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REGISTRO DE PENSAMENTO DISFUNCIONAL – RPD

Instruções: Quando você percebe que seu humor está piorando, pergunte a si mesmo:
“O que está passando pela minha cabeça agora?” E o mais brevemente possível anote o
pensamento ou imagem mental no espaço Pensamento Automático.

DATA E HORA:
Situação:
1. Que evento real, fluxo de pensamento, devaneios ou recordações levaram à
emoção desagradável?
2. Qual (se houver) sensação física aflitiva você teve?
Pensamento Automático:
1. Que pensamento automático e ou imagem passou pela sua cabeça?
2. Quanto (%) você acreditou em cada pensamento?
Emoção:
1. Que emoção(ões) (tristeza, raiva, ansiedade,...) você sentiu no momento?
2. Quão intensa (%) foi a emoção?
Comportamento:
1. O que você fez logo que teve esse pensamento? Qual foi a tendência de ação?
2. Quais são as evidências de que o pensamento automático é verdadeiro?
3. E quais são as evidências de que o pensamento é falso?
4. Há uma explicação ou ponto de vista alternativo para o que você está
pensando?
5. Posso está fazendo alguma distorção cognitiva? Qual? (ver lista de distorções)
6. Qual o resultado mais realista?
7. Se um amigo tivesse este pensamento, o que eu diria para ele que o ajudaria a
compreender melhor a situação?
Pensamento Alternativo:
Reúna as respostas e escreva um pensamento que coloque em perspectiva o
pensamento automático negativo.
Resultado:
1. Quanto você acredita agora em cada pensamento automático?
2. Que emoção(ões) você sente agora? Quão intensa (0-100%)?
3. O que você fez ou fará?

Relatório da Terapia (Preencher após cada sessão)

1. O que você vivenciou hoje que é importante para você lembrar?


2. Houve qualquer coisa que incomodou você em relação a terapia de hoje? Se
houve, o que foi?
3. O que você deseja abordar na próxima sessão?
Identificando as Distorções Cognitivas

1. Pensamento do tipo tudo ou nada: Você vê uma situação em apenas duas categorias
(8 ou 80) em vez de um contínuo, um meio termo. Ex.: “Se eu não for um sucesso total,
eu sou um fracasso.” “Deus tudo errado na festa.” “Sou rejeitado por todos.”
2. Catastrofização (também denominado adivinhação): Você prevê o pior quadro futuro
sem considerar outros resultados mais prováveis. Ex.: “Eu ficarei tão aborrecida que
não serei capaz de agir direito”. “Perder o emprego será o fim da minha vida.” “Dará
tudo errado.” “Vou passar mal se sair de casa.”
3. Desqualificando ou desconsiderando o positivo: Você afirma que as realizações
positivas, suas ou alheias, são triviais e não contam. Ex: “Eu fiz bem aquele projeto,
mas isso não significa que eu seja competente; eu apenas tive sorte.” “Eles elogiam meu
trabalho por pena.” “Esses sucessos foram fáceis de acontecer.”
4. Argumentação Emocional: Você pensa que algo deve ser verdade porque você “sente”
(em realidade, acredita) isso de maneira tão convincente que acaba por ignorar ou
desconsiderar evidências contrárias. Ex.: “Eu sei que eu faço muitas coisas certas no
trabalho, mas eu ainda sinto como se eu fosse um fracasso.” “Eu sinto que meus colegas
riem de mim pelas costas.” “Eu sinto que ele(a) sempre me esconde algo.”
5. Rotulando: Você coloca um rótulo global e fixo sobre si mesmo ou sobre os outros sem
considerar que as evidências poderiam ser mais emocionalmente, conduzidas a uma
conclusão menos rígida e mais integrada. Ex.: “Eu sou um perdedor.” “Ele não presta.”
“Ele é uma pessoa má.”
6. Magnificação/Minimização: Quando você avalia a si mesmo, outra pessoa ou uma
situação, você magnifica irracionalmente o negativo e ou minimiza o positivo. Ex:
“Receber uma nota medíocre prova o quão inadequado eu sou.” “Obter notas altas não
significa que eu sou inteligente”. “Eu tenho um bom emprego, mas todo mundo tem”.
7. Filtro Mental (também chamado de Abstração Seletiva): Você presta atenção e
seleciona um detalhe negativo do contexto e ignora outros fatos falhando em considerar
o quadro geral da experiência. Ex.: “Porque tirei nota baixa na minha avaliação (que
também tinham notas altas) significa que eu estou fazendo um trabalho deplorável.”
“Veja todas as pessoas que não gostam de mim.”
8. Leitura Mental: Você acha que sabe o que as pessoas estão pensando, falhando assim
em considerar outras possibilidades mais prováveis. Ex.: “Ele está pensando que não sei
nada sobre esse projeto.” “Ela não está gostando da minha conversa”.
9. Supergeneralização: Você tira uma conclusão radical que vai muito além da situação
atual. Ex.: “Porque falei besteira, eu não tenho o necessário para fazer amigos.” “Isso
prova que não sei fazer nada direito na minha vida.”
10. Personalização: Você acredita que os outros estão se comportando negativamente
devido a você, relacionando eventos externos a si próprio, sem considerar explicações
mais plausíveis para o seu comportamento. Ex.: “O encanador foi rude comigo porque
eu fiz algo errado.” “Só acontece comigo.” “Acontece porque foi comigo.”
11. Declarações do tipo “deveria e “devo” (também chamadas imperativas): Você tem
uma ideia exata estabelecida de como você ou os outros deveriam comportar-se e você
superestima quão ruim é que essas expectativas não sejam preenchidas. Ex.: “É terrível
que eu tenha cometido um erro.” “Eu deveria sempre dar o melhor de mim.” “Ela não
deve falar alto.” “Eu deveria ter um reconhecimento pelo que eu fiz.”

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