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Isso acontece quando você enxerga o evento ou a vida somente a partir de duas ideias
polarizadas — tudo ou nada, “oito ou oitenta” — ou seja, é um padrão de pensamento
inflexível.
Exemplo:“Se não me deu bom dia, é porque essa pessoa não gosta de mim”. Assim, as
condições alternativas (outros motivos por não ter recebido um cumprimento) não são
consideradas, como se existissem apenas duas possibilidades para concluir qualquer
situação. Outros exemplos: “Errei no cálculo de uma variável, então jamais vou conseguir
trabalhar com números. “Comi um pedaço de pão a mais, então estraguei toda a minha
dieta.”. “Ele discutiu comigo hoje, não vai querer ficar comigo mais.”
2 – Catastrofização:
Exemplo: Não sair de casa porque algo muito ruim pode acontecer. Não expor um
sentimento porque vai ser desmoralizado. Não retornou minha ligação porque sofreu um
acidente.
Exemplo: “Eu fui elogiado(a) por todos nesse dia, mas isso só aconteceu porque estavam
fingindo gostarem de mim.” – “Trabalhei muito nesse projeto, e tudo o que eu recebi foi
só cansaço.”. Algumas pessoas com essas distorções cognitivas, também podem
constantemente transformar experiências neutras (consideradas normais) ou até mesmo
positivas em coisas negativas. Podem não apenas ignorar as experiências positivas como
transformá-las rapidamente em seus pesadelos.
4- Raciocínio Emocional:
É quando você age a partir dos seus sentimentos. Sua percepção é afetada pelas suas
emoções. As coisas passam a ser interpretadas não como realmente são, mas a partir de
como nos sentimos em relação a elas. Quem sofre com essa distorção do pensamento
transforma suas emoções em *fatos* sobre a vida.
Exemplo: “Sinto que ele está com raiva de mim, então ele não vai querer falar comigo”.
“Tenho medo de altura, então aviões são perigosos”. “Não confio nele, então tudo o que
ele fala é mentira”. “Não me sinto bonita, então sou feia.”
5- Rotulação:
“Ele é um inútil, incompetente”; ao invés de “Ele não conseguiu cumprir esse trabalho,
dessa vez”
“Eu sou um fracassado”. ao invés de “Esse plano não deu certo, tive dificuldades.”
6- Magnificação / Minimização:
Exemplo: “Ter me saído bem nesse teste não significa que sou inteligente, foi só sorte.”.
“Ter me controlado nessa situação, foi bom, mas só de ter sentido o que eu senti, significa
que eu não mudei em nada.”
7- Filtro mental:
Se algo aconteceu uma vez, você acredita que vai acontecer em todas as outras vezes da
mesma forma. Sua memória filtra o que ela lembra da situação, tirando a relevância do
contexto, da personalidade de quem causou a situação, etc. Esse filtro leva ao
esquecimento o “restante” da experiência, colocando em evidência somente uma situação.
Exemplo: Uma pessoa faz um trabalho que todos aplaudiram, mas recebeu crítica de uma
ou duas pessoas, essa crítica será a única coisa que ela irá se lembrar. Por causa dessa
crítica, essa pessoa terá medo de apresentar outro trabalho.
8 – Leitura mental:
É quando você acredita que sabe o que os outros estão pensando ou vão pensar, e age a
partir dessa dedução sem qualquer dado concreto ou evidência. É inferido o que alguém
pensou ou sentiu a seu respeito. Nessa distorção cognitiva também ocorre de acreditar que
as pessoas sabem o que você está pensando e o que está sentindo.
Exemplo: “Se eu fizer isso, as pessoas vão pensar que..”. “Ela olhou para mim enquanto
estava conversando, isso significa que estava falando mal de mim.”, “Ele está pensando
que não sei o que estou falando”. “Ele *sabe que eu não gosto de refrigerante e, ainda
assim, comprou uma coca cola.”, “Eu não estou me sentindo bem aqui, e ninguém se
importa”. Ignorando outras hipóteses prováveis para o acontecimento, ou a falta de
informação que outras pessoas podem ter a seu respeito por também não lerem seus
pensamentos. Esse pensamento disfuncional pode estar diretamente ligado à crença central
da necessidade de aprovação.
9 – Supergeneralização:
“Ela *sempre me tratou dessa forma.”. “Todo mundo me desprezou.”. “Ele nunca* me
valoriza!”.
10- Personalização:
Quando você pensa que os eventos e comportamentos dos outros são diretamente
relacionados a você, são sobre você ou aconteceram por sua causa. É o famoso “trazer
para o lado pessoal”, sem considerar quaisquer outras explicações plausíveis. Nessa
distorção, a pessoa tende a atribuir culpa a si mesma nas mais diversas situações que vive,
ou achar que aquilo que alguém fez, foi para afetá-la.
Exemplo: “Ele fez aquilo para me deixar com raiva”. “Ela não me cumprimentou quando
me viu, está me evitando” (ela pode não ter visto a pessoa).
11- Imperativos:
Nessa distorção cognitiva, você interpreta o evento ou a situação em termos de como você
acha que deveriam ser, em vez de considerar como as coisas são e como podem ser. Existe
autocobrança e dificuldade em aceitar as coisas simplesmente como são. Assim,
permanece o pensamento inflexível de como deveria ser o seu próprio comportamento e o
dos outros. Esse padrão mental também está relacionado a questões como baixa
autoestima, expectativas irreais e intolerância à frustração.
De forma semelhante, estão as demandas absolutistas — expressões rígidas que impõem
um tom de imposição a qualquer ação, como: “eu *tenho que dormir agora”; “eu *devo ir
ao cinema com meus amigos”; “eu *tenho que brincar com meus filhos”. Não se trata
apenas da colocação das palavras imperativas, mas do sentimento de obrigação que elas
suscitam.
“Ele planejou toda a noite, me levou para jantar em um restaurante romântico, etc, mas
não disse que eu estava bonita.”