emocional que o paciente causa em nós é necessário.
• Inevitavelmente, os relatos dos pacientes tocam em nossas feridas, despertam -
lembranças, ativam sofrimentos e tornam-se gatilhos para certos pensamentos. Isso
ocorre em maior ou menor grau porque somos humanos.
• O que deve ser evitado é a não diferenciação entre a história pessoal do psicólogo e
as necessidades do paciente.

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RELAÇÃO PSICÓLOGO-PACIENTE NO PSICODIAGNÓSTICO
• Como a relação terapêutica é estabelecida entre duas pessoas, ela não depende apenas dos
aspectos do psicólogo.
• Características pessoais do paciente, assim como sua patologia (quando houver), a
influenciarão.
• A relação que se coloca entre a dupla psicólogo-paciente também é uma fonte de ricas
informações para o psicodiagnóstico. Por meio dela, é possível observar os padrões
comportamentais que o paciente manifesta e que, provavelmente, desencadeiam grandes
prejuízos interrelacionais fora do consultório.
• Quanto maior for a relação entre as dificuldades interpessoais do paciente e a demanda da
avaliação, maior será a exploração disso por parte do psicólogo.
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RELAÇÃO PSICÓLOGO-PACIENTE NO PSICODIAGNÓSTICO
• O objetivo é estabelecer um senso de colaboração e confiança. Esse trabalho em conjunto é
essencial para a coleta de informações fidedignas e sinceras, de modo que o paciente possa se
expor e confiar na devolução e nos encaminhamentos do psicólogo.
• O limite está entre o empenho e a observação do psicólogo para com a relação e as
intervenções realizadas.
• Durante o psicodiagnóstico, coleta diversas informações sobre o paciente, mas manter o foco
na demanda/objetivo.
• Tempo – estabelecer a confiança. Estilo do profissional. Características do paciente.

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heren.paixao@docente.unievangelica.edu.br

@psi.herenpaixao

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